Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
Na solidão... tu e eu
... tu e eu
distantes
e um silêncio
dentro de nós,
um vazio espaço
entre tu e eu
preenchido pela
solidão que
inquieta o coração,
nossos sonhos
desfazendo-se igual
nuvens dispersas no
infinito céu,
os raios de sol
já não aquecem,
a lua já não encanta,
as estrelas deixaram de brilhar;
tu e eu envoltos
na vastidão sombria da solidão.
Nosso amor se
perdeu no tempo e no espaço,
deixando-nos sós
tu e eu
na companhia da solidão.
Ecos...
Ecos no tempo, ao vento, no espaço...
a linha do horizonte se dividiu
tu e eu em rumos diferentes
um mundo desconecto
sem nexo
apenas o reflexo
de ecos distantes
...nossos mundos inteiros colidem
em corações partidos
nossos sonhos se escondem
deixando-nos sufocados por ecos no vazio
do tempo presente
no passado que ficou para trás
no futuro que a ninguém pertence
... tu e eu separados pela linha do tempo, unidos por ecos silentes
... de tantos ecos, talvez venha do céu um sinal
uma luz, brios e reflexos, ou, simplesmente lumes
para tanto, é preciso deixar
que as estrelas se alinhem
que as nossas linhas se cruzem para compreendermos nossos mundos
enquanto... um eco silente chora.
Perdemo-nos
Talvez o dia
em que eu te procure
já não o encontre
... ou, te encontrarei nos braços de outro alguém
Talvez no caminho
que eu trilhar para te encontrar
eu também me perco
para não mais voltar
... aos poucos; perdemo-nos
Por consequências de escolhas
o distanciamento se fez;
o frio, o vazio... tomou conta
hoje, nos perdemos um do outro
sem ao menos dizer... adeus.
Memórias
... ainda desconhecida razão
mas, por alguma questão
ainda teimam e eu insisto guardá-las.
Reporto-me ao passado
numa viagem nostálgica,
momentâneos lampejos
acordam fragmentadas memórias,
vagarosas saudades que
de repente, ficam atormentadas
... nesta correnteza de lembranças
navego até compreender a razão
de estarem presentes.
Recordo com doçura
percorrendo silenciosamente a
imperceptível fronteira do meu eu
na busca de nossos doces momentos
vividos e guardados no coração.
... uma viagem ao passado com retorno
no presente, toca suavemente a alma,
eis a razão de estarem guardadas doces memórias
que o tempo não consegue apagar.
DORMIR ATÉ CHORAR
Todos os dias estão sendo uma mentira
Eu sei que ninguém se importa de verdade, mas tento esconder finjo que é verdade, mas na realidade é só mais um jeito de me livrar dessa dor de não ter ninguém que realmente se importe com você .
Dormir até chorar, provavelmente você já fez isso, há um momento que nós cansamos, toda essa vida feita de mentira tem que acabar, mas como sempre fracassei novamente então, aqui estou eu escrevendo esse texto é chorando sem parar, as lágrimas escorrem e molham o travesseiro.
Eu tento mas não consigo, eu preciso de um jeito, um momento que precisa ser real, saber quem realmente se importa comigo. O momento é esse, lembro de cada um e choro, colocando tudo aquilo que não colocava para fora agora, mas tudo bem amanhã é outro dia, eu acordo visto minha máscara que estará bem feliz e parto para mais um dia dessa minha vida que se baseia em um teatro e quando deitar novamente vou me por a chorar.
"Me deixe apenas essa noite ser quem eu quero ser.
Não diga que estou exagerando este momento é o meu momento.
Eu quero sentir a dor e o prazer de ser quem sou.
Não quer me acompanhar,então fique com sua vergonha.
Estou a busca de aproveitar a vida sem acertos eu não preciso deles."
Se eu fosse dono da verdade, poderia modificá-la quando bem o quisesse para torná-la agradável às pessoas que eu desejasse cortejar, e ela me obedeceria.
