Cartas

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Essa não é mais uma carta de amor. São pensamentos soltos traduzidos em palavras.
Toda pessoa precisa de motivos para seguir em frente.
Meu motivo é você, tudo que faço é pensando em você.
Só penso em te dar carinho e te fazer sorrir mesmo me passando por bobo.
Não quero te assustar com o que sinto por você, pois ainda não consegui saber porque estou tão dependente de você.
Quando puder dizer o que sinto, espero poder ser retribuído com o mesmo sentimento,
pois só assim poderei me entregar totalmente a você, de corpo e alma.

Carta final

Assim vai a última esperança, a última chama que o coração guardava na espera de que algo
mudasse, mas desde o princípio, quando notei frieza em seus olhos, percebi que naturalmente
isso acabaria em dor. Inicialmente era incrível o poder que isso tinha de me fazer sorrir, como
eu via tanta inocência, sem saber que a inocente era eu.
Superei as barreiras do espaço e do tempo, burlei as leis da casualidade e entrei na sua vida;
não temia as consequências enquanto era bom.
Então chega a realidade, avança ferozmente e rouba toda luz, todo riso converteu-se em
lágrimas. Inevitavelmente isso acabaria em dor.
Mas precisava efetuar a última oração, precisava superar os limites de meu medo, tudo isso para a
resposta que eu deduzia.
Juntando todos os resíduos de força, resistindo bravamente a qualquer hesitação, meu coração
deixa aqui meu mais sincero adeus.

CARTA PARA MINHA FUTURA SOGRA

Querida e amável progenitora do meu amor.

Meu amor por seu filho chegou a tal ponto que eu, sua querida e tão amável nora resolveu escrever essa tal carta. Não que escrever seja chato, mas, escrevê-la para ti é aterrorizador.
Nós noras, queridas e amáveis sempre temos medo do mais improvável amor, amor da mãe do namorado. Mas olha bem, Sou diferente e para demonstrar tal carinho e admiração pela senhora( não sei se gosta que a chame assim, mas meus pais me ensinaram que devo chamar todas pessoas mais velhas que eu de senhor/senhora) vou cobri-la de elogios.
Que doçura, inteligência e perspicácia. Seu filho deve ter puxado teu amor incondicional e sua inteligência, e com certeza esse sorriso lindo que coloca no rosto mesmo quando triste.
Não entendo o porquê de tanta rivalidade entre nossa espécie. Não quero competir com teu amor. Jamais competiria, já que no mundo foi a razão da vinda do amor mais precioso: seu filho.
Só queria te dizer que foi abençoada por Deus por trazê-lo a mim. Que missão divina. E sei que quando ele nasceu foi uma festa. Deve ter sido cansativo os noves meses, ter engordado alguns quilos, inchado os pés, vermelhidão no nariz e de mulher para mulher aquelas estriasinhas e celulites(que isso sim são o terror).

Mas sei que quando ele nasceu você chorou. E eu ainda sogra, não sei o que é amar um filho, ainda não tenho. E quando eu e seu filho tivermos os nossos saberei que seu amor por ele é absoluto e supremo.
Não tirarei sua razão de tentar nos corrigir a cada falha nossa, porque sei que foi difícil levar a escola, educar e mostrar o quão terrível o mundo é.
Sei que talvez não foi uma criança tão fácil ou parecida com as outras. Crianças tem seus defeitos e sei que a correção era sempre com amor, ou talvez com severidade uma severidade amorosa.

Bem, muita coisa aconteceu. E sei que seus conselhos foram supremos, e um deles foi para se relacionar com uma boa pessoa e seguir seu coração.
E aqui entra EU, eu que cheguei agora, e ainda me pergunto por que ele se apaixonou por mim.
Lembra aquele conselho que deu que merecia alguém parecida com ele, acho que nem tudo vai se encaixar. Me pergunto sempre o que o fez gostar de mim, com uma mãe tão incrível, ele deve ter comparado nossos sorrisos. Estou desconfiada disso.
Mas deixemos de blá blá blá e falemos o que interessa. Eu talvez não seja a nora que pediu pra Deus. Tenho uns defeitinhos de fábrica, o tempero da comida é uma questão. Não possuo o dom divinal de tão delicadas mãos, e desejo que seu filho aprecie da mesma forma a nossa diversidade gastronômica. Mas pensa bem, quando tiver a tua idade quem sabe ficarei a páreo.

