Carta a um Amigo Especial
Versos Para Rosinha
Um presente de Natal
Do meu pai recebi
Nesta noite sem igual,
Não consegui dormir.
No meu mundo de criança
Uma rosa a se abrir...
Olhos azuis, linda!
Encantei-me quando a vi
Mil abraços, bem vinda!
Não parava de sorrir...
Alisando seus cabelos,
Seu nome eu escolhi.
Rosinha!
Cheirosa e delicada...
Agora minha amiguinha
Juntas num conto de fadas
Entre os muros do quintal,
A alegria fez morada.
Menina loirinha!
Cheia de elegância
Então minha filhinha,
Companheira de infância!
Beijos a toda a hora
Em minha boneca-criança.
Sabia também chorar
Dengosa e tão amada!
Ternura ao abraçar
Meiguice e cor rosada!
Difícil é descrever
Apegos que a alma guarda.
Cresci ao seu lado...
Agora, minha confidente
Sonhos, primeiro namorado,
Conflitos de adolescente
Mesmo sem dizer nada,
Queria me ver contente.
Guardo ainda comigo
Minha boneca, rosinha
Da meninice o abrigo
Hoje, versos em rimas
Foi bom dividir com ela
Fantasias tão lindas!
O eu - objeto
Qual a objetividade dos objetos?
Para que são feitos?
Se fosse eu um, notável seria?
Não sei... mas seria eu um reflexo do meu modo de pensar ou as pessoas me veriam como elas quisessem?
E se eu fosse um objeto? Talvez eu fosse um lápis, acordando com a minha vontade de mudar a minha própria história.
Ou talvez uma borracha? Se você me ver como uma pessoa que finda, sem a sua aceitação?
Acredito que talvez eu nada seria, como um vácuo... mas o que é o vácuo?
É diretamente importante o que eu faço aqui? E se for para mim, é para a pessoa ao meu lado?
Seria o objeto eu ou o próprio sendo observado?
Talvez eu fosse um dinheiro, mas bem pouco, como pagamento pela minha alta ambição, mas dinheiro em objeto, tocável, palpável...
E se fosse para ser o objeto que eu quisesse ser?
Escolheria ser um livro-objeto, não para que mostrasse outras histórias, mas para que lessem a minha, a história de um grande bobo que já pensou em ser um homem-objeto.
Eu queria um silêncio e me sufoquei em mágoas por que desejei de mais e amei demais, todas as vezes, é 5 de maio de novo, e de novo esta tocando a mesma música. Eu precisava que você chegasse, e dissesse: "estive pensando demais em voce, precisei bater em sua porta." Eu queria que fizesses estas mesmas loucuras que penso em fazer por você, não sei se existes, só ouço mentiras, que me levam sempre ao mesmo dia, 5 de maio.
Tenho engolido tanto desprezo de todos os lados, de todos as histórias e pensei que hoje fosse diferente, eu não tinha mais um espelho quebrado, eu achei que eu fosse uma joia que você pega e leva ate o céu, porém me senti esquecida numa caixinha de música. Não consigo mais acordar nesse lugar, eu olho nossas cartas todas as noites, você nem ao menos existiu?
Posso dormir numa posição fetal de novo, me disseram que quem dorme assim está sempre querendo carinho, acho que dormi todas as tardes nessa posição, esperando colo, afago.
Espelho,espelho meu...
Estava na sala de espera no consultório de um renomado cirurgião plástico, não estava satisfeita com o que via no espelho e queria fazer algumas mudanças.
Enquanto aguardava minha vez folheava distraidamente uma revista e a imagem de um pinguim contemplando o próprio reflexo na água me levou a pensar: ele se encarava com um olhar meramente curioso, sem procurar defeitos ou imperfeições, só olhava com a curiosidade de uma criança que vê um novo brinquedo.
Então, por que, nós, humanos que nos vangloriamos de sermos seres racionais, nos preocupamos tanto com uma beleza que é temporária e que não mostra realmente quem somos? Por que estamos cada vez mais atrás da perfeição física e nos esquecemos de que há coisas na vida mais importantes do que um nariz adunco ou um queixo proeminente?
