Cartas sobre a Felicidade Epicuro

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Depoimento sobre uma Best:

Amigos? Isso é pouco perto do que somos...
Um olhar e ja deciframos o que está acontecendo...
Uma risada e ja nos compreendemos...
Conselhos? Isso é pouco...
Conversas? Isso é para os fracos
Telepatia? Ainda não chegamos lá.
O que nós somos??
Bests...Apenas Bests

⁠Sobre Solidão!

Sobre hoje, estive só
Totalmente por si só.
O vento batia sobre meus cabelos
Como se estivessem modelando modelos.


Uma tarde de domingo friacho,
E a beira do riacho
Estava a imaginar
Em como despaginar
Versos de uma vida anterior.
Em meio a diversos pensamentos
Me flagrava sobre fragmentos
Ainda da vida do exterior.


A solidão é assim,
Do tipo assim,
Pois sim
Deve ser assim.

⁠Eu uso essa coroa de espinhos
Sobre meu trono de mentiras
Cheio de pensamentos quebrados
Que eu não posso consertar

Sob as manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Você é outra pessoa
Eu ainda estou bem aqui

O que me tornei
Minha mais doce amiga?
Todos que eu conheço vão embora
No final

E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira
Eu vou te decepcionar
Eu vou te ferir

Se eu pudesse começar de novo
A um milhão de quilômetros daqui
Eu me preservaria
Eu encontraria uma saída

A mágica do amor verdadeiro nao é sobre
quem te dá flores,
porque flores
qualquer um
pode te dar.
E sobre
quem te faz
florescer…
E você meu amor,me faz florecer todos os dias…
Você me faz evoluir todos os dias
Você é minha inspiração
Você é felicidade
Você é meu grande amor…

⁠O silêncio, por vezes, é a melhor escolha. Ele é o catalisador da reação do tempo sobre as feridas.Silenciar é ter respeito consigo mesmo, com outrem e com as feridas. Silenciar é, por fim, acelerar a cura, a cicatrização a volta da paz.
Silencie. Respire. Não observe.
Seja feliz.

⁠OBRIGADA VIDA!

Obrigada Vida, por poder caminhar com os pés descalços sobre areia fina, e apreciar com os olhos a beleza do mar.
Por me permite tocar as flores com as mãos, e com o olfato, sentir o cheiro que exala o seu perfume.
Pelos pássaros que voam sobre o céu azul, me encantando com seu canto de liberdade.
Por sentir amor dentro do meu coração que bate acelerado, como se fosse um beija-flor, que para voar bate as asas 200 vezes por segundo.
Pelos sonhos realizados, e pelos que ainda vou ter que lutar para alcançar.
Pela família que tu me destes, e os amigos que conquistei em minhas caminhadas.
Pelas lágrimas derramadas, porque foram elas que me ensinaram a sorrir.
Pela chuva que cai sobre a terra, porque lava o ar que eu respiro.
Pelo Sol que nasce todas as manhãs, me dando uma nova oportunidade de recomeçar tudo de novo.
Obrigada, pela Fé, Esperança e pela Vida Eterna!
"OBRIGADA VIDA! POR ME DAR A VIDA!"

SOBRE ADIAR O SEU REENCONTRO

O cuidado demasiado com o outro
Pode ser na mesma medida
Fuga de si

Por vezes... o peso nos ombros da demanda alheia
É mais suportável
Que a carga pesada do cuidar-se!

E sobre o autocuidado
Adiar pode parecer viável paliativamente
E é ilusão que se cria
Pois o que não dá pra se evitar
É vivenciar esse encontro um dia!