Olha, eu sou um bom partido também, sei que o mima com muito amor. Mas como tivemos uma educação de pura bondade seremos perfeito um ao outro. Mamãe diz que sou inteligente, bonita, talentosa, criativa e todos atributos que diz que seu filho tem. E, como mães não mentem, olha só: somos tão perfeitos um para o outro que somos iguais.
Pode deixar sogrinha que eu o mimarei na mesma quantidade, muito amor. Só não sei se terei a mesma paciência quando deixar os sapatos na sala, e a toalha em cima da cama. Ou procrastinar a instalação da lâmpada e do chuveiro por meses.

E nem sempre sogra amada, irei consentir com os erros do seu filho, estarei ao lado dele em todos os momentos o ajudando sempre, nem que pra isso discutamos nossa relação para que cada dia fique melhor e harmoniosa. Porque depois sempre terão beijos e outras coisas que não falarei por zelar da boa imagem, e muito carinho. Tudo ficará melhor depois disso.
Não precisa se preocupar comigo, não tirarei seu lugar e nem você o meu! Que maravilha, assim dividiremos inteiramente o coração dele de formas diferentes.

Sei que se preocupará quando ele estiver doente, mas olha que perfeito nem precisa se preocupar com chás, nasci com dom de cuidar, sei levar ao médico dar remédios e cuidar com amor. Nem precisa ficar cobrando tanto, ainda bem porque assim ficará mais relaxada e descansará melhor sua beleza.

Teu filho será sempre seu, e eu tentarei que ele seja meu pra sempre. Só peço que nos ajude e não nos separe.
Eu também sou uma boa filha, podemos conversar por horas, falarmos de roupas, futilidades, lugares, comidas e tudo que há de bom na vida. E olha bem, não tiro seu filho da sua vida e você me adota como sua filha. Pronto! Família feliz.

Eu serei grata pra sempre se tudo caminhar assim, lindas e amáveis. E que meus filhos, seus futuros netos tenham a mesma admiração que eu e seu filho temos pela senhora.

Com amor de sua ETERNA e amável nora♥

Carta do filho ao pai ausente.
Pai, quero que saiba que, com o dinheiro da pensão, eu não posso comprar amor e carinho no mercado, muito menos tapar os buracos que a sua ausência tem me causado.
Pai, alguém que para mim só serve para colocar o nome nos documentos (isso quando assume), que só existe mesmo na papelada, porque amor de pai mesmo eu nunca tive nada.
Querido pai, como eu queria que o senhor soubesse todas as coisas que eu tenho sofrido pela falta de um pai comprometido. Queria que soubesse de todos os Dias dos Pais que passei chorando ou de quando meu aniversário se tornava um dia de decepção, porque, "coincidentemente", você sempre estava ocupado demais.
O senhor pensa que, com um único encontro, uma simples conversa, tudo se tornou automaticamente resolvido? Que as feridas foram tapadas, os traumas foram superados, as lágrimas foram secas e o passado simplesmente esquecido?
E até poderia ter sido, se você tivesse mudado, se começasse a se importar verdadeiramente, se demonstrasse amor, se tivesse comprometimento e se não tivesse achado que, com o seu total desinteresse, já estava tudo perdoado.

Carta de despedida

Aos amigos novos e aos antigos que permanecem presentes (ainda que ausentes), meu muito obrigado por me ajudar a compor a história da vida real que mais se confunde com ficção de tantas emoções que vocês, talvez até melhores que eu, sabem descrever. Obrigado por tudo que é compartilhado, raivas, risos, conhecimento, pontos de vista, teimosias, toda sorte de sentimentos, vivências, transmissão de pensamento. É uma sintonia só.