Do que adiantaria andarmos pela Terra como a personificação de Adônis, se não tivermos conteúdo para manter um simples diálogo? Se você olhar ao redor verá mulheres com bolsas que poderiam facilmente esconder um cachorrinho, mas se olhar dentro delas, em quantas encontrará um livro? Não estou dizendo que devemos abandonar tudo e esquecer o que é se arrumar, mas também não podemos nos focar somente nisso como se nossas vidas dependessem disso.
Quando você se sente bem consigo mesmo, um estereótipo de beleza criado por uma minoria não deve te influenciar a mudar tudo para ser aceito no mundo desde que se sinta feliz. Afinal, o que é o belo? A beleza é uma medida? Uma quantidade? Quem decide o que é belo? Quem avalia a beleza? Quem dá valor aos conceitos do que seria o belo? Quem determina que algo é mais ou menos belo. Que critérios estéticos são considerados?
Em um mundo onde a diferença é uma constante, como podemos criar um fenótipo padrão? Não dá para excluir alguém por ser diferente ou, então, viveríamos em uma sociedade individual, e essas nuances em cada individuo formam parte de todo um contexto, se englobam. É impossível padronizar o belo sem fazer sumir essas variações, tornando tudo um só estilo, uma só cor, um só modelo que represente tudo que há de belo no mundo.
Então por que não ser como o pinguim que vê seu reflexo, mas não procura aspectos para mudar e só olha a si mesmo aceitando como é em toda sua beleza única, como uma digital? Como uma pessoa?
Levantei-me. Fui embora do consultório.
20 de março de 2014
Conto: Um coração partido é cego.
Um conto baseado em um a música da dupla The Black Keys.
Ele liga para ela do telefone velho da base militar. Depois de um tempo de conversa, a ligação cai e a telefonista não consegue fazer contato novamente.
- Não é possível completar a chamada, soldado. - Apenas me coloque na linha novamente, por favor.
A operadora tenta outras vezes, mas a mensagem é sempre a mesma. Sem chances. Pelo conteúdo da conversa ele sabe que tinha realmente magoado seu amor, mas só queria ser breve e dizer que ia voltar para revê-la, independente do que havia acontecido. Nada justificaria o mal que ele causou, mas já é tarde para se lamentar. Ia contar toda a história a ela quando voltasse para que ela ouvisse de sua boca, não de terceiros.
Depois de tanto tempo, jamais pensaria que aquilo voltaria à tona e só ele sabe como as lembranças do erro ainda o atordoam.
Antes de a ligação cair, ela disse que estava tudo terminado. Depois houve um longo silêncio. Apesar disso, ele intimamente ainda alimenta esperanças. Não sabe o motivo de tudo aquilo estar acontecendo. A única coisa que gostaria era ir embora para justificar seus injustificáveis erros.
Soa a sirene. É sinal de que ele, dentro de minutos, tem de estar pronto. Durante todo o processo de preparação até a chegada ao ponto do conflito, ele não está verdadeiramente ali. Não consegue se desligar do que ela lhe disse. Só pensava nos planos que tinham juntos. Do casamento que viriam a ter. Dos filhos brincando no quintal. Do sorriso dela.
Tiros e bombas cortam seus pensamentos. Ele desce do veículo com os outros soldados e são recebidos com metralhadoras cuspidoras de balas. Se escondem, revidam e já estão ofegantes. Os mais corajosos avançam e disparam contra o inimigo. Muitos são atingidos, soltando gritos de dor.
As bombas explodindo não impedem que seus pensamentos de estejam nela. De costas para o carro e com os olhos cheios de lágrimas o tempo passa devagar dentro de sua mente. Naquele momento, as ordens e as preces não são ouvidas.
Sente dor. Tenta se focar, mas o modo como ela o olhava não sai de sua cabeça. Os lábios, que se encontravam tantas vezes com os dele, sussurram palavras que ele não consegue compreender. Se esforça e na mais irresponsável atitude, tenta se aproximar. Sem sucesso. A dor ao seu redor é maior e cala tudo. Subitamente, passa só a vê-la e não mais ouvi-la. Foi atingido. A cabeça pende para trás. Sangra. Os companheiros que resistem ao ataque gritam para alguém socorrê-lo. O soldado mais próximo o coloca nos braços e pressiona o ferimento na lateral da cabeça. Todos sabem que é em vão. Ele sabe que será em vão.
