Carta de Saudade
Eu não tenho respostas para nada, nem para mim.
Só sei que até meus pensamentos/sentimentos/atitudes estão erradas, e eu só queria está certa.
Não quero te preocupar, quero que fique bem, assim eu vou ficar bem daqui...
Mais a minha realidade de cabeça para baixo, sacudida, louca, envolvida, não vou te atrapalhar.
Só estou desabafando comigo mesma.
Comigo mesma, pensando que é vc.
É aliviante, mesmo que na frustrante imaginação do tempo.
AQUELE AMOR
Era tão do agrado, almas enamoradas
As sensações que tanto gosto faziam
Cheio de desejo e emoções douradas
A paixão que os olhares consumiam
Aquele beijo molhado, doce ventura
Com força de quero mais, felicidade
Era tão comum na partilhada ternura
Ah! como deixou no peito a saudade
Eram eus que se davam com carinho
Por inteiro. Afeto sussurrado baixinho
Ao coração. E, no meu e teu, o ardor
Hoje, na solidão de você, recordação
Chora minh’alma querendo remissão
Pois, ainda me gastando aquele amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21, outubro, 2021, 15:39 – Araguari, MG
Em escala fico invisível
Amante incorrigível
pepertua-se a carência
não me amo e sinto por isso
isto traz vários fins, e no cliché
justifica os meios
Há amor
mas as linhas não são mais ténues
as batalhas estão perdendo a sintonia
A guerra do amor está se desarmando
invisível, um degradradê de tons invisíveis
me torno
invisível, invisível, invisível
cada dia mais invisivel sem você
uma semana já é o suficiente pra eu perder todo meu brilho
Algum "Deus" me dê personalidade
eu adorava brincadeiras dramáticas na infância
mas podaram, podaram, podaram
Súplicas demasiadas
há quem entoe um coro de esperança pra mim
mas não me conhece, não me conhece
eu aproveito, não sei se é errado
adoro ser anónimo
minha história é repugnante
Uma singela atenção já abano a cauda
como qualquer cachorro abandonado que esqueceu como é receber atenção sem ser julgado
obrigado pelos minutos discorrendo comigo após a reunião de indole religiosa
eu vejo sintilar, sintilar...
sintile por mim
não sou forte, mas posso viver
não sou inteligente, mas adoro estar errado sobre certezas
eu converso comigo mesmo
e eu sei, e eu sei...
que no fim eu posso acabar despendindo de mim mesmo
hoje é diverso, desconexo nos meus nexos
versos aleatórios
ideologias, vivências, erros, acertos e...
as malditas patolias malignas
só queria dar um "good godbye"
e vou construí-lo através dos anos
- Neves Oliveira, Willian. 23:09pm, domingo 24 de outubro de 2021.
ANOITECER
Noite, suavidade, silêncio,
horas em que o pensamento viaja,
lembrando de outras noites que
já se foram.
Amores tidos, momentos alegres,
aventuras de um coração apaixonado.
Noite, onde sempre retorna o querer,
e o amor guardado.
Noite, momento de um dia predileto
da saudade.
Noite, que de suas estrelas
faz um longo cordão, onde amarramos
os nossos sonhos, e aguardamos que
o dia os concretize, para que a dor
no peito amenize e traga paz ao coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Presença imaginada
Não foi um sonho, era presença;
Em delírios senti a tua essência;
Talvez, seja só a minha crença,
Fazendo meus pensamentos de escravo.
Aprisionando-me na inventividade;
portando-me aos devaneios que me conduz;
Inenarrável foi senti-la por um instante;
Mesmo tendo findado ao nascer da luz.
Percorrerei os caminhos da volta;
Desejando-te em meus vagueios constantes;
Atento! Sem perder um só instante.
Me disporei ao silêncio e à renúncia
“Anônimo e abstrato eu voarei “
Em busca do enigma de nós dois.
