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Ele não era nem de longe o cara mais bonito do mundo, mas aos olhos dela, não havia sequer uma pessoa que pudesse competir com sua beleza.
Ele não era o mais inteligente, passava longe de ser perfeito. Mas, e daí?! Ela estava tão ocupada delirando em suas qualidades que não sobrava tempo para perceber os detalhes de suas imperfeições.
Ela se perdia em seus pensamentos, na personalidade doce e sentimentos puros que faziam composição de sua alma.
Ele era cheio de falhas, medos, defeitos e imperfeições. Mas o que tem demais?! Pra ela, ele era perfeito.
As pessoas estão morrendo assim todos os dias.
Todos que conheço estão morrendo.
E eu penso:
"Se essa guerra um dia acabar, não posso voltar a fazer coisas de criança."
A guerra está consumindo tudo.
Folhas, árvores, terra, pessoas.
Consome tudo.
Faz as pessoas sangrarem em toda parte.
Somos como animais selvagens sem ter para onde ir.
Sol,
Por que está brilhando neste mundo?
Estou esperando para pegar você com as minhas mãos,espremer tanto que não poderá brilhar mais.
Assim, tudo será sempre escuro e ninguém terá que ver todas as coisas terríveis que estão acontecendo aqui.
eu estava tentando fazer um fluxograma da vida, ate o sistema cair por causa de uma infraestrutura ruim
"Nunca vou terminar com você, você nunca terminará comigo".
Disse o príncipe, como quando adolescente, mas na idade adulta.
Relacionamentos "eternos" estão extintos... Porque deixamos de acreditar?
A informação pode destruir sonhos, feliz de verdade são os ignorantes...
Preferia não conhecer a maldade, preferia não saber sobre ela.
Hoje eu sei, era uma ovelha que andava sobre lobos, mas porque saber disso me faz um lobo também?
Muitas vezes você precisa "contra-atacar" para se defender. Se não quiser "contra-atacar" pra se defender, continua sendo atacada.
Porque os relacionamentos precisam acabar em "morte"?
Porque somente lembrar de coisas ruins e mágoas, quando as brigas foram poucas e os bons momentos, muitos?
O fim foi do relacionamento, não da vida. Se antes dele éramos amigos, porque sermos inimigos agora?
Entendo que seu coração não aguenta me ver partir...
Mas porque me segurar quando estou infeliz? Porque pressionar? Se esforçar para voltar(quando ciente)?
Te quero feliz, não comigo. Quero que encontre uma pessoa que o faça tão feliz quanto um dia eu quis fazer, e o mais importante: Que seja feliz com você!
E não me xingue por falar isso, não me pressione dizendo que nunca gostei de ti. Digo isso justamente por gostar, por te querer bem.
Não querer estar num relacionamento não significa querer distância. Gostaria sim de ter você em minha vida, mas não como homem, e sim como um amigo.
Independente disso, te quero feliz, te quero bem.
Merece o "amor eterno" que não fui capaz de lhe dar.
E lhe digo, pense bem:
Feio não é terminar em paz e manter-se amigável. Feio mesmo é falar mal de quem já te fez feliz.
Hoje sentei e parei pra refletir verdadeiramente sobre meu ser.
Sou menina, odeio saltos altos e usar maquiagem, odeio tudo que é artificial e toma tempo para alimentar o ego.
Talvez eu não queira ter um namorado, embora eu mude de ideia vez ou outra. A questão não é o "título", e sim o que experiências já me trouxeram.
As vezes nossos sentimentos nos fazem agir de forma meio inapropriada, as vezes as emoções nos sabotam(na maior parte das vezes, pra ser honesta).
Sentimentos, eles vão e vem. Mas você tem a opção de escolher. E não digo pra ser um estereótipo de "robô" humano frustrado que nega seus sentimentos.
Digo sentar e refletir verdadeiramente sobre seus objetivos, o que você quer ou não ser daqui a 10 anos.
