Carne
Eu não como carne porque eu já sou carne. Então, eu não preciso destruir vidas de seres sencientes porque eu também sou uma vida que sente e entende perfeitamente isso.
Para algumas pessoas, o porco, é espinho. - enquanto que, para outras, trata-se de carne demasiadamente suculenta e saborosa. - assim, caminha a humanidade.
Jesus morreu pelo mundo, porém, poucos do mundo morrem diariamente por Ele (sacrifica a carne e vivifica o Espírito).
Decomposição
Sobrou apenas a carne empalidecida
Que já está desfalecida
Que em poucas horas estará hedionda
Não está só, pois tem companhia.
Vieram somente os vermes
Que já estão famintos
A carne está acolhia
O fedor paira sobre o ar
O cheiro se tornou nauseante
A carne estar a desvanecer
A carne apodrece os bens se acabam, mas a verdadeira essência se mantém para sempre.
Não busque o que está lá fora, a verdadeira busca está dentro de nós.
O lamento de uma jóvem...
E continua o tempo a roer-me a carne, dilacerando o corpo como estilhaços de cetim.
Doi-me ao ver dentro desse maldito espelho que faz questão de mostar-me essa imagem horrenda, toda enrugada com cabelos esgadalhados, esbranquiçados como neve numa manhã sem brilho.
Oh! Moldura linda envernizada que suporta esse vidro de aço que só mostra verdades, por vezes doida...
Por que não envelhece com o tempo ?
Despencando o espelho como despenca meu ser com prazer?
E o sol da manhã se escondeu, a tarde virou noite...
Só o fantasma da meia noite esperando a hora de partir.
Esse tempo que nada perdoa, e como uma correnteza arrasta toda beleza das flores que beiram sua orla.
Chama pra mim o sol, poeta louco!
Onde se os pássaros que gorgeavam?
Cuida pra mim, poeta louco.
Preciso de ar!...
Pára o tempo...
Traz o vento em calmaria...
Quero ver a beleza das cores das borboletas que sobrevoavam enquanto eu dormia...
Onde?
Cadê, poeta louco?
Por que estais levando minha vida nesse barco sujo e sem volta?
Que fiz?...
Apenas nasci...
Vivi...
Mal ou bem..
Vivi.
Espera-me despedir...
Já vou...
Somos a terra e a semente
carne de aluguel em alma de rainha
as submissas as bacantes
as que procriam e as que não
Somos as que evitam o desastre
as que inventam a vida
as que adiam o fim
mulher
multidão
Tapuia
As florestas ergueram braços peludos para esconder-te
A tua carne triste se desabotoa nos seios
recém-chegados do fundo das selvas.
Pararam no teu olhar as noites do Amazonas
mornas e imensas
E no teu corpo longo.
ficou dormindo a sombra das cinco estrelas do Cruzeiro.
O mato acorda no teu sangue
sonhos de tribos desaparecidas
- filha de raças anônimas
que se misturam em grandes adultérios!
E erras sem rumo assim pelas beiras do rio
que os teus antepassados te deixaram de herança
O vento desarruma os teus cabelos soltos
e modela o vestido na intimidade do teu corpo exato.
À noite o rio te chama.
Chamam-te vozes do fundo do mato.
Então entregas à água
demoradamente
como uma flor selvagem
ante a curiosidade das estrelas.
Mente delicada mente
Vivi do amor o seu ápice.
Fiz loucuras, me lambuzei dos prazeres da carne.
A mim, nunca importou reciprocidade.
Aprendi cedo que amar é doar.
E me doei.
Como uma cadela no cio,
Como a mais ardente e incandescente estrela que sabe da queda só depois de seu ciclo vencido.
Não caí...não. Ainda não caí.
Continuo.
Certa de que, enquanto corre na veia, a me aquecer inteira, o líquido vermelho como o coração que bate e pulsa e me estremece o corpo todo a cada vez que penso - somente penso - em ti - somente em ti - e lembro, do teu olhar a me engolir inteira,
Você virá.
Nem que seja só pra me cuspir
nova delicada mente.
Todo ano milhões de pessoas fazem a festa da carne, mas depois a da penitência. Nada pensam e saem de tudo isso tranquilos com sua consciência achando que não devem nada pra Deus.
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