Feliz ou infelizmente, isso não está ao meu alcance. Só posso aceitar a verdade tal como ela se apresenta, e tentar dizê-la o melhor que posso.
Aí me chamam de dono da verdade.
Neblina
Hoje eu lembrei com saudade
De quando eu era menina
Corria abrir a janela
para ver cair a neblina
Já era aquilo um prenúncio
Que o dia seria alegre
Ficaríamos na cozinha
Enrolados na “corta febre”
Era a casa de madeira
Dois quartos , sala e cozinha
Mas o quintal era grande
Tinha carneiro, cabra e galinha
Um pouco mais nos fundos
Tinha nosso canavial
Chupávamos cana a vontade
E do lado um milharal
Se o sol saísse íamos para fora
Mas se o frio continuasse
Ficávamos na cozinha
Aonde o fogão a lenha
Também nos aquecia
lembrei com saudade
De quando eu era menina
...e via cair a neblina!
Se tu voltasses...
Dia bonito
Aragem de frescor
Terna primavera!
... Mas o que tenho eu com ela?
Sou um fruto do seu descaso.
Por onde andas meu amor?
Por favor
Não questionem minha tristura
Aqui dentro, onde tudo existe
crença alguma mais persiste,
e as rosas... Ah, as rosas
tão tenras e prosas,
morreram em botão...
Dói-me tanto o coração...
Mas se tu viesses
Se voltasses, enfim,
borboletas azuis, as mais afáveis
revoariam no meu jardim,
e a vida do meu dia,
seria então
poesia...
... Ah meu bem,
se tu voltasses...
NÃO ME INQUIRA SOBRE O AMOR
Como eu vejo o amor? Pergunta inusitada!
Tal como a morte, me é certo e preciso...
Mas corta a carne como o fio da espada!
Sempre fugiu ao meu domínio. Juízo...
... Que sempre foi a guilhotina má. Afiada
Mão impiedosa do destino avassalador
Nunca fui sentida como a donzela amada
Como a morte, implacável, é o amor!
Flui-me por entre os dedos como o tempo
Este algoz, sentimento de dor e tormento
Beijos frios, pérolas aos porcos e ao vento!
Nunca vi a face do dulçor, acalento doce...
Nunca verei a morte até o fim momento
Não me fale pois do amor;esta mortal foice!
Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)
GRASNE LIVRE O CORVO!!
Porque haveria eu de não dessaber do sentir?!
Este amor mesquinho que revoou em meu umbral
Acaso foi ele um dia o rosa vermelha à florir?
Não__ Antes fora a peçonhenta mão do mau...
Há chegar nas horas ainda de esperança menina
Varrendo toda utopia do meu verso em arranjo
Envenenando a moça com melado e Estricnina
Podou ainda no anunciar as asas do casto anjo!
Pois então porque não deveria ignorar o amor?
Este maldito tormento das madrugadas frias
Quando nem o beijo falso trás mais o langor...?
Viver de amargura, melhor que existir no engodo.
Que jamais torne a entregar o coração de poesia
Padeça a poetisa lúcida e grasne alto, livre, o corvo!!
Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)
A saudade
Você é a minha metade,
minha felicidade.
Sem você eu sinto só saudade.
Sem você meus dias são vazios.
Meus sentimentos são frios.
Não há quem me convença
e tudo o que eu quero é só sua presença.
Acordo pensando em ti.
Pensando no dia que você chegar.
Essa dor que me maltrata
e só falta não passar.
Mas é tão bom sentir saudade.
Quando a gente ama
percebe que o sentimento é de verdade. Quando você chega é tudo felicidade.
O sol ilumina o dia.
A lua ilumina a noite.
Você ilumina minha vida.
Faz do meu coração sua morada
e ser pra sempre minha amada.
Quero ser sempre seu
e ter você sempre pra mim.
Essa poesia eu fiz
porque nossa história
jamais terá um fim.
Nessa vida é bom sentir saudade.
Mas vamos seguindo, lutando, caminhando de mãos dadas,
em busca da felicidade.