Insônia
Essa insônia que me perturba,
quero aquietar meus pensamentos,
mas eles são frenéticos,
me agitam, a noite toda.
Quem me dera silenciados,
terminar com essa rebelião
que corre por meu corpo
querendo o que não posso ter.
Coração em taquicardia
respiração curta,
uma intensa fissura,
Meu Deus, que luta.
Quero quebrar o silêncio,
dessa madrugada quente.
Gritar seu nome e ter-te,
comigo para sempre!
sei lá, mas para o momento devo dizer nada me basta,
e que a minha vontade perdeu o paladar.
Não sei se fico calado ou se apenas saiu de soslaio.
Se assisto Hanna Barbera ou apenas escolho " saída estratégica, pela esquerda."
mas se nada eu sei porque devo saber para que lado devo ir
O passado se distancia da mesma forma que o alto mar se afasta em relação à praia.
Tudo se mistura, se mescla, se apequena.
Mas as vezes, raramente, alguém reaparece de lá de longe e, como um tsunami, remexe tudo, levanta ondas enormes, nos faz repensar em cada gota de vida que se passou...
Então aqui, no litoral do presente, chegam lembranças de nós mesmos, pedaços que insistiram em nunca afundar, e voltam a fazer parte da paisagem do agora, como se nunca tivessem saído daqui.
Ás vezes os meus passos teimam comigo e, quando me dou conta, já estou nos nossos lugares preferidos te procurando.
Passos tão desobedientes que teimam em te procurar em nossos lugares preferidos; é saudade dos momentos, das conversas nesses bancos de praças em meio à arvoredos e tapetes floridos pelas flores no caídas; culpo meus passos, mas meu coração também é culpado.
Coisa estranha, por vezes, insuportável é sentir.
Às vezes sinto e nem sei que nome dar ao sentimento, pois não parece algo específico, mas um aglomerado de sentimentos desconexos. Angústia de não sei o que, saudade não sei de quem , vontade de retornar para um lar que não consigo me recordar.
Eu ainda estou aqui nesse temporal, não consigo te ver, não consigo falar com você e todos os dias essa neblina vem me esconder.
Sinto que a cada dia estou me perdendo, aqui é difícil de enxergar, tenho medo de não achar o caminho para voltar,sinto meu coração acelerar, minhas pernas tremer e não sei se vou te reencontrar.
Quando você mais precisou, eu não estava lá,
mas vi sua partida e senti sua despedida.
Viajei a noite toda nas suas asas e o firmamento era o meu chão,
não queria voltar sem você, não queria largar sua mão.
Impossível não sofrer em cada lembrança,
isso acontece mesmo, todas às vezes que o sonho volta.
Aquela noite nunca passou, ela jamais passará.
O olhar na porta do quarto, na boca o som da angustia
Sem querer eu disse adeus
E a vida segue....
Pai, sabe onde as palavras se calam
Nos espaços entre as batidas do coração...
Onde em milésimos de segundos
Morremos e ressuscitamos sem perceber...
Ali onde a vida se faz mais preciosa,
Bem ali eu te guardo, vivo em mim,
Pra sempre lembrar que a vida pode me dar folhas
O tempo pode fortalecer minhas raízes,
Mas sou semente semeada por ti...
Caia na real!
Não é somente a música que enviou que faz lembrar de mim. Tudo fará lembrar de mim. Os lugares por onde passa, as músicas que ouve, a cozinha aonde põe sua taça de vinho, o sofá que ficávamos, a pipoca que fazíamos, a toalha que se enxuga, a cama aonde se deita...os pensamentos voam para onde eles querem e não para onde nós queremos. Nossos pensamentos possuem vida própria.
Da casa
Morei numa casa,
Feita de cal, madeira e planta.
Tinha facho de velas,
E raios numa porta debruçados.
Minha mãe nos ensinava,
A fazer um pão chamado sonho.
