Cartas de Despedida da Namorada
►Que Saudade...
Como você está?
Faz tanto tempo que ficamos sem nos falar
Gostaria de perguntar se está feliz
Gostaria de lhe dizer a falta que você causa em mim
Pois sinto falta das nossas conversas,
Pois sinto falta de nossas bobas promessas
Você ainda se lembra delas?
Eu não esqueci, as gostaria de cumprir
Mas não seria a mesma coisa se não fosse junto a ti.
Ontem eu estive pensando em você
Não sei dizer bem o por quê
Talvez senti que você corria perigo,
Ou eu estava apenas me sentindo sozinho.
Você se lembra das nossas últimas palavras?
Ainda hoje, em minha mente, elas estão bem claras
Me lembro que nos despedimos em sua casa
Você nem ao menos me acompanhou com seus olhos
E, ao fechar o portão, eu não estava sentindo ódio
A nossa amizade estava em fase de teste
Porém, não obtivemos o sucesso
E no fim, minha campainha você nunca mais tocou
Escrevo aqui para que você possa saber,
Que a saudade estou tentando conter
Mas gostaria muito de saber se você está bem
E dizer que, se algum dia se sentir infeliz,
Não se esqueça que você sempre terá um alguém.
Muitas foram as vezes que desejei te ver
Não consegui, me contive
Mas hoje espero que você possa entender,
O quanto você é especial,
Espirituosa como o mais lindo arco-íris.
Vou escrever, e espero que você chegue a ler
Tudo que fiquei com medo de dizer estarão aqui
Não espero que você me perdoe
Não espero que isto a faça sorrir
Mas eu quero que, ao menos, sinta meu apoio.
Restando poucos segundos
Quero que saiba que você fez parte do meu mundo
E que, se não fosse por você,
Eu teria sido devorado, e largado no escuro
Você me tirou de uma terrível solidão
Então, venho aqui para te agradecer,
Do fundo do meu coração.
Espero que você melhore
Espero que alcance seus sonhos
Que respeite seus momentos piores
E que, por fim, se afaste do covil do abandono
Aqui deixo a você o meu respeito
Sei que não iremos mais nos ver,
Mas temos também o direito de sermos felizes
Sorria e cuide do seu coração, ele está triste.
►Não Queria Me Despedir
Nuvens, por favor, me ouçam
Eu estou em prantos
Não consigo parar de pensar em um certo alguém,
Que nem mesmo quer me ver, ou o meu bem
Eu pensei que tinha conseguido esquecer
Mas, essa noite eu não consegui dormir
Será por quê? Eu não a fiz mal
Por que então ela me tortura? O que fiz, afinal?
O carnaval inteiro escutei pela minha porta
Porém, meus pensamentos guardavam o rosto dela
Eu até tentei me distrair com outras histórias,
Mas sinto como se ela fosse a única vela,
Que eu me arriscaria de me queimar com seu calor
Mas por que será?
Não me digam que é a palavra com "A".
Eu deveria ser mais maduro,
Afinal de contas eu sou adulto
Ela está no final do ensino médio
E ainda assim, escrevo seu nome aqui no caderno
Sou apenas uma criança,
Pois, em peito, ainda palpita a esperança
Sou uma verdadeira vergonha, escrevo textos sem sentido
E ainda sonhei em escrever o suficiente,
Para formar um simples livro
Mas não passo de um pobre espírito sozinho.
O sono deveria me nocautear agora
A madrugada chegou, já passou das três horas
Minha razão me abandonou
Me restou apenas lembrar do carinho que acabou
Eu quero dormir,
Mas, quando fecho meus olhos, ela aparece
"Você está bem? Eu quero ir aí
Quero te ver, quero te fazer sorrir"
E, logo após eu dizer isso, eu abro meus olhos
Me vejo no escuro, me declarando para as paredes
Que rapaz mais esquisito.