Um calor lhe envolve. Os olhos arregalados e fixos no céu encontram-se com os dela. A respiração rápida e curta é sincronizada com as lágrimas que escorrem pelo rosto ensanguentado. Não deixou de pensar no seu amor um minuto. “Como posso não ter visto? Eu deveria ter visto...”, pensa ele. Não viu o que lhe atingiu e nem de onde veio. As vozes lhe chamam. A voz dela o chama. Os sentidos falham. A visão então escurece e ele sabe o verdadeiro motivo: um coração partido é cego.
Amar é um desafio louco,
que mesmo sendo aos poucos.
Nos faz entender:
Que quem ama flutua,
Troca o sol pela lua.
E se satisfaz....
O amor é uma dose de Gin, um sôco no estômago
Uma ressaca boba e às vezes "impassável".
Direi eu, que pouco sei do amor,
Mas, muito de amar.
E nesta dança de ser e de "ser"...
De tanto querer, eu digo às vezes não.
E não me arrependo, se o que fiz foi um desatento
Mas não cobro de mim, nem uma nota de jazz.
O amor é muito mais, por que é rock,
Blues, Heavy, pop...
É desafinado e perfeito.
O superlativo e o sujeito.
É um verbo.
Eu amei, eu amarei...
E tu, me amarás?" (Denise Lessa)
Os girassóis...
Hoje,
como um peregrino,
percorro as planícies
onde corria quando criança.
Naquela época, acreditava
que podia libertar minha alma
para levar meu corpo
mais rapidamente,
até o outro lado dos campos,
cobertos de girassóis.
Naquelas flores amarelas,
eu via uma imensidão de sóis
sobre uma terra
que parecia não ter fim.
Costumava pedir ao céu,
em uma quase oração
para que eu nunca
esquecesse daquele lugar.
O tempo foi passando
e hoje, repito um mantra.
"Nasci em meio à natureza
e nela,
me integro de corpo e alma".
by/erotildes vittoria
Experimente e você ficará admirado; algumas vezes, nem vai acreditar.
Se um homem pensa que jamais encontrará um amigo, ele não encontrará.
Ergueu em torno de si a muralha da China. Não está disponível e pronto! Ele precisa provar que sua idéia está certa e... Mesmo que alguém se aproxime com grande cordialidade, será rejeitado porque ele precisa provar sua idéia; está muito comprometido com ela!
E pouco a pouco todos se tornarão seus inimigos.
Por isso, observe bem o que pensa e o que deseja... Observe a sua mente.
Você está constantemente criando o que vai colher da sua vida... Quer chova ou faça sol.
Se é assim, melhor que faça sol, não é mesmo?
Um sonho.
Como num sonho destes sem controle,
Jogo-me de corpo e alma no sonho,
Desejando nunca mais acordar,
Poder viver dia a dia seu corpo.
Penso no toque de como seria,
Logo viajo de olhos fechados,
Sinto o perfume do corpo ardente,
Desejo o beijo do batom rosado.
Mesmo sabendo que tudo é mentira,
Eu continuo de olhos cerrados,
Não admito a realidade,
Que me afasta do sonho encantado.
Alma Faminta
A fome me rodeia.
Não tenho ceia,
nem almoço, nem jantar.
Nem um lanche pra disfarçar
Uma migalha de pão e só.
Num frio de dar dó
Enrolado em trapos.
Divido a noite com ratos.
Dormia, e ainda dava pra sonhar
que eu estava em um lugar
onde tinha comida e roupa lavada.
Tinha trabalho e alguém que me amava.
Acordei do nada,
com um tapa.
Era mais um playboy pra infernizar.
Dava chutes e socos, até tentaram me queimar.
Sempre me pergunto: Que mal eu fiz?
Com tanta dificuldade ainda tento ser feliz.
Tem dias que ninguém me vê,
ou finge para não se meter.
Passa como se estivesse tudo normal
Já se acostumaram a ver pobre se dar mal.
Sem família, sem lugar para morar.
Fiz da rua o meu lar.
Comigo só um cachorro magro,
meus trapos e pontas de cigarro.
Fico feliz quando junto muita latinha.
Eu vendo e já garanto o meu dia.
Ou quando alguém faz doação,
sorrio e agradeço a atenção.
Já vendi bala até na porta de padaria,
mas logo pegaram minha mercadoria.
Me aproximo para pedir.
