Camila heloíse
Durante anos de uma vida povoada,
Andei só, com meu coração despovoado.
Dava bom dia ao vizinho com sorriso no rosto...
Para esconder a vergonha de cada a dia.
Destilava palavras de carinho,
Mas minha carne interna estava desidratada, sem rio.
O amor que sempre me amou, insistia em ficar...
Estava por um triz conservá-lo florido...
Pois eram muitos momentos pálidos, sem colibris.
Me vi num convento onde só enxergava lamento,
Duma escassez de sentimentos de entontecer,
As cores que eu via, era branco e preto,
O branco: não era de paz, era dum tormento-loucura...
O preto: não era da noite com luar, era a morte vestida para me tragar.
Minha sorte foi a de ter nascido teimosa, rebelde, é... rebelde.
Essa rebeldia causou a rebelião de toda uma vida ferida...
Sem cor, ser harmonia, sem poesia...
Me libertou!
A inquietude interior que me vestia me fez ser melhor do que eu via, sentia, e vivia...
Estava tudo entalado na garganta, e, antes que me estrangulassem...
Vomitei com toda a minha coragem.
Rasguei a batina que enclausurava minha espontaneidade,
Joguei-a no lixo, no lixo dos covardes!
Fiquei desnuda, com a face alva, macia e sem poeira.
(respirei)...
Eu sou a pessoa mais fraca que você pode conhecer. Mais eu sei esconder isso muito bem. É uma coisa que eu guardo só pra mim, um certo orgulho feminino.
Devagarinho, caminho por cada rua que vivi com você...
Meu cheiro misturado com o seu,
Está em cada esquina,
Em cada banco de praça,
Em cada calçada adornada,
Adornada de lembranças, que são, para mim, valiosa herança.
Devagarinho, ouço aquela música tomando uma taça de vinho.
Sinto meu corpo queimar, quimera, pois não passa de primavera,
O verão que marcou aquela música, aquele vinho, já era...
Era que marcou o romance mais ávido, do sol mais dourado e do amor mais sagrado!
Devagarinho, abro as portas do passado,
Passado ainda presente, que a dor veemente insiste em ficar.
Você foi como uma linda e longa viagem de trem...
Chegou, lindamente ficou, e tristemente partiu...
Será que ainda é vivo nesse mundo?
Será que casou-se e teve filhos?
Ora, foi mesmo uma viagem,
Daquelas que os personagens não morrem...
E nunca deixam de existir.
Estava rindo, brincando, vestindo um largo vestido e casaco branco.
Cabelos dourados ao vento.
Fundo do tempo com raios luminosos...
E o frio enfeitando o momento.
Que servia de alimento para minha ilusão para minha paixão.
Sentimento de estar sentindo você a todo instante...
Me olhar, me devorar.
Olhos que afloram em mim, a flor mais delicada...
A flor mas selvagem do meu jardim, do teu jardim!
Quando no ímpeto olhei para o outro lado da rua...
Pude ver a sombra bem delineada, bendita.
Que denunciava que era você, e que eu era sua!
Fiquei vermelha, acanhada, corri para dentro de casa.
Meu coração naquele momento era só brasa...
Querendo toda a sua chama...
Que arde, que penetra, que Inflama...
Devorando meu corpo, minha pele, minha alma.
O vento, o mesmo que me acariciava te visitou...
Trouxe de volta o teu cheiro...
E ardentemente sussurrou e me falou: “que a linda melodia, ainda não cessou”.
Devagarinho, caminho por cada rua que vivi com você...
Meu cheiro misturado com o seu,
Está em cada esquina,
Em cada banco de praça,
Em cada calçada adornada,
Adornada de lembranças, que são, para mim, valiosa herança.
Devagarinho, ouço aquela música tomando uma taça de vinho.
Sinto meu corpo queimar, quimera, pois não passa de primavera,
O verão que marcou aquela música, aquele vinho, já era...
Era que marcou o romance mais ávido, do sol mais dourado e do amor mais sagrado!
Devagarinho, abro as portas do passado,
Passado ainda presente, que a dor veemente insiste em ficar.
Você foi como uma linda e longa viagem de trem...
Chegou, lindamente ficou, e tristemente partiu...
Será que ainda é vivo nesse mundo?
Será que casou-se e teve filhos?
Ora, foi mesmo uma viagem,
Daquelas que os personagens não morrem...
E nunca deixam de existir.
A rosa que destila bálsamo,
Não a tiro do meu quintal.
Ela responde minha alma...
Acaricia-me e traz calma,
Enterrando no canteiro,
Todo meu desfalecimento.
Olhares sequiosos sempre me encontraram...