⁠Boa noite...
As bombas caiem sobre o país...
Lágrimas e sangue são derramadas...
Um homem cruel se diz dono de tudo...
Embora não seja apenas uma farpa na poeira do tempo...
Nada poderá ser mudado crianças mortas.
Mulheres e homem também atravessa portas do além...
Egoísmo e ganância...
Ser poderoso ter tudo o que quer...
A moral da história é feito de sofrimento e dor.
Ninguém parece abalar aquele homem...!
A tristeza das pessoas estampa um único sentimento de paz...
A guerra parece pesadelo tão longe no passado...
Mais o genocídio continue vivo...
As lambaredas da esperança vive nossos corações...
As vezes espero um milagre que faça esse homem parar com essa insanidade...
Será só o poder o interessa...?
Será que as vidas perdidas não pesa na sua consciência?
A dor parece não existir!
Tão menos a verdade e a dignidade...
Respeito a vida...
Pois não tem respeito a vida,
O fogo da liberdade queima em cada momento que vivemos.
Não há arrependimento...
Não se tem perdão...
Não nada apenas a busca por poder...
Coração pesado e podre...
Porquê tanto sofrimento e dor ?
A tristeza da pandemia mundial não basta tem ter mais uma guerra... Mais um massacre.
Ainda sorri para as câmeras aplausos telespectadores pois show continua...
Os horrores da humanidade... São simples machetes nós jornais.

⁠-Você

Cai uma tempestade sobre mim, eu não imaginava que seria tão ruim assim.
Olhar nos seus olhos, eu mal conseguia respirar.

Eu já estava quebrada a tanto tempo, já não conseguia sentir todo aquele momento
O calor em meu corpo, que já estava sem cor.

Sensação estranha, que me persegue, acho que essa saudade te segue.
Você sente oque eu sinto, Ou é apenas mais um doque chamamos de caras famintos?

Eu estava errada, eu caí em uma cilada
Em confiar nos seus sentimentos, acho que aquilo foi apenas mais um momento.
Foi tanto tempo, escondendo de mim mesma, e agora já não consigo mais ser eu mesma

Você estremece meu corpo,
Mas minha mente permanece.
tento evitar , mas sempre isso acontece.

~Juuh Almeida

⁠"Sobre Trens e Leis"
Uma locomotiva pode trafegar lentamente ou muito rápido. Pode levar poucos ou muitos vagões. Essas variáveis não interferem no que ela é, desde que rode sobre trilhos, continuará sendo uma locomotiva. Os trilhos são o que lhe confere estabilidade, é o caminho imutável, a trajetória inescapável.
As leis são os trilhos de um país. Assim como a locomotiva tem variáveis, um país também as tem, como economia e segurança. Quando alguma variável vai mal, a última medida a ser tomada deve (ou pelo menos deveria) ser mudar as leis, pois assim como trilhos foram postos meticulosamente onde estão, as leis foram debatidas e sopesadas antes de vigorarem.
Infelizmente não tem sido assim, pois temos assistido mudanças legais ao menor sinal de desarranjo, que poderia ser solucionado por vias executivas, tal como o maquinista aumenta ou diminui a velocidade da locomotiva, a depender do traçado dos trilhos ou da quantidade de vagões. A única questão é se o maquinista tem a habilidade e a lucidez necessárias e, sendo o caso, não mudem os trilhos, contudo, não sendo o caso, também não mudem os trilhos, mas o maquinista.

Sobre os filhos.💙💚

⁠Quando dizem:
Eles crescem rápido.

Acredite, é a mais pura das verdades.

E tudo bem reclamar das paredes rabiscadas, as marquinhas de pezinho e mãozinhas por todo lado, isso faz parte do nosso processo quando aprendizes de mães.

Afinal, nenhum filho vem ao mundo com manual de instrução, e nem uma mãe consegue ser 100% perfeita, né!

Vamos errar, mas em uma busca incansável de sermos a melhor mãe possível.

Nós nos doamos todos os dias para os nossos pequenos "serzinhos", sem querer nada em troca, e isso é ser mãe.

A nossa maior recompensa da vida é ver aquele outro alguém sorrir, e isso é ser mãe.

Nos anulamos muitas vezes, sem nem cogitar questionar, isso também é ser mãe.