Ser bonita ou inteligente, wtf? Isso não deveria ser opção, afinal, podemos sim ser ambos. Mas outros exemplos como ser ou não atleta, voltar ou não á ser escritora. Se formar ou continuar trabalhando com um salário medíocre, isso é escolha sua, e ninguém pode interferir.
Ninguém tem parcela de culpa sobre as SUAS decisões.
Não "sinta" o que é certo, PENSE! Você tem um cérebro, seja consciente disso, esse órgão dentro da sua cabeça serve para pensar.
E ainda que o mundo pareça desabar, me mantenho forte, ao menos a aparência, sofro calada.
Levanto, passo maquiagem no rosto, arrumo os cabelos e vou pra faculdade, sofro calada.
Mantenho a postura, o sorriso no rosto e a firmeza ao andar/falar, sofro calada.
Encaro de frente, enfrento o problema, não caio frente á "gente", sofro calada.
Chego em casa e desfaço a máscara, limpo o rosto, choro e morro, o problema é meu.
Ninguém usa minhas lágrimas como armas contra mim, a fraqueza é minha, responsabilidade minha, problema é meu.
Um coração infantil, frágil e sentimental, mas meu emocional é meu segredo, problema é meu.
Se choro, se sofro, se na garganta o nó sinto o gosto, problema é meu.
Se o medo me visita, a insegurança em mim habita, sofro calada, o problema é meu.
E que atire a primeira pedra quem nunca sofreu injustiça, quem nunca sofreu por fofoca, mentira ou difamação. Se alguém me faz mal, esse alguém sofre mais. Mas se eu sinto algo, sofro calada, o problema é meu.
Beatriz Citro 20/02/16
Você me conhece há tantos anos, mas mal me conhece.
Então te contarei algumas coisas sobre mim:
Se estiver interessada em você, jamais deixarei claro, mas deixarei sinais...
Se a recíproca for verdadeira, não correrei atrás, mas retribuirei cada vez mais.
Meu ritmo é diferente, entenda, estou aprendendo a mudar.
Se um dia quiser partir, me desculpe, mas meu orgulho provido de experiências passadas não me permitirá impedir sua ida.
Não faço parte de jogos de “quero-não-te-quero”, e se você fizer, fugirei de você mesmo que goste de ti.
Minha inteligência e meu foco não me permitirão sofrer.
Mas se decidir me notar, se decidir ficar, se decidir me amar, me conhecerá da forma que ninguém mais conhece. E ahhhh, como eu gostaria que isso acontecesse...
Era um olhar bonito
Que transpassava alegria
Mas mal sabia quem via
Que dentro dele um amor morria
Uma menina sofria
Com uma alma em agonia
Por falta de alegria
Ninguém morre de amor
Embora de inspiração sirva aos poetas
A beleza das palavras aos outros encante
O sofrimento alheio é doce, quando parte de você não faz.
Ninguém morre de amor
Ainda que doa, que tire a paz
Que aparte o peito
E tire o sossego
Parece atraente sentir por alguém
Quando em seu coração nada se sente
Mas quando sente, se arrepende
Que bem fazia em não sentir.
E fica inseguro, e tenta ocupar a mente
Tenta se enganar e seguir em frente
Mas o coração teima em ficar
Na lembrança de uma bebedeira
Que sem lar, sem beira
Se nega a partir.
