Carne
ESPINHO NA CARNE
Calei-me por um momento
Quando me perguntastes sobre minha tristeza
Fitado por alguns segundos
Tentando achar onde estou
Então me procurei no futuro
Apressei-me, a saber, que ali não estava
Então me procurei no passado
Confesso foi terrível as lembranças
Ao rever meu corpo violentado
Pelas marcas da ingratidão
Vi também meus olhos surrados
Por lágrimas que chicotearam minha face
Por causa de palavras vãs
E lábios fingidos
Não puderam compreender tamanha dor
Retornei rapidamente ao meu subconsciente
E percebendo que ainda me olhavas
Calei-me por outro momento
E senti que com o toque singelo
Dos teus dedos
Buscavas atingir o meu corpo
Mas sei que por mais brando
Que pudesse ser
Seria inevitável não tocar as feridas
Busquei confortá-la
Ao explicar a beleza de uma flor
Que na sua beleza
São repletas de espinhos
Basta apalpá-las e senti-las
A palma das mãos machucarem
E nem sequer lembramos seu perfume
Talvez nem sua cor percebamos
Somos parecidos ao sentirmos dor
Então observastes minhas palavras
E no silêncio deste momento
Calastes por um instante
Quando te perguntei sobre tua tristeza.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Novembro de 1997 no dia 04
Carne, osso e memórias
Diluiu em pecados
O que um dia foi santo
Sacrificado o eterno em prol do agora
Mundano e estreito
Externo e profano
Corpo exposto
Alma fraca
Lágrimas e silêncios
Novos prantos
Gritos de sinceridade
Uma história mal contada
Difícil de decifrar
Um passado de fugas
Um presente omisso
Você não se reconhece
Nem que apodreça em frente ao espelho
Admire suas falhas
Bem de perto, profundamente
Você ainda consegue se questionar sem se sentir vazio?
Anos luz separam você de você mesmo
E não há nada além disso
Carne, osso e memórias
ATO
um poema me deixou um sismo na carne
me arqueou o corpo
e traçou em minhas costas itinerários de espuma.
com um gosto de cor
na boca
deixei cair pulsante
um
longo beijo
morno
"O caviar saboreado nos jardins e a carne-sêca digerida nas favelas, tornam-se amigos íntimos nas estações de tratamento de esgôto."
Suja minha carne com seu pecado, me enlouquece com teu corpo sarado, torna o amor uma obra do sarcasmo, mas não me deixa ficar sem o seu lábio conjugado.
DANÇA DE SALÃO
Eu te entreguei a minha carne viva
Eu te dei a minha face
Deixei você me conduzir nessa dança improvisada
De passos mal feitos e cheios de defeitos
E a estrada que tu me conduziste
Feriu os meus calos, tantos calos
Arrancou a casca da ferida ainda não cicatrizada
E você olhou para as minhas feridas
E ao invés de curá-las
Você continuou dançando
E isso foi arrancando e expondo ainda mais a minha dor.
O pior é que depois da dança,
Você não gostou das feridas abertas,
Disse que eu não sabia danças
E me deixou descalça no meio do salão.
Quem voltou não foi você você para cuidar de mim.
Foi justamente aquele que primeiro me feriu,
Que arrependido voltou de joelhos para me acudir.
Trouxe pomada e esparadrapo,
Me de novos sapatos
E me tirou do meio do salão
Me entregando de novo o seu coração.
A alma é algo estático enquanto não pode interferir nas coisas do mundo, a sede de carne é justamente quando quer interferir nas coisas desse mundo e no universo. A alma em si quer como a mente intervir e mudar tudo, conforme orquestra sua força de vontade... essa é a grande expressão da raiz de um homem.
Deus quis que nos unissemos, não somente pelos laços da carne, mas também pelos da alma...Então nos uniremos, não até que a morte nos separe, mas sim até o dia em que Deus, na eternidade, nos una novamente
''O QUE ME DIZEIS SOBRE A CARNE PERANTE A CARNE(?):
PUTREFAÇÃO DE CORPOS OU CORPOS EM EXPERIMENTOS.''
Ela é a resposta da promessa de Deus
Carne de minha carne, é minha vida
Suavidade e ternura, nos sonhos meus
Amor eterno, que me dá muita guarida
Faz muito tempo, não esqueço jamais
Sem ela, eu juro, não consigo viver
Até parece que os destinos são iguais
Essa mina eu hei de amar até morrer
Alma gêmea? Tudo é possível em nós
União e paz. Vida plena em nosso altar
Amor fecundo. No silêncio sempre a sós
A glória divina se manifesta no lar
A mina que eu amo é toda minha,
Desde o princípio, ela nasceu prá mim
No aconchego do lar ela é minha rainha
Entre nós perdura um amor sem fim
Verdade absoluta
A sede de prazer adoça a carne, vibrante, estonteante!
Abarca o céu num só grito!
Mas é chegar tão perto! Pois o longe continua distante e o mundo assim por descobrir!
O Amor da sua vida não será aquele que estará contigo simplesmente para saciar os desejos da carne.
Mas será aqeuele que te fará amar e estar cada vez mais perto de DEUS.
Porque quando vc me toca, meu corpo inteiro reage..
corpo: carne e espírito..
E é como se você soubesse voar e me levasse para ver a cidade do alto
por cima das nuvens..
Morder o couro, bater a carne e tremer os ossos,
seres (in)animados na escuridão, e de pelos em pé,
toco-te, tocas-me e tocamos o fim do labirinto,
o intimo de nossos seres agora viventes,
abocanhando o que vive e beijando o que morre,
sobre o embalo das serras e compasso do trem, dançarmos,
flagelando-te sob as peles do teu umbigo,
flagelando-me sob as carnes do meu mamilo,
nada que eu te diga trará paz ao teu leito,
então calo-me com tua boca,
nada que me digas trará paz ao meu animal,
então calas te com minha boca,
morder o couro e ver o lado vermelho da alma,
bater a carne a suar, mostra-me onde teu corpo
une-se ao meu, onde nós confundimos as pernas,
onde enfim serei teu homem, senhor dos teus desejos de mulher,
tremer os ossos e cantar,
mesmo que teu ar tenha sido meu,
e nesta nossa hora, mergulhar em ti
e assim dormi em teu braços.
"Na confusão das dores, já não sei o que é carne e o que é alma;
Já não sei o que é desejo e o que é carma;
Já não sei se era você ou o que eu idealizei que fosse...".
Existe uma divida que Cristo não pagou e nem pagará por você, um carnê infinito chamado ''amar o próximo''
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