Dia Nacional do teatro
MEU ESPETÁCULO
É sentado nesse mundo da arte que se vê, o quanto se vive à vida na arte;
No momento da apresentação, em que levo minha atenção ao meu instante;
Sei que o que vejo me deixa marcas, onde a menina que atua me encanta;
É lindo seu atuar, e seu nome, minha filha nascerá... Anoto o nome no papel.
Como é bonito o cenário, me imagino lá, vivendo minhas fantasias;
Como é belo o enredo, as falas bem feitas, medito em cada uma delas.
A menina que senta ao meu lado, como é tudo mágico pra ela;
Emociona a mim!
Uma família com sobrenome... Espectador.
Na minha mente, apenas a paz, a alegria, sentimentos que se deliciam, nada mais...
Traz a lembrança, do carinho que tinha em minha infância, dado pelo meu pai;
Das travessuras que fazia com ele, do amor com que ele lidava com isso, nostalgia...
Vejo em meus dias atuais, o amigo que devia estar aqui comigo, dividindo o momento;
Sabendo que naquele coração, habitado pela ternura impar, amaria!
Falaria baixinho ao meu ouvido - Como é bom estar aqui!
Este é o Polytheama, lugar de viver e reviver, dividir, divertir...
...Apaixonar-se, por cada segundo...Tic...Tac..Tic...
Mas o que seria o nosso rosto a não ser uma perfeita máscara? Que a aperfeiçoamos com o passar do tempo, até que por trás dela não exista mais nada.
Eu gosto de estar só, viver em solitude.
Você não é solitária(o). Os pensamentos e as tuas emoções jamais vão lhe abandonar! O campo eletromagnético envolve, permeia tudo e todos. Há uma interação psíquica, espiritual com o nosso passado, nosso presente e principalmente com o futuro. Pois estamos todo tempo projetando o passo seguinte. Isto vale tudo. Nós somos "onda" em essência e nos expressamos como partícula no teatro de máscaras.
Sente-te! Que o tempo te escreve em poesia,
Sente-te! Que o agora é tua melodia, Sente-te! Que és dono da pena e do tom, Sente-te! Que és verbo, futuro e dom.
Muitos me perguntam, o porquê, de assumir que sou um artista, um nato filho da arte... E a minha resposta é sempre a mesma:
Silêncio, e lágrimas nos meus olhos.
Quem nasce ARTE, não se defende, sente.
O erro de se entregar intensamente, é que a desvalorização vem na mesma intensidade.
Se limite (...).
'' Atores precisam de uma terapia espiritual, porque personagens absorvem espíritos e espíritos constroem personalidades; evidentemente que uma alma personalizada em um corpo com diversas personalidades levariam o artista inábil a insânia mental, transtorno bipolar e até o suicídio.''
“O sucesso do ator não está na quantidade de trabalhos que o ator faz; ele está na qualidade dos personagens que o ator escolhe fazer"
O líder que tem a mentalidade de Cristo faz uso do poscênio, sendo trilho para o crescimento do Reino.
Dependendo do artista, não ouço suas músicas nem assisto aos seus filmes, muito menos levo a sério sua opinião sobre política ou seu papel como intelectual ao apoiar um candidato. São bons em cantar e fazer drama nas duas ocasiões, falando mentiras e verdades, derrubando lágrimas e sorrisos, se vitimizando e sendo vitimizado, culpando e julgando, prometendo e se desculpando, recebendo e não cumprindo. E o pior: estão sempre atuando.
Teço versos com delicadeza,
Embarco nesse mar de sutilezas,
Crio laços de pura magia,
Entre palavras e poesia.
A conexão que nos une é intensa,
Numa dança poética, imensa,
Das palavras surge a identidade,
E a criatividade em sua plenitude.
Somos artistas desse universo,
Compondo o roteiro do verso,
Projetando sentimentos na tela,
Em cada gesto, em cada janela.
Como uma festa de Halloween,
Cada palavra é uma cena,
Numa entrevista com a emoção,
Nos preparamos para a evolução.
Que a poesia seja nossa guia,
Nessa jornada de pura sinfonia,
Onde a arte e a vida se entrelaçam,
Num poema que eternamente abraça
Máscaras 🎭
Considero a sinceridade uma das mais belas virtudes, mesmo tendo dois lados da moeda, um lado bom e um aparentemente ruim. O 'sincericídio' é quando levamos essa sinceridade as últimas consequências, sendo inconveniente e desnecessária e sempre causando danos para ambos os lados, tanto para o emissor quanto para o receptáculo; nada mais que pura maldade.