não se limite aquilo que te limita, aprender usar uma ferramenta é facil, saber como uma ferramenta funciona por trás dos panos ja é outra historia
se um resultado é causado por um evento, mude o evento que certamente mudara o resultado, porem nada indica que o mesmo evento sempre vai gerar o mesmo resultado ou que o mesmo resultado sempre sera gerado pelo mesma evento
quando perceber que o mundo fecho as portas para você, feche os olhos e respire fundo, depois tire uma chave micha do bolso e abra elas fazendo lockpicking
Nascemos com certa ideia colocada em nossas mentes: Conhecer alguém, se apaixonar, namorar, noivar, casar, comprar uma casa, ter filhos, envelhecer, permanecer juntos até que a morte nos separe. Acontece que na maioria das vezes, a vida nos maltrata. Pisa em cima dos nossos sonhos, embaça as nossas crenças. Nada sai do jeito que deveria ser. Erramos conforme o tempo passa, e muito. Mas sempre achamos que está tudo bem, pois ainda temos tempo o bastante para dar certo no final. Você conhece alguém, se apaixona, mas o amor não é recíproco. Depois conhece um outro alguém, ambos se apaixonam, namoram por 1 ano, mas o fim é trágico. Então, após alguns anos revoltado com relacionamentos, descrente das coisas e das pessoas. Aparece alguém, que te renasce, te revive, te revigora. Namoram por 3 anos, noivam por mais 2, e enfim, se casam. E assim permanecem por 20 anos. Mas não tiveram filhos, por algum motivo. Nem condições de comprar a sua casa própria. Vivem pagando aluguel, em dívidas, com problemas no casamento. Sonho se torna pesadelo. Brigas são mais comuns do que carinhos. O final é inevitável, cada um pro seu lado. Você se olha no espelho, e enxerga rugas, fios brancos nos cabelos e pouca disposição para as coisas. Marcas de um tempo que nos massacra, sem dó ou piedade. Olha para trás, e vê uma pessoa jovem, cheia de planos e confiança. O que aconteceu com ela? Onde será que ela foi parar? Não se sabe, não mais. E pela primeira vez em sua vida, você percebe que perder alguém, nem se compara a perder a si mesmo. E se encontra em uma rua sem saída. Não há como voltar atrás e mudar o que aconteceu e também não há tempo o suficiente para reverter as coisas. E vai se questionar: “E se?”. O problema é a dúvida, a sensação de que poderia ter sido diferente. E saber que não existe essa possibilidade. Uma coisa clichê que é verdade: A vida é uma só. Podemos aprender isso com pessoas próximas, filmes, teatros, livros. Mas nunca, em hipótese alguma, espere aprender sozinho. Pois em algum momento, poderá ser tarde demais para consertar o que se errou. Por isso pense, pergunte, conheça. A forma mais fácil de se amenizar os erros é procurando maneiras de se lidar com eles. As nossas escolhas fazem a diferença. Não esteja aqui para nascer e morrer. A vida é sua. Cuide, plante, ame. O final pode ser incerto, mas o começo e o meio, podem ser moldados.
O que aconteceu com a gente? Passamos de amor à indiferença em menos de uns meses e alguns dias. Passamos de fim de ano para novo ano. Porém, o verdadeiro fim, foi o nosso. E o novo, ainda é desconhecido. Não estou dizendo que quero tudo de volta, que quero as conversas engraçadas, descontraídas e esquisitas. Também não estou dizendo que sinto a sua falta, eu até sinto. Sinto muito por não te reconhecer mais. Eu só queria entender. Ainda é muito difícil para mim. É um mistério, na verdade. O que houve com o “nós” que você tanto dizia? Com o amor? Com o amar? Se é que houve um nós. Se é que houve amor. Se é que houve amar.