Lembro de quando ela me disse que gostava de ler
Eu comprei um livro, mas ainda não presenteie
Não sei se ela irá aceitá-lo
Mas, talvez eu não deva entregá-lo, talvez ela faça pouco caso
Não quero ver no que ela se transformou
Tenho medo dela ter se entregado ao cigarro,
E ter contaminado aquele doce aroma delicado.
Parte 2
Hoje eu saí, quando voltei estava abalado
Meu amigo me contou algo no carro,
Que me fez pensar, "O que faço?"
Acabei por ficar desconfiado
Não podia, não queria acreditar,
No que meus ouvidos haviam escutado.
Ao chegar na rua dela, eu vi seu primo
Por sorte eu o encontrei em meu caminho
Perguntei se podia chamá-la, e ele foi junto a um amigo
Até esse momento, tudo estava tranquilo
Foi quando escutei o portão se abrindo
E, quando ela surgiu, não havia mais aquele brilho
Seus olhos estavam quase dormindo
Talvez com medo do Sol, ou por conta do vício
Porém, aconteceu algo que eu não havia previsto
Ela em tratou como um lixo
Perguntou por que a incomodei, alegando que a atrapalhei
Eu pensei em falar sobre o livro,
Mas meu ego, meu coração, meus pensamentos,
Todos eles acabaram sendo feridos
Ela disse que não gostava mais da autora
E, completou dizendo, "É só isso?"
Logo em seguida, fechou o portão no meu rosto
A única coisa que pude fazer foi segurar o choro.
Voltei para minha casa, me sentindo um nada
A pessoa que eu tanto gostava, morrera,
E o que restou fora apenas sua casca
Sentirei falta da nossa última conversa engraçada
Não tenho o direito de julgar quem gosta de fumar
Não irei declarar guerra aos fumantes do verde,
Mas me entristeci em vê-la afundar, entende?
Para mim vai ser difícil não sonhar,
Vai ser difícil aceitar, mas a vida deve continuar
Adeus, Carolina
Saiba que eu te amei um dia.
►Volte!
Sinto falta de quem você era
Quem você se tornou é apenas uma brisa
Ah, como eu adorava as suas loucas ideias
Que falta faz a sua voz doce e linda
Gostaria que tivesse cumprido sua promessa,
Mas, creio que já se esqueceu dela
Ah, o que você fez com a sua vida?
Onde está aquela menina,
Por quem eu me apaixonei naquele dia?
Ainda tenho aquela frágil esperança,
Que você voltará
Que eu verei sua imagem à distância
Eu tenho que acreditar,
Pois, se não, terei que aceitar,
Que essa sua personificação da arrogância,
Veio para ficar
Da delicadeza, você se transformou em uma bruxa má
Aos seus olhos, o nosso amor perdeu aquela importância
Mas, aos meus, a vejo mergulhando sobre as areias do Saara
Sei que são apenas miragens, e nada mais.
Hoje vivemos em tempos de guerra
Você com suas atitudes egoístas,
Eu com minhas lembranças incompletas
Enfrentando suas sombras feridas
Refletindo sobre suas antigas metas,
Que hoje se relevaram fracas, simples mentiras
Hoje desconheço a terra por onde você caminha.
Não me sinto mais inspirado,
Quando penso em nós
Não me sinto muito à vontade
Espero que sua foto me deixe melhor
Éramos tão felizes, se lembra das nossas brincadeiras?
Hoje a nossa história se tornou poeira
Vivemos cada um em um planeta
Separamos nossas intimidades
Aniquilamos a nossa felicidade.
Se houvesse uma máquina do tempo,
Eu voltaria ao momento que você tomou aquela decisão
Mostraria o sofrimento que sua escolha nos causou
E em como suas palavras finais partiram o meu coração.
