Casemiro de Abreu Poemas

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Nós amamos demais.
Nos amamos de menos.
E nesses pequenos passos incertos,

sofremos.

Inserida por CarlosV

Demasiado amor mal-amado,
quem ama demais é sofredor e sofre calado.

Fácil é andar de mãos dadas, entregar seu abraço,
mas nos momentos que ela precisou, você não estendeu o braço.

Das bocas tortas se falou, calou, chorou
e olhares estreitos em outros olhares você olhou.
Mas agora reflita, Traidor,

_Seu
____amor
________não
___________está
_______________mais
___________________aqui.

Inserida por CarlosV

Amo aquele que me ama.
Ama aquele que. Te amo.
Amo aquele que me fala.
Ama aquele que te escuta.
Amo aquele que me toca.
Ama aquele que te sente.

Afinal, que amor confuso esse que de tantos amores faz sua historia.

Inserida por CarlosV

Carta a Maria Lídia Magliani

O telefone não pára de tocar, querem entrevistas para todo canto sobre estar-com-AIDS. Me recuso — quando o “gancho” é o vírus pelo vírus. Argh. Quero falar do meu trabalho, pô! Se perco o pé acabo no sofá da Hebe dizendo coisas do tipo ah, o HIV é uma gracinha…

Inserida por jennyfercardoso

Foi numa dessas manhãs sem sol que percebi o quanto já estava dentro do que não suspeitava. E a tal ponto que tive a certeza súbita que não conseguiria mais sair. Não sabia até que ponto isso seria bom ou mau — mas de qualquer forma não conseguia definir o que se fez quando comecei a perceber as lembranças espatifadas pelo quarto. Não que houvesse fotografias ou qualquer coisa de muito concreto — certamente havia o concreto em algumas roupas, uma escova de dentes, alguns discos, um livro: as miudezas se amontoavam pelos cantos. Mas o que marcava e pesava mais era o intangível.

(...)

Tudo isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me doía, agora, era um passado próximo.

Inserida por marianebm

Pequenas epifanias " Extremos da Paixão"

No século XX não se ama. Ninguém quer ninguém. Amar é out, é babaca, é careta. Embora persistam essas estranhas fronteiras entre paixão e loucura, entre paixão e suicídio. Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira:compreendo sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe,berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo entre esses dois portos gelados da solidão é mera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o terno do perecível, loucos.

O Estado de S. Paulo, 8/7/1986

Inserida por FernandaTR

CADÊNCIA
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TIC… TAC… TIC… TAC…
O tempo desmarca-se
da cadência do relógio…

TAC… TIC… TAC… TIC…
O dia raia
nos ponteiros despontados
dos nossos braços…

TIC… TAC… TIC… TAC…
Somos sol e vento
de pura essência…

TAC… TIC… TAC… TIC…
Somos centro e cerne
doutra cadência!...

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2016
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📜© Pedro Abreu Simões ✍
(y) facebook.com/pedro.abreu.simoes

Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

Mesmo quando o tempo é rude,
não há vento que não mude!...

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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

MULTIFORMIDADE

Sou pequeno,
pequenino,
grão de areia,
pó de sal…

Sou enorme
sem as normas
normativas
do normal…

Sou menino,
sendo enorme,
sem destino,
desconforme…
Natural!...

Sou disforme…
Multiforme…
Não faz mal!...

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17/05/2018
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

RIOS E FONTES

Os rios correm
depressa ou devagar
em direção ao mar...

As águas que desfilam
são sonhos e cansaços
prestes a desaguar!...

Três mil rios passarão,
condenados a ser mar...
Três mil fontes nascerão,
sem sair do seu lugar!

Os rios morrem
depressa ou devagar
quando os vemos passar...

Mas as fontes,
que não saem do lugar,
inundam a sequidão
e não param de jorrar!...

Três mil rios passarão,
condenados a ser mar...
Três mil fontes nascerão,
sem sair do seu lugar!

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03/07/2015
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

SENTIDOS

Todas as palavras
que, de tão sentidas,
já estão velhas e desgastadas,
podem ser frutos novos
na árvore sempre fecunda da Poesia!...

Nas entrelinhas dos versos
dum poema que ganha raízes,
revelam-se os verdadeiros sentidos!...

📜© Pedro Abreu Simões ✍

Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

ANDA, AMIGO!

