Cartas de Saudade de um Amigo

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Carta para Mim Mesma 💐

Querida,

Às vezes, a vida nos coloca diante de desafios tão grandes que parece que a força nos escapa. Mas, mesmo nos momentos mais difíceis, percebo que sou mais forte do que imagino. Cada dia que passa, acordo mais revigorada, com uma sensação renovada de que posso, sim, seguir em frente, apesar da saudade e da dor.

A perda de alguém tão amado deixa um vazio que nunca será preenchido da mesma forma. Sei que nunca encontrarei outra pessoa como ele, mas aprendi que o amor não se apaga; ele se reinventa. Ele se transforma em algo eterno, presente em todas as lembranças, nas lições que ele me deixou e na força que ele me ensinou a encontrar dentro de mim mesma.

É verdade que ainda sinto a ausência dele todos os dias. Mas a saudade, mesmo sendo dolorosa, também é uma prova de que o amor vivido foi profundo e verdadeiro. Ele está presente em cada parte de quem eu sou agora, em cada passo que dou. E mesmo sem sua presença física, sei que ele me guia, me ensina, me lembra de que sou capaz de seguir em frente.

Não há como negar que a dor e as lembranças são parte de mim, mas elas também me tornam mais forte. O que ele me ensinou sobre o amor próprio, sobre a força que existe dentro de mim, me sustenta em momentos de fraqueza. Aprendi que o maior amor de todos é aquele que nos ensina a ser fortes, a acreditar e a seguir em frente, mesmo quando tudo parece difícil.

Hoje, ao olhar para tudo o que vivemos, sinto uma enorme gratidão. Não só pela memória dele, mas pela vida que compartilhei ao lado dele. Cada risada, cada abraço, cada momento... tudo isso fez parte de algo maior, algo que, apesar de parecer ter acabado, continua a viver dentro de mim. E eu carrego isso com tanto carinho, com tanta gratidão. Ele me ensinou a valorizar a beleza da vida, a força do amor e a importância de acreditar em mim mesma.

E, mesmo com todo o amor que eu sinto, não posso esquecer de que a saudade é algo que vai acompanhar meus passos por muito tempo. Mas não é uma saudade que me enfraquece. Pelo contrário, é uma saudade que me fortalece, que me lembra da importância de tudo o que vivemos e do impacto imenso que ele teve em minha vida.

Hoje, me sinto mais forte. Me sinto revigorada. Sei que a dor da perda nunca vai desaparecer completamente, mas a cada dia, com mais amor, carinho e gratidão, vou encontrando formas de seguir em frente. E, de algum jeito, sei que ele estará sempre comigo, me guiando, me protegendo, me amando, de uma forma que só o amor verdadeiro pode fazer.

Com saudade e gratidão,
Sua esposa e filhos

⁠Não me velou em vida.

Não me venha agora com flores póstumas de memórias mortas. Não me traga fúnebres lembranças de amores velados em desesperança. Diga-me, acaso foste tu, a luz nos meus dias sombrios? Ou fostes apenas o frio cálido das minhas noites infindas, perdido no teu ser? Se não velastes o meu mórbido desespero, não me traga cores primaveris como afagos solitários no meu leito eterno de descanso vazio.

Inserida por naldo_silva_1

⁠ "Agora foi, agora é hora"

Eu não gosto de você.
Não sinto atração por você.
E poderia até dizer que te odeio…
Mas isso não seria verdade.

Sinto falta das nossas memórias,
de tudo que vivemos —
mesmo sabendo que isso não vai voltar.
Somos pessoas diferentes agora,
com mentes diferentes,
mais maduras do que antes.

Hoje, não somos mais o que fomos ontem.
E nunca mais seremos.
Mas... tá tudo bem.

Não.
Não está.

Porque toda vez que você me ligar,
eu vou atender.
Sem pensar duas vezes.

Mesmo você estando com outra,
mesmo que eu também esteja com alguém...
Você ainda vai ser o meu "e se".

Agora foi.
Agora é hora.

obs: eu fiz essa nota para uma pessoa que amei muito e hj não amo mais mas sinto falta do que éramos e do que poderíamos ser

Inserida por cebolinha_boiola

⁠Hoje é o seu aniversário, 08 de maio.
E por mais que a vida tenha colocado distância entre nós, meu coração ainda sente que essa data também é minha.
Porque te conhecer foi uma espécie de renascimento pra mim.
E mesmo que agora a gente esteja em margens diferentes do mesmo rio, eu continuo ouvindo o som da sua presença dentro de mim.

