Carlos Drumond de Andrade Contagem do Tempo
Talvez seja essa mania de ter esperança que me faz acreditar no impossível, mas o tempo passa e que me resta a não ser sonhar ainda mais no impossível!
Shirlei Miriam de Souza.
O tempo não apaga sentimentos,
mesmo querendo muito apagar.
São como marcas, que a vida
trás de volta a cada primavera!
Só esquece, quem nunca amou.
Quem ama não esquece!
É, o tempo pode passar
E o sentimento esta guardado.
Como um baú sem tampa.
Só de lembranças doces e verdadeiras.
AMOR AUSENTE
Em um tempo distante algo tão emocionante tocou me de lembranças tão inocentes, de um amor tão frágil e de sentimentos tão verdadeiros.
Que triste sentimento que toca me todo corpo de um arrepio estridente.
Foi um amor que se fez ausente...
De abandono sem igual, me vejo em lágrimas
Tocou uma ferida que nem a alma se esquece
A vontade maluca de voltar no tempo
E reviver os doces beijos
Deste amor que não se esquece
Ao caminhar pela estrada...
Encontro algo que de interessante se tornou verdadeiro...
Será um sonho... ou uma realidade difícil de acreditar.
Caminhando na jornada da vida com pedras pelos caminhos e flores pela estrada é primavera sinto pelo perfume que exalam...
Avisto um lindo campo onde encontro um rochedo alto o suficiente pra que eu possa ver a planície.
Sigo adiante, até que ao longo do caminho alcanço o rochedo.
E subindo sobre rochedo.
Meu olhar avista tamanha a beleza do campo de lírios, o lago de um tamanho a considerar e uma casa tão pequena e tão distante.
É contraste de multe cores no céu um arco-íris, no chão verde intenso da relva e os pássaros a dançar por todos os lados com melodias de seus cantos.
Do profundo eu, respiro devagar o ar mais puro. Fico encantada com tamanho esplendor.
Faz me esquecer da dor que sinto ao caminhar sozinha, sem o meu amor
Desço e vou ao caminho até a pequena casa ao longo da estrada
Lá está meu amor, abraçado a sua amante
Em planto choro baixinho me retiro da cena que vejo
É dor demais pra um coração apaixonado.
É hora de partir e deixar me ir sozinha pela estrada da vida!
Shirlei Miriam de Souza
Nosso amor é único nem todo tempo que passemos separados. Você não esquece de mim, meu coração!
Porque nosso amor é verdadeiro.
Não perco mais meu tempo com pessoas mal-educadas. Simplesmente desconsidero e passo adiante. Não são todos que conhecem a arte da assertividade. Sendo assim, melhor que ser assertivo, é ser um passivo estratégico.
Quanto mais olho para o céu, mais encontro mistérios na terra, nesse curto espaço de tempo do fenômeno que anima a matéria.
Posso dar uma volta com você? Me leve daqui me faça viver. Vamos ver o tempo passar sem pressa. Vamos nos perder em uma conversa. Sentar em um balanço em um parque qualquer e admirar as coisas boas da vida. Vamos cheirar as rosas, lavandas, os lírios. Sentir novos aromas. Vamos respirar fundo e contar sobre nossos planos. Vamos sair à francesa de todo esse conflito. Por hoje sua presença me basta. Vamos ao cinema ou se preferir eu te conto um livro. Me fale sobre suas aventuras de criança e lhe serei todo ouvidos. Vamos andar de bicicleta ou ver as crianças empinando pipa. Vamos pisar descalço na terra, dormir na rede ver a alegria dos pássaros ao cantar. Nadar na agua gelada, rir de alguma piada, vamos. Eu quero deitar no seu colo, olhar nos seus olhos de perto e sentir você respirar. Quero ter tempo. É quase inverno podemos ver as folhas caindo das arvores, o sol refletindo nos nossos óculos escuros andando pela estrada, colocar os braços para fora e sentir o vento passar por entre os dedos. A gente divide um doce durante a tarde, eu tomo meu chá e você o seu café. Vamos ver o sol se despedir e ver a noite cair. Sair para ouvir um violão e voz, por hoje, não quero te dividir, que seja eu e você e mais ninguém. Ou melhor, esqueça tudo, me abrace e não solte. Só por hoje quero teu melhor sorriso combinado à minha serenidade, toda a nossa alma e poder agradecer, que sorte!
