Cativeiro
Volta a fazer com que acredite nas pessoas, no amor amado, beijado, cheirado.Transforma meus devaneios em beijos macios apaixonantes,encaixa quietinho e vela meu sono.Só assim serei minha, antes de sua.
O sistema faz de tudo para ocultar a cela em que somos prisioneiros, através do melhor celular, a melhor roupa, a melhor comida, o melhor carro, a melhor morada, a melhor religião...
porém o que eu quero mesmo é a chave da cela.
Passar um pensamento, uma ideia é por algo na mente de outra pessoa.
Tem que ser como uma recarga na bateria de um carro e não como um guincho reboque.
Toda paixão é um cárcere
em que deixamos nos prender
por livre e espontânea vontade.
Todo apego
é querer pegar e possuir
já estando preso.
Pois quem lhe cativa
o mantém cativo
em sereno e firme cativeiro...
De que valem tantas cores, para enfeitar os fundos de uma casa? De que valem asas forte e saudáveis, se não podem ser abertas ao vento? De que vale ter um céu inteiro e não poder voar livremente? Essa é a realidade de muitas aves no Brasil. Animal silvestre não é bichinho de estimação e muita gente acha que ter um em casa, só para satisfação pessoal, não tem problema nenhum, claro né, até por que essas pessoas não estão sofrendo, implorando com os olhos a vida que lhes foi tirada, o DIREITO de ser livre!
AMBROZIO, REI DOS QUILOMBOS DO RIO GRANDE
Pés descalços que levantam a poeira na estrada de chão batido
Vaga sem rumo no poente da terra seca pelo serrado da solidão
Fugiu das chibatas do cativeiro em busca de nova estadia
Quilombola tentará na fugidia rota do capital do mato que o perseguia
Derrama pelo caminho o sangue de sua raça agrilhoada na senzala
Seus pés descalços, suas costas riscadas, suas mãos rachadas
Seu coração chora pelos que deixou abandonados na clausura
Preferiu o risco da morte ao jugo da servidão a que fora obrigado
Seu ímpeto de liberdade era maior que a tirania de seu dono
Vagou por léguas sentindo fome, frio, medo, mas tomou cuidado
Nas noites estreladas se entregava aos sonhos em leve sono
Nas manhas seus olhos radiavam a esperança de encontrar socorro
Mas este não vindo, criou ele mesmo o abrigo que a outros oferecia
Nas margens do Rio Grande ergueu seu reino africano de solidariedade
Fugiu, deixou saudade irremediáveis, mas abrigou milhares em seu congado
A liberdade, ainda que tardia, não alcançou o seu terreiro protetor
A maldade dos brancos o alcançou, e em poucos dias seu reinado dizimou
Jaz na memória esquecida dos que vieram depois dele, virou lenda
Sofreu uma vida de crueldades, e hoje, retribui com amor o mau que o matou.
A doce prisão da liberdade...
Ego ego que te quero ego, meu, meu, que te quero meu.
Vida, vida que desejo minha, que mando que desejo,
que controlo, controlo.
Eu no cativeiro, sei que tem um amanhã.
E nesse amanhã fujo e volto a doce prisão da minha "liberdade". Nada como um dia após o outro.
Amorim Jr.
https://www.facebook.com/pages/Amorim-Junior-Escritor/228319517206327
Eu era vítima de um louco me tornar um brinquedo na fantasia doentia de sua mente.
Que ridículo você não vir com instruções de uso.
(fala do sequestrador para Natascha Kampusch no cativeiro)
↠ Divagações ↞
1
Por mais que um sentimento o ilude,
o que realmente importa, é a saúde!
Emoção remedia por onde,
mas com os tratamentos, nem se discute.
2
Não toleres que o coração guarde rancor,
a dor serás teu prisioneiro,
a força da fé, estejas no lugar em que for
salve o amor, do cativeiro.
3
Diploma não representa inteligência.
Talvez, amplia a consciência,
aspire sabedoria e resiliência
e sociedade sem arrogância e violência.
4
O quão é importante a liberdade,
Vale além do dinheiro e prosperidade,
Sinta o Sol, como a maior felicidade.
5
Expectativa, sejais vindoura realidade,
a paz no caminho e na oportunidade,
destas pequenas rimas, para a posteridade.