Por vezes tínhamos que fermentar com mais vigor.
Mas por fervor ou insistência, crescia.
Nessa casa se contavam estórias.
Como a luz que ficou presa na sombra,
Até que o vento a libertasse.
Ou da lagoa que desaguava no mar,
Porque ele por ela estava encantado.
Tinha uma que ninguém entendia.
Revelar-se-ia mais tarde na travessia.
Era de uma voz que somente se ouvia,
No agudo silenciar, tomado na profundeza.
A casa inda lá continua.
Minha mãe ajuntou-se noutro tempo.
Só agora, enxertado de silenciamentos, aquela voz ecoa.
Abre-se na boca do menino que se avizinhou da saudade.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
Sentir saudades é errado?
Saudades dos momentos felizes...
Dos momentos inesquecíveis...
Dos momentos que guardei...
Dos momentos que nao esquecerei...
Dos momentos que vivi...
Dos momentos que senti...
Dos momentos que retribui...
Fui feliz, e de nada me arrependi.
Quero apenas que seja feliz...
E o que sinto hoje pra vc nao faz diferença.
Mas sei que o que o futuro me reserva é o melhor que o meu Deus tem pra mim e eu vou receber seja la o que ele tenha me reservado...
Contudo ficarei bem... Nao superei como você mais sei que superarei...
Isolamento
Faz tempo que não a vejo
Preso neste quarto
Não tenho nem contato
Nem telefone mesmo
Completamente segregado
Eu fui olhar a galeria
E vi uma foto sua e minha
Me abraçando o pescoço
E beijado meu rosto
Na rua do meu portão
Onde meninos jogavam
Bola e pião
Vi as conversas antigas
Do número que foi cancelado
Das vezes que te fiz companhia
Queria estar do seu lado
Numa ida á um parque noturno
Comendo pipoca e churros
Será que ainda pensa em mim?
Já fazem 4x30 dias
Em quarentena nessa casa
Com saudades malditas
Quando isso não nos separava
Desculpa não aparecer
No seu aniversário
Queria te dar um presente
Ou ao menos um comentário
Da festa ou da roupa
Que escolheu do seu armário
É uma pena
Que tristeza
Quem me dera você
Fosse vizinha minha
Morasse logo na esquina
Nos olhando na janela
Quem me dera eu soubesse
Seu número novo
Ou seu instagram
Pra nos falarmos de novo
Ou até um telegram
Só pra te ouvir de novo
Talvez você pense
Que te esqueci completamente
Talvez já superou
Essa idéia da sua mente
Mas não se engane
Penso em você a toda hora
Quando vou dormir
E quando o dia acorda
Quando isso acabar
Quando a escola voltar
E sair de novo de casa
Ás seis da manhã
Será que o ônibus vai passar?
Sera que você vai passar?
Sera que vamos nos olhar?
Isso já aconteceu outras vezes antes
Na primeira foram seis
Na outra foram três
Essa não vai ser nada
Eu espero o quanto puder
Pra nos vermos cara a cara
Poetamento
Meu simples poetamento, pouco explica em seu rumar.
Faz parte dessas ruelas que sempre surgem,
Como meus pequenos passos a marear.
Insinuando trilhas, avistando mapas, a orbitar.
As palavras servidas, além do que, tanto perguntam.
Como guardar o beijo que será efervescido?
Como carregar os pedaços dos que nos faltam?
Como desalumiar os pirilampos da saudade?
Meu palavrear não tem controle de custos.
Pode arquejar no tempo, não estar imune,
Ficar laçando luares, impávido escapulindo.
Querendo partilhar em si, fugaz raio da vivência.
Minha confabulação desmerece acanhamento.
Anda indócil, quase sempre nua, a entregar-se a um riso.
E quando eu pouco me descompasso, num alvoroço,
Sem qualquer anúncio, faz surgir estelares num pingo d’água.