E se erramos às vezes, nos culpamos tão loucamente, nos sentimos fracassadas, pois nessas horas esquecemos que somos mães, e mães também erram.

"Vou ser a melhor mãe do mundo, pois sou a única.
Mas vou errar, pois sou humana". (Vanessa Camargo)

Dois amigos caminham tranquilamente sobre uma ponte. Um deles pergunta:

— Sabia que existem milhares de crianças passando fome?

— Sim, eu sei.

— Os políticos luxam com o dinheiro que daria pra comprar comida pra elas.

— Porque são corruptos, pois eles não têm amor no coração, eles próprios sabem que recebem mais do que merecem receber.

— Tu tem inveja de político?

— Não, até porque não sou cego. Eu simplesmente não concordo com as injustiças causadas por eles.

— Nem eu, nem vou.

⁠TENTAÇÃO

Enfeitava-se de lantejoulas
E vestia uma espécie de ceroulas
Sobre um corpo muito moreno
Pequeno,
Quase ao chocolate negro,
De púbis atena
Com cheiros de açucena
Muito farfalhuda
Negra, barbuda
Como as do pirata
Primata
Dos sete mares
Sentidos
Mas não percorridos.
Nestes meus invividos
Ares
Altares
Sem fé de sentir
O doce do fruto maduro
Sem ser só pão duro
Neste mundo inexplicável
Por tanto inextricável
Do que foi
E do que está para vir
Como um boi
Puxa a carroça da troça
Doente, por não poder fugir.
E a pequena esfinge
Egipciana
Era uma mulher que finge
Estar comigo na cama
Da ilusão,
Apenas, cruel tentação!

(Carlos De Castro, in Poesia num País Sem Censura, em 10-08-2022)

⁠CONVERSANDO SOBRE O MUNDO

Dois amigos estão na beira do rio conversando sobre o mundo enquanto apreciam o sol surgindo no horizonte. Um deles pergunta:

— Já percebeu que a maioria das pessoas confunde vingança humana com justiça divina?

— Sim, já percebi — responde o outro, mostrando sinais de que tem uma mente saudável. — Se Deus faz mal aos que fazem mal, que diferença Deus terá dos que fazem mal?

— O mal provém da ignorância do povo em conjunto com o mau-caratismo dos seus governantes.

— Ainda bem que, mesmo em meio a essa bagunça, acontecem coisas maravilhosas, e é nessas que a tua alma precisa focar, pra não se desgastar com perspectivas decepcionantes.