Eu a quero como você era antes
Meus pedidos de aniversário são seus,
Assim como os meus sonhos
Sinto falta de compartilhar meus medos
Hoje sou só eu e meus pesadelos
Volte, não se entregue ao desprezo
Continuo apaixonado pelos toques meigos
Mas, está difícil, diga que vai ficar tudo bem,
Que você só está brincando
Volte para casa, volte para a minha sala,
E diga que isso era apenas uma fase
Assinado, minha saudade.
Nada me feriu mais
em calor frio da minha pele
do que amar.
Dos amores que escolhi
Aos amores que tive
Para os amores que nunca apareceram
Entre os amores que nunca amei.
Nada me doeu mais
do que os sentimentos que matei, sufoquei
Me doei e arrisquei.
Sequestrei em tempos de escassez.
Engraçado,
Pois nunca ninguém amei.
Até sempre...
Deixo-te em boa companhia
Por isso sigo confiante
Jamais há de te faltar
A paz que te compraz
Levo mais esperanças que certezas
Dois ou três ais e um “bucadin” de sinais
Guardei na mochila pente e poesia
Um carinho e um punhado de seu dia
Deixo-te a fantasia de meu carnaval
Sede saciada em minha saliva
Sem frio, sem fome... sem hora
De dormir donzela e acordar senhora
Saio meio às escondidas, devagar
Me vou em despedida velada
Na madrugada que nasce calada
Quieto, pra não acordar-te minha amada
Foi assim...
A brisa tocava o fogo da vela, sem apagá-la
A foto, já sem cor, não carregava lembranças
A estrela, pairando no céu, sobre mar e floresta
Era a janela que me trazia o brilho de nossa festa
Arde, logo de pronto momento
Da tez à fibra menor do coração
Queimando saudades e desafios
Coisas de amor... sem sarar a solidão
Cadê você que não vem?
A coragem já não me existe
Para ir viajando em busca tua
Fosse nas ruas, vielas ou luas
Meu sangue se perde em mim
Cria caminhos na contra mão
Socorre-me um canto triste
Uma sensação de que não há razão
Tanto silêncio, distância e desistência
Me assegura, seguro que a explicação não houve
Sejam por suas últimas falas ou derradeiro olhar
Que inda pranteia, sensível, seu querer: um adeus!
DA DANÇA AQUELA
Hoje que vi a dança aquela
A folha na varanda
verde claro e amarela
Tão viva, tão bela
Se despedia dançando
Girando, caía subindo
E eu na varanda, vendo ela
Sorte minha
Era ela
A dança mais bela
Tão nova e tão ela
Partia de velha
Verde claro e amarela
Se sabia pra onde ia
Com o vento dançava ela
Para um novo tom
Colorida coragem dela
Tão viva, tão ela!
►A Esqueci
Já não sinto mais a falta dela
Não me encontro mais de cabeça baixa
Pensei que ela havia me deixado uma sequela
Eu me precipitei, eu só estava vivenciando uma etapa
Mas não me arrependo das diversas dedicatórias sinceras
Afinal uma relação como aquela não era exata
E também, quem não se apaixona pelo charme das mulheres?
Eu não fui uma vítima, já que era isso que parecia
Eu assumo minha parte
Me afundei em um amor que talvez não existia,
Que não era 100% de verdade
Os olhos dela foram a isca,
Atravessaram minha armadura, e fiquei na desvantagem
E ela acabou se tornando a única em minha vista.
Mas como sempre, o tempo passou
E meu coração ardeu de dor
Pensei que nunca iria passar
Por muitos dias eu acreditei que ia eternizar
Mas quando esqueci da voz dela, vi tudo mudar
Não digo que fiquei feliz,
Mas percebi que eu poderia sim melhorar
Pois pensava que terminaria no martírio,
Sofrendo por um romance que não passou do início
Meu cérebro estava focado nisso,
Que esqueceu que tudo passa, mesmo a época mais dolorosa
Então aqueles dias estão mortos,
Como as pétalas de uma antiga rosa.