Você sempre soube que eu não fazia o tipo descolado. E eu pensei que você me deixaria por eu ficar quieto na minha, acanhado na sala de aula, vivendo no meu próprio mundinho. Eu pensei que você me deixaria por ser o tipo nerd, ou melhor, CDF. Por ser o tipo que não liga para o que os outros vão pensar, e que faz as coisas sem se importar com ninguém. Você também não era a melhor das causas, não era o tipo mamãe-sou-popular, mas tinha pose de tal. A gente não era o casal exemplo. A gente não era o tipo que ia ganhar como o melhor casal do baile de formatura. Mas a gente era um casal, e isso bastava. E eu pensei que você iria me deixar por eu ser desligado de tudo, por eu não perceber coisas simples, como quando você pintava o cabelo, ou cortava uma franja. Nem mesmo quando você comprava roupas novas. Eu não percebia. Mas você sabe que eu era a única pessoa que dizia que você estava bonita todos os dias, mesmo não percebendo os detalhes. E você sabia que era real. Verdadeiro. Juro que pensei que você iria me deixar de lado, quando apareci naquela festa, com uma roupa brega, estilo “sou estranho”. E você me surpreendeu falando que achou bonitinho, e me deu um beijo no rosto e viu que o meu sorriso apareceu. Acho que o meu sorriso era você. Você podia ter me deixado quando viu que eu morava em uma casinha simples, humilde, sem muitas coisas, mas não, você só disse “onde é que fica a sua cama?”. Você foi quem fez o meu jeito, minhas manias e defeitos, se tornarem significativos. E eu me amei tanto, mas tanto, que percebi que você fazia eu me amar. E percebi também, meio sem jeito, que era você quem eu amava. Que era você quem eu precisava. Mas aí, você foi embora, como todos os outros. E eu lembro, que naquele dia, sentei na minha cama, segurei o travesseiro forte, e chorei me perguntando “Por que é que todos sempre tem que ir embora?”. Eu percebi, que você não havia me deixado antes, mesmo com todos os meus defeitos e jeitos complexos, porque eu te amava. Porque eu era o tipo que fazia de uma única pessoa, um mundo próprio. Deve ter sido exatamente por isso, porque você percebeu que eu era o melhor, mas não o que você precisava. Você foi procurar alguém que mude você, não quem você precise mudar. Você foi embora sendo quem você sempre foi. E eu fiquei aqui, sendo o melhor que eu poderia ser.
Agora não importa mais. A cada dia, o presente vai consumindo o passado. E tudo o que fica para trás, se tornam lembranças. Só que ainda é inevitável não pensar, não se perguntar. Valeu a pena para você? Todas as noites em que passei horas conversando contigo, te animando, te consumindo de carinho, de amor. Eu realmente te fiz bem? Porque eu não costumo fazer bem a ninguém. E já me acostumei com isso. Mas com você, eu fui o melhor que poderia ser. Com você, as minhas piadas, por mais sem graça que fossem, tinham graça. Com você, as minhas tristezas pareciam uma gota de água em meio a um oceano de alegria. Com você, esqueci o que era gostar e ter um pouco de atenção e passei a entender o que era amar e pensar em outra pessoa além de mim mesmo. Por isso ainda dói tanto. Por isso tenho tanto receio. Porque para mim, você foi a minha melhor recordação, o meu melhor presente, o meu maior orgulho. Você não só foi à primeira opção, mas também a única. Enquanto para você, eu não passei de uma tentativa de esquecimento. Não passei de um plano B, porque o plano A, não deu certo ou não valia à pena. É triste admitir, é difícil dizer. Mas eu me sinto uma brincadeira para você. E quem muito brinca, uma hora deixa de ser levado a sério.