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⁠UM POUCO DE MIM
Certa ocasião escrevi sobre a morte e reportei que a mesma era uma questão de opção. Na mesma senda, nossa vida também é repleta de oportunidades. Hoje, dia que para mim é como qualquer outro, apesar de estar encerrando mais um de tantos ciclos, reflito o que consegui conquistar e, sem qualquer sombra de dúvidas, primeiramente, a dignidade de estabelecer objetivos: escolares, familiares, fraternais, amorosos, de trabalho, projetos, enfim, aquilo que dependa de mim. Não me entendam como uma “mônada” isolada, que se julga capaz de conquistar o universo tateando sozinho na sua escuridão. Bem certo de que a solidão nos remete à reflexão, entretanto, as ações que mais nos permitem a evolução são aquelas que envolvem objetivos e ensinamentos coletivos. Apesar de ter o rótulo do filho mais folgado, nem sempre as coisas foram fáceis, ao que agradeço às orientações deixadas por meus pais, exemplos de superação, sonhos e realizações. Comparadas às provações que a vida lhes apresentou, deveria dizer que não tive sequer um grão de areia como obstáculo, em face do deserto pelo qual os mesmos tiveram que superar. Para tanto, família, trabalho, obstinação e amor, auxiliaram a matar a sede para a travessia. Aliás, quem caminha sedento e, a conta-gotas, com paciência e obstinação, vai buscando energias para chegar ao oásis, bem sabe que este é um caminho sem fim. Ao longo desse intervalo terreno, muitas situações inusitadas já passei. Várias “picadas” foram abertas nesse andar, muitas, deixando “grosseiras” provocadas por alguma aroeira no caminho. “Enxertos” desafiando as relações da própria natureza, como dar uma mãe (“Vaca Chaleira”) a um terneiro órfão (Takamanakira). Outro dia conto mais sobre isso, com detalhes. A tarefa diária, antes do “colégio”, não era lá das mais admiradas para um guri de parcos anos de idade – nem se fale nos dias de geada -, contudo, ao mesmo tempo, mostrava avanços inexplicáveis naquela relação que nasceu resistente, usando-se, inicialmente, a força de “acessórios” como cordas (sogas), maneias e palanques, até que um simples acompanhar daquele ritual mágico, se transformava em uma bela cena de total adaptação e, porque não dizer, evolução.
Afinal evolução de quem?
Nesse caminho vi nascer flores dos braços de minha mãe que, a malho, ferro e fogo, cortava e moldava arranjos que, mais tarde, eu via desfilar em bailes nas cabeças e vestidos de muitas “moçoilas” de minha geração. De alguma forma, eram “essas flores” que garantiam a minha presença em alguns desses eventos festivos. Muitas outras flores e projetos vi enfeitarem a vida dessa “jardineira”, o que daria um livro que não me atrevo a, sequer, principiar. O meu pai, por sua vez, altivo, nunca, jamais, me deixou sem amparo nos momentos mais difíceis que a adolescência insistia em “me aprontar”, mesmo acidentes que envolviam alguma “remontagem” material. Sabe-se lá se eu teria ou terei com meus filhos a mesma tolerância. Caso eu falhe, certamente, não estarei seguindo as diretrizes que me foram confiadas.
Seguimos lutando para vencer cada obstáculo!
Aos meus amados irmãos, agradeço a conjunção de esforços, de todas as formas: física, espiritual, material, emocional etc. Até mesmo às acaloradas brigas, onde sempre levava a pior, pois os “cascudos” vinham em cascata, dos maiores até o menor - no caso - eu mesmo! Aprendi muito e, como já ouvi dizer, vivi na “folga” em relação a muitos percalços ou carências que talvez tenham tido mais do que eu. De qualquer sorte, mais “liso” ou não, tenho a convicção de que fui “curtido” nessa santa troca de cumplicidade, desde as “pescarias” capitaneadas pelo pai, onde eram transformadas em “engenharias de aramados” que acabaram “tramando” homens de verdade! Obrigado a todos vocês: Pai, Mãe e meus Irmãos!
A lição disso tudo: “cultura”! Tanto a do cultivo da terra quanto do campo das letras; em ambas a arte da semeadura, da plantação, do cuidado, do controle das pragas e das rezas elevadas ao alto.