É uma grande perda de tempo se achar adulto o suficiente para perder a oportunidade de ser feliz, voltar as recontações de ser criança novamente e aprender o melhor da vida a cada momentos.
Já não me importo com o final do dia
É sempre a mesma coisa, fico sempre à toa
Já faz um tempo essa dura rotina
Mas deixa estar, há de passar...
São tantas coisas pra falar
Acumulei tantas palavras, não tenho quem a dizer
Queria tanto lhe contar...
Como são os meus dias, sem você
Ninguém pra dizer...
Pra falar...
E quando chego o final do dia
Ninguém pra viver...
Pra sonhar...
Já não me empolga o final do dia
A felicidade é tão grande pra se viver sozinho
Hoje faz todo sentido, quando estava contigo
Podia dividir qualquer besteira minha
Mesmo estando errado, você me defendia
São tantas coisas pra falar...
Acumulei tantas palavras, não tenho quem a dizer
Queria tanto poder contar
Mas só vou dizer se for pra você
Vamos se ver
E falar
Como foram os nossos dias
E juntos viver
E juntos sonhar
E desenhar nossos próximos dias
Como o mundo é maravilhoso
Quando você está nele, estando presente
As turbulências ficam planas
O equilíbrio perfeito, nada a mais nem a menos
Como queria poder voltar...
E acertar os meus erros, até mesmo os pequenos
Só queria lhe contar...
Como são os meus dias sem você
Ninguém pra dizer...
Pra falar...
E quando chego ao final do dia
Ninguém pra viver...
Pra sonhar...
Já não me empolga o final do dia
Me sinto tão bem quando estou contigo
Você é meu escudo, meu ombro amigo
Mais do que minha parceira, você foi minha melhor escolha
Não existe comparação com qualquer outra pessoa
São tantas coisas pra falar
Acumulei tantas palavras, não tenho quem a dizer
Queria tanto poder contar
Mas só vou dizer, se for pra vc
Vamos se ver
E falar
Como foram os nossos dias
E juntos viver
E juntos sonhar
E desenhar nossos próximos dias
Haverá um tempo...
Haverá um tempo
em que a fundura da terra
terá as cores da água cristalina
cimentada na ternura que pressinto
na ponta dos teus dedos de ventos quiméricos
Haverá um tempo, chegado na hora
incontornável do sol-posto,
em que, do mar aberto e resoluto,
se elevarão papoilas verdes
a emoldurar o contorno recto do teu rosto.
Um tempo em que a água finalizada
se escorrerá nas faces plásticas da madrugada
de um céu encapelado denso e profundo.
Em que a noite persignada
calará a saudade e a lágrima arrecada
na original raiz duma árvore.
Haverá um tempo por fim, amado,
um tempo desabrochado, nosso, preceituado
no abstrato instante de um momento
conglutinado no corpo dum abraço.
Um abraço intenso,
implodindo telúrico para além de nós,
na imensidão infinita do Sideral Espaço.
Martin Luther King
Olá Martin.
Quanto tempo o teu sonho de um mundo
Sem segregação permaneceu apenas
Nas esferas recônditas de almas puras
Assim como a tua.
Simplesmente nas mentes pacíficas
De homens sensíveis como foste tu.
A tua voz firme, porém,
Ecoou nos ouvidos vazios
De almas empedernidas
E retumbou no eco da eternidade.
Deus ouviu o teu clamor
E enviou para a América,
A tua América,
Um filho da mesma raça valorosa e ditosa!
Que raça!
De brio.
De luta.
Por três séculos enfrentaram uma contenda laboriosa
Em busca de direitos iguais aos dos brancos.
As razões eram mais do que justas Martin.