Chorei quando ela me disse que ia me deixar
Eu não tinha forças para falar
Nem mesmo que a amava
Ela estava determinada
Aconteceu tudo de forma lenta, mas rápida
Estranho? Eu sei,
Mas os problemas começaram como simples farpas
Eu pensava que estava tudo bem, me enganei.
Depois eu pensei que era hora de tentar melhorar
Me transformar em um outro alguém,
Pois quem eu era não bastava
Por um tempo eu tentei, mas sem sucesso
Queria ser mais esperto, indiscreto, coração gélido
Não consegui nada disso, talvez era para eu ser assim
Pensei em cessar os textos, não parei, os continuei
Comecei a reparar que não posso ser outra pessoa
Devo me dar bem comigo mesmo, é minha melhor escolha.
Não me lembro dela, mas estou tranquilo
Agora só quero ter um final de ano pacífico
Antes, de Natal, eu queria um compromisso,
Hoje estou almejando paz ao meu frágil espírito
Mas sinto que estou longe de consegui-lo
Quero passar o Réveillon aqui, no meu abrigo
Então focarei minha atenção em minha recuperar prolongada
Já não me desmorono em lágrimas nos cantos de casa
Me fez bem essa dor, aprendi com ela
Eu esqueci daquela que amei, mas estou bem.
Mesmo que digam que eu preciso de alguém,
Eu estou com o sentimento de querer ninguém
Não quero ter aquele arrependimento, que sempre vem
A única coisa que desejo é um final de ano zen
Desde de 2011 eu me vejo preso na tristeza
A muito tempo está em ruínas minha fortaleza
Já perdi até a minha certeza, que proeza
Não estou me importando com os outros, não como antes
Agora quando penso em me importar, corto esse pensamento em instantes
Chega, quero terminar o ano sem lágrimas, sem espanto
Esqueci o rosto, o cheiro e o jeito dela, que termine meu pranto.
►Fim Do Contrato
Amor, estava repensando a nossa relação
Eu fiquei pensando se você me ama ou não
Por favor, me responda, de coração
Não quero ser um brinquedo para a sua diversão
Prefiro ficar sozinho do que ser mal-amado
Quero escutar sua voz dizer que estou errado
Me fala, não me deixe de lado
Será que não se importa com o quanto estou apaixonado?
Meu peito logo, logo ficará sem espaço.
Me dê uma dica então
Me fale se sou ou não dispensável na sua vida
Só peço que não diga mais mentiras
Seja sincera, fale, esteja decidida.
Ontem pensei em te dar lindas rosas
Elas eram de uma cor ótima,
Mas não as peguei, por que pensei em você
Meu coração iniciou uma investigação
Sentiu-se ameaçado, confiei nele,
E agora te falo o que eu acho
Você já me amou, porém, esse tempo já se foi, passou
E se eu não estiver enganado, por que não encerramos "nosso contrato"?
Pois se não há amor, resta apenas a dor
Por que não terminamos e focamos em um futuro mais agradável
Eu irei me recompor, é melhor acabarmos antes que fique pior.
O mundo está mudando
Porém, a nossa relação continua piorando
O mundo está girando,
Mas contigo eu me sinto preso em um bloco de gelo, congelando
O Sol nasce, logo a noite vem,
E nossas brigas também,
Não está me fazendo bem.
Aquela Separação
Mal sabia que era o fim...
Mas o que é este encerramento?
Diante de tudo, diante de todos...
Para ti, talvez, não seja algo sério
Sabia bem que não entendia ao certo esta confusão...
Foi algo rápido, forte, porém, sensível e fresco de uma luta perdida
O olhar de indiferença e confusão se perdeu no meio da situação
E Tu, não verás a partida, mas entenda de verdade que está próxima
Lhe digo adeus com pesar ...
