Cansei de Acreditar no Amor
Cada escolha que fazemos na vida, normalmente renunciamos a algo.
Quando fazemos isso amando, é uma forma justa de amor, se isso faz seguir o caminho pra ter paz, e satisfação. Não somos sozinhos, nem donos de ninguém, temos o livre arbítrio, e toda forma de amor vale a pena, afinal amar é um presente que a vida nos dá, cabe a cada um de nós regar e cuidar com carinho.
Queria ter dois corações, o primeiro para amar alguém, o segundo para amar o primeiro...e não deixar ele fazer essa loucura.
Ele é o meu impulso, o meu desejo, o poder simplesmente exercido sobre mim. Ele é minha dor, o meu amor. És o sorriso e o pranto, és o meu intermédio o meu réfugio. É o poder que me faz lutar, o súbito desejo. Ilumina os caminhos que se traçam sós, por puro ímpeto.
Meus anseios tomam conta de mim, esvanecem meu ser. Transbordam, e eu me afogo em cada pouco, em cada parte.
Deságuo nesse mar remoto, que queima todo o meu ser. Sou fênix? Ressurgi das cinzas, me pus de pé. Todos podem me ver nesse momento. Não sabe o que quer? Devo esperar? Sou um jogo qualquer que cansou de jogar?
Vou atrás, minha mente diz ‘’não’’ mas, meu corpo diz ‘’vai’’. Me perdi nesse desejo, em meio a esse desespero, e o teu sorriso? Ahhh, sim! Ele me desmonta por inteiro, perfeito.
Diga-me o que devo ouvir, não o que quero, seja sincero! Leal as próprias verdades, não se perca dentro de si. Pois simplesmente sofro em segredo, morro em silêncio. Devo me entregar? Será que a maré precisa realmente me levar? A luz talvez se apagará. Não posso lhe dizer exatamente nada.
Não me parece uma das melhores horas... Mas, recordo teu cheiro, o teu jeito, e meu choro me toma por inteiro. Será que deve se vencer pela razão? Se apagar da emoção? Simplesmente não dá para explicar, não há quem venha me contar.
Só preciso dessa sinceridade, dessa verdade, estampe-a para mim, ilumine-a, aja como deve. E não como quer! Não me deixe afogar em meio aos meus tormentos, em meio a esse ‘’vai e vem’’, ainda estou aprendendo a nadar, mal consigo respirar. Diga para mim, me fale enfim. O que vai ser de mim?
Escrevo para tentar salvar alguma parte da minha vida. Escrevo com a intenção de colocar para fora toda essa fala reprimida, essa vontade de dizer inúmeras coisas e nunca conseguir.
Você foi embora e seu cheiro ficou em todos os lugares da minha casa. Agora fico perambulando em cada canto só para me abastecer de você.
Resolvi tirar proveito da minha dor. Resolvi voltar a escrever por mais que isso me doa. Dói mexer nessa bagunça que é meu coração, colocar tanta lágrima pra fora, revirar sentimentos e medos antigos, mas eu sabia que deveria fazer isso alguma hora. Demorou até que eu criasse coragem de pegar no lápis e arrancar um papel de um caderno qualquer de novo. Logo eu que sempre encontrei meu refúgio na escrita. Logo eu que pegava um papel todas as vezes que as lágrimas caiam.
Agora eu consigo aceitar que você era a pessoa certa na hora errada. Hoje eu tenho certeza que não foi à toa que você entrou na minha vida e virou tudo de cabeça para baixo. Eu precisava crescer, me amar e aprender a colocar as coisas no lugar sozinha.
O brilho que encontrei nos seus olhos foi o que me deu força para seguir em frente. O brilho que ofuscou todo o resto. Me fazendo estremecer e deixar para trás tudo aquilo que impedia de ser feliz do seu lado.
Tudo que digo tem uma pontinha de vida por de trás. Pontinhos da minha vida, que se você ligá-los vai saber como eu sou e me aceitar.
Você precisa entender que os textos e poemas não precisam ter sentidos. Precisam ser sentidos. Sente a diferença do verbo agora? Ter e ser?
Aprendi a não brigar de volta, a me recolher, ficar sossegada e sempre manter a calma. Aprendi que não vale a pena, não vai acrescentar em nada na minha vida. Vou sair desgastada e triste. Decidi relevar e mostrar que sou melhor do que qualquer confusão. Por mais idiota que seja. E não importa o que aconteça, eu não me permito estressar por pouca coisa. Nada vai tirar minha paz. É hora de amadurecer e lutar pelo o que realmente importa.
Não se bate na própria língua quando falamos algo que machuque o próximo. Educá-la é o mais correto para gerar somente amor nas palavras que são liberadas