Cartas e Prosa de Fernando Pessoa
Como as mulheres sabem nos manipular. Deitado na cama, com a mente em branco, Joxe Mari olhava o quadrado de céu azul da janela. Ficou um bom tempo ali imóvel, em atitude apática, com as mãos enlaçadas atrás da nuca. Por fim lhe vieram pensamentos. Ou melhor, imagens. O tempo, de repente, retrocedeu a grande velocidade. O tempo era um filme que mostrava a sua vida de trás para a frente. Saiu logo da cadeia e entrou em outra e depois em outra, foi torturado, depois preso, voltou à luta armada, à tarde chuvosa em que Txato olhou nos seus olhos, ao pub onde atirou pela primeira vez em um homem, à França, à vila e, chegando aos dezenove anos, as velozes imagens mentais pararam de repente. Imaginou então um destino diferente, que culminava com a realização do seu grande sonho: jogar no time de handebol do Barcelona F.C.
Saiu do ETA, dormiu bem. Ele já andava balançado em suas convicções de uns tempos para cá. Tudo influi: a solidão carcerária; as dúvidas, que são como mosquitos de verão que não param de rondar; certos atentados que, por mais que se esprema, não cabem no espaço cada vez mais estreito das justificativas habituais; os companheiros que considerou desertores num primeiro momento e agora compreende e, em segredo, admira.
Ano após ano, acompanhamos o sistema político de Angola afectar a liberdade de imprensa; a democracia ficou comprometida pela censura, dificuldade de acesso às fontes oficiais, sobrevivência e falência dos órgãos de comunicação social, ausência de uma agenda própria e rigorosa das redacções, agressão a jornalistas, impedimento de cobertura e muitas outras dificuldades enfrentadas pelos órgãos público e privados.
O Estado e a Pátria não podem ser pais narcisistas que criam seus filhos para depender o resto da vida deles. Pelo contrário, deve ensinar e preparar seus filhos para ser indivíduos livres, fortes, autodeterminados, protagonistas dos seus destinos, criadores das suas próprias realidades e dignos de cumprirem os seus propositos nessa terra.
O Séc XXI será conhecido como a idade das trevas digital porque a tecnologia estava além do nível de consciência das pessoas. Os paises ricos ainda focavam na exploração excessiva de recursos naturais e mão de obra barata enquanto idiotizavam sua população através do entretenimento online. Quanto aos países emergentes, estes mal conseguiam resolver questões básicas (idh baixíssimo). Desestabilização. Uma populacão subdesenvolvida com acesso à tecnologia, usa ela para obter dopamina rápida, através de vícios em apostas online, apologia a drogas, sexo barato, hedonismo, jogos, disseminação de ódio, censura, preconceito e desinformação. As pessoas não tinham inteligência emocional e estavam presas aos sistemas de crenças de seus antepassados que remontavam há milhares de anos.
Conduza-me pelos teus caminhos, pois, os teus caminhos são perfeitos. Leva-me até as tuas moradas, pois, as tuas moradas são perfeitas. Usa-me Senhor como um instrumento em Tuas mãos. Dá-me o sentido que busco para a minha vida. Veja se há nobreza em meus planos, o de prosperar, para então, servir. Aba, Pai, eis-me aqui.
A lógica só faz sentido para os seres vivos e pensantes que não contribuem em nada com a própria existência, respiram o ar sem saber de onde ele vem, bebem da água que sai da rocha, comem da terra que mesmo morta, produz a vida e a sustenta. A lógica perderá todo o seu sentido, quando o homem que escolheu ser sustentado pelo próprio entendimento, não conseguir respirar, nem beber e nem comer. Então este mesmo homem, conhecerá o fim de todos os homens, e o próprio entendimento o forçará a buscar uma solução lógica para fugir daquele que visita a todos os que morrem, e não achará uma solução. Eu vivo pela fé, eu luto contra o que não vejo, e busco abrigo na sombra daquele que me criou.
Não conhecemos a morte, apenas observamos o seu agir. O corpo já estava morto e fétido e ainda assim ouviu o Senhor chamar; Lázaro sai para fora, e ele saiu. Não tema a morte, ela foi vencida e superada. A morte, como a conhecemos, não é o fim de tudo, a vida continua. Para o madeiro, foram três, apenas dois subiram aos céus.
"Tentar calar os jovens e desmerecer as suas intervenções com a justificação de falta de experiência é dar a entender às pessoas que não á paciência para instruir as gerações futuras. É mais fácil para quem manda diminuir as escolhas, dando pouca importância às sugestões de quem é aprendiz. Desta forma continuaremos a incentivar a formação de adultos ingénuos com receio de expor os seus talentos retardando o desenvolvimento das comunidades."
Não criei o Centelismo Universal com o propósito de ser uma religião, mas para organizar o sistema de crenças e práticas que visam inspirar um entendimento mais profundo sobre a existência humana e seu propósito no cosmos. Sua razão de criação está fundamentada em princípios de evolução, autodescoberta e unidade, transcendendo dogmas e estruturas religiosas tradicionais.