Mas esta é a despedida que lhe entrego
E por um certo momento desejei que tu vieste comigo
Mas já sabemos a resposta...
Esperança de reencontro
Você saiu sem se despedir
Fechou a porta sem permitir
Que eu te desse o beijo de toda manhã.
Foi tão rápido,
Foi tão prático,
Quando eu me dei conta estava sem ti
A minha alma querendo partir
E um vazio devastando meu coração
Parei pra pensar,
Pensar em você
Mas pensar o quê?
Se decidisse partir e me deixar
Deixar a sonhar com o dia da sua volta
Com o abrir daquela mesma porta
Que você saiu sem se quer me olhar
Hoje sigo sem “eira nem beira”
E o que me sustenta é a única certeza
De que um dia você voltará
De braços abertos querendo ficar
Porque um outro alguém não soube te amar
Espero esse dia com ansiedade
Pois sinto por ti uma grande saudade
E amor como o meu não vai encontrar.
E sabe de uma coisa, a única explicação que encontrei pra certas coisas que aconteceram de uns anos pra cá, é que certas pessoas são anjos que Deus nos dá e logo nos tira afim de ensinar a nós, meros humanos, coisas que realmente nos são importante.
E quando todos questionam o porquê, dizendo: -tão jovem-, -tão bonito-, -tão bom-, eu penso em o que essa vida foi capaz de nos ensinar, porque ninguém vem e ninguém vai em vão.
Quem eu fui quem eu sou e para onde vou
A fumaça do meu cigarro desenha um universo paralelo
Onde tudo está complexo e parece desabar
Tardes frias e noites congelando a espera de encontrar a paz qual paz
Voltar a ver o sol brilhar
Um mundo onde pareço flutuar
Tenho medo do silêncio que minha mente se encontra nesse momento
Penumbra das sombras da noite que eis de chegar
Qual caminho tomar
Chance
Hoje ouvi uma canção,
Que falava sobre o tempo,
Senti uma dor imensa em meu coração,
Aquela que jurava ter escondido direito.
Facilmente me coloquei de joelhos,
Gritei em silêncio ao meu Deus socorro,
Lhe disse sozinho eu não aguento,
E esperei sua força e consolo.
Pedi que não haja crueldade no amor,
Pois nada é mais simples e mais puro,
Pedi olhe para mim e livre-me da dor,
Pois deixar sonhos reais para traz é absurdo.
Esta gravado nas escrituras sagradas,
Que fácil e sem valor nunca seriam,
Mas que valeria todo esforço e lágrimas,
Pois são palavras de DEUS e esse livro chama-se Bíblia.
No dia que parti
Não estava bem certo se era para nunca mais voltar.
Eu levei comigo os teus sorrisos
Teus abraços
E todo amor que nesse tempo pode me dar.
No dia que parti, queria muito dizer adeus.
Senti um desejo enorme de te avisar
Mas, ao mesmo tempo, eu não queria
Por nenhum instante te ver chorar.
Não sei o que carrego na bagagem.
Lá eu vou abrir e recordar.
Porém, no último momento eu senti medo
Do brilho dos teus olhos não poder olhar.
Agradeço a Deus por todos os dias
Que ao teu lado eu pude estar
E todos os passos que me ensinaste
Com você os quero deixar.
Quando te lembrares de mim
Não entristeça porque parti
Me veja como um ser amadurecido
Que a sua missão precisou concluir.
No momento que parti
Lembranças passaram em minha mente
Eu não queria te fazer sofrer.
Ainda assim, sei que me amarás incondicionalmente.
Continue trilhando a tua jornada
E não tenhas pressa por me reencontrar.
Saiba que para onde eu parti
Eternamente posso te esperar!
Mala pronta
A minha mala segue sob o armário
embalada por um plástico amarelo
desses de por lixo, sabe?
Ela segue aguardando o dia em que me encherei de sonhos
e partirei na viagem tão desejada.