Anda, amigo! Não te deixes
afundar em mar vazio!...
Anda, amigo! Não te queixes
das marés de vento frio!...

Anda, amigo! Anda, amigo!
Não te deixes afundar!...
Anda, amigo! Anda, amigo!
Já te espera um novo mar!

Anda, amigo! Não desistas
do teu barco sonhador!...
Anda, amigo! Não persistas
nesse cais de pedra e dor!...

Anda, amigo! Anda, amigo!
Não te deixes afundar!...
Anda, amigo! Anda, amigo!
Já te espera um novo mar!

Anda, amigo! Segue em frente
nessa vaga que te espera!...
Anda, amigo! Só é gente
quem renova a primavera!

Anda, amigo! Anda, amigo!
Não te deixes afundar!...
Anda, amigo! Anda, amigo!
Já te espera um novo mar!

28/09/2016
📜© Pedro Abreu Simões ✍
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

ÁGUA MORTA EM TERRA BOA
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Água morta, em terra boa,
não é lago, nem lagoa,
mas é vida na barragem...

Quando o vento sopra à toa,
tudo passa e tudo voa,
mas a terra é mais que aragem!

Água morta, nevoeiro...
Berço eterno e derradeiro,
nas entranhas do meu chão...

Vai-se o tempo, tão ligeiro,
como as águas dum ribeiro,
mas a minha terra não!

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16/09/2014
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in "MAR REVERSO (Ecos da Terra, do Mar e da Vida)", 2015

📜© Pedro Abreu Simões - Poetautor ✍
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

EU SEI…
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Eu sei que não sou nada, sendo tudo…
Nasci com asas livres, sem saudade,
num tempo de memórias, a que acudo,
sabendo que o meu tempo é mais verdade!...

Eu sei que não sou nada e não me iludo…
Nasci num chão de vento e tempestade,
num tempo que era cego, surdo e mudo,
mas sei que agora é outra, a realidade!...

Eu sei que não sou nada, mas nasci,
sabendo que hei de ter a voz da gente,
na terra dos castelos sem ameias!...

Eu sei que não sou nada e já morri,
mas sou como o meu sangue, irreverente,
pois sei o mar que tenho nestas veias!

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25/10/2015
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

"Quem não sabe do que fala,
tem mais voz quando se cala!..."
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

"Mesmo quando o tempo é rude,
não há vento que não mude!..."
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

"Quem se mede em leito frio
morre à sede ao pé do rio!..."
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Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

"Quem no pão não vê palavra,
pouco lê no chão que lavra!..."
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📜© Pedro Abreu Simões✍
facebook.com/pedro.abreu.simoes

Inserida por Pedro_Abreu_Simoes

A nossa riqueza está na alma,
A nossa força nasce do silêncio
A meditação ensina a lidar com a contradição
O sorriso camufla o sofrimento,
A gargalhada liberta a essência,
A dor engrandece o ser,
A vida é um ensinamento,
Tiremos partido disso.

Inserida por dora_araujo_abreu

DESIDERATO

Estava sentada na calçada de casa, observava o tempo passar e sentia na pele os segundos se perderem...
Enquanto eu revia algumas fotos, me deparei com esta e senti uma saudade que logo se transformou em agonia... Meu desejo de estar lá, eu já nem poderia mais descreve-lo e então apenas o senti, enquanto engolia agulhas.
Hoje é um dia qualquer, fez sol, e eu conseguia ver a poeira sendo levada pelo vento, e então eu senti saudades de novo e dessa vez foi mais forte, já não via mais a foto e meu sorriso não se fez presente, mas ainda estava aqui em algum lugar, restava paciência...
Ela é do tipo que não se ganha e sim, do tipo que ganha quem está ao seu lado, e eu ganho todos os dias, sou grata por isso.
Eu sei que ela é a melhor das probabilidades.
Tenho orgulho de quem é atualmente, mesmo que você ache que ainda tem muito chão pela frente, sinta orgulho dos seus passos, eu sinto.
Ela é de carne e osso sem enfeites ou silicones
Ela é toque, cheiro, vista, gosto e som.
Tantas palavras poderiam ser resumida em poucas palavras, *eu te amo e tô com saudades*, mas tu me conhece, o exagero aflora e talvez, os únicos exageros que valem realmente a pena, é a admiração e o respeito que tenho por você.



Inserida por camila_abreu