Sabemos,
Nós que acreditamos na eternidade,
Que as características raciais não pesam na balança
De Deus que é por querer multifacetado.
Ele não tem preferências,
Também de ideologias e credos.
Credo!
O que faremos como nossas tortuosas alienações
À custa das muitas imposições marteladas
Nas idéias dos mais frágeis?
Isso ecoa na eternidade.
Não silencia na mente de Deus,
As nossas culpas.
Os atos impiedosos dos dominadores sobre
Os dominados ficam ressoando no ouvido divino,
E os gritos da massa manipulada acordam a sua fúria.
Por outro lado, para que termos medo Martin?
Não somos nós eternos?
Não é a nossa capacidade intelectiva tão duradoura
Quanto a nossa soberba?
Por que temer, então,
A ira divina que os nossos preconceitos levantam?
Calamo-nos diante da perversidade
Dos preconceituosos raciais, sociais e religiosos.
É, pois, nossa culpa, também?
Claro que não!
Convivemos tranquilamente com nossas consciências.
Porque não somos individualistas
Quanto aos propagadores da exclusão dos negros
E dos pobres.
Apenas nos calamos diante das maldades dos
Sem coração. Sem pudor. Sem amor.
Nós nos igualamos aos primeiros, Martin?
Não!
Somos crentes a Deus.
Apenas nos silenciamos diante das injustiças.
Para que gritar o grito dos oprimidos?
Oh! Não queremos entrar na mira dos injustos.
Doe demais Martin.
Às vezes, pode ser rápida, na maioria delas, dolorosa.
A morte dos que vigiam o ódio dos extremistas
E o descaso dos omissos.
Daqueles que não suportando prosseguirem
Num mundo banhado de lágrimas inocentes
Empunham a bandeira da luta não violenta
Pelos direitos iguais.
E Não somos iguais Martin.
Que pena!
A massa da qual fomos fabricados,
Nós os Não ativistas,
Foi moldada nos fornos do desafeto.
Da inércia.
Da preguiça.
Da insensatez.
Do medo.
Da covardia.
Ao contrário,
O fermento que deu vida ao homem Martin,
Brotou um dia no chão da velha África,
Com a cor púrpura da dignidade, da estima
E do valor e alastrou-se pela América.
Destemido.
Ativista.
Corajoso.
Herói.
Como, então podes querer que sejamos iguais?
O distanciamento é incomensurável.
Como pesar na mesma balança a força de um homem
Que labuta pelos semelhantes com a voz do homem
E a atitude de Cristo? Quem se iguala a ti Martin?
Poucos.
Apenas alguns que se diferenciaram na história
Da caminhada humana
E escolheram viver para a eternidade.
Eu, como a imensa maioria quero e vou permanecer
Não ativista.
Só comodista.
Egoísta.
Individualista.
Deixa estar Martin,
Que teu grito já acordou as consciências
E a tua América, reverencia outro da tua Gloriosa Raça.
A tua cor Martin,
É hoje o expoente da Política mundial.
Quer mais?
Como tu, também, Nobel da Paz!
Permanece com Deus, valoroso guerreiro,
Que a tua morte, por sorte,
E por merecimento,
Mudou os modos da tua América.
E que Deus a abençoe hoje e sempre!
Desde sempre te amei
Eu vou te amar pra sempre
Dentro de todos os séculos
No tempo da eternidade
Acima de todas as verdades.
No bojo do infinito.
Na distância da última estrela
Da última constelação.
Eu vou te guardar no coração
Enquanto houver mundo
Até o momento derradeiro
E nesse imenso fogareiro
Do meu desejo intenso
De mais querer ser
Mais que eu posso
Só pra te dar o que jamais foi ofertado
A maior prenda já vista
Eu vou buscar ser
Um tesouro
Daqueles que de tão alto valor
Somente é pago com muito amor.
É certo que eu te ame
Enquanto houver repetições
De vindas nas vidas que virão
No futuro.
Devo ter te amado desde o inicio
De tudo.
Desde o princípio.
Bem antes da primeira oferenda
Da primeira jura
De amor.
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