Segue aguardando... Empoeirada!
Esperando ansiosa que eu desembarque na próxima estação
segue aguardando o meu retorno
cheia de sonhos, cheia de planos.
Prontos para saírem enfim, do papel.
Espera embarcar comigo um dia
e explorar o mundo de opções
espera que eu chegue um dia
e nunca mais parta.
Espero chegar um dia
o dia de enfim desarrumar a mala
e por fim de vez nessa história.
Espero poder contar a meus filhos e netos
todas as memórias e aventuras vividas
espero ver neles o mesmo brilho nos olhos
que um dia eu vi na vida.
Essa é a história de um homem e sua mala
espero que compreenda.
Pois, não pretendo me demorar!
Estava mesmo de passagem
não pretendia ficar.
Espero que não se ofenda
pois, agora, preciso partir
tenho de ir e desarrumar a mala
tenho que me estabelecer e constituir família.
Meu cão está só, me espera faminto
as flores em meu jardim também não tem quem as regue
tem de ser eu, sou eu quem faz isso
por isso, tenho de partir.
Tenho que fazer a mala...
E refazer-me antes de ir
tenho que desfazer o que fiz
e preparar a sala para acomodar-lhe
- café, chá, leite e bolachas crocantes -
Espero que entenda, mas tenho mesmo que ir!
Antes riremos um pouco, rir iremos de todas essas mazelas
nos abraçaremos feito se abraçam os casais em despedida
antes de eu partir, nos abraçaremos, feito quem se despede da vida.
Mas não choraremos, chorar não iremos
enxugaremos as lágrimas um do outro
e pela última vez, nos abraçaremos forte.
Será o ponto alto de nossa despedida...
Você me entregando a mala feita,
um pote de sobremesa acondicionada em um vasilhame plástico
e duas ou três mudas de plantas arrancadas com todo carinho de seu quintal.
Então eu direi até logo e acenarei com a mão direita
me despedindo pela décima segunda vez.
De longe, você só observará a minha partida
pelas costas, você verá
eu e a mala, desaparecer no horizonte.
Havia um silêncio pesado no ar, um tipo de vazio que só o coração partido conhece. Sentado naquele banco, ele olhava para o espaço ao seu lado — vazio, frio, como se a ausência dele tivesse roubado a vida da própria paisagem. O vento soprava suavemente, carregando consigo as folhas secas que dançavam ao redor, cada uma como uma memória se afastando, lenta, mas inevitavelmente.
Nas mãos, uma única flor. Suas pétalas caíam uma a uma, marcando o tempo, assim como o amor que ele uma vez segurou tão firmemente, mas que agora deslizava entre seus dedos. A promessa de um "para sempre" que, como o pôr do sol naquele céu nublado, começava a se apagar.
Ele fechou os olhos, e por um momento, podia sentir o calor do riso dele ao seu lado, podia ouvir sua voz entre as árvores balançadas pelo vento. Mas, ao abrir os olhos, tudo o que restava era a saudade. O mundo, antes vibrante com a presença dele, agora parecia um quadro pintado em tons de cinza.
A chuva começou a cair. Pequenas gotas, como lágrimas que o céu chorava por ele. Ele não precisava chorar. O céu fazia isso por ele. Cada gota era uma lembrança, uma palavra não dita, um toque que nunca mais sentiria. E aí ele se tocou que: o amor, mesmo na dor, era belo...
Ele permanece à beira do limiar, o vento frio da estação tocando seu rosto enquanto o trem repousa por um momento. A porta aberta à sua frente é um convite silencioso, mas a decisão pesa como um fardo nos ombros. De dentro do vagão, ele observa o caos organizado da estação. Pessoas correm de um lado para o outro, cada uma com seus próprios destinos, carregando sonhos, dores e despedidas. A estação é imensa, cheia de vida, cores que se misturam em um psicodélico turbilhão de emoções, refletindo o turbilhão dentro dele.