A você que apareceu no dia exato, balançou as estruturas da pequena sertaneja e que até hoje não sei ao certo definir o tipo de relação que temos, só tenho uma coisa a dizer: você é o cara e eu te adoro (independentemente do vínculo estabelecido).

A quem partiu e não se despediu, meu adeus e foi bom te conhecer!

Esse ano vivi tantas experiências, alcancei praticamente todos os objetivos estabelecidos, mesmo assim foi, digamos que, um ano turbulento.
Vi amizade transformar-se e limitar-se a um “Tá tudo bem?” somado a contatos previsíveis quando necessário e vi um “Tá tudo bem?” transformar-se gradualmente em amizade. Foi um longo ano e, ao mesmo tempo, fugaz. Foi um período de adaptações nem sempre exitosas, mas gratificantes. Um ano de mudanças, de julgamentos, de incertezas/indecisões e de decisões!!

E mesmo sabendo que nem todos os destinatários dessas palavras a lerão, com essa “carta” finalizo tudo que ficou mal resolvido neste ano, espero. ;)

Qualquer semelhança com a nossa relação não é coincidência. Esse texto não é uma indireta e sim direta a destinatários não identificados e cada trecho é dirigido a pessoa(s) específica(s) que fizeram toda diferença.

Só mais uma coisa, você que teve paciência de ler até o final, não pense: “você é louca de expor sua vida assim?”. Não, num sou não. Só foi dito o que deve (e pode) ser dito e isso é só uma coisinha que eu quis fazer para me despedir deste ano lembrando de alguns aprendizados importantes: acolha seus sentimentos (por Cilene), porque o sucesso é ser feliz (por tia Bag). E se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi (por Roberto Carlos)!

⁠Carta Aberta

Àqueles que buscam profundidade nas palavras e sensibilidade na vida,

Este é um convite para olhar além da superfície, para perceber o que a vida e a morte têm a nos ensinar. Em meio à jornada de autodescoberta e expressão, encontrei um caminho onde as palavras não são apenas formadas, mas sentidas. Onde cada frase é uma dança entre o corpo e a alma, e cada pensamento se entrelaça com a essência do ser.

A fotografia, essa arte tão delicada, é a minha forma de traduzir o mundo. A sensibilidade da lente me permite revelar a alma do que é visto, tornando as pequenas coisas em preciosidades. Não se trata apenas de capturar uma imagem, mas de traduzir sentimentos, histórias e conexões invisíveis. Como fotógrafa, busco olhar através de novos olhos, e convido outros a verem a vida de uma maneira mais pura, mais intensa.

Em meus textos, procuro desvelar o oculto. A morte, por exemplo, é mais que o fim de uma jornada. Ela é a cortina que se abre para a eternidade, revelando aquilo que sempre esteve além de nossa compreensão. A vida, com suas complicações e acúmulos, nos leva a crer em muitas coisas. Mas, quando a morte chega, ela nos liberta de tudo o que não serve. E é nesse momento que podemos entender o verdadeiro peso do viver, da transição que nos leva do visível para o invisível, da carne para o espírito.

Tudo o que escrevo e fotografo reflete meu desejo de conectar. Conectar com o íntimo de cada ser, com os sentimentos mais profundos que muitas vezes preferimos esconder. Busco um encontro genuíno, onde as palavras e imagens não sejam apenas expressões de um ego, mas uma forma de tocar a alma. Afinal, o verdadeiro encontro vai além do superficial; é uma dança silenciosa entre quem somos e o que podemos compartilhar.

Meu propósito é claro: transmitir a essência daquilo que vejo, daquilo que sinto. Acredito que, ao fazer isso, posso ajudar outros a se encontrarem também, a verem a beleza do que está diante de nós. A fotografia e a palavra, quando bem utilizadas, podem transformar o simples em algo essencial, algo que toca profundamente.

