Caminhando pela Vida
A bíblia fala sobre “semelhante”, semelhante, não pela aparência, mas pelos valores e tradições, sua família e pela vida que se assemelha. Toda vida é semelhante para o reino do Universal absoluto porque toda vida passa pela máxima da existência: nascer, permanecer e desencarnar.
Na vida há dois tipos de pessoas: as que vencem e as que encostam. As que encostam tem a sensação de vencer, mas quando o encosto cai, se desequilibra. Buraco é um espaço que sempre cabe mais um. Cuidado!!! A sabedoria pede que estejamos atentos porque vencer leva tempo.
Walter Benjamin já havia sido eleito meu teórico de cabeceira. Um de seus livros ficava próximo ao meu travesseiro. Sobre o que ele escreveu, entre tantas frases de Benjamin, uma em especial me colocou a pensar nessa manhã: “o modo de sentir e perceber o mundo não depende apenas da natureza, mas também da história ”. Foi por conta dessa frase que me senti na obrigação de olhar no espelho e repensar o que de fato sinto sobre mim mesmo, como me sinto dentro de mim, e o que sinto que me tornei. Dado que nasci na década de 70, me tornei adolescente na década de 80, adulto da década de 90 e alguém em crise na segunda década do século XXI. Por tanto, é dessa forma que pretendo contar essa história, porque ela será uma história sobre os sentidos, não somente os meus sentidos, mas os sentidos que atuaram sobre mim e me fizeram assim. O que sou hoje.
ALÉM DA LATA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Que o ser simples não seja ser carente,
não ter bens, formação superior,
faltar dente, sobrar obediência,
não saber discutir uma questão...
Ou que seja, mas não tenha que ser,
pouco importe a condição social,
seja o simples saber simplificar
e sentir que o respeito não tem faixa...
Discrimine o caráter quando é mau;
trate bem o sujeito quando é bom;
use o dom de mirar além da lata...
O ser simples não tenha ter/não ter,
mas o ser sobre todas as miragens
do Saara de nossas ditaduras...
SOCIEDADE CRIMINOSA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Inadvertidamente, o homem feio chega e senta na outra ponta do banco em que a moça bonita está. Sem nenhuma palavra ou aproximação, ele vira o rosto e dá um leve sorriso para ela, como se para sossegá-la. Pouco depois abre um livro e se perde no silêncio da leitura.
Então a moça bonita se levanta, meio atabalhoada, e cai. O homem feio percebe o tombo e vai socorrê-la; no entanto, ela o manda sair. Grita para deixá-la em paz. Pelo visto, a moça tem pavor de homem feio para o seu provável conceito aristocrático de beleza. Sobretudo, externa. Imediatamente algumas pessoas bonitas, conforme o mesmo conceito, vêm ajudá-la. Com elas, o possível namorado bonito, que antes de beijar a namorada quer saber do homem feio qual foi a gracinha que ele fez. Pergunta e lhe dá um empurrão.
O homem feio não gosta e devolve o empurrão, enquanto diz que nada fizera. os empurrões viram briga, e as outras pessoas bonitas aderem, evidentemente contra o homem feio que abusara da moça bonita. Fosse de uma moça feia, tudo bem, mas não da moça bonita. Ele tenta correr, ao tomar consciência da proporção do equívoco, mas não consegue. Logo se forma um grande júri que não só o condena sem direito a defesa, como também aplica o castigo merecido.
Só ao ver que a polícia chega e que aquilo se torna um linchamento, a moça bonita, então recomposta do seu trauma, grita para que todos parem. Nem era mais necessário, porque a polícia já dissolvera o grupo. Um policial, que segurava a cabeça do homem feio e ferido no chão do shopping center, chama pela moça bonita e pergunta se ela, como a vítima de fato, quer fazer sua queixa.
A moça bonita diz que não. Que não houve nada. Só um engano. Ela simplesmente se assustou com o homem. E o homem feio, reanimado pela inocência generosamente reconhecida, ouve do policial a recomendação de que seria melhor esquecer o episódio. Afinal, tudo acabou bem. A moça não fez nada, e os que fizeram, inclusive o seu namorado, nem estão mais ali.
O homem feio percebe o que ocorre. Por que seus agressores conseguiram não estar mais ali. Por que razão não daria em nada querer processar a moça, pois no fundo, ela não é mesmo culpada. Não sozinha. E além do mais, ele sabe o quanto seria difícil prender ou processar a sociedade.
Crescer é ver o novo e ir alem pois muitas vezes por comodidade, ficamos cegos diante das nossas poucas verdades.
Nunca existiu métrica no verdadeiro amor pois o coração que ama, transcende até a existência e a dimensão.
Muitos me perguntam qual meu interesse mas poucos entendem que o meu verdadeiro objetivo é viver e fazer o máximo que puder em todas as direções sem ter interesse algum.
Os mares aquecem, águas-vivas crescem e se multiplicam mas não é vida, é morte de milhares de espécimes até aqui existentes, mutantes sobreviventes no incompreendido planeta água.
A intransigência é o maior pecado de uma nova juventude autista das classes pobres das periferias das grandes cidades, cada vez mais numerosa, violenta, egoísta e burra. Pensam que tem o natural direito de serem o que não são e nunca serão, por que não vivem para serem.
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