Em meados dos anos 50, em uma cidadezinha pequena, em algum lugar do Brasil, onde os detalhes não importam e as pequenas coisas prevalecem. Encontrava-se Antônio, mais um trabalhador árduo desde jovem, sempre trabalhou na roça, em condições humildes. Ele nunca se importou com as coisas de maior valor, assim como muitos que vem de cidade pequena. A família nunca se importou com ele. Não sabia ao certo o que significava família, nem de longe. E Judith, uma jovem da cidade, que assim como Antônio, trabalhava desde cedo. E que vivia por conta própria. Todos nós estamos cansados de ouvir essas histórias de nossos pais ou avós. De como antigamente trabalhavam desde pequenos e tinham que ter independência. Não era diferente com eles. E inevitavelmente, eles se conheceram. Antônio encontrou a parte que lhe faltava em Judith. E Judith encontrou a paz que lhe faltava em Antônio. Essas coisas de sempre. Vem à amizade, a paixão e o amor. Ambos não sabiam o que era ter alguém ao seu lado, não sabiam o que era ter alguém para contar, para conversar, para cuidar. E foi exatamente por isso que eles se deram tão bem. Trabalhavam cada vez mais, e também se apaixonavam cada vez mais. Antônio fazia questão de todos os dias, levar uma rosa que roubava de um dos vizinhos da região para ela. Era algo errado, pelos motivos certos. Em certo dia, ele comprou um radio, e eles passavam as noites ouvindo musicas do Elvis Presley, cantando e dançando. Judith nunca se importou que ele não soubesse dançar. E Antônio nunca se importou que ela não soubesse cantar. Mas eram as noites mais felizes e bonitas de ambos. Em uma dessas noites, Antônio havia esperado Judith, como fazia todos os dias, e lhe disse que tinha uma surpresa. Levou até um dos lagos da cidade, entregou a rosa do dia, mas com uma diferença, um bilhetinho pequeno, escrito com a sua letra, um garrancho, melhor dizendo. E nele estava escrito “Sei que não um cara charmoso, rico ou maravilhoso, mas deixa eu te mostrar que posso te fazer feliz? Eu não vou precisar de nada disso para isso. Foge comigo e vamos construir a nossa família? Deixa eu te cuidar? Se você quiser, se meu amor bastar.”. Judith, sem palavras, olha fixamente para frente, quando vê Antônio dizer — Aceita casar comigo? — Ela, quase que imediatamente, responde — Eu aceito. Algumas semanas depois, estavam os dois, juntando suas malas, e o pouco de dinheiro que tinham, e indo embora para a cidade grande. Eles mal sabiam por onde começar. Foram para a igreja, e mesmo que sem familiares, trataram de logo casar. Assim que o padre terminou a pequena cerimônia, ele chegou à parte “Judith, você aceita Antônio em casamento, prometendo amá-lo, respeitá-lo e ser fiel, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe?”. — Eu aceito — Repetiu o processo com Antônio, terminando com ele respondendo — Eu aceito. E o padre terminou dizendo “Eu vos declaro, marido e mulher, pode beijar a noiva.”,. Antônio beija Judith intensamente, ela olha para ele e diz — Até que a morte nos separe Antônio. Eu te amo. E Antônio, sem pensar duas vezes, diz — Até que a morte nos separe Judith. Eu também te amo. Aos poucos, eles foram se acertando, passaram por grandes dificuldades, é verdade. Mas o amor forte e intenso que sentiam um pelo o outro, parecia superar qualquer barreira e dificuldade que fosse. Logo Antônio conseguiu um bom emprego, trabalhando em uma fábrica famosa de carros, e em pouco tempo, já estava comprando um terreno e construindo a casa que tanto sonhara ter com Judith. Assim que terminaram a construção da casa, venho o primeiro bebê. Eles nunca tinham ficado tão felizes. Ele cuidava melhor do que nunca de Judith e do bebê, comprava tudo que ela tivesse vontade, e se dedicava cada vez mais no trabalho. Com o nascimento e a alegria que o bebê trouxe, eles olharam para si mesmos, e descobriram, finalmente, o que era realmente uma família. Um encontrou no outro a resposta para o que ambos haviam buscado. Família era ter os seus sonhos, medos, desesperos e dificuldades compartilhados e, acima de tudo, ter um ao outro. Mesmo que tudo lhes faltassem, o importante eram eles se completarem. Dois anos depois, o segundo filho chegou. E dois anos mais tarde, o terceiro. Eles eram uma família humilde, porém de um caráter admirável. Criaram os filhos de uma forma justa e correta. Embora tivessem passado por coisas difíceis, os filhos cresciam felizes e sempre sorrindo, todos eles. Cada filho foi crescendo, se tornando homem ou mulher, e aos poucos, foram atrás de fazer o próprio futuro. Antônio e Judith haviam criados filhos maravilhosos e se orgulhavam todos os dias por isso. Eles também, de certa forma, criaram os netos que viriam a