E assim, sigo criando, escrevendo, fotografando e buscando a verdade nas entrelinhas da vida, da morte e do que reside em nós, em cada momento. Que possamos todos encontrar a nossa própria maneira de nos expressar, de nos conectar com o mundo e com os outros, de entender e de sentir. Pois, ao final, é isso que nos torna verdadeiramente vivos.

Com todo o meu ser,
Jorgeane Borges

⁠Carta Aberta

Para quem se permitir sentir, refletir, conectar.

Aqui estou eu, uma mulher que carrega dentro de si a busca incessante pela profundidade e autenticidade. Não sou uma alma que se perde na superficialidade das interações fugazes, nem nas palavras vazias que muitas vezes nos cercam. Eu busco a essência, a alma do outro, como se a verdadeira dança da vida estivesse na entrega silenciosa e na sintonia que não se explica, mas se sente.

Se algo define minha jornada, é a busca por uma conexão genuína. Às vezes, penso que a solidão é necessária para que a verdadeira conexão aconteça. Sou do tipo que se recolhe até sentir que vale a pena abrir a porta, até encontrar um olhar que se atreva a tocar a minha alma.

Na fotografia, eu me encontro. Cada click é uma tentativa de capturar o invisível, de revelar aquilo que mora nos cantos mais ocultos do ser humano e da vida. Acredito que a sensibilidade de quem fotografa tem o poder de transitar entre o visível e o invisível, entre o que é e o que poderia ser, fazendo com que o outro veja o mundo através de uma nova perspectiva. Cada imagem que crio carrega um pedaço da minha alma, esperando ser vista, sentida, compreendida. E é assim que vejo a vida: uma fotografia em movimento, cheia de momentos efêmeros que pedem para serem eternizados no olhar atento de quem sabe enxergar.

Hoje, me permito escrever, não para expor, mas para partilhar. Porque, como sempre busquei nas palavras e nas imagens, talvez o que realmente desejo é que minha essência encontre eco no mundo. Que, de alguma forma, minha busca por profundidade se revele como algo comum a todos que também têm fome de autenticidade e de verdade.

Aos que, como eu, não se contentam com o raso, aos que acreditam que há beleza na entrega silenciosa e na quietude que precede a verdadeira conexão, deixo estas palavras: seguimos. Continuamos nossa busca, nossa dança. Porque no fim, é a dança que importa, o encontro verdadeiro, onde corpo e alma se entrelaçam. E é isso que me move: acreditar que, no fundo, todos buscamos algo mais. Algo que só o verdadeiro olhar consegue captar.

Com carinho e sinceridade,
Jorgeane Borges

Uma carta para um antigo amor.
Eu sei que apesar de muito tempo, eu já não deveria sentir as mesmas coisas por você. Também sei que se fosse para dizer algo, eu teria coragem e diria na sua cara. Mas você me conhece, sabe como a minha timidez me atrapalha um pouco demais. Eu não deveria escrever sobre alguém tão longe da minha realidade, um alguém que eu sei que hoje já não faz mais do meu presente e sim do meu passado. Eu só queria poder escrever mais do que eu sinto aqui no meu coração, mas é impossível falar, além disso, meu coração já não dá mais pistas sobre o que ele sente, e eu estou cada dia mais confusa e atordoada com toda essa história. Oras, o que a tola aqui está fazendo? Você nem deve mais lembrar de mim, tanto tempo passou e você me ignorou. Eu só queria que um dia você lesse tudo o que escrevi para você, para tentar te esquecer. Ou só para poder ter você bem mais perto do meu coração.
Beijos da sua eterna namorada.

⁠Carta Aberta de Quem Decidiu Partir (E Ainda Está Aqui)

A quem importa,

Eu ainda estou aqui, mas não sei por quanto tempo. Já tomei minha decisão, embora o corpo continue presente. Sigo respirando, caminhando entre vocês, respondendo quando necessário, sorrindo quando esperado. Mas, por dentro, algo já se despediu faz tempo.

