Novembro azul
Estou naquela fase azul, mas não me julgue porque até Picasso teve uma fase azul.Vinte e poucos anos blues. Pertenço aquele clã de mulheres em pleno desassossego. Quero o máximo das coisas. Quero a palavra certa no momento certo. Nada de dúvidas. Nada a ver com trivialidades. Poupe-me do convencional e do politicamente correto por favor! Quero o avesso. Quero alguém que me faça parar. E ainda assim fazer tudo rodar. Quero o caos e a cura. Poupe-me de tudo que me deixe no chão. Não quero paz, quero revolução. Porque só revoluções fazem histórias.
Inverno do céu azul sem nuvens, do vento gelado, dos lábios secos clamando por beijos seus, das folhas que caem no chão, que trazem saudades, saudades de uma estação!
Café da Manhã
Um belo domingo para um café ao ar livre. O céu azul, quase sem nuvens, revela um sol de um horário inadequado para se levantar, entretanto, é domingo!
Com o café ao leite e um grande e redondo pão-de-queijo fui buscar alento sob um enorme abacateiro em frente ao jardim, para alimentar meu desejo poético de viver.
Uma daquelas cenas cômicas que costumam desabar em série a personagens patetas em filmes de categoria B veio abarcar o poeta.
Da árvore, a sua raiz exposta no chão torna-se cadeira. No súbito movimento de sentar-me, percebi um emaranhado de teia de aranha envolta ao rosto. Enquanto desvelava com uma das mãos ocupadas, a teia sem fim, a cadela inquieta espreitava o momento de acercar-me com seu focinho apurado o meu pão-de-queijo.
Prevendo o perigo, com uma das pernas procurei espantar a cachorrinha, sem sucesso. A outra perna, uma formiga, tipo cabeçuda, fez o favor de aplicar uma picada certeira, provocando meu desequilíbrio e consequente desperdício de um pouco de café, escorrido pela perna.
Um quarto de minuto, talvez... Bastara um quarto de minuto para decidir-me pelo retorno a uma cadeira rotineira com minha xícara e pôr fim ao café, inspiravelmente desastroso.
A uma estrela pequena no céu azul
A um sol sem brilhos
A uma estrada vazia
A uma garota cheia de sentimentos que um dia sua estrela ira fluir seu sol ira brilhar e sua estrada ela ira caminhar e seu sonhos realizar!
Estrelas frias surgem submersas no azul celestial, dotadas de devaneio, e o ímpeto de sucumbir inexplicáveis sentimentos sempre vêm a tona, acostumados com horas demasiadamente tardias.
As ondas vem, as ondas vão...
O céu é azul, com as nuvens de algodão.
E se amanhã chover, na chuva vou sapatear.
Porque tanto o sol, como a chuva, vão passar.
Barba Azul...
João Pessoa Chora! A Penha estar de luto! Um de seus filho talvez o mais sagaz e astuto fez a passagem para o outro mundo...
Zé Ramalho contemporâneo de geração com consternação no coração em sua homenagem fez uma canção!
E esse hino ecoa nos quatro cantos da terra na boca de todos aqueles que fazem da efêmera vida, eterna!
Nos olhos desse tipo de gente vais perceber que sua pupila traduz sua crença e sua religião é sua vivencia!
A cidade estar fria, Cinza, Triste...
...por não saber que nosso Pirata ainda existi! Quem deixa filhos sobre a terra faz de sua vida eterna!
Infância... tempo em que não existe malícia,
sofrimento, ou maldade
onde tudo é azul ou cor-de-rosa...
Enta um aprendemos da maneira mais difícil,
o significado de todos esses sentimentos,
Crescemos... mas ainda há uma esperança...
um sentimento chamado saudade,
nos faz recordar...
roubando de nossos lábios um sorriso acanhado e
por um instantes
voltamos a saber como é bom ser criança.
Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Nota: Trecho do poema "Quase" de Mário de Sá-Carneiro
Queria ser uma borboleta.
Azul céu, rosa e violeta.
Livre, leve, solta
Vaguear devagar
fantasiar
devanear
voar, voar, voar
Sem nada com que me preocupar.
Sair por aí
Borboleteando
Flutuando
Vivendo
Sem precisar sair correndo
Com verdade
Com intensidade
Dia após dia…
Ser meu própio guia.
Com olhos cor da paixão
Verde, azul, amarelo ou ilusão
A amada conquistou minha atenção
Encantou e fascinou todo meu coração.
Olhe pela tua janela
O que TU vês?
Estará o céu azul, sem nuvens?
É noite, é dia, é manhã, é tarde?
Sim.
Não, não ficará.
Não permanecerá.
A terra gira.
Junto com ela, a vida gira.
Tudo vai, e nem tudo volta.
O vento leva embora.
Leva o céu, leva o sol.
Não adianta acreditar.
É tudo um circular de gerações.
Rode, rode, rode no centro do salão vazio.
Logo, tudo muda.
Mudam as estações, mudam os anos, mudam as pessoas.
O que resta?
O que resta é a solidão.
A música.
A lembrançã e a solidão.
Olhe pela tua janela.
O que tu VÊS?
Ando por aí colhendo estrelas, pra enfeitar esse céu azul, que de canto a canto da sua boca se estende na imensidão do seu sorriso.
"Gosto do simples, gosto do azul, gosto dos tons de laranja misturados com vermelho no pôr do sol, gosto do sorriso maroto, gosto do corpo quente e da voz ofegante, gosto do dia e do surgir do anoitecer, gosto do sonho e do sonhar, gosto do mar, do doce e da alegria, gosto de violetas e do som.
Gosto do simples que simplesmente vem..."