A sinceridade, porém é muito positiva, mesmo quando muitos se afastam; esses que se afastam são as mesmas pessoas que adoram e até chegam a idolatram viver no teatro de máscaras e no palco da mentira. A mitomania ou transtorno de personalidade limítrofe faz com que a humanidade viva uma farsa, uma farsa muito bem elaborada e ensaiada onde já não percebemos o que é de verdade, o que é apenas necessidade premente de auto-afirmações ou status social.
Parece que muitos perderam o contato com o mundo real e ser de verdade tem um custo considerável e um bom preço a pagar, porém sempre com efeitos extremamente benéficos a longo prazo, as pessoas que também buscam essa virtude conseguem se espelhar, elas vêem elas mesmo dentro de você.
O lado positivo da sua essência deve sempre ser a nota maior na sinfonia da vida.
Poema bom
Hoje eu tropecei por ai nesse poema que eu já conheço há tanto tempo, mas hoje olhei para ele de uma forma diferente ou foi ele que olhou para mim, não sei. Segundo Quintana bom é o poema com o qual nos identificamos. E isso que ele disse, eu acredito que não sirva só para a poesia, mas para a música, o teatro, cinema, a literatura, as artes em geral. Mas nos identificarmos com algo será que é suficiente para classificá-lo como bom ou ruim? Nós só conseguimos enxergar o que já têm dentro nós e muitos de nós têm o mundo interno bastante reduzido. Não porque sejamos piores, mas porque a vida não nos deu as mesmas oportunidades que deu a outros. Logo, dizer que algo é bom ou ruim só porque nos identificamos é no mínimo superficial e simplista. Claro que nos identificarmos com algo nos dá aquela sensação gostosa de acolhimento, de conforto e prazer e, essa sensação que nos leva a adjetivar o que nos proporcionou esse sentimento é a mesma que usamos para classificar algo como bom ou ruim e, ao meu ver insuficiente.
Felicidade é algo tão sutil que câmera alguma é capaz de registrar. Logo, o que você mostra nas redes sociais é teatro e não felicidade.
Equilibrista de Mim
Eu visto a pele da metamorfose,
Desfaço as tramas, refaço o meu cais.
Num gesto breve, dissolvo as hipnoses,
Sou cais de vento, sou riso fugaz.
Nos bolsos trago um punhado de estrelas,
E versos soltos, de cor e cetim.
Se o mundo pesa, eu aprendo a vencê-las,
Com asas feitas de sonho e de fim.
Vem, me acompanha no passo da sorte,
Que a vida é ciranda de se reinventar.
Se a dor me visita, eu danço mais forte,
Pra sombra entender que não vai me parar.
Tecendo rimas de pólen e aurora,
Transcendo os mapas que o medo traçou.
Se o peito sangra, eu canto sem demora,
Que até ferida se faz flor, se eu sou.
Na corda bamba da minha esperança,
Equilibrista de mim, sem final.
Entre o abismo e o sopro da criança,
Eu me refaço de forma vital.
Se for pra cair, que seja em poesia,
Se for pra sumir, que eu suma em canção.
O riso é remendo, é luz, é magia,
Que costura o mundo na palma da mão.
Vem, me acompanha no passo da sorte,
Que a vida é ciranda de se reinventar.
Se a dor me visita, eu danço mais forte,
Pra sombra entender que não vai me parar.
O Circo das Almas Desfiadas
Entre cortinas de sonhos rasgados,
Dançam palhaços, desalmados,
Com lágrimas de prata e pés no abismo,
Cada passo é um cisma, um paradoxo no ritmo.
O trapezista voa e se esquece do chão,
Enquanto a plateia aplaude a sua própria ilusão,
E o mágico, velho e sábio, só ri,
Porque sabe que a fuga também é um fim.
Ôô, quem dança no fio da lâmina fria?
São almas desfiadas na melodia,
O palco é um espelho, o show nunca para,
E a vida? Só uma luva de cara pintada!
O equilibrista bebe o vinho da vertigem,
Enquanto o domador dorme com seus leões de estimação,
A bailarina gira num compasso de eternidade,
Seu tutu é feito de tinta e saudade.
E o coringa, ah, o coringa!
Faz piada da própria sina,
Entre cartas marcadas e risadas falsas,
Ele é rei, é peão, é a própria casa.
Ôô, quem dança no fio da lâmina fria?
São almas desfiadas na melodia,
O palco é um espelho, o show nunca para,
E a vida? Só uma luva de cara pintada!
Quando as luzes se apagam e o pó vira poema,
Restam os versos, o eco de uma arena,
E quem ouvir seu próprio riso no escuro,
Saberá que o truque sempre foi o mundo, puro.