Não quero que sintam pena, não quero ouvir que vai passar, porque eu mesma já me disse isso incontáveis vezes. Não passou. Apenas aprendi a carregar o peso sem deixar transparecer tanto. Às vezes, ele fica insuportável.

Sei que muitos me amam, e é por eles que permaneci até agora. Mas amar não significa entender. E a solidão de não ser compreendido é um abismo que engole pouco a pouco.

Eu não busco atenção, não quero alarmar ninguém. Só quero que saibam que tentei. Que lutei cada dia como pude. Que se um dia eu não estiver mais, não foi por fraqueza, mas por exaustão.

Até lá, continuo. Não sei até quando. Apenas… continuo.

[JB]

⁠Carta Aberta: Cansei, Lutei Até Meu Limite

A quem ainda se importa,

Eu lutei. Lutei com tudo o que tinha, com tudo o que restava de mim. Dia após dia, me levantei quando queria ficar no chão, sorri quando minha vontade era desmoronar, fui forte até quando a força me abandonou. Mas agora, cansei.

Cansei de fingir que estou bem para não incomodar, de carregar um peso que ninguém vê, de gritar sem que ninguém ouça. Cansei de ouvir que tudo é fase, que vai passar, que basta ter fé. Porque não é assim tão simples. Nunca foi.

Não peço que me entendam. Apenas que saibam que eu tentei. Tentei ser quem esperavam, tentei encontrar um lugar no mundo, tentei carregar minha dor sem transbordar. Mas há batalhas que não se vencem, há cansaços que não se curam com descanso.

Se eu partir, saibam que foi depois de uma longa guerra, não de um único dia ruim. Se eu ficar, saibam que estou além do limite, e só preciso que alguém perceba sem que eu precise explicar.

Cansei, mas ainda estou aqui. Até quando, não sei.

[JB]

Carta para um Deus tão distante.

Onde está você senhor que não me responde? Que não me dá um sinal ou uma luz para guiar esse coração perdido e amargurado. Já não existe a esperança, nem a fé, Me sinto um saco vazio.
Sei que estou sendo injusta. Logo você que sempre me presenteou com uma vida perfeita, saúde, conquistas, mas neste momento, o que eu preciso é o que mais tens: amor! E esse me falta há tempos.
Lembra do nosso acordo? Aquele feito entre tantas lágrimas e sangue? Então, por que mais uma vez brincou com o que me era tão sagrado? Eu confiei em ti!
Sei que é ocupado, que o mundo tá virado, que as pessoas estão enlouquecendo, mas eu também estou enlouquecendo e não sei mais a quem gritar!
Sei que não sou digna dessas palavras. Sei que seu coração se feriu ao saber que penso que me esqueceu, mas se não disser a você, não seria leal ao nosso amor.
Esteja onde estiver, acalma meu coração. De tantos retalhos, tenho medo que ele se rompa novamente. Não quero trocá-lo por um de aço.
Dei-me fé! Tenho medo de caminhar sem ela.... e nunca mais voltar!

Assim seja.

Carta para Deus

Hoje preciso de um abraço, pois a tristeza que sinto está matando aos poucos o pingo de esperança que existe em mim. De repente chorar aparenta ser a única opção para aliviar o que sinto, a dor que sinto.

Embora tenha errado tanto, e machucado ocasionalmente pessoas que amo, apesar da minha fé está tão abalada peço senhor... continue ao meu lado.

Apesar de ser uma grande pecadora, pai, peço que não desista de mim como muitas pessoas fizeram.