É como se o mundo inteiro estivesse em movimento, exceto ele.
Ali, parado no limiar, com os pés ainda dentro do trem, ele sente a hesitação apertar seu peito. O próximo passo não é apenas uma escolha física — é uma decisão que ecoa na alma. Há tanto peso no ato simples de sair do vagão, como se estivesse deixando para trás uma parte de si, uma vida que já não faz sentido continuar. Cada rosto que passa por ele é uma lembrança do passado que tenta se afastar. Há dor, sim, mas também há uma promessa de algo novo do outro lado. Só que para dar esse passo, ele precisa deixar algo para trás, algo que talvez nunca mais volte a ser.
E então ele percebe: a verdadeira viagem não é sobre o destino. É sobre as paradas, os momentos em que decidimos se seguimos em frente ou se ficamos.
A estação pulsa à sua frente, vibrante e viva, mas a escolha é dele. Ficar no trem, confortável no familiar, ou descer, enfrentar o desconhecido e descobrir o que a vida reserva do outro lado?
No fundo, ele sabe que o trem não esperará para sempre.
Vou considerar esse como o último texto que lhe escrevo, pois, desde que lhe vi naquele grupo, a sensação de tê-lo, de conhecê-lo, de conquistá-lo, foi inevitável, e eu me segurei ao máximo para não cometer o erro de lhe mandar mensagem, mas meu coração implorou por isso, e eu te chamei, e como eu te disse, depois de tanto tempo, meu coração disparou como ele não fazia a muito tempo, muito mesmo, e a cada dia que se passava, eu percebia o quanto eu gostava de você. Foi tão confuso para mim, não saber por que meu coração batia por um desconhecido daquela maneira, mas quando eu te mandei mensagem, foi como estar apaixonado, aquele amor juvenil que faz você ter medo de tudo, meu maior medo naquele momento, era te passar a impressão errada, e eu torci tanto para você gostar de mim, e então eu me abri sobre o que sentia, devo ter parecido um doido para você, mas para mim foi mágico, eu sinceramente, nunca imaginei que meu coração iria acelerar daquele jeito por alguém novamente, mas ele te escolheu, e as nossas conversas, elas faziam eu querer mais, o que infelizmente você jamais poderia me dar, e eu jamais poderia lhe cobrar. Eu queria que tivesse gostado de mim na mesma intensidade, mas infelizmente, isso não aconteceu, e minha cabeça não me permitiria acreditar que poderia ter sido diferente, era como se você fosse meu soulmate, minha outra metade, mas você sempre foi muito na sua, eu nem sequer sei sua cor favorita, ou o que você já assistiu, no mínimo algumas músicas que eu suponho que você gosta.
E gostar de você foi como um sonho, em meio a tantos pesadelos, a vontade de me abrir com você me consumiu, e eu despejei tudo sobre mim, em você, sem aviso prévio, eu queria que tivesse sido diferente, queria poder contar sobre mim, enquanto você falava sobre você, mas isso não aconteceu. Eu já te disse várias vezes sobre o fato de eu não gostar de ninguém, mas não me arrependo de ter dito, várias vezes, que eu gosto de você, sem motivo aparente, e eu sempre imaginei que não seria recíproco. Você parece ser uma pessoa incrível, com feridas não cicatrizadas, ainda, mas espero que elas se fechem e se curem logo. Eu queria que você tivesse sido meu melhor amigo, mas isso jamais poderia acontecer, o erro foi meu em pensar que poderia de algum jeito acontecer. Quanto mais tempo passava mais eu queria de você, e você não me dava, e não é sua culpa, eu mesmo já lhe disse que não era sua obrigação, mas eu já havia percebido uma coisa, você tem o poder que nem um outro tem, o de me machucar, tenho certeza que com algumas palavras você seria capaz de me destruir, só não creio que seja capaz de algo assim, eu não me arrependo de ter