Só ouço: "Não tenho, saia daqui."
Mas eu prefiro pedir do que roubar.
Miserável sou, mas ainda tenho o que me orgulhar.
Não é acampamento, é o lugar onde eu tento repousar.
Destroem sempre, mas volto pro mesmo lugar.
O néon se mistura com o brilho da lua,
é a melhor paisagem pra quem vive na rua.
Bom é quando os restaurantes jogam fora a comida.
Tenho que correr, que dá até briga.
Eu não quero carro e muito menos riqueza.
Só quero um lar onde não habite a tristeza.
Quero dignidade e consciência,
pra suprir essa carência.
De amor e comida.
Que sare minha ferida.
Exterior e interior.
Que me chamem de senhor.
Será que não tenho direito de pedir?
O que será de mim?
Quando a noite cair
é cada um por si.
Ninguém me ouve, e ainda tomo esporro.
Por aqui o grito de gol vale mais do que socorro.
O que me resta é toda noite rezar.
Pra Deus nunca esquecer de me acordar.
Eu espero por algo !
Algo que eu ainda não tenho e que ocuparia mais da metade do meu ser.
Um algo que mudaria toda a minha vida,que modificaria minha forma de ver o mundo,me tornaria mais inteiro.
E quando esse algo chegar,que talvez já tenha chegado e eu nem me dei conta,eu sinto que eu vou poder respirar melhor,que eu vou progredir em todos os aspectos da minha vida.
Minha alma clama por auto-afirmação ,por projetos ,por uma causa pela qual lutar ,não por obrigação , por amor !
Meu dia é o equilíbrio da ansiedade futura e a conformidade de um passado
Mas também a surpresa do escondido e a alegria de quem chorou;
A luz dos inocentes e a escuridão de quem ignorou
O meu entendimento é o preço de quem subjulgou;
Sem necessidades de bens matérias, buscando somente a felicidade do coração;
A brisa que nos acalenta também é a única que nos ensina o valor da vida
Pois a espera é a opção primordial para se adquirir paciência até o final;
ESCRITAS DA LUZ (DIVINA) DE SEVERINO SILVA
Sendo nosso imenso Brasil um país sempre plural, seja por sua diversidade étnica, seja por sua multiplicidade cultural, na mostra fotográfica Fé, Luz e Sombras, o fotógrafo Severino Silva nos convida a uma peregrinação por muitas facetas da religiosidade que se manifesta pelo país afora.
O autor nos leva em suas viagens até lugares distantes, distintos, numa imersão em festividades da fé, romarias, círios, rituais e oferendas de nosso rico sincretismo religioso, ora numa vertente mais cristã, ora via cultos de origem africana.
Mas não se trata do típico olhar de estrangeiro ou de quem visita com curiosidade tais procissões e rituais, são imagens de dentro das cenas e cenários de fé, são personagens que nos levam pela mão, que nos recebem em seus lugares de oração e nos abençoam junto as coisas mais sagradas em suas vidas.
A coleção de imagens, no entanto, vai além de um resgate ou registro das manifestações da espiritualidade de nosso povo, pois o transfigurado olhar peregrino de Severino Silva nos convida ao contato com o detalhe, com o poético e com o transcendental. Se ora estamos diante de uma singela estatueta de Padre Cícero, em outro momento nos defrontamos com a monumentalidade do Cristo Redentor. Se num instante estamos junto a uma rezadeira do interior do Nordeste agarrada ao seu rosário católico, dali a pouco estamos diante de outra mulher em trajes de umbanda no Litoral, realizando sua oferenda na praia.
Quanto a beleza das imagens, não será nenhuma surpresa para quem já acompanha a trajetória do devoto da fotografia Severino Silva, o que não nos impede dessa vez de lançar um olhar mais atento para a abordagem na questão da luz.
Se fotografar significa “escrever com a luz” nesse sentido sua lente metaforiza o lume presente nas imagens – os raios do sol, a chama de uma vela - com a própria luz da espiritualidade, a iluminação da alma, como que nos clareando os caminhos, com essas pessoas que demonstram sua fé num mundo de experiências humanas em seu encontro com o divino.
Um vazio imenso,
Na imensidão dos pensamentos
Turbulentos.
Sem lamentos, os vazios destes momentos
Me enchem reflexões .
