Frases sobre o Campo
GAITA
Eu não tinha mais palavras,
vida minha,
palavras de bem-querer;
eu tinha um campo de mágoas,
vida minha,
para colher.
Eu era uma sombra longa,
vida minha,
sem cantigas de embalar;
tu passavas, tu sorrias,
vida minha,
sem me olhar.
Vida minha, tem pena,
tem pena da minha vida!
Eu bem sei que vou passando
como a tua sombra longa;
eu bem sei que vou sonhar
sem colher a tua vida,
vida minha,
sem ter mãos para acenar,
eu bem sei que vais levando
toda, toda a minha vida,
vida minha, e o meu orgulho
não tem voz para chamar.
(Coração verde, 1926.)
LUA BOA
Quando a lua sair nós iremos ao campo
esmagar o capim, passo a passo, bem juntos
como dois namorados que não gostam de falar
quando a lua é mais clara e o coração mais limpo.
Nós mergulharemos na simplicidade,
mão na mão, sonhando as palavras que ficam,
enquanto os maricás noivarem,
calma grave e nupcial, tristeza boa
para a gente saber que vai morrendo,
para provar no lábio um gosto que abençoa.
Quanta doçura virgem de ervas!
Mesmo à noite os trevais têm cheiro azul de manhã,
e o capim o capim esmagado
perfuma os pés que o pisaram, santamente.
(Giraluz, 1928.)
MINUANO
Ao Liberato
Este vento faz pensar no campo, meus amigos,
Este vento vem de longe vem do pampa e do céu.
Olá compadre, levanta a poeira em corrupios,
assobia e zune encanado na aba do chapéu.
Curvo, o chorão arrepia a grenha fofa,
giram na dança de roda as folhas mortas,
chaminés botam fumaça horizontal ao sopro louco
e a vaia fina fura a frincha das portas.
Olá compadre, mais alto mais alto!
As ondas roxas do rio rolando a espuma
batem nas pedras da praia o tapa claro...
Esfarrapadas, nuvens nuvens galopeiam
no céu gelado, altura azul.
Este vento macho é um batismo de orgulho:
quando passa lava a cara enfuna o peito,
varre a cidade onde eu nasci sobre a coxilha.
Não sou daqui, sou lá de fora...
Ouço o meu grito gritar na voz do vento
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!
Comedor de horizontes,
meu compadre andarengo, entra!
Que bem me faz o teu galope de três dias
quando se atufa zunindo na noite gelada...
Ó mano
Minuano
upa upa
na garupa!
Casuarinas cinamonos pinhais
largo lamento gemido imenso, vento!
Minha infância tem a voz do vento virgem:
ele ventava sobre o rancho onde morei.
Todas as vozes numa voz, todas as dores numa dor,
todas as raivas na raiva do meu vento!
Que bem me faz! mais alto compadre!
derruba a casa! me leva junto! eu quero o longe!
não sou daqui, sou lá de fora, ouve o meu grito!
Eu sou o irmão das solidões sem sentido...
Upa upa sobre o pampa e sobre o mar...
(Poemas de Bilu, 1929.)
Pensamentos não são apenas um espaço de seu palácio mental, ele é um campo aberto, ao meu tempo que pode te confortar e te auxiliar em situações da realidade, ele te deixa vulnerável a criar problemas em seu estado psicológico. O intelecto humano por mais cristalino que seja, é predisposto a criar divergências.
𝚂𝙸𝙼𝙿𝙻𝙸𝙲𝙸𝙳𝙰𝙳𝙴 𝙴 𝙷𝙰𝚁𝙼𝙾𝙽𝙸𝙰
Na simplicidade do campo
A vida palpita, descontraída...
Humilde, verdadeira e feliz
De portas abertas, prontas a acolher o passante.
Vidas reunidas no aconchego da cozinha...
A harmonia da convivência...
Sem pressa, sem divisores... puramente natural.
Pela pequena janela, o sol espia...
Invade a fumaça densa que domina...
Com esse odor de ternura, bondade e milho.
Sobre a panela recheada de saborosas pamonhas
A velha senhora tranquila...
Cabelos presos... vestimentas simples,
Aguarda o momento de em que a palha amarelecida,
Vai anunciar que a refeição está pronta!
E o cheiro do milho vai enfeitiçando a tarde...
Num canto, descansa o velho pilão
Onde a paçoca farta e perfumada se fez.
Cães, gatos preguiçosos e galinhas buliçosas
Dividem o espaço, harmoniosamente.
É a cumplicidade plena e farta
De uma simplicidade tocante!
Lá fora, o dia se esvai
Por entre casas e campos...
Aqui dentro a vida palpita
Aguardando o anoitecer...
Carregado de magia.
Uma lua branca no céu estrelado...
O fogo crepitando ainda no fogão
Aquecendo os corações e amenizando o frio.
Quem sabe haverá uma viola chorosa...
Histórias de assombração...
E a noite prosseguirá seu curso
Adormecendo os sabores e a vida
Na simplicidade do sertão!