Carta de um Idoso escrita a um filho

" O dia em que este velho não for mais o mesmo, tem paciência e, compreende-me;
Quando derrramar comida na minha roupa e me esquecer de como apertar os sapatos, tem paciência comigo e lembra-te das horas que passei a ensinar-te a fazer as mesmas coisas.
Se, quando ao conversares comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e escuta-me.
Quando estivermos reunidos e sem querer, fizer as minhas necessidades, não fiques com vergonha e compreende que eu não tenho culpa disto, pois já não as possso controlar - pensa quantas vezes, aquando criança, te ajudei, estando pacientemente ao teu lado esperando que terminasses o que estavas a fazer.
Não te sintas triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me o teu coração, compreende-me e apoia-me como eu fiz quando começaste a viver.
Da mesma maneira que te acompanhei no teu caminho, peço-te que me acompanhes para terminar o meu.
Dá-me amor e paciência, que eu te devolverei gratidão e sorrisos."

Carta aos Românticos


A vocês, que ainda acreditam no amor, escrevo.
Não por ingenuidade, mas por coragem. Porque amar hoje é um ato de resistência.
É remar contra a maré do efêmero, do rápido, do descartável. É escolher permanecer quando tudo ao redor diz que sentir demais é fraqueza.


Ser romântico não é viver em contos de fadas; é acreditar que, apesar de tudo, vale a pena se entregar.
É enxergar poesia nos detalhes, mesmo quando o mundo parece cinza. É escrever cartas quando só enviam mensagens rápidas. É guardar flores secas entre as páginas de um livro que ninguém mais abre.


Românticos são aqueles que esperam. Que acreditam no toque genuíno, no abraço demorado, no olhar que diz mais que palavras. São aqueles que não têm medo de dizer "eu sinto", mesmo que a resposta seja o silêncio.


Escrevo a vocês porque sei o peso e a beleza de ser assim. Sei que, às vezes, o peito dói por sonhar alto demais, por esperar encontros raros em um mundo apressado demais.
Mas também sei que, quando dois românticos se encontram, o tempo para. E tudo que parecia desajustado, enfim, se encaixa.


Sigam acreditando. Sigam amando.
Porque o amor verdadeiro nunca foi para os fracos — sempre foi para quem carrega coragem no coração e esperança na alma.

⁠Carta Aberta a Vincent van Gogh

Eu não sei como se escreve uma carta de amor, todas as que já escrevi foram direto para o lixo, seja quando jogadas pelo remetente, seja quando recusadas pelo destinatário, mas essa carta eu sei como se escreve, porque esta não é uma carta de amor, é uma carta de angústias, e estas cartas eu conheço bem. Eu não vou te pedir que me envie materiais para minhas pinturas, nem vou dizer que em Arles a vida tem mais cor, eu vou me redimir, vou me redimir por ter o peito quase tão dolorido quanto o seu, mas não poder fazer nada para impedir aquela bala, que dói também em mim, porque o tempo é cruel e eu não posso atrasar o relógio em um século ou mais. Mas também vou te agradecer, te agradecer por fazer através de sua arte, o que ninguém ao meu lado poderia fazer por mim. Você não é como eles, e nem poderia ser, porque no mundo são poucos aqueles cujo o coração sabe fazer mais do que apenas bater.
Sempre sua.

Carta pra alguém distante

Você realmente acreditou que eu pertencia a você? Não querido, eu só brinquei!
Nunca gostei dos seus beijos, do seu cheiro, do teu suor. Sempre detestei cada toque da tua mão, cada olhar sem pudor, cada loucura que se fazia. Eu não gritava de prazer, eu gritava era de nojo! E toda promessa feita foi da boca pra fora, eu não te queria pra sempre comigo.
Como você foi ingênuo em acreditar que aquelas lágrimas eram de saudades, na verdade elas eram de alivio. Alivio por você ter ido embora sem se quer olhar pra trás. E o ciúme era só uma forma de fazer você se sentir culpado. Eu nunca me importei com seus olhares para os lados, com seus telefones secretos e fotos comprometedoras. Nunca mesmo! Eu só queria o gostinho de rir de você.
Quanto aos meus sonhos? Eram todos mentiras! Nunca fiz planos, nem desejei ter uma família com você, isso é contra os meus princípios, aqueles mesmo que me fizeram afastar do seu mundinho medíocre.
Agora, pelo ultima vez eu te peço, não me escreva mais nem telefone. Muito menos tente me fazer sentir culpada por eu não dar a mínima pro que você sente. Eu sou assim... livre... não me apego a ninguém.

