Cansa de Mesmice
Amá-lo é como numa canção favorita, o senhor coloca ela para tocar, e nunca se cansa de ouvir a mesma nota
falam tanto
do amor
se é próprio...
se é romântico...
se é certo...
daqui a pouco
ele cansa de rótulos e vai
viver a vida dele.
Chega horas que a gente cansa
E por fim desencanta
Às vezes o melhor a se fazer
É adeus dizer
É saber reconhecer
Que abrir a porta é mais ideal que permanecer
Como um enfeite
Largada em uma estante
Esperando cheia de poeira
Um toque de qualquer maneira
Tão triste tu ficas
Perde toda tua essência
Esperando por quem nem te lembras
- Estante
Chega um dia em que o coração cansa e simplesmente a fila anda
Quando entendemos que o sentimento engana e a pessoa não se manca;
...e o homem nunca se cansa da sua realidade. Vive uma vida escravizada cultuando um Deus da sua vontade!
A esperança
A esperança não cansa,
ela não murcha,
ela não desaparece,
apenas nós não conseguimos enxerga-la,
mas calma lá!
Não podemos nos desesperar porque com o desespero
nós nunca vamos chegar nenhum lugar
e com muita persistência,
você vai parar,
vai respirar e vai olhar e quando você menos esperar você já vai estar lá.
A luta cansa, revigora e muda o rumo de uma vida. Um homem lutador se torna protagonista em potencial nessa incessante saga que é vida.
Viver sempre também cansa!
Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens não se transformam
Não cai neve vermelha
Não há flores que voem,
A lua não tem olhos
Niguém vai pintar olhos à lua
Tudo é igual, mecanico e exacto
Ainda por cima os homens são os homens
Soluçam, bebem riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis sempre os mesmos
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à morte!
Pois não era mais humano
Morrer por um bocadinho
De vez em quando
E recomeçar depois
Achando tudo mais novo?
Ah! Se eu podesse suicidar-me por seis meses
Morre em cima dum divã
Com a cabeça sobre uma almofada
Confiante e sereno por saber
Que tu velavas, meu amor do norte.
Quando viessem perguntar por mim
Havias de dizer com teu sorriso
Onde arde um coração em melodia
Matou-se esta manhã
Agora não o vou ressuscitar
Por uma bagatela
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo..
OCASO
O sol cansou-se do firmamento
(todas as tardes se cansa)
Precipitou-se sobre o mar
dando ao mundo a impressão
de que iria se afogar
Um nadador (parece) pretendeu salvá-lo
Foi nadando ao horizonte
com suas braçadas de sete léguas
Foi também se pondo (como se fosse um astro)
até que se concluísse
seu próprio ocaso
E sumiram,
sol e nadador, no pretérito da noite
O Sol, no entanto
(e na manhã seguinte),
ergueu-se por trás do mundo
enquanto o nadador
não teve fôlego para tanto ...
[Publicado pela revista Simbiótica, vol.8, n°2, 2021]
Te amar não me cansa, te querer me atordoa quando não estás por perto, porém, sinto saudades do teu cheiro a toda hora e momento, mas, sei que te tenho na mente e no coração assim como tenho a vida e a minha respiração.
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