Meus olhos nunca os cruzaram.
Meus passos eram contados,
E os tapetes eram erguidos...
Erguidos para moça sonhadora passar.
Mal sabiam que mesmo tendo visto guerra, desamor e agonia...
O que eu queria não era ser star, queria apenas amar.
Sempre quis a paz, sempre quis amor, sempre quis harmonia!
Meu olhar ao contemplar o céu, era peculiar...
Dos demais olhares das moças da minha idade.
Meu jeito doido de inventar o amor foi sempre criticado...
Porque dele não se falava com tando ardor.
Não sei o que havia comigo,
Não sei o que havia com eles.
Quem era são?
Quem era insano?
- Não sei.
Só sei, que o que eu sentia, para eles era fantasia.
O novo era desconhecido,
O antigo, era íntimo, me envolvia.
Meu olhar, e a forma de ver o mundo,
Era de dona, dona do meu nariz, dona dos meus pés.
Era de dama, dama perdida no século de algum dia,
Que ninguém via, só ouvia, mas não cria.
Tem a vida, mas é defunto que anda de dia.
Tem a boca, a voz, mas ao invés de desatar nós,
Vive a destilar vermes hipócritas!
É tão frustrante saber que você tem tudo. Família, amigos, e ambos tem um amor incondicional por você.
A parte frustrante é justamente você sentir inúmeras vezes na semana que você está sozinho e que não tem ninguém, e de repente o inverno fica mais frio que parece, e você se vê encolhido sobre a cama apertando seu travesseiro, sem poder sentir o cheiro que a solidão exala, pois suas narinas estão entupidas de catarro que sobe do seu pulmão, e ao se encolher mais um pouquinho, você acha que pode ter um derrame, de tão acelerado que seu coração bate. Sim, é frustrante ter tudo, e às vezes sentir que o tudo é nada.
Mentiras, apenas mentiras. Atos mal planejados (ou não) a fim de mais uma vez, favorecer você e seu sorriso banal de sempre.
Até que ponto arriscar não é o ideal e se acomodar ao certo é o melhor? Será mesmo que acreditar em sonhos é pura inocência?
A sociedade tem ditado regras e eu, tenho me perdido nas cobranças que ela faz.
Não quero "o tudo".
Talvez o tudo que acham tudo
Não é o tudo que busco.
Não é o tudo que vejo.
Se pegarem qualquer tudo,
Dando-me de mão beijada,
Fujo, pirraço, xingo...
Mas não me rendo.
Quero travessia...
Quero vasculhar o túnel
Da minha alma cheia...
Jogar fora o que não presta,
Plantar flores na minha floresta.
Rasgar o velho,
Pintar o novo,
Conquistar meu céu...
Ver estrelas cair
Se equilibrando no mar.
Não quero o tudo imaturo
Sem essência...
Tomado por um encantamento traiçoeiro,
Quero o desordeiro de alma genuína,
Sem muita rima na ponta da língua.
Com muita rima no coração,
Explodindo na boca um beijo de paixão.
Sou farta em bondade,
Meu corpo todo é extremidade,
Exalo naturalmente minha fertilidade...
Os sentimentos estragados que no meu coração,
Vagavam...
Quando alerta!... Bloqueio a entrada.
Faço pouco caso... E aos poucos, estão morrendo a míngua.
Não quero o tudo imaturo
Sem essência...
Tomado por um encantamento traiçoeiro,
Quero o desordeiro de alma genuína,
Sem muita rima na ponta da língua.
Com muita rima no coração,
Explodindo na boca um beijo de paixão.
Quero travessia...
Quero vasculhar o túnel
Da minha alma cheia...
Jogar fora o que não presta,
Plantar flores na minha floresta.
Nos descaminhos da vida tiveram espinhos.
E sozinha me deparei com moinhos e sai do alinho.
Mas tive sorte de encontrar alguém sincero que por mim tinha esmero.
E pelas estações da vida, fui galgando e sonhando, com meu coração vibrando... buscando a utopia real que é celestial.
E o que era controverso, virou verso, poesia que encanta e os males espanta.
E em todas as alvoradas me torno sua eterna namorada...
Nossa essência é divina, me pego a sorrir feito menina, que cresceu fortalecida.
A força e a intensidade desse amor me libertaram...
Tiraram-me da escuridão aonde não tinha emoção.
Só havia ruídos e escuridão...
Eu me encontrava ferida e distraída...
Mas você me achou,
Uma vez me olhou, logo se enamorou.
Anjo bom que veio para reunir meus pedaços que se encontravam no chão...
Quero sempre te ter em meu coração...
E na sua mão, virar instrumento de paixão.