Essa semana a gente se falou depois de meses.
Meses de silêncio. De saudade disfarçada.
De tentar seguir em frente com metade do peito.
E quando você apareceu de novo… foi como abrir uma janela num quarto onde eu já tinha me acostumado com a escuridão.
A luz não veio pra machucar.
Veio pra lembrar que, apesar dos cacos, ainda existe algo vivo entre a gente. Algo que o tempo não levou.

Não voltamos ao que éramos — e talvez nem devêssemos.
Mas pela primeira vez, a gente tirou as máscaras.
Deixamos a verdade entrar.
Sem culpa. Sem cobrança. Só a verdade.
Só nós, e esse sentimento que, mesmo machucado, ainda respira.

E eu não posso negar: você foi o amor mais bonito que já me aconteceu.
Mesmo na dor, mesmo nos erros, mesmo nos rompimentos — você foi lar.
Você me cuidou como ninguém.
Me amou nos meus dias pequenos.
E ficou… mesmo quando eu só queria sumir.

Talvez a gente tenha se perdido porque tentou se amar com pressa.
Porque o mundo exigia muito da gente, e a gente não sabia ainda como se proteger.
Talvez o amor tenha sido maior que o nosso preparo.

Mas sabe… se for amor mesmo, ele espera.
Ele não exige presença o tempo todo — ele confia.
Ele vira silêncio que acolhe.
Vira lembrança boa no meio do caos.
E se um dia a vida decidir nos reencontrar, que seja pra gente se amar com mais calma.
Com mais maturidade.
Com mais paz.

Hoje, tudo o que eu quero é te agradecer.
Por ter sido porto quando eu só conhecia tempestades.
Por ter ficado. Por ter me enxergado.
Por ter feito parte da minha vida com tanta verdade.

Desejo que você seja feliz de verdade.
Que encontre um caminho onde a sua alma possa respirar inteira.
Que sinta amor, que receba amor — e que nunca se esqueça do quanto você é especial.
Você é raro. Você é luz.

"Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you."
(Coldplay)

Feliz aniversário, meu amor.
Ainda que eu não esteja mais ao seu lado, meu coração não se esquece de tudo o que fomos.
E se for pra sermos de novo… que seja quando nossos corações estiverem prontos.
Inteiros.
Leves.
E dispostos a cuidar — como o amor merece ser cuidado.

Te amo. E sempre vou.

Com todo o meu coração.

Inserida por JorgeLimaLoiola

⁠O que já passou...

Quando eu era criança,
Via o mundo como um caleidoscópio,
O sol refletia alegria,
tinha um olhar de esperança.

Com o passar dos anos,
tudo se tornou uma memória borrada,
via apenas os danos,
virei uma alma condenada.

Como queria voltar a ser criança,
que não tinha uma memória criada,
nem uma mente arranhada,
apenas vivia de alegria e graça.

Inserida por c14r4

⁠O Encontro no Ônibus

Estava eu, mais uma vez, indo para a casa de minha avó. Para tanto, preciso pegar dois ônibus ou ir a pé até o ponto do segundo. Com muita cautela, vou. Passo atenciosamente de rua em rua, esquivando-me das esquinas como quem evita lembranças indesejadas.

Decido ir a pé. Chego ao segundo ponto um pouco cansado, o corpo denunciando a caminhada, e logo vejo meu ônibus se aproximar. Entro, pago e me assento. Como em qualquer outro dia, encaro a janela como uma tela em branco, onde os cenários passam rápido demais para serem compreendidos. Imagino tudo, porém nada de importância.

Um bairro se passou quando sinto um toque no braço, leve como o roçar de um galho ao vento. Vinha de alguém que se assentava do meu lado direito. Penso que foi apenas um esbarro casual e volto ao meu devaneio, mas novamente sinto. Dessa vez, decido me virar e entender o que estava acontecendo.

Era uma senhora, pequena e franzina, de mãos trêmulas e olhar perdido. Tentava, com delicadeza, chamar minha atenção. Algo havia de diferente em seu olhar — um brilho úmido que parecia conter todo o peso do mundo. O marejar de seus olhos já me inundava, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela segurou minha mão com firmeza, como quem busca âncora na tempestade.

Sem dizer uma palavra, ela apenas suspirou fundo, como se aquele gesto contivesse anos de histórias acumuladas. Seus dedos enrugados e frágeis envolviam minha mão como se segurassem um último pedaço de esperança. Por um instante, o mundo se reduziu àquele toque, e o barulho do ônibus se tornou um murmúrio distante.