Notoriamente físico
Um extremo e oculto psicológico
Me acompanham sem que eu queira
Por horas e horas de um relógio
Morte vivida
Numa vida já sem cor
Ter tido e ter nada
Tão sufocante dor
No mar das próprias lágrimas
inerte a se afogar
Sem bomba de alívio
Tudo tende a estreitar
Pensar queima o cérebro
Há ainda uma via a desinflamar
Eu me abro, me rasgo
Grito em silêncio ao infinito e calo
E ao som arrastado de um último suspiro embargado
numa madrugada qualquer falo:
"Eu... não... consigo... mais respirar."
Eu tenho pânico
daqueles finais sem começo, dos momentos gravados, mas não vividos…dos sentimentos que marcam o peito mais nunca chegaram a ser real. Tenho pavor de tudo aquilo que tira o sono, mas não completa o dia. Tomei uma certa repulsa por tudo aquilo que encanta e vai embora.
Os buracos do que “não aconteceu” são maiores dos que os danos já vividos.
Eu passo na rua, vejo esta maravilha.A lua cheia e o céu roxo avermelhado.Ainda são 18hs mas ela brilha e está maior que o sol que se esconde atras da cerra.
Serei sempre uma eterna apaixonada pela
Lua, estrelas, nascer do sol e pôr do sol.
Porque remetem à saudades do que não foi,
mas que um dia será. Faz desejar coisas antes
não desejadas. E trás paz pra o coração, pra alma.
Porque é simples, porém, espetacular.
Porque é presente de Deus.
Vejo na calçada um casal de idosos sentados.
Será que as mazelas da vida ainda os fazem admirar a Lua?
Quero admirar sempre. Porque aqui é meu lugar.
No infinito, além do horizonte.
Eu tiro o chapéu pra vida.
Pra quem sorri das coisas simples.
Eu tiro o chapéu, pra quem tem coragem de amar...
Tiro o chapéu, pra quem almeja o sucesso pra si e para os outros.
Eu tiro o chapéu, pra quem trilha na oração o realizar dos seus sonhos.
Eu tiro o chapéu pra quem pratica o bem.
Pra quem ama as crianças e os animais. Pra quem educa e incentiva.
Eu tiro o chapéu, pra quem nao denigre a imagem do outro.
Eu tiro o chapéu, pra quem é amigo, pra quem e irmão.
Eu tiro o chapéu para quem nos faz rir deixando nossos dias coloridos.
Eu tiro o chapéu, para quem mesmo distante consegue ser presente em nossa vida.
Eu olho pro mundo e penso
No quanto me sinto propenso
A não ver
Muita coisa que me alegre
Tempos tristes
Gente sem graça, mérito e nem talento
Tento entregar às estrelas
Todo o crédito dos meus olhares
Milhares de brilhos
Crias de Deus
Emanando alegrias aos pares
Purpurinas com as quais
O Nosso Grande Criador
Põe beleza no espaço
Em nosso derredor
Nos ensinando em silêncio
Que por menos maus um dia sejamos
Jamais faremos nada igual
nem perto de parecido
Me sinto perdido
Nesse pequeno pedaço
de espaço esquecido, em meio ao nada
Satisfeito
e ao mesmo tempo triste
Por saber que existe
Um número imensurárel de quasares,
Incontáveis bilhões de Pulsares emersos
Em um imenso Oceano de Estrelas
Todas elas pra lá de belas
Porquanto inversamente
Permanecem simples e singelas
Quais divinas aquarelas
Retratadas lá no Céu
Antes de fechar minha janela
Eu penso
Que em tamanho e infinitude
Três grandezas serão comparáveis:
A Perfeição do Deus,
Em sua explicação silenciosa
A Beleza do Universo
Justificando a razão de o ser
E a estupidez Humana
Sem razão e nem porquê.
Edson Ricardo Paiva.
►O Que Há De Errado Comigo?