Carta de desabafo

Sabe esta é a primeira vez que uso o Word desde que o instalei em meu computador e venho a usá-lo para libertar da minha cabeça alguns de meus sentimentos que já tentei de vans maneiras liberá-los de mim já tentei lutar com alguma pessoa na academia, pois eu faço karate (afinal não sou covarde o suficiente para arranjar uma briga na rua com que tenho certeza não seria páreo para mim procurei alguém forte para até mesmo talvez apanhar, pois a dor física eu sei como suportar e destruir, eliminá-la de mim), já tentei beber (mais o álcool não mata a sede nem embriaga um coração tão triste que só o faria alegre com á embriagues). Bem esta é minha ultima tentativa sinto-me como se tivessem arrancado meu coração com as minhas próprias mãos e apesar disso tento parecer que estou bem, pois ninguém tem culpa pelo que eu sinto mais já não consigo suportar, pois a cada minuto minha mente vaga e lembro-me de palavras fortes que me fizeram ficar assim e como se eu entendesse a dor da margarida quando é arrancada por uma pessoa apaixonada de seu solo fértil apenas para aquela pessoa brincar com suas pétalas arrancando uma por uma até que a margarida não passa de mais um pedaço do que ela já fora e por fim quando já não e necessária descartada ao relento para apodrecer em meio as ervas para no fim ser apenas um pedaço de planta seca sem vida sem cor sem nada vendo enquanto apodrece suas companheiras flores crescendo bonitas e fortes, pois tiveram a sorte de escaparem da mão da menina apaixonada que lhe arrancou a vida com uma tortura lenta e calculada entre palavras de sim ou não que no final a ela mesmo pouco importava, pois já estava feliz.

Mais se disse que me sinto apenas como a margarida impotente e frágil pelos acontecimentos a minha volta estaria muito melhor do que estou porque ela possui a dignidade de poder mostrar a sua dor e estar à vista tal dor para que fique claro o que sente e eu não possuo no momento tal poder então sofro calado e invisível embebido em minha raiva devastado pela minha fúria sabendo que a única coisa que eu posso fazer e olhar para o meu infinito interno e me ver fazendo o que quase não noto mais faço sempre que me volto ao meu eu exterior chorando e no meio de tentativas vans de realmente esquecer o que sinto mentindo para mim e para os outros me deparo sempre com um obvio motivo pelo qual não consigo entender como a falta do conhecer quem está há tanto tempo ao seu lado pode doer tanto, pois e tão bom não saber nada do que saber um pouco tão doloroso que lhe faz querer saber mais e mais e a cada mais que você sabe mais dói e a quanto mais você não sabe te dilacera inteiro.

Aquele que já foi magoado se protege para não ser magoado novamente e quando isso se repete ao invés de como o obvio em todas as experiências da vida tendes sempre a ficar mais forte, neste caso você tende a ficar mais vulnerável.

Acho que se eu continuar a escrever este relato apenas vai mostra minhas fraquezas, pois sou um fraco eu mesmo vejo isso em mim, mais o pior e saber que quem e ler isso ficaram pelo menos um pouco triste, pois ira conhecer minha dor então neste momento venho colocar este texto para uma língua que não e a minha para que meus conterrâneos vejam mais não entendam o que tenho a dizer como a margarida que grita para que suas amigas tentem fugir da menina para não estarem como ela mais suas amigas já não escuta sua voz fraca de tão longe a quem ler e entender obrigado uma parte de mim mora em seu coração e desculpe por te dar um relato de vida tão ruim.

Carta de Deus...

"Vejo que choras. Sabe que também te escuto. Fica em paz. Acalma-te.
Eu te trago o alívio para teu pesar, pois sei qual a causa ...e a cura.
Não chores mais, estou contigo...Tudo que se passou antes não se parece mais do que com este tempo em que dormiste dentro do ventre de tua mãe. O que é passado morreu.
Deixa-me partilhar contigo, mais uma vez, o segredo que ouviste ao nascer, e esqueceste.

