Cartas de Amizade Clarice Lispector
Às vezes me pego com saudade do sentimento bom que olhar seus olhos me desperta. Às vezes tenho vontade de segurar sua mão, encostar a cabeça no teu ombro e ali permanecer por um bom tempo sem pensar em nada só vendo a tarde passar. Queria poder escutar as batidas do seu coração depois de um banho quente. E por mais que o mundo nos faça agitar eu queria mesmo poder te abraçar e beijar sem pressa. Eu fecho meus olhos quando te abraço. Tento fazer com que assim ele permaneça em mim por mais tempo. Eu respiro profundamente quando estou perto para tentar gravar em mim seu perfume. Sua voz é o som que mais venero. Te imagino em todas tonalidades, em suas múltiplas intensidades mandando e desmandando o que quiser, como quiser. Só queira.
Foi mais um elogio? É que ouviram, mas não souberam dizer. Andam murmurando por aí. Passam o comentário de boca em boca. Fazem suposições, mas todas sem nada que comprove a veracidade das informações. É cochicho mesmo. Fofoca da boa. Dizem que disseram que ouviram dizer. Nada confiável, pouca coisa aceitável. Você acha que sim, mas não sabe ao certo. É que parece mesmo, mas só olhando bem de perto. De longe nem eu mesma saberia responder. Outras vezes não. Está claro como dois e dois. É fácil perceber até para os leigos. Agora revelando o segredo posso dizer; é intencional. Na verdade, é tudo calculado. E, digo mais, milimetricamente. É que mexer com você me exige cuidados. Não pode ser algo infundado, não pode ser nada escrachado que te causaria tédio. E tem outras coisas ainda bem mais clichês. Mas essas eu vou pular, deixa o tempo mostrar a você.
Um bom texto não é para ser especulado. O que faz um texto se diferenciar de bom ou ruim são as emoções que ele desperta. Escritores e pseudo escritores que escrevem por paixão são sempre postos contra a parede pelo que escrevem. Embora a leitura hoje em dia, seja bastante democrática alguns leitores deveriam ser “privados” de algumas palavras simplesmente por não terem maturidade suficiente para digeri-las. Antoine de Saint Exupéry em seu livro: O pequeno príncipe, já falava a respeito dessa falta de maturidade intelectual que alguns adultos costumam ter para as artes. Ele sabiamente começa seu livro relatando a história de um aviador que quando criança sonhava em seguir carreira como desenhista ou pintor, mas, fora desencorajado por comentários mesquinhos de pessoas grandes que ao invés de incentiva-lo, diziam que seu dom não seria bom o suficiente para ser mostrado. Não entendiam seus desenhos e por isso se sentiam aptos a julga-lo como alguém sem talento para as artes. O que as pessoas por vezes não entendem é que a pequenez não está nos outros, mas, nelas mesmas. Um quadro de Picasso não é simplesmente um monte de figuras geométricas como alguns dizem por aí. Assim como, Romeu e Julieta não eram apenas um casal apaixonado que teve seu amor interrompido precocemente. E a cada traço na pintura, em cada combinação de cor, em cada elemento colocado e até mesmo na falta deles existe algo a ser comunicado. Na literatura por sua vez é do mesmo jeito. Se quisessem ser objetivos os autores usariam a linguagem presente nas bulas de remédios e por certo o mundo seria muito mais chato. Cada palavra usada ou omitida, a construção de cada frase e principalmente cada personagem não são meros frutos do acaso e existem por algum motivo sejam eles quais forem. Na literatura assim como nas artes visuais o abstrativismo se faz presente e demanda muitas vezes uma sutileza para a interpretação dos textos propostos. A variedade de assuntos que podem ser abordados em um texto é infinito uma vez que se compreende a mesma extensão que apresenta a mente humana. Autores tem assim a liberdade de criação para dissertarem a respeito do que quiserem e da forma que lhes convierem.
Posso dar uma volta com você? Me leve daqui me faça viver. Vamos ver o tempo passar sem pressa. Vamos nos perder em uma conversa. Sentar em um balanço em um parque qualquer e admirar as coisas boas da vida. Vamos cheirar as rosas, lavandas, os lírios. Sentir novos aromas. Vamos respirar fundo e contar sobre nossos planos. Vamos sair à francesa de todo esse conflito. Por hoje sua presença me basta. Vamos ao cinema ou se preferir eu te conto um livro. Me fale sobre suas aventuras de criança e lhe serei todo ouvidos. Vamos andar de bicicleta ou ver as crianças empinando pipa. Vamos pisar descalço na terra, dormir na rede ver a alegria dos pássaros ao cantar. Nadar na agua gelada, rir de alguma piada, vamos. Eu quero deitar no seu colo, olhar nos seus olhos de perto e sentir você respirar. Quero ter tempo. É quase inverno podemos ver as folhas caindo das arvores, o sol refletindo nos nossos óculos escuros andando pela estrada, colocar os braços para fora e sentir o vento passar por entre os dedos. A gente divide um doce durante a tarde, eu tomo meu chá e você o seu café. Vamos ver o sol se despedir e ver a noite cair. Sair para ouvir um violão e voz, por hoje, não quero te dividir, que seja eu e você e mais ninguém. Ou melhor, esqueça tudo, me abrace e não solte. Só por hoje quero teu melhor sorriso combinado à minha serenidade, toda a nossa alma e poder agradecer, que sorte!