Aos poucos, seus lábios se abriram, e num sussurro quase inaudível, ela disse:
— Você se parece com meu filho...

Houve um silêncio denso, como se o universo contivesse o fôlego. Não sabia o que responder, e talvez ela nem esperasse uma resposta. Apenas segurava minha mão, fixando o olhar num ponto indefinido do corredor.

— Ele partiu faz tanto tempo... — murmurou, com a voz quebrada pela saudade.
Um nó se formou na minha garganta. Respirei fundo, sentindo o peso daquele instante. Então, num gesto instintivo, apertei a mão dela com carinho e disse:
— Eu estou aqui... Pode me contar sobre ele, se quiser.

Ela pareceu surpresa, como se aquela simples oferta fosse um presente inesperado. Seus olhos marejados se voltaram para mim, e um sorriso tímido despontou, como um raio de sol por entre nuvens carregadas.
— Ele tinha esse jeito quieto... sempre olhava pela janela, pensativo. Gostava de imaginar histórias. E quando eu estava triste, ele só segurava minha mão, como você está fazendo agora.

Senti meu coração pulsar mais forte. Eu não era apenas eu — naquele instante, eu era um fragmento de memória viva. Ela continuou falando, e a cada palavra seu rosto se iluminava, como se a lembrança trouxesse o calor de um reencontro.

— Ele dizia que as nuvens eram mapas de terras mágicas — disse ela, sorrindo leve.
— Sempre acreditava que, se prestássemos atenção, descobriríamos um caminho que só os sonhadores enxergam.

Sorri também, e sem perceber, comecei a compartilhar minhas próprias memórias de viagens e pensamentos perdidos olhando pela janela. Ela escutava atenta, como quem encontra companhia na dor e na saudade.

Quando o ônibus freou bruscamente, ela soltou minha mão com delicadeza, como se devolvesse à realidade o que fora apenas um breve consolo. Antes de descer, olhou para mim com um sorriso pequeno, mas sincero, carregado de um agradecimento mudo.
— Obrigada... Você me fez lembrar que o amor não morre... Só se transforma em saudade.

Olhei para ela e, com um sorriso sincero, respondi:
— Talvez ele ainda segure sua mão... de algum jeito, através de quem traz um pouco dele no olhar.

Ela desviou o olhar por um momento, tentando conter as lágrimas. Mas quando voltou a me encarar, havia uma serenidade nova ali, como se minhas palavras tivessem encontrado um canto acolhedor dentro dela.

Fiquei observando-a partir, pequena e delicada, desaparecendo na multidão. O ônibus seguiu viagem, mas aquela sensação permaneceu em mim — uma mistura de melancolia e gratidão por ter sido, ainda que por poucos minutos, um porto seguro para alguém que precisava ancorar suas lembranças.

No caminho até a casa de minha avó, pensei sobre a força que existe em simplesmente estar ali para alguém. Às vezes, somos chamados a ser companhia em meio ao tumulto da cidade, como se a vida nos empurrasse para encontros que não esperávamos, mas que, de alguma forma, precisávamos viver.

E ali, entre a dor e o alívio, aprendi que às vezes somos porto, outras vezes somos naufrágio — e, no intervalo entre os dois, a vida nos permite tocar o coração de um desconhecido, deixando nele um pouco de calma, e levando conosco a certeza de que a humanidade sobrevive nos detalhes.

Inserida por DanielAvancini

⁠Do Vazio, Transbordo

Do vazio, preencho-me,
como tela que se pinta sozinha,
colorido com as mais belas cores
de uma paleta que nem escolhi.
Sou arte que se faz sem intenção,
um quadro que respira
e dança com os tons
que o acaso me deu.

Do vazio, transbordo,
como rio que se perde
entre margens inconstantes,
a fluidez de um só
corpo que se desenha
com as tintas do improvável,
na liberdade de ser
mais que apenas vazio.

Quando a vida me cobre
com véus de incerteza,
esboço-me em traços largos
e deixo que o tempo
pincele meus contornos.
Não sei se sou obra completa
ou fragmento em constante mudança,
mas aceito o caos
como parte da criação.

Sou o intervalo entre
a matéria e o conceito,
o pulsar do imprevisto
na estrutura que se rompe.
Quando me olho de fora,
percebo que sou mais
do que a soma de escolhas,
sou o reflexo que escapa
entre as fendas da razão.