"Jogamos em um campo de guerra, se você não quer matar ou morrer, cave um buraco e morra de fome esperando o fim da guerra"
Das mais belas flores do campo
És o meu girassol
Está direcionada diretamente ao sol
E ai de quem descuidá-la
Está de costas para a escuridão
De costas para o sofrimento
De costas à toda dor e todo ódio
De costas para toda a infelicidade
Está de frente à todo o amor
De frente à toda paixão consolidada
De frente à toda a simplicidade
De se saber ser feliz com o pouco
Quem me dera se todos fossem assim
Tais como você sorridente sempre
Você é algo a se guardar e nunca mais soltar
Fique comigo, eu lhe peço
Este mundo não é para você
Sua perfeição é digna de um próprio universo
É digna de um próprio cultivo e colheita
És para sempre o meu girassol
Quando você atrair algo que não consegue se mostrar, use o campo da observação e atribua a sua capacidade e a sua fé de chegar em alguém que por horas veio até você e tentou falar.
Já imaginou a distância literalmente entre vocês?
Cada ser humano faz o que pode dentro de seu campo de ação, de suas limitações, dentro do que está ao seu alcance realizar, com seus conhecimentos e recursos. Porém, nada disto o exime da responsabilidade e consequências por suas escolhas e atitudes.
A vitória, e o fracasso sempre estarão no campo das falácias relacionais, emocionais e intelectuais. Ou da excelência com que conduzimos cada uma delas. Pois quando somos íntegros em todo tempo, e carregamos em nós as marcas de um caráter forjado pelas virtudes do bem, tudo certamente irá contribuir para o nosso sucesso.
" O letramento emocional condiciona a travessia com segurança, num campo minado de sentimentos negativos."
Estou embaixo do céu contando cada estrela que meu campo de visão observa,
Meu peito sente a lua mais que meus olhos a enxerga,
Longe...longe...
Como o fim de uma estrada que some no horizonte,
Igual o avião que desaparece dentre as nuvens,
É como escutar o cantar dos anjos diretamente da sua alma
E sonhar que o paraíso está do outro lado da montanha,
Eu vou atravessar pelo caminho do arco-íris,
Um passo atrás do outro,
Eu vou alcançar.
"Eu não preciso tirar você do meu campo de visão para testar a minha resistência, pra provar que te esqueci...Eu deixo você na minha estante, apenas te olho mas meu coração não te enxerga mais..."
Só quem já lutou sabe as dificuldades no campo de batalha para se ter vitórias em meio a algumas perdas.
Ricardo Baeta.
Um campo gramado, calmo e sereno.
Dantes apenas o vento forte mudava o acalanto até aquela semente germinar.
Trouxe uma bela flor , mais linda, perfumada e âmbar competindo com o fim de tarde.
Trouxe consigo , espinhos afiados múltiplos.
Após uma estação findou-se no campo.
Foi-se a flor mais bela e junto os espinhos que doíam ao serem tocados. Voltou então o campo como era de costume se ver.
Sem a mais bela das flores, porém sem o risco das dores dos espinhos.
..."O campo mais fértil para proliferar toda sorte de desgraças de um governo e de uma nação é a inércia do seu próprio povo." ... Ricardo Fischer.
O altar do pequenino
Seguindo pelo campo florido, algo me desperta a atenção...
Sons rompendo o silêncio que reina em meu coração.
Tilintar de sinos seria? Tão longe está suave manifestação
Que já desperta em mim curiosidade além de emoção!
Atentamente caminho, seguindo a minha intuição...
Desvio de magníficas flores que pelo caminho estão!
As gramíneas também estão lá, simplesmente verdejantes!
Tudo parece distante, mas consigo visualizar o altar...
Sim, o altar do Pequenino, o altar daquele Menino!
Menino que trouxe esperança aos pobres e humilhados!
Que amou a tudo e a todos, tomando para Si os pecados
De um povo sem vida e sem luz!
Oh! Mensageiro da Paz! Aquele é o altar que de longe vejo
E esta é a paz que há muito almejo!
Lá está a igrejinha onde ainda criança
Juntei as mãozinhas, e com confiança
Fiz minhas primeiras orações... Amém!
Agora tudo volta à lembrança...
Os cabelos enfeitados com lindas tranças:
A menina corre e avança!
Aquela menina era eu! Corria para ouvir de perto
O toque dos sinos que anunciavam a hora de orar...
Mas o tempo passou e a menina do altar se afastou.
Queria viver novas emoções... Tudo em vão!
Volto, porém, tal qual um filho pródigo
Que retorna ao Pai: encontro o mesmo altar e o mesmo amor!
E neste amor, para sempre, quero permanecer!
A igrejinha, o altar, as mãozinhas....
Lembranças perpetuadas em meu coração,
Que me trouxeram de volta: quanta emoção!
Ajoelho-me e faço uma oração... Amém.
Quando Eu Nasci -
Quando eu nasci
houve silêncio!
E o silêncio fez do campo
terra brava...
Houve calma e quietude.
E o Céu era de pedra.
Os regatos carmesim.
Os rios eram desejos.
Os mares eram finitos
e o eterno era miragem.
Quando eu nasci
voaram andorinhas.
Agitaram-se agonias.
Levantaram-se Poetas.
De poemas se vestiram.
De alegrias se fizeram,
mas tristes,
desejavam não viver.
Quando eu nasci
gritaram solidões.
Procuravam um olhar
onde pudessem descansar.
E sete punhos, sete dores,
sete espadas trespassaram
corações...
Mas eu nasci!!!
Entre poetas e pintores.
Alegrias e cansaços.
E minha mãe, ai minha mãe,
que me adormeceu
no silêncio dos seus braços!
Quem bom lembrar...
Volvido tanto tempo
que alegria recordar!
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