Com quem você divide suas bobagens? Para quem você entrega sua liberdade? Quem já te viu gargalhar? O mundo de fato não é um mar de rosas, mas com certeza as pessoas são flores com espinhos. E eu te digo: Só as que querem ser! É preciso escolher onde você faz seu ninho e ter as pessoas certas com quem contar. Submeter-se emocionalmente a alguém é algo perigoso e pode lhe causar uma dependência a qual você não precisa. Faça por você, queira por você, seja por você e quem quiser que esteja também. Seja uma pessoa interessada, mas não permita que se acomodem em você. Seja uma pessoa disponível, seja querida.
Às vezes me pergunto se prefere seu jeito imponderado com beijos torrenciais ou meu jeito controlado de amor perene. E penso que se somarmos tudo teremos a combinação perfeita que todos almejam: Tempestades de amor. Seu ciúme bobo não vai estragar tudo porque meu bom senso não vai permitir. Minha falta de coragem para sair de casa não vai impedir de termos a melhor das noites porque sua alegria de viver vai sobressair. Emocionalmente a gente se equilibra. Nos outros pontos a gente se equivale. Pessoalmente não há quem diga. Internamente não há o que nos falte. Nossas dúvidas talvez sejam as mesmas e impeçam as nossas vontades. A pequenez das nossas incertezas se contradiz com a nossa grandiosidade. Não seriamos complemento, mas o que supera as expectativas e leva à verdade. Nossos sorrisos tem o mesmo brilho, compactuamos da mesma lealdade. Estranhamente somos iguais e diferentes. Seus braços parecem ter o tamanho certo para mim e eu pareço me encaixar em você. As surpresas que te causo são as que você sempre julgou merecer. As emoções que me provocam são as que sempre desejei receber. Fomos cultivados no tempo certo um para o outro. O tempo aprimora nossas qualidades e ressalta nossa elegância. Somos politicamente incorretos, mas socialmente adoráveis. Queremos um ao outro por perto, mas estamos seguros em nossa liberdade. Já nos perdemos no afeto, mas falta nos conectar na realidade. Sobram pensamentos, emoção, palavras, pele e vontades.
Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra.
Não declare amor a nínguem, pode ser que a outra pessoa te ame, deixe que uma pessoa melhor que você tome seu lugar, sinta por você, e ame quem você sonhou amar. Quando você se deixa perde algo por medo, não vive , apenas deixa que vivam seus sonhos por você, e a cada dia mais se perde e deixa de ser quem um dia já foi...
Vencer os comunolarápios não basta. É preciso bani-los da vida pública PARA SEMPRE. Entenderam? PARA SEMPRE. E só há um meio de fazer isso: Não deixar que a velha geração esqueça e as novas gerações ignorem o que eles fizeram. Os crimes inumeráveis que eles cometeram -- e os muitos outros que preparavam -- garantiram para eles o direito à imortalidade: a imortalidade da vergonha, do opróbrio e da desonra. Negar-lhes isso é fazer-lhes uma tremenda injustiça.
"Todos ao meu redor estão comprometidos, a escuridão estar vindo e quer me pegar e no fim minha vida fica pra trás, mas eu acho que não sabe, mesmo que ninguém mais tenha fé em mim, mesmo que eles falam que nunca irei arrumar ninguém, eu ainda estarei aqui firme, esperando por ti, pois enquanto o Sol se amanhecer e anoitecer... eu irei rir e rir e rir! Pois não preciso me preocupar porque o meu melhor amigo estar aqui e ele não me julga e sim acredita e me agrada sempre...obrigado Senhor"
" Quando nossa viagem passa da metade, ou supõem-se que tenha passado, começamos a ver a morte de uma maneira simples, necessária, embora queiramos vida eterna. Alguns sinais vão aparecendo, coisas da época , diriam alguns, alegria dos médicos, dirão outros, mas o fato é que tudo passará, inclusive nós, eu e você. Por isso é sempre libertador, deixar a alma leve, descarregar pesos, atribuir perdão, pedir desculpas, ser menos intransigente com coisas banais. Somos meros passageiros e o que devemos é viajar buscando sempre a felicidade...
Não transforme a saudade em um sofrimento de retire a fé que tu tens pela vida, guarde contigo as melhores recordações que te leva para as melhores chaces de recomeçar, lembranças que te faça acreditar no novo amanhecer, lembranças que ti faz recordar que Deus sempre vai estar presente no teu viver.