Há beleza no que escorre
sem forma definida,
no gesto que se faz
pela inquietação do existir.
Sou composição inacabada,
mas inteira naquilo
que jamais cessa de se criar.

E assim,
de um espaço que era nada,
sou cor, sou movimento,
um corpo que não cabe
em linhas retas
nem em molduras fixas.
Sou a contradança
entre o vazio e o transbordar,
a essência que se molda
na ausência de certezas,
como verso que se escreve
no tempo que passa
sem pedir licença.

E se ao final
me perguntarem o que sou,
direi que sou fluido,
transição que se esparrama
entre o ser e o deixar de ser.
Um conceito escorrendo da mente
que, ao tocar o chão,
se torna rio que não desiste
de encontrar o mar.

Porque ser é também desaguar
em possibilidades infinitas,
é não temer a dissolução
e encontrar na própria mudança
a raiz que jamais se fixa.
Sou processo que se faz
enquanto a vida se move,
uma arte sem moldura,
uma verdade sem contorno,
transbordando de mim
no vazio que me acolhe.

E se por acaso
me perguntarem novamente,
não direi mais que sou completo,
nem que estou pronto.
Direi que sou como a água,
que ao abraçar a terra,
transfigura-se em rio,
em mar, em chuva,
mas nunca deixa de ser
essencialmente líquida,
livre para se moldar
e expandir,
pois mesmo quando se evapora,
não deixa de ser presença,
não deixa de ser vida.

Inserida por DanielAvancini

⁠Cinco minutos… Apenas cinco minutos…

Se eu pudesse, voltaria no tempo só para sentir mais uma vez o calor do seu abraço, ouvir sua voz dizendo que tudo vai ficar bem, olhar nos seus olhos e ver neles o infinito amor que sempre me guiou.

A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo…

O tempo, esse que sempre corre sem pedir licença, agora é meu maior desejo. Apenas um instante a mais, um último sorriso, uma última conversa despretensiosa que eu não sabia que seria a última.

Se eu soubesse que o tempo seria tão breve, teria segurado sua mão por mais tempo, teria dito mais vezes "eu te amo", teria deixado o mundo lá fora só para viver mais um dia ao seu lado.

Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixa falar a voz do coração…

Para quem ainda tem esse presente ao seu lado, não espere, não adie, não deixe para amanhã. Ame hoje, abrace hoje, fale hoje. Porque o que agora parece tão natural, amanhã pode ser saudade.

E para nós, que seguimos carregando esse amor no peito, que Deus nos conforte e nos ensine que mãe nunca se vai… Ela vive em cada lembrança, em cada gesto, em cada estrela que brilha no céu.

Feliz Dia das Mães. 🌹

Autor: Roberto Ikeda

Inserida por RobertoIkeda

⁠O tempo é um tirano silencioso.
Não estende a mão, não consola.
Ele leva sem pedir licença,
rouba risos, desfaz promessas,
e castiga com a saudade.

Mas talvez sua crueldade seja arte —
uma forma estranha de ensinar.
Pois só no vazio que ele deixa,
floresce o que somos capazes de ser.

Inserida por italo0140

⁠Pequena, a chave para a vida está em perceber a importância de cada momento e não deixar morrer aquilo que te move, que te inspira e te faz ser quem você é !!!

Pois vale sempre ressaltar a importância de valorizar o que é essencial em nossa vida, e não deixar morrer os nossos sonhos, objetivos, e valores que nos dão sentido e motivação. Sunshine e vc faz brotar em mim varias sensações e incentiva a reflexão sobre o que é importante e a agir para que essas coisas não desapareçam.

A vida é uma oportunidade única. E hoje eu sinto vontade de senti-la em minhas veias novamente, pois você esquentou meu coração e me faz sentir que quero aproveitar o tempo que me resta a seu lado.

Não deixe morrer o seu potencial, a sua força, a sua esperança
Sunshine, você é minha luz, meu pedacinho de chão, .... o abraço que meu coração procura, minha tranquerinha viciante!
Pequena a vida pode ser efêmera, mas o amor é eterno.

Gosto tanto de vc, que você não consegue imaginar.
Desculpe se mais uma vez falo isso, mas tenho que falar enquanto ainda há tempo!.

Tranquerinha, você sempre foi presente em minha vida, viva em meus pensamentos e a dona do meu coração.

Te amo, hoje, ontem e sempre ......(para sempre)..........S2

Inserida por RodrigoTadeuSS

O segundo choro

Chorar como criança ao perder a mãe é o segundo grande choro da vida.
O primeiro é o do nascimento — quando somos separados do ventre.
Agora, é o coração que se rompe, e não importa a idade, voltamos a ser pequenos, pedindo colo ao mundo.