dito que "gosto de você" mesmo nós mal nos conhecendo, você foi uma das melhores pessoas que eu conheci, e acredite, foram muitas, mas o problema sou eu, talvez eu seja muito intenso e confuso, e um pouco dramático, mas só com você. Falar com você me conforta de um jeito surreal, eu não preciso de você e nunca precisaria, eu quero, ou melhor, queria você ao meu lado. Mas embora meu coração tenha te escolhido, o seu, não me escolheu, eu acredito que uma hora, ele irá bater tão forte por alguém, como o meu bate por você, mas infelizmente eu não serei essa pessoa. Você parece ser uma pessoa incrível, só não digo que é, pois não me deu a chance de te conhecer. Eu queria tanto um amigo, conheci tantas pessoas, mas nenhuma me despertava aquela sensação de "é essa a pessoa", aí eu achei você, mas enfim, eu espero de coração, mesmo que, talvez, não acredite na profundidade das minhas palavras, que você encontre alguém que faça você não querer calar a boca, e que você se sinta tão confortável que faça você vomitar seus problemas, eu realmente queria um amigo, mas você parecia mais um diário ao qual eu escrevia meus problemas e ele não me respondia, ou talvez eu estivesse cansado demais da minha solidão, e eu tive sorte, de ser você que tenha ganhado as chaves do meu coração, pelo menos você não o destruiu mais. Essa foi minha última mensagem para você, Teodoro, obrigado de verdade, por esses dias, e me desculpe se eu pareci mais problemático que o normal. Eu tenho que agradecer também por ter me ajudado a ter uma noite de sono tão boa, como a muito tempo eu não havia tido, você foi a cura que eu precisava, não precisa responder essa mensagem, eu só queria ser sincero sobre como eu me sentia. Você pode ser minha cura, mas algumas curas machucam, e nós a abandonamos no meio do caminho. Eu agradeço de verdade por esses dias, e espero que consiga acreditar nas minhas palavras, se não seria um desperdício de tempo que eu lhe tirei. Obrigado Teo. Eu do fundo do meu coração, queria que tivesse sido real, e melhor, me desculpe.
Eu desci da estação. Não foi fácil, não foi leve, mas foi necessário. Deixei o trem seguir sem mim, e junto com ele, tudo o que não era mais meu, tudo o que me prendia e me fazia duvidar de quem eu realmente sou. Não preciso mais correr atrás de algo que nunca foi para mim. Não preciso fingir que estou bem, não preciso lutar para ser mais do que sou. E isso, de um jeito estranho, me traz paz.
Eu desci carregando cicatrizes que ainda ardem, mas são minhas. Eu as aceito. Não vou mentir: ainda dói. Despedir-se de algo que um dia fez parte de mim sempre vai doer, mas agora eu respiro. Pela primeira vez em tanto tempo, respiro sem sentir o peso esmagador no peito. Não preciso mais medir minhas palavras, não preciso mais pisar em ovos. Não estou curado, não estou inteiro, mas estou livre. E essa liberdade, por mais amarga que tenha sido a conquista, é minha.
Aqui fora, a estação parece imensa. Mas não me assusta mais. O trem que seguiu em frente me deixa para trás, e tudo bem. Eu não preciso continuar naquele caminho. Finalmente, eu estou no meu próprio. A dor ainda me acompanha, sim, mas ela não me define mais. Eu a sinto, mas ela não dita meus passos. O horizonte é vasto e desconhecido, mas ao invés de medo, sinto um leve alívio. Não preciso saber o que vem a seguir, só preciso seguir.
Agora posso ser quem eu sou, sem medo, sem forçar um sorriso, sem tentar me encaixar em algo que nunca coube em mim. E por mais que isso traga uma espécie de solidão, ela é mais confortável do que qualquer máscara que já usei. Eu não preciso ser mais do que sou. E isso, finalmente, me basta.
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