Graças aos exemplos que tive, sempre traduzo cultura como forma de comunicação, não só através de um modo eloquente e rebuscado, mas aquele em que se adapta ao meio onde estejamos, permitindo que haja entendimento: desde um diálogo com um heroico peão de estância, até o mais refinado desembargador em algum tribunal desse país.
Com essa “grande bagagem”, tive o alicerce seguro para sair de casa aos 14 anos, morar “sozinho” com meus irmãos, saindo dos braços de um lar, buscando um horizonte que dependesse somente de mim. Saído de uma escola onde a religiosidade era o mote central para a realidade de uma escola pública que, logo em seguida, emendei com o sonho de uma faculdade de direito, também pública.
Os amigos: onde teriam estado? Em tudo que me move! Os verdadeiros! Os de ocasião, nem os contaria!
Claro que nominá-los seria um desrespeito! Entretanto, a força motivadora desse laço extenso e infinito que se chama amizade é uma das insuperáveis demonstrações da presença de um Ente Supremo.
O mais incrível de tudo isso é que olho para as décadas que passaram e tenho a alegria de registrar que muitos amigos, de longa data, permanecem no meu convívio diário, que distância ou tempo nenhum separam. Outros tantos, agregaram-se nesse rol com uma intensidade que os coloca como partícipes das amizades que parecem transpor nossa própria existência terrena.
Até mesmo aqueles que partiram para o oriente eterno, tenho sempre vivas as lembranças boas e até passagens tragicômicas, que me fazem rir da vida quando ela nos apronta!
Acadêmicos, colegas de aula, colegas de especialização, de mestrado, colegas de trabalho etc. Nossos rastros ficaram vivos em cada lugar que passamos.
Aqueles que, eventualmente, não consegui agradar, tenham em mente que nunca tive como desiderato de vida fragilizar a vida dos outros, nem mesmo em pensamento.
Toda discussão que envolve rotular as pessoas procuro passar ao longe, pois sou adepto da discussão de ideias e não de preconceitos!
Porém, na lição de Confúcio, em os Anacletos, um aprendiz indagava ao mestre: uma injúria se paga com uma boa ação? Ao que o mestre respondeu: uma injúria se paga com retidão, afinal, com o que se pagaria, então, uma boa ação?
Nesse contexto, faço breve conexão sobre o perdão, que é algo salutar, em certa medida. Todavia, o perdão reiterado pode significar conivência, acabando por ceifar uma oportunidade daquele que necessita alguma evolução.
Aos meus filhos, não vou dedicar muito do que aqui escrevo, pois espero registrar a cada dia minha gratidão em gestos de amor e de carinho, que nos fortalecem para seguir empreendendo nessa aplicação Divina, cuja rentabilidade pode não dar inveja aos economistas mas me tornam uma pessoa repleta e muito rica: riquíssima!
Enfim, já plantei árvores, já escrevi livros e tenho meus amados filhos!
Com franqueza e escusas pelo lugar comum, minha maior ambição é a velha máxima popular de continuar agregando vida aos anos e não anos à vida!
Certa ocasião, em algum tempo dessas “décadas”, escrevi:
“Meu único amor
é amar ter muitos amores
este é o meu jeito de ser
‘eta’ jeitinho danado
me arrumou mais você”.
Clamo que não me entendam mal sobre o sentido de amor acima referido, pois deve ser entendido na plenitude que o amor merece.
Faz tempo que escutamos - e acreditamos - em “tempos modernos”, bem decifrados pelo poeta Lulu Santos. Contudo, se faz necessário impulsionar, na realidade, “um novo começo de era, de gente fina elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não...”.
Assim, com o “tempo voando e escorrendo pelas mãos”, vou encerrando esse pensar comigo mesmo, que ouso dividir com todos que me acompanham ao longo desses anos.
Espero, sinceramente, tenham servido para abrandar as arestas e imperfeições que tenho, nessa luta diuturna para tentar mitigá-las, para me tornar, cada vez mais, digno de conviver com pessoas tão especiais como vocês.
Obrigado a todos, TODOS MESMO, que me permitiram refletir para um sentido e para um sentimento, que ele seja: EVOLUÇÃO!
Alfredo Bochi Brum