Carlos Daniel Dojja
UMA XÍCARA DE CAFÉ
Sentado, diante do meu café, pensar é uma sina. Tudo o que eu queria era desligar um pouco disso... Gosto de café quente porque preciso queimar os arquivos deste peito. Tudo isso arde como o vapor que sobe da xícara.
Cansado de me culpar, não fiz isto. Doei meu coração para sua alma, mas era pouco. Era o que eu tinha... Talvez um pouco de lucidez e suaves letras, que rasgavam meu peito em cifras. Letras... Elas não podiam sentir minha inconsolável inquietação, mas eram algo em que eu ainda acreditava...
Sem ter nada, enchia-me de versos que diria para você, mas meus mudos suspiros eram o tipo de show que você não sabia apreciar. Uma confusão dentro de mim... Uma dose mais e um pouco de silêncio. Não faz sentido esse barulho... Tudo em mim grita por dentro e não há nada que eu possa dizer para te ter aqui.
Como em uma conexão banida, escrever é o meu jeito de saber que você sente também. Cada letra rabiscada escorre um pouco do meu amor. E longe... Onde quer que esteja, pode me sentir... Amores profundos podem nos afogar às vezes. A fumaça larga ardia meus olhos como teu sorriso largo... como tal dedicado a outrem.
Náuseas são apenas parcelas... Perco meu eu em imagens translúcidas das recordações. Como farpas atiradas, conviver é uma loucura. Linda... Com seus olhos cor de infinito e estes lábios cereja. Trocaram meu mundo por sonhos...
Como um castelo de cartas, construímos nosso amor. Os maus ventos de uma enorme janela sopraram a terra tudo em que acreditei. Como renda que se tece, todas as peças juntaram-se e me vi traído. As cores borradas embriagavam meus olhos inchados.
Como folha seca no outono, me vi cair e tudo o que eu queria é que, o vento de uma estrada qualquer, me levasse para longe dali. Me lembro como que em um raio devastador das coisas que costumávamos conversar e cada laço que minha boa memória revive, desfeito, se torna corda, enforca meu peito.
Chove forte e em minha cadeira de balanço, deixo-me escorrer como o céu. A melodia que teu peito toca em meus braços... seu respirar pesado e teus olhos perdidos em devaneios... Algo só meu...
A cada vez que meu peito pulsa, vejo você sair pela porta outra vez... As noites sem luz e as cores pálidas... Girando comigo nesta roda que gira para o fim. Árvores e pastos deixados para trás girando em vultos frios de um dia sem sol. As estradas sobem e descem, meus olhos pesam.
Charutos não são um problema quando amar alguém é sua droga. Um dia, por acaso, um pouco te sacia, mas cada vez que se olha no espelho precisa de mais. Parte de você não está ali. E cada fio de sua barba sente falta de cada tom rosa das bochechas de alguém.
Correr como gado solto em um campo distante e pensar em seus olhinhos confusos, verdes como as folhas... E se eu te pudesse ver o que faria a essas alturas? Não quero pensar em você com alguém porque ao seu lado é o meu lugar. Posso senti-la como sinto minhas mãos...
Prenderam num copo minha vela. Esperanças vazias são o que me resta. Como em um conto, tudo poderia simplesmente “desacontecer” e trazer você aqui para perto outra vez.
Sinto saudades de você, meu amor
Preciso da sua companhia.
Os dias parecem eternos,
sua ausência tira minha vida.
Minha vida, estou pensando em você
e eu sei que você também,
você sabe que meu coração bate
enquanto minha mente pensa em você.
Estou tremendo e não está frio
minha pressão muda.
Quando penso em você,
meu coração para.
Com um beijo eu resolveria,
enquanto acaricio seu corpo
no escuro imagine
seu belo corpo esguio.
Você e o que mais amo
e eu nunca vou te esquecer,
mesmo se você não estiver comigo,
em meus sonhos te amarei.
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