Não adianta, tentei mudar
Mas eu acabava no mesmo lugar
Ajudando, mas não tendo ninguém para conversar
Melhorar parar de me contorcer, e de lutar
Devo simplesmente deixar a solidão me dominar
Tornar-me-ei um animal refugiado
Sem um amigo para me apoiar,
Sem um amigo para ficar ao meu lado
Justo hoje que eu mais preciso,
Sinto estar revivendo o passado.
Tenho medo de continuar agindo assim
Sempre que precisam, eu digo sim
Alguns me disseram que esse meu jeito é ruim
Tentei ser diferente, tentei copiar muita gente
Acabou que eu voltei ao modo em que estou,
Sempre pensando nos outros,
Sempre me deixando em segundo plano
Eu deveria ser mais esperto, egoísta?
Meu modo de pensar chega até a me duvidar
Seria eu a pessoa certa para ter uma família?
Acho que sim, eu pensaria primeiro nela, eu diria.
Em alguns momentos eu sinto uma vontade desconhecida
Que não há uma definição totalmente descrita
O cifrão não se sobressai a amizade
Por conta disso, eu acabei definindo-a como preciosidade
Estava querendo ser mais coração de pedra,
Mas não consigo manter minha mente deserta
Sempre surgi alguém para ocupar algum espaço nela
Tenho medo de acabarem destruindo ela.
Frequentemente sou assombrado
Por erros presentes, por erros do passado
Lembranças de quando fui menos esforçado
Trago, em mente, um dilema, que acabou se tornando um problema
Nada bíblico, mas eu tento ajudar os outros,
Como se fossem amigos de um tempo já esquecido
Mas nem sempre consigo, mas ainda assim persisto
Parece até que Deus não quer que eu faça isso
Passei a me importar menos,
Passei a pensar mais nos desconhecidos
O que isso me trouxe de bom eu ainda não sei
Alguns me abandonaram, nos demais eu me enganei
Pensava que eu teria com quem conversar
Ora pois, não há como ficar sozinho se tenta ajudar, certo?
Errado, acabei ficando cada vez mais ausente,
E isso começou a me assustar
Me equivoquei, tentei ajudar e fui ignorado
Isto chega até a ser engraçado.
A reflexão de tais pensamentos sempre me joga no chão
Reflito se tudo que fiz fora apenas em vão
Que, quando eu morrer, não me deixarão atravessar o portão
Já faz muito tempo que comecei a andar em círculos,
Acabei ficando totalmente perdido
Algumas pessoas próximas a mim disse para aceitar o amor de Cristo
Mas não tenho fé, porém respeito todas as religiões
Do candomblé ao cristianismo
Talvez eu só precise de um espaço para acalmar meu coração
Ou talvez tudo isso seja uma criação de minha imaginação
Mas na minha frente eu só vejo o vazio
Sobrevivo pensando em outras coisas, evitando pensar nisso
Mas a cada ano que passa, fica mais difícil.
" As vezes eu até queria ir para algum lugar
E ficar lá só observando,
até onde você seria capaz de ir.
Até onde você iria para conseguir o que quer,
pois apesar de não parecer forte e nem determinado,
acredito que possas conquistar e conseguir muitas coisas,
não só um mero desejo, mas todos os que quiser.
E é por essa razão que não irei à lugar nenhum,
Nunca!"
ESSE PRAZO
Eu preciso de tempo,
antes que me acabo, me de prazo,
para que eu possa, me ajuizar
nesse juízo de mandatos
que sem ouvidos, me arrastam
pelos meus gritos e castigos
pelos trilhos que estavam contigo
e pela leis desses proscritos.
Vida sem prazo, não é nada
... Enforcamento de tempo
afogamento d'água
me vejo molhado, sem asas,
em angustia, que arrasa,
mesmo sem lado, sou de casa,
n'essa brasa, que me aça
no estrangulo nesse fado
me sucumbo nesse enfado.
Meu prazo longo...
meu tempo passa,
vida me abraça, com essa brasa
ébrio me acha...
E eu, fico assim, n'essa cachaça
... Na incisão de prestação
de uma nação sem coração
quanta paixão!!!
Quantas bombas, nesse torrão.
Antonio montes
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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