⁠Carta à Mãe ( sobre o cancro) -


Estou diante de um velho espelho e vejo a minha imagem turva. Estou sozinha mas viva, e isso vale por mil companhias. Lá no fundo brilha uma esperança de futuro, de vida, de cura, ainda que vaga … o que não apaga tudo aquilo que vivi e senti. Agora quero acreditar em Deus, sinto que mereço acreditar nele e no seu poder de Equilíbrio … porque acreditar em Deus é acreditar na Vida. Vida que ainda sinto, que ainda respiro, que ainda me habita. Vida que nunca ninguém em tempo algum me poderá tirar … agora Sei! Agora Sinto-o!

O cancro é um mal que entra no corpo sem se dar por ele. É um estranho negro que começa a viver lá, a virar a nova casa em que habita contra si mesma. Esta é a fatalidade do cancro. Ele começa por ser um invasor mas torna-se uno com o invadido forçando-nos a destrui-lo. Destruição que nos destrói, dor que gera dor, fim que nos aniquila. É a presença do diabo! O tratamento é o exorcismo da ciência.

Mãe … espero que nestes termos o Ames a ele e a mim porque os dois formamos um só. Espero que aceites este estranho que muitos conhecem mas que poucos conseguem expulsar completamente … e se ao leres isto que escrevi, a escuridão me tiver engolido, não podes pensar que fizeste pouco por nós. E apesar de sempre termos alcançado tudo juntas, este ultimo percurso tem de ser feito obrigatoriamente por mim, e só por mim. Perdoa-me o individualismo mas é assim que a Vida quer! O passado dos nossos sorrisos parece ter-se afastado, parece ter-se evadido … sinto o presente tão doloroso na Alma e no Espírito que o futuro se torna numa incógnita fatal.

Que o teu Coração de mãe se acalme com a recordação do nosso Amor porque o meu está em Paz … e se eu tiver que partir mãe, nessa hora de partida, levarei impressa no meu Ser a tua Alma de Mulher.


in Uma Alma de Mulher
Do mesmo autor

⁠Não perturbe meu silêncio
Porque você não sabe nada sobre ele,
Porque, enquanto eu falava, você não quis me ouvir;
Agora ele tomou dimensões descomunais,
Sutil, sem fúria.
Criou tentáculos entre os quais me abrigo sentindo a pulsão de sua profundidade, a viscosidade de sua pele.
Vocẽ já não consegue alcançar minhas mãos, nem eu as suas.
Lágrimas silenciosas descem, evaporam, drenam meu corpo, pouco a pouco...
Você conhece o poço dos silenciados?
Nele conversamos nossas dores sem falar.
Lá, o tempo se divide em dois,
E você poderá ouvir os ecos da mudez do mundo.

⁠Feita de/para/sobre
(Poeta Bucano)

Após a tormenta da tarde
Um nó turvo ficou muito claro
Agora, tenho que me permitir
E vou mergulhar nisso
sem o peso das ressalvas
Derrubei, depois de uma metade de vida, as cortes que poderiam me julgar
Artistas não deveriam ser condenados
Qual é a acusação? Sentir o que sentem?
A natureza do sentimento
é a excludente da culpa
Porque esse é o fogo que concebe suas vidas.
Então, que nos venha livre essa doce loucura, azeitando as vírgulas desse destino -
Esse é o meu veredito!
O calor da minha respiração
anseia pelo sabor dessa aventura
E esperar-te-ei sentado à mesa da reciprocidade
No menu do silêncio, de entrada,
serás servida com qualquer obra de arte
singular, em par,
feita de/para/sobre nós
E assim viver-te-ei, Arte,
respeitando os limites de cada estrofe, mas em estilo livre.

⁠Nem sempre estamos certos sobre o que pensamos ser certo.
A vida me ensinou a filtrar o que é bem comum do que é egoísmo, a buscar a verdade por mais que ela esteja escondida no fundo do mar. Logo eu, que por muito tempo menti para mim e para os outros. Menti por medo, para ter aprovação, mas era outra eu, uma que não estava certa do que é certo.
Agora, nesse dia cujo o sol ilumina minha pele, eu quero e vou seguir sem medo, e não é segredo que meu alvo é um céu de esperança, onde verei o amor vencer o ódio a cada novo amanhecer.
Nildinha Freitas

⁠"Quando tu necessitas fazer ressalvas a cada afirmação tua sobre um assunto, duas coisas podem estar acontecendo:
Ou tu não sabes do que falas e estás inseguro.
Ou existe um cruel cerceamento do "livre pensar" na sociedade em que vives e, tu temes represálias."
Sergio Junior

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