Uma das muitas causas do seu desaparecimento [do leitor autêntico], no nosso país, é que a formação dos jovens leitores — e falo dos melhores — se faz sob uma influência predominantemente anglófona. Ninguém lê mais em francês, espanhol, italiano ou latim. Muito menos lê os clássicos portugueses. Como os princípios da estilística inglesa são intransponíveis para o português, esses leitores acabam perdendo o ouvido para o próprio idioma. Quando lêem, não captam as nuances de sentido nem a ordem musical. Quando escrevem, imitam trejeitos ingleses que não dão certo em português e terminam em pura macaquice. E não falo só de trejeitos lingüísticos, mas psicológicos — de certos cacoetes de percepção que são típicos da intelectualidade norte-americana.
Liberal education é, para resumir, a educação da mente para os debates culturais e cívicos mediante a leitura meditada dos clássicos. Acabo de escrever esta palavra, 'clássicos', e já vejo que não sou compreendido. A falta de uma liberal education dá a esse termo a acepção estrita de obras literárias famosas e antigas, lidas por lazer ou obrigação escolar. Um clássico, no sentido de Adler, não é sempre uma obra de literatura: entre os clássicos há livros sobre eletricidade e fisiologia animal, os milagres de Cristo e a constituição romana: coisas que ninguém hoje leria por lazer e que geralmente são deixadas aos especialistas. Mas um clássico não é um livro para especialistas. É um livro que deu origem aos termos, conceitos e valores que usamos na vida diária e nos debates públicos. É um livro para o homem comum que pretenda ser o cidadão consciente de uma democracia. Clássicos são livros que criaram as noções de realidade e fantasia, senso comum e extravagância, razão e irrazão, liberdade e tirania, absoluto e relativo – as noções que usamos diariamente para expressar nossos pontos de vista. Só que, quando o fazemos sem uma educação liberal, limitamo-nos a repetir um script que não compreendemos. Nossas palavras não têm fundo, não refletem uma longa experiência humana nem um sólido senso de realidade, apenas a superfície verbal do momento, as ilusões de um vocabulário prêt-à-porter. A educação liberal consiste não somente em dar esses livros a ler, mas em ensinar a lê-los segundo uma técnica de compreensão e interpretação que começa com os eruditos greco-romanos e atravessa, como um fio condutor, toda a história da consciência ocidental.
Sou portador de sentidos, sou a razão do prazer que sinto. Se o prazer é pecado, então nossa existência é pecado. O medo do pecado é exatamente o de existir, portanto é o mesmo medo do prazer proibido pela religião dos compradores de Deus com dízimos. E o pecado que o Céu condena tem na igreja: As relações sexuais e ambição! Mas, é o inferno terráqueo que nos ensina o "jeitinho brasileiro", divulgando que não há pecado, há, sim maneiras diferentes de gozar a vida. Saborear cada consequência prazerosa tanto para vida como para a morte (o gozo último) deve ser o sentido do viver. Isto é, o prazer que traz a vida é o mesmo que traz a morte! (CiFA
Nada é mais imoral que o moralismo pois ele tenta subtrair o indivíduo de seu próprio ser. Fazendo que ele se ajuste a um ideal metafísico que se justifica pelo mero apelo a tradição e manutenção de costumes, muitas vezes os tratando como sagrados, perpetuando em sua prole preconceitos anti progressistas. Preconceitos esses que se convertem em instrumento para a própria escravidão do indivíduo moralizado.
Você constantemente preserva sua fachada e tenta torná-la mais receptiva aos outros. Mas, inevitavelmente, o sentimento de inutilidade surge porque você vive sua vida, separado da sua verdadeira natureza e não a conhece, é um tijolo na estrutura do seu ego que mantém unida a argamassa do medo
Todo professor tem uma história de abuso pessoal ou foi vítima de assédio moral. No sistema, tem sempre alguém tentado desforra para ameniza a sensação de prejuízo. Ou os que me confessaram estavam mentindo? Se sim, abusaram de minha boa fé! Um projeto escrito, desenhado e vistado que não se cumpre é apenas uma promessa vazia.
Estamos numa época muito difícil de viver, principalmente em ter que lidar com o que não entendemos, e não ter-mos informações precisas. Então, não feche os olhos no momento em que você mais precisa enxergar.Tem coisas que ninguém pode fazer por você. Ter certeza da situação é uma delas! Você pode até pensar que está sozinha nessa jornada, mas não está! Veja ao seu redor quem é prioridade e quem é opção! Ame-se em primeiro lugar e deixe livre o seu coração.
A vida não é só um mar de rosas e sim, um mar de paz, de luz, de sabedoria e de amor. É uma escola abençoada, é um presente divino. Que possamos conscientemente fazer valer a pena realmente, a nossa passagem por ela, de uma forma inteligente e única. Extraindo assim, as mais valiosas lições rumo ao caminho da autoiluminação e logo, ao aprimoramento intelectual e moral, na pátria terrestre.
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