Tais situações complicam ainda mais
O dias que nunca foram de paz.
Otimistas discursam como remédio
Tentam curar meu tédio de sobreviver.
Quem veio me ler?
Se o mundo girasse ao redor do meu umbigo,
Enxergar um lado positivo, não mais consigo.
É tudo tão insignificante.
Os loucos, os roucos e os amantes.
Todos desinteressantes.
Um adeus
Aos que ainda são meus,
Sem posse, mas meus!
caminho toscamente sob um sol de chuva negra, amargamente eu sei...
sou um vazio completo de sonhos e dores de um mundo depauperado
passo a passo visito suas curvas por ruas inundadas de rostos uniformes.
corro desconexo, piso lentamente afastando-me da vida, eu sei...
o corpo completamente fatiado, suas partes estão expostas ao delírio cotidiano
escondo os trapos de sua carne alva, sob o céu sombreado da iluminação pública.
religiosamente mostro os dentes amarelados de nicotina, é um sadismo onde acolho meus sonhos, pudicamente num copo de rum e um cigarro vagabundo, eu sei...
Por um mundo melhor
Lendo o artigo escrito por Maristela Basso, muito bom do ponto de vista sociológico, me debrucei na reflexão das razões que levam uma sociedade a retroceder num caminho que deveria ser de evolução. O texto da colega especializada em Direito Internacional termina assim:
“Como se vê, mesmo com todos os avanços e o fortalecimento do direito e das relações internacionais, o Século XXI trouxe consigo a crise dos direitos humanos. O mundo ficou chocado por pouco tempo depois da tentativa de assassinato de Malala Yousafzai – símbolo global da luta de todas as meninas pela educação (em janeiro de 2013) – pelos fundamentalistas islâmicos. Contudo, de lá para cá, a situação não melhorou e as pessoas continuam morrendo naquela parte do mundo e em muitas outras. E morrem simplesmente por não estarem alinhadas com aqueles que naquele momento têm as armas na mão, e ousam desafiar preceitos, dogmas, ideologias ou, simplesmente, por pensar e ser diferente.”
Perfeito!
Realmente não há saída sem reformas imperiosas, como menciona a colega advogada, visando o fortalecimento da educação, mas não só essa educação (escolar fundamental, secundária e universitária) que está à disposição. Necessário que a educação de berço gere seres humanos mais respeitosos, mais amorosos, mais solidários, mais honestos, mais humildes, e assim vai...
O mundo precisa de Seres que realmente se importem com ele de forma globalizada, espalhando o BEM.
Toda vez que alguém, não importando a classe social a qual pertença, visualiza uma vantagem sobre outra pessoa e tenta justificar isso como se fosse natural porque muitos o fazem, está fortalecendo o lado negro da força e, consequentemente, entrando para ele.
O cuidado que temos de ter na condução de nossas vidas é importante, porque reflete na vida de todos, principalmente, dos mais próximos. É uma reação em cadeia. Por isso vivemos num mundo que em pleno Século XXI anda para trás quanto às relações e Direitos Humanos.
Não se pode ter um mundo avançado nas relações, se a humanidade está regredindo. Não haverá mundo melhor, se não houver Seres melhores, então, as primeiras mudanças que devem ser feitas são dentro de nós. O resto é reflexo.
Vale a pena uma reflexão aprofundada sobre o assunto. Vivemos em tempo de mudanças. O que fizermos agora influenciará no futuro das próximas gerações e na sobrevivência deste planeta.
Se não melhorarmos intensamente de forma URGENTE, poderão os sonhos de um mundo melhor... morrer na praia.
Um menino chamado...