És o meu maior milagre. Tu és a coisa mais rara do mundo.
Tu chegaste, trazendo contigo, como faz toda criança, a mensagem de que Eu ainda não estava desanimado do homem. Duas células, unidas agora em milagre.
Dei-te o poder de pensar.
Dei-te o poder de amar.
Dei-te o poder de querer.
Dei-te o poder de rir.
Dei-te o poder de imaginar.
Dei-te o poder de criar.
Dei-te o poder de planejar.
Dei-te o poder de falar.
Dei-te o poder de orar.
Meu orgulho em ti não conheceu limites.
Usa com sabedoria o teu poder de escolha.
Escolhe amar...em vez de odiar.
Escolhe rir...em vez de chorar.
Escolhe criar...em vez de destruir.
Escolhe perseverar...em vez de desistir.
Escolhe louvar...em vez de difamar.
Escolhe curar...em vez de ferir.
Escolhe dar...em vez de roubar.
Escolhe agir...em vez de lamentar.
Escolhe crescer...em vez de apodrecer.
Escolhe orar...em vez de amaldiçoar.
Escolhe viver...em vez de morrer.
Desfruta este dia, hoje...e amanhã, amanhã.
Executaste o maior milagre do mundo. Voltaste de uma morte viva.
Não mais sentirás autocomiseração, e cada novo dia será um desafio e uma alegria.
Tu renasceste...mas, exatamente como antes, podes escolher o fracasso e o desalento, ou o êxito e a felicidade.
A escolha é tua. A escolha é exclusivamente tua.
Eu só posso observar como antes...com satisfação...ou pesar.
Lembra-te, então, das quatro leis da felicidade e êxito.
- Conta tuas bênçãos.
- Proclama tua raridade.
- Anda mais uma milha.
- Usa sabiamente o teu poder de escolha.
E mais uma, para completar as quatro outras. Faze todas as coisas com amor...amor por ti próprio, amor por todos os outros, amor por Mim.
Enxuga tuas lágrimas.
Estende a mão, apanha a Minha, põe-te ereto.
Neste dia, foste notificado:
TU ÉS O MAIOR MILAGRE DO MUNDO."

[Carta a Pollak]
Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Se o livro que estamos lendo não nos acorda com uma pancada na cabeça, por que o estamos lendo? Porque nos faz felizes, como você escreve? Bom Deus, seríamos felizes precisamente se não tivéssemos livros e a espécie de livros que nos torna felizes é a espécie de livros que escreveríamos se a isso fôssemos obrigados.

Mas nós precisamos de livros que nos afetam como um desastre, que nos magoam profundamente, como a morte de alguém a quem amávamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para uma floresta longe de todos. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo que há dentro de nós. É nisso que eu creio.

Carta aos que Sentem Demais


A vocês, que carregam o mundo nos ombros e o coração nas mãos, escrevo.
Sei como é viver à flor da pele, como se cada olhar fosse um poema, cada silêncio uma tempestade. Sentir demais é como ter uma alma sem pele: tudo toca, tudo invade, tudo dói, mas também é assim que vocês veem beleza onde ninguém vê.


Vocês, que transformam dor em arte, silêncio em música e lembrança em poesia, são feitos de um tecido raro, quase transparente. São o que o mundo não entende, mas precisa: profundidade em meio à pressa, delicadeza diante do caos.


Que nunca deixem que digam que "sentir demais" é fraqueza. É força. É o que move pincéis, afina instrumentos e acende palavras no papel. É o que mantém viva a chama de um espírito criativo que insiste em enxergar sentido até no que parece ruir.


Sigam. Sintam. Transformem.
Pois é da sensibilidade de vocês que o mundo bebe a esperança que esqueceu de cultivar.




6 de Agosto de 2025