seguir. Porque muitos passavam mais tempo na casa dos avós do que em suas próprias casas. O que era natural, vendo que os dois tinham jeito para isso. Antônio sempre soube que Judith era o amor de sua vida e era algo encantador de se ver. Mas assim como o tempo passa, a velhice chega. E é claro, com ela vêm os problemas de saúde. Judith sentiu isso na pele. Vítima de um AVC, mais conhecido como derrame, que normalmente, deixa sequelas em quem as têm. E não foi diferente com Judith, que havia perdido os movimentos do braço direito e da perna direita. Ela, que sempre ousou de cuidar de sua casa sozinha, lavar as roupas, fazer comida, uma mulher incrivelmente independente. Agora, se via tendo que depender de outras pessoas para arrumar a casa, cozinhar e lavar roupa. Até para andar precisava de ajuda. Antônio sofreu junto com ela, cada dificuldade e problema que ela passava. Ele chorou junto, cada lágrima que ela derramava. Ele esteve com ela todo o tempo. Levando-a para a fisioterapia, todas as tardes, mesmo que estivesse cansado para muitas coisas, ele sempre estava disposto para ela no momento em que necessitasse. E aos poucos, ela foi melhorando, e quem pensa que ela desistiu de cuidar de seus afazeres? Pouco a pouco, ela foi voltando às rotinas de sua casa, da sua maneira, mas ela limpava, cozinhava e lavava. Usando apenas um dos braços e uma das pernas. Com alguma ajuda de vez em quando e para algumas coisas. Ela era um exemplo. Que mesmo depois de passar por tempos difíceis, ainda assim, lutava para não perder a capacidade de ser independente, para não se sentir inútil. E com certeza, isso ela não era, nunca foi. E assim foram nos últimos dez anos. Antônio levava Judith para a fisioterapia, para o médico ou simplesmente media sua pressão. Ele estava lá. Pronto para socorrer a qualquer momento. E nunca deixaram de estar juntos, nunca deixaram de se amar e se respeitar. Até que em um certo dia, ela foi hospitalizada, mais uma vez, com um segundo derrame. E o estado dela foi se tornando cada vez mais grave. Antônio tornou a levar uma rosa para Judith todos os dias em que passara no hospital, assim como fazia quando roubava uma rosa do vizinho, mas dessa vez, ele apenas fazia algo certo por motivos mais certos ainda. Aos poucos a situação de Judith foi piorando, e em uma das noites em que estava no hospital com Antônio, ela disse que não aguentava mais, mas tinha medo de deixar ele sozinho, porque ela sempre havia se preocupado mais com ele do que consigo mesma. Antônio disse para que não se preocupasse, mas sim, que se fosse chegado a hora dela, apenas vá em paz. Ele mesmo, não aguentava mais ver a esposa sofrer todos os dias. Ela olhou para ele, apesar do olhar enrugado e mais velho, ainda assim, o mesmo olhar apaixonado de quando se conheceram e disse — Eu te amo Antônio, sempre amei e sempre vou amar. — Ele segurou em suas mãos, beijou a sua testa e disse — Eu te amo Judith, sempre amei e sempre vou amar. Para todo o sempre. — Minutos depois ela sorriu, e adormeceu. No dia seguinte, chegava à notícia que Judith havia falecido. Junto venho o velório e o sepultamento. E enquanto Judith era enterrada, Antônio se aproximou do caixão e disse alto, acreditando que de alguma forma, ela o escutaria — Você foi a melhor companheira que eu poderia ter, durante mais de cinquenta anos. Você foi tudo para mim e sempre vai ser. Uma parte de mim está indo embora com você, a melhor parte. Nada do que eu tenha feito por ti, foi o bastante. Eu te amo, Judith. — Naquela mesma noite, Antônio estava em sua varanda, em meio a um céu estrelado. Ele se lembrou da frase do dia de seu casamento “Até que a morte nos separe.”. E ela havia separado. Pelo menos durante a vida, pelo menos por algum tempo. Mas a mesma morte que um dia os separou, seria quem um dia os faria se reencontrar. O amor momentâneo viverá por certo tempo, mas o amor verdadeiro viverá para sempre. Ele tinha certeza que ainda não era o fim. E quase sem pensar, olhou para o céu, com os olhos cheios de lágrimas, e disse — Até que a morte nos reencontre, meu amor.
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