A dor é o outro lado do amor — e só dói tanto porque foi imenso.
Com o tempo, a lágrima vira saudade, e a ausência, lembrança viva.

O amor de mãe nunca parte.
Ele permanece habitando os nossos silêncios.

Inserida por KARINAGERA

⁠Minha Morena do Sertão
Lá no cantinho do mato, onde o sol beija o chão
Tem uma moça que encanta, dona do meu coração
Cabelos negros ao vento, sorriso que é tentação
Ela é flor que não se arranca, minha morena do sertão
Ô morena, vem pra mim devagar
Tô com saudade do teu jeito de me amar
Teu cheiro tá no meu lençol, no café da manhã
Vem ser pra sempre a minha estrela da manhã
Ela dança na varanda com vestido de algodão
Canta moda de viola, bate forte o violão
Com ela tudo é poesia, tudo vira inspiração
Nem o céu tem mais beleza que a minha paixão
E quando a lua se esconde e a saudade me invade
Eu lembro do teu beijo doce, do teu colo de verdade
Nenhuma cidade grande tem o brilho do teu olhar
Morena do sertão, é com você que eu quero ficar

Inserida por kauanpinheiro

Vazio

⁠A pedra para tampar o buraco é muito pesada!
Quase não tenho força para arrastá-la sozinha.
Mas, consigo!
Demorarei um tempo entre a dificuldade de arrastá-la e o querer fechar o buraco.
Aberto, ele doi! Mas, parece que respira!
E confesso que há uma certa esperança em sentir sua mão, cuidando dele e quem sabe, jogando a pedra para bem longe.
Mas sim! Me comprometo todos os dias, em trazê-la um pouco mais perto.
Até o dia, que finalmente não serás mais dor, memória, cheiro, toque, palavra, presença ou saudade...
E o vazio estará preenchido definitivamente pala pedra fria, que tomará o lugar do calor que você foi um dia!

Inserida por roberta_dall_orto

⁠O peso do silêncio

Dizem que nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Dizem isso como se fosse uma verdade fria, científica, quase um aviso. E talvez seja. O que ninguém diz, ou talvez finjam não perceber, é que, entre o começo e o fim, a solidão também aparece. E não é aquela que se resolve com companhia, é outra, a que mora dentro.

Chega uma hora em que o tempo desacelera. As visitas ficam mais raras, os telefonemas cessam, e a casa vai ficando grande demais para quem já viveu nela cheia de vida. Os móveis guardam mais memórias do que utilidade, e a alma, essa danada, começa a tropeçar em lembranças que insistem em não morrer.

Sinto-me como um velho pilão esquecido no canto de uma varanda. Já fui força, já fui utilidade, já fui indispensável. Hoje sou história que quase ninguém pergunta, silêncio que quase ninguém ouve.

As mãos tremem, a visão falha, a juventude se foi, mas o que mais dói é o espaço vazio na rotina, como se o mundo seguisse em frente e eu tivesse ficado preso em algum ontem que não volta.

Conto os dias, sim. Não com tristeza, mas com certa dignidade de quem sabe que ainda está aqui. E se ainda posso escrever, lembrar e sentir, então ainda sou. Mesmo que meio apagado, mesmo que decorativo, ainda sou.

E quem ainda é, ainda pode ser. Nem que seja só abrigo para uma saudade, ou um canto sereno onde a vida, mesmo em silêncio, continua a respirar.

Inserida por Itamaratyap

⁠Nem todo escuro é abrigo

Já estive lá também, sabe...
Onde o escuro se disfarça de acolhimento
e sussurra verdades com voz de promessa.
Mas nem toda sombra é momento.
Nem toda venda liberta.
Às vezes, ela apenas esconde.
Querer o desejo da entrega como voo...
Mas e se for só vertigem?
Vontade de cair?
E se deixar ir for só se perder de si mesma?
Silêncios nem sempre sussurram uma voz.
Às vezes, ensurdecem.
E o toque que busca... pode também ferir.
Tremores não são bússolas para sentimentos.
Desejo e medo dançam juntos no mesmo compasso.
E o que parece casa... pode ser só saudade do que você já foi.
Não, ninguém te leu.
Ninguém sequer te imaginou.
E você calou mais do que consentiu.
Tem quem se ache especial por descobrir alguém.
Mas você teve que aprender a seguir
sem precisar de olhos que te adivinhem,
sem depender de respirações alheias para lembrar quem é.
Nem toda noite guarda epifanias.
Algumas só passam.
E tudo bem.
Porque às vezes,
ver é mais seguro que sentir.
E seguir inteira,
é incendiar-se por dentro
e deixar as cinzas se tornarem solo fértil
para crescer, de novo, em si mesma.

