Cartas de Amor para a Pessoa Amada
ADEUS...
ADEUS…
O navio vai partir, sufoco o pranto
Que na alma faz nascer cruel saudade;
Só me punge a lembrança que em breve há-de
Fugir ao meu olhar o teu encanto.
Não mais ao pé de ti, fruindo santo
Amor em sonho azul; nem a amizade
De amigos me dará felicidade
Igual à que gozei contigo tanto.
Dentro do peito frio meu coração
Ardendo está co'a força da paixão,
Qual mártir exilado em gelo russo...
Vai largando o navio p'ra largo giro:
Eu meu «adeus» lhe envio n'um suspiro,
Ela um adeus me envia n'um soluço.
E hoje, querida vida...
Meu coração esperou ansioso por uma mensagem.
Das mais reais e sinceras, até ilusões e miragens.
Carta ou notificação.
Uma palavra ou um sinal!
De tristeza ou compaixão.
Reticências ou ponto final!
Apenas pra ver se confortava o meu coração.
Se aliviaria a dor no meu peito.
Ou se daria logo um jeito
Nessa minha desilusão!
Certa vez, me perguntaram o motivo de minhas poesias.
O engraçado, é que me peguei fazendo essa mesma pergunta há dias.
Contudo, respondi que não havia uma certa razão.
Que a poesia era meu melhor meio de expressão!
E com aquela pergunta na cabeça, pus-me a pensar.
Quais os motivos que me faziam passar horas escrevendo alguma coisa que pudesse rimar?
Cheguei a conclusão que o que escrevia, nada mais era, do que meus próprios sentimentos. E que as rimas muitas vezes, já estavam prontas em meus pensamentos.
Escrevia na maioria das vezes, quando estava deprimido.
Quando estava mal.
Quando estava abatido.
Este era meu sinal.
Uma melancolia contínua.
Sem final.
Escrevia, quando depois de chorar, nada mais me restava a fazer.
Foi aí que me dei conta...
Eu não parava de escrever!
- Samuel Pessoa
(Moça) - Samuel Pessoa
Em um mundo só seu...
Ela vive sonhando acordada.
Depois que o encanto perdeu
Criou seu próprio conto de fada!
Viveu muitos casos
Criou vários laços
Em amores rasos
E hoje em dia é frustrada.
Cheia de esperança
Cria vários cenários de amor.
Inocente como criança
Não é de guardar rancor
Desligou-se do mundo
Mas passa cada segundo
Lembrando daquela dor!
Moça...
É comum querer fugir da realidade.
Ter medo é normal.
Evitar qualquer tipo de afetividade.
E sonhar não faz mal.
Mas quando o sonho acabar
E você finalmente acordar
Como vai viver a vida real?
ULYSSES
O mytho é nada que é tudo.
É o mesmo sol que abre os céus.
É um mytho brilhante e mudo —
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
(Mensagem)
"Ouvir...
Apenas pessoas inteligentes tem essa capacidade. Por essa razão se tornaram o que são, pois;
• Tornaram a fala alheia, sagrada.
• Falaram apenas o indispensável.
• Ruminaram sempre sobre o que lhe foi dito pelo outro.
Assim aprenderam ainda mais; ouvindo. E ensinaram em silêncio, quando perceberam que é ele quem possui todas as respostas."
Como um vento na floresta,
Como um vento na floresta,
Minha emoção não tem fim.
Nada sou, nada me resta.
Não sei quem sou para mim.
E como entre os arvoredos
Há grandes sons de folhagem,
Também agito segredos
No fundo da minha imagem.
E o grande ruído do vento
Que as folhas cobrem de som
Despe-me do pensamento:
Sou ninguém, temo ser bom.
Feitos mostarda
"Somos sementes esperando eclosão,
sementes na palma da mão.
Ninguém quer ser o primeiro a ser plantado.
Queremos a vida sem nunca realmente tê-la usado.
Ainda reclamamos dum fruto não dado.
Não existe fruto sem raízes em terra e um pouco de sorte.
Não nascem flores sem algum tipo de morte.
Quem preservou sua vida nunca realmente nasceu.
Bem aventurado quem por alguma causa morreu.
Todo nosso legado pode caber na palma da mão,
ou talvez não."
Esquizofrênico assumido
Não sou maluco.
As pessoas que vejo e converso?
São todos uma parte de mim.
O que são essas vozes em minha mente?
São minhas criações e meus algozes.
Tenho consciência. Confundo-me apenas quando tenho certezas.
Na verdade sou tão grande que não caibo num corpo só.
"Semente de gente,
que ninguém apostou.
Gerado em solo ilegal,
com requintes de horror.
Lançado na vala ao nascer,
pelo seu criador.
Um ser soterrado
em terra de dor.
Rompeu o peso terra
e seu verde mostrou.