E tentando – ela milésima vez – ter um pouco de ti nos meus contos, percebo que o perco a cada maldita palavra, as mesmas que, por birra ou consentimento, fazem um carnaval em minha mente todos os dias. Percebia então a minha falta de respeito com o destino não aceitando outras linhas tortas no meu caminho, justamente por me adaptar em tua linha, tão confusa, e conseguir me aninhar nela. Desespero, talvez. Ver-te assim, tão vivo, tão morto, tão seco, fingindo prazer no nada, letargia óbvia, consciência adormecida, olhar vazio, consegui distinguir do sonho qualquer zelo que a ti já dedique, qualquer adoração maluca que, por milhas do tempo, me acompanharam feito uma máscara de porcelana. Tinha uma boca na tua boca que não era a minha. Você provou outro gosto, outra espessura. Você arruinou qualquer possibilidade do nosso par – por mais sem sentido que fosse -, e todos os afetos que algum dia pensei em te presentear num embrulho dourado. Eu não chorei, porque, veja bem, por mais que sentisse a enxurrada de lembranças me dando pontapés no estômago, a fuga das borboletas, a vontade de verter tudo que um dia escapou junto com o sol naquele fim de tarde. Apesar das pernas bambas, do caos me consumindo, do impulso insano de sair correndo e não ver, de ficar parada e aplaudir. Apesar da inveja de quem não conheço, do sentimento de sorte por cair à ficha. Eu descobri que eu alimentava um monstro aqui dentro, o alimentava com a tua presença, que num piscar de olhos pareceu morrer. E ao final de tudo eu ainda conseguia sentir pena daquele menino ali tão amedrontado, tão vazio. Ele era só um menino. Ele era um menino tão só. Contemplei a inexatidão dos olhos que há muito me acompanhavam nas mais diversas formas de sonho. Eu admirava o medo transcendendo em silêncio, e posso até ousar ao dizer que eu sentia o cheiro do teu desespero e ele fedia. Compreendi então, num lapso, que não precisaria mover um dedo, encontrar um significado para tanto desalento ou um conforto para a tua desordem. Percebia através da nuvem negra no contorno do teu corpo que tua desconsolação iria te matar aos poucos e você iria seguir se depredando. Sumindo. Virando o pó de uma biblioteca com livros sem história alguma. E até me atrevo a dizer que Gabito Nunes lhe dedicou a frase:“Você mal deve ter uma alma, quanto mais gêmea de alguém.”. Caiu a ficha de que eu não preciso querer o mal de quem faz isso sozinho, sem precisar de alheios.Acho que você vai me acompanhar pra sempre a cada loucura, a cada gargalhada alta. Porque você preencheu um vazio em mim que eu nem sabia que existia, e agora eu me sinto vazia também. Vazia de nós. Depois de tudo, eu ainda te desejo um novo recomeço e uma nova perspectiva. Eu te desejo um infinito mais bonito, mesmo que nunca o tenha visto. Desejo nunca mais te ver de novo. E pode passar quanto tempo for, eu acho que ainda vou te dedicar os meus melhores versos.
Um menino chamado...
Desculpa, mas eu acho nem sei o teu nome direto.
Um horizonte sempre distante
que não se comunica com o presente,
mas jura estar presente no futuro.
Jura estar ao lado e assim se acredita que esteja.
Assim se pretende ser mais humilde e normal,
ou simplesmente mais humano.
Meus próprios sonhos enxergam
o mesmo horizonte da minha realidade
e se expressam da mesma maneira que desejo.
Rosa branca...
Ela demorou mais tempo
para acordar e se mostrar
nesse domingo um tanto gelado
e meio chuvoso, preguiçoso.
Próximo ao meio dia,
apareceu e vestida de branco,
não esqueceu que eu
estaria ali por perto,
aguardando sua chegada.
O vento, tentou provocar
e assobiou passando rápido,
mas ela não se intimidou
e deixou que seu perfume
fosse levado por ele
através das florestas
onde deixava um rastro
de sua fragrância suave,
mas inesquecível.
by/erotildes vittoria
Temos a força de suportar um inverno abaixo de zero que pode ser frio, úmido, molhado, muitas vezes intercalado por dias de muito calor e noites indefinidas. Temos a força de suportar o frio que dói na ponta dos dedos, que treme a voz, que atrofia as extremidades do corpo…
Temos a força de suportar o vento gelado que traz a sensação de vivermos no limite cortante do frio que não cessa, senão quando cumpre o tempo da estação.
Temos a força de suportar o sol acanhado que permite, com timidez, que o frio realize o seu trajeto, que engravide a terra, hiberne as sementes e delicadamente se afaste para que brote a vida do chão…
Temos a força de suportar o gelo que a natureza nos presenteia todo ano, repetidamente, com a mesma elegância e sabedoria.
Só não suportamos o frieza dos sorrisos, das almas insensíveis, o gelo da indiferença e a neve enrustida, que forma um tapete nos sentimentos, capaz de matar a vida que brota do coração.
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