Os andorinhões só vão voltar na próxima primavera. Eles me deixaram sozinho com todo esse monte de humanos que me oprime e me exaspera. Li que os andorinhões emigram para além do Saara, chegam até a altura de Uganda, por aí, e que passam a maior parte da vida no ar. Exatamente o que eu queria: não tocar no chão, não tocar em ninguém. Se eu pudesse ter optado entre nascer homem ou andorinhão, depois de ter visto tudo que vi, escolheria a segunda alternativa. (...) Que bela filosofia existencial: sair de um ovo, cruzar os ares em busca de alimento, olhar o mundo de cima sem ser atormentado por questões existenciais, não ter que falar com ninguém, não pagar impostos nem contas de luz, não se achar o rei da criação, não inventar conceitos pretensiosos como eternidade, justiça e honra e morrer quando chegar a hora, sem assistência médica nem honras fúnebres.
Posso jurar que comecei a gostar mais da vida desde que sei que tenho nas mãos a alavanca para finalizá-la. Por essa razão, os momentos triviais acabaram para mim. Qualquer coisa que eu faça hoje tem um ar estimulante de despedida. De repente, tudo faz sentido (sim, Patamanca; sim, Camus), pois tudo acontece em relação a um ponto exato de referência. Agora, sim, agora é que acho realmente que a vida (os sete meses que me restam) merece ser vivida. A certeza do suicídio a torna apetecível, talvez porque, depois de experimentar o doce sabor da aceitação e da serenidade, eu me sinta liberto do que chamam do sentimento trágico da existência. Não tenho mais amarras. Nem as ideias, nem as coisas me prendem. O mundo seria, não sei se mais bonito, mas com certeza mais pacífico se todos soubessem desde a infância a hora exata da sua última inspiração de oxigênio.
Espirito Santo ouça e guarde minhas palavras, pois bem sei que tu ouves o meu pensamento. Escolho orar em espírito, pois, pelo espírito recebo revelações e é justo que pelo espírito eu diga eis me aqui. Leve ao pai o que lhe digo, traduza os meus sentimentos, revele os meus planos e ensina-me o caminho para agradar ao meu Senhor, amém.
Na escuridão da mente perturbada, o homem que se entrega ao crime de stalking torna-se uma sombra sinistra na vida de outrem. Seu desejo doentio de controle tece uma teia de angústia e medo, transformando a liberdade alheia em prisão emocional. O rastro de suas ações deixa cicatrizes invisíveis, corroendo a paz de suas vítimas. A obsessão distorce a realidade, transformando a busca por conexão em uma perigosa caçada. Que a sociedade, vigilante e unida, seja a luz que dissipa as trevas, garantindo que as vítimas encontrem refúgio e que o perseguidor enfrente a justiça, dando fim a essa dança doentia entre o predador e a presa.
Ao longo da jornada da vida, descobrimos que os laços de amizade podem se tornar laços mais fortes do que o próprio sangue. Em alguns corações, a sintonia com amigos é tão profunda que transcende os limites familiares. São amizades que crescem, se nutrem e se solidificam, transformando-se em elos preciosos que resistem ao teste do tempo. Às vezes, encontramos na amizade uma irmandade escolhida, onde a confiança, a lealdade e o apoio mútuo criam laços que superam até mesmo os vínculos sanguíneos. Nesses momentos, aprendemos que a verdadeira família pode ir além do parentesco, abraçando aqueles que escolhemos chamar de amigos, tornando-os, de fato, mais chegados que irmãos.
Numa cultura que confunde exposição com autenticidade, a verdadeira coragem pode estar em cuidar da própria dor fora dos palcos. Porque há algo sagrado em respeitar o tempo da alma. E porque, no fim, não é a intensidade da ferida que nos transforma, mas o que escolhemos fazer com ela — quando as luzes se apagam, e somos apenas nós, frente à verdade de quem somos.
Admiro pessoas que pensam, que saiam do tradicional, que pensam fora da "caixa", que arriscam e fazem da vida um eterno aprendizado, que lutam pelo que acreditam e tenha ideais e objetivos próprios, mesmo que vá na contra mão dos que os outros acham, pessoas de personalidade e por mais que discorde sempre as admirarei.
Não confundam arrependimento com medo! Arrependimento é a ação de assegurar a não pratica de determinado ato repudiado, que possivelmente não irá se repetir. Já o medo é uma condição temporária estratégica de precaução, onde a pratica de uma ação me resultara em possíveis malefícios que não quero vivenciar, mas possivelmente irei pratica-la novamente.
O amor próprio é a base da nossa autoconfiança e da nossa capacidade de perseverar nas lutas que enfrentamos na vida. Quando acreditamos em nós mesmos e nos valorizamos, estamos mais aptos a persistir nos desafios e não desistir diante das adversidades. E quando a vitória finalmente chega, o sabor é ainda mais doce, pois sabemos que chegamos lá graças à nossa determinação e coragem. Portanto, cultive o amor próprio e nunca desista na luta, pois a recompensa pode ser mais gratificante do que você imagina.
Tem dias que acordo com muita empolgação, e meus pensamentos são direcionados a você. Quero falar de você pra todo Mundo, ocupo meu tempo pensando e falando de você tem tem momentos que prefiro o silêncio. Mas não tenho isso como um medidor. Porque o que sinto por você vai além. E de alma não dá carne, e do alto não da terra .