Augusto Silva.

Inserida por augusto_silva_1

Você chegou como aquela brisa suave da manhã em um domingo tranquilo;
Trazendo consigo tudo o que há de mais belo na vida, me apresentou um lado do mundo que eu ainda não conhecia.
Mostrou-me poemas, livros — daqueles que cativam e trazem paz à alma.
Trouxe Maria Bethânia, com suas letras apaixonantes, cheias de desejo e euforia;
Chico Buarque, com seu amor lírico e suas críticas tão eloquentes.
Me apresentou à cultura, ao amor — e ao quanto ele pode ser belo.
E, junto com tudo isso, trouxe você: feito de música, poesia, textos e sentimentos.
Entrou no meu coração aos poucos, como quem não quer nada…
E, de repente, se foi.
Deixando para trás apenas tudo de bom que pôde me entregar.

Inserida por tiffanylooh

⁠Reza a Lenda da Rede da Lucci

Reza a lenda que numa varanda esquecida,
Balançava o tempo na rede estendida.
Era da Lucci.... Mulher de mil passos,
Que bordava saudades entre os seus laços.
O pano era velho, mas firme e sagrado,
Guardava memórias de um tempo encantado.
Ali se deitava, entre sonho e luar,
E o mundo parava só pra escutar.
Saudade chegava de mansinho, em silêncio,
Com cheiro de infância e gosto de incenso.
O tempo, curioso, sentava ao seu lado,
E juntos choravam o que foi passado.
A rede contava histórias no vento,
De amores, partidas e renascimentos.
Cada fio trançado, um pedaço de vida,
Da alma da Lucci... forte, sofrida.
Reza a lenda que quem nela deita,
Sente o pulsar da paixão mais perfeita.
E mesmo que o tempo tente esquecer,
A rede da Lucci faz tudo renascer.
Pois onde há rede, há colo e calor,
E onde há Lucci, há tempo e amor.
Saudade ali dança, leve e serena...
Na rede encantada, a vida é um poema
🧡

Inserida por luccisantz

⁠⁠⁠⁠Mais uma vez, coloco em palavras sentimentos que não chegarão até você.
O tempo que compartilhamos foi tão breve...em comparação à dor que sinto.
Às vezes, me pego refletindo que preferiria não ter te conhecido.
Na minha angústia, convenço a mim mesma de que só conheci uma ilusão.
Assim, percebo que a verdadeira realidade é que
Minhas fantasias sustentam essa máquina
Da saudade do que não existe
Da saudade do que nunca aconteceu.
Essas emoções se acumulam e pesam sobre meu peito
Tão pesadas como o silêncio entre nós.

03/07/2025

Inserida por nina-chan

⁠"Você Ainda Está Aí?"

Eu te vejo…
mas não te enxergo.
Seu rosto é o mesmo,
mas o olhar —
não sei,
parece feito de ausências.

Você fala,
mas a voz vem de longe,
como eco em corredor vazio.
Tantas palavras,
e ainda assim,
um silêncio entre nós.

Caminha ao meu lado
como sombra apagada,
presença que não preenche,
presente que não fica.

Mudou.
Eu sei.
Mas ninguém me avisou
que mudar também podia ser
ir embora
sem sair do lugar.

Procuro por você
nas lembranças que não doem,
nas piadas que ainda conto,
mas seu riso já não volta
como antes voltava.

E às vezes, te encontro.
Ou penso que encontro.
Mas é só a casca,
o vulto,
o nome sem alma.

Dói saber
que alguém que foi abrigo
virou labirinto.

Você está aqui…
mas onde?

Inserida por Pie

⁠Ele me amava, mesmo cansado

“Desculpa por não estar tão alegre…
Mas eu juro que tento te fazer feliz.
Te amo, tá?”

Palavras dele.
Cheias de cansaço, mas também de cuidado.

Ele ainda me chamava de meu amor.
Mesmo quando tudo já parecia difícil demais.

Não foi falta de sentimento.
Foi peso demais pra carregar sozinho.

E talvez…
só talvez…
esse amor ainda exista.

Só que agora, mora em silêncio.


“Ele me amava. Só não sabia mais como mostrar"

Inserida por yasmincardosofluir

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