E sem ser irrigado
ou adubado, brotou.
Semente de gente
Aposto que é flor."
Poeme-se
Penso, incansavelmente, penso. Quase como faço no respirar. É um penso torto, claudica ao pronunciar.
Costuma contrariar o óbvio, e enaltecer o olhar. Conjectura o improvável, por isso eu o chamo; de meu pensar.
Língua artificial não, por favor, chame de neologismo do pensar.
Não é pra fazer sentido, poesia é pra fazer caminhar.
Logos
Em grego PALAVRA também é resultado. Não só um escrito, é ação. Além de invadir os ouvidos a palavra é ingerida pela boca. Tem gosto, tem cheiro, tem inteiração. Lendo a versão original de escritos que falam acerca do criador, percebi que para o verbo se fazer carne, profetas precisam ser poetas.
Trovoada
O ruído do trovão é uma complexa onda de pressão, precedido dum clarão; resultado de uma ionização. Astrofóbicos ou não, todos encurvam-se com pescoços ao chão.
Para os pessimistas de plantão, eis aqui a minha consolação, sempre após o dia cinzento haverá uma coloração.
"Fecho os olhos...
Não há forma melhor de encurtar a distância.
Não conheço outro jeito de acessar o impossível.
Como máquina temporal, trás o momento, infinitas vezes ao ponto escolhido.
Olhos são portais das memórias.
No avesso das minhas pálpebras, um mundo paralelo, insiste em acontecer."
Súbita mão de algum fantasma oculto
Entre as dobras da noite e do meu sono
Sacode-me e eu acordo, e no abandono
Da noite não enxergo gesto ou vulto.
Mas um terror antigo, que insepulto
Trago no coração, como de um trono
Desce e se afirma meu senhor e dono
Sem ordem, sem meneio e sem insulto.
E eu sinto a minha vida de repente
Presa por uma corda de Inconsciente
A qualquer mão nocturna que me guia.
Sinto que sou ninguém salvo uma sombra
De um vulto que não vejo e que me assombra,
E em nada existo como a treva fria.
Os argumentos relativos ao problema da existência de Deus têm sido viciados, quando positivos, pela circunstância de frequentemente se querer demonstrar, não a simples existência de Deus, senão a existência de determinado Deus, isto é, de um Deus com determinados atributos.
O conceito de Deus, reduzido à sua abstração definidora, é o conceito de um criador inteligente do mundo. O ser interior ou exterior a esse mundo, o ser infinitamente inteligente ou não — são conceitos atributários. Com maior força o são os conceitos de bondade e outros assim, que, como já notamos, têm andado misturados com os fundamentais na discussão deste problema. Demonstrar a existência de Deus é, pois, demonstrar: (1) que o universo aparente tem uma causa que é externa a ele; e (2) que essa causa é inteligente, isto é, conscientemente ativa. Nada mais está substancialmente incluído na demonstração da existência de Deus, propriamente dita. Reduzido assim o conteúdo do problema às suas proporções racionais, resta saber se existe no raciocínio humano o poder de chegar até ali, e, chegando até ali, de ir mais além, ainda que esse além não seja já parte do problema em si, tal como o devemos pôr.
"Já foi provado, o universo é extremamente hostil a vida.
Mesmo sem as devidas condições, com apenas partes das substâncias do espaço o homem se fez.
Deve ser essa a razão de nossa conexão com os céus, lá vemos nossa própria essência, como poeira de estrelas.
A humanidade é o milagre! Somos a própria teima."
"Eu não quero viver pela fé! Mesmo sendo ela um atributo divino.
A fé é o último estágio... é quando tudo deu errado, e não se tem mais expectativas em nada.
A fé começa 'somente' quando se esgotam todas as esperanças.
Isso não é vida pra mim, não é vida pra ninguém!
Eu não quero contar sempre com Deus.
Quero sim, agradecê-lo por ter conseguido sozinho, quero ser grato por não me sentir só, enquanto eu conquistava.
Quero que ele me dê esperanças, para sempre acreditar que tem jeito, que com um pouquinho mais de esforço é possível!
A esperança é melhor que a fé!
Uma vida norteada tão 'somente' pela fé é uma vida muito triste."
Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça
A sua santa guerra.
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.
Corro, corro, corro
Com a perna já doída
Paro arrependida
Não posso voar
Meu corpo me limita
E a alma aqui fica
Querendo ir ao ar
Ter um lar pra chegar
Bênção que limita
Um espelho que me imita
E não tenho por onde andar
Ainda tem o Estado
Que não ver o meu estado
Quer em tudo me cobrar
E não tenta fazer essa venda
Que limita-me a renda
Não tenho como comprar
Então amigo
Você sendo secreto
Ou sendo explícito
Pensa comigo
Também vais me limitar?
Dá licença que eu vou passar
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