Jean la bruyère
Ditaduras matam e prendem mas seduzem, tiranos seduzem essa é a ideia de Etienne de La Boetie. Política tem relação com cinquenta tons de cinza: Quem manda em mim, me amarra, quem me controla também me seduz. Quem me da a liberdade me joga num vazio difícil de ser preenchido.
É que, sei lá, velho, muito tempo passou. Eu mudei, você mudou, nós mudamos, e a tua ausência me fez crescer, me fez amadurecer, com você eu aprendi várias coisas, uma delas é de como não tratar um amigo, mas de boas, todo mundo erra, ninguém é perfeito. O que você fez comigo eu nunca vou esquecer, eu não sofro de amnésia, né? Pois é. Mais mesmo assim eu gosto muito de você, dizem que o sentimento das pessoas pelas outras será o mesmo sempre, nunca vai mudar, e meu sentimento por você é o mesmo, nada mudou, só que eu deixei de ser trouxa e não vou sofrer novamente pela tua ausência, caso isso aconteça novamente.
Não se sinta ofendida quando alguém lhe disser uma expressão feia. Isso não deve atingi-la, apenas revela a pobreza de quem falou...
Oi, é a Hannah. Hannah Baker. Não ajuste seu… seja lá o que estiver usando para ouvir isso. Sou eu, ao vivo e em estéreo. Sem promessa de retorno, sem bis e, dessa vez, sem atender a pedidos. Pegue um lanche. Acomode-se. Porque eu vou contar a história da minha vida. Mais especificamente, por que minha vida terminou. E se você está ouvindo essa fita, você é um dos porquês
Lá vem o fenômeno consumismo
Origem de toda a ganância
Pois para ele não há importância
O que é que vai com o mundo ocorrer
Para ele basta apenas seduzir
Fazer do planeta um mar de dinheiro
Flutuando às margens dos mais ricos
E acabando com o futuro do pobre guerreiro
Ouçam os gemidos da natureza,
Vejam as consequências, a avareza
Que envolvem o mundo atual,
Ganância tão grande nunca se viu igual
Pois ela está destruindo não só a natureza,
Mas todo o sentimento de pureza
Que o mundo um dia teve,
Em que a vida já esteve
Isso! vai lá, mendigue atenção e implore amor de quem lhe trata como uma qualquer, se humilhe por alguém que lembra de você semana sim, semana não, mais por favor, não se assuste se por acaso algum dia você se encontrar num vazio, você fez suas escolhas, agora sente e aceite calada.
Desfruta a terra, mas sem possuí-la. Por falta de iniciativa, os homens estão onde estão, comprando e vendendo, desperdiçando a vida como escravos.
Eu só quero abraçá-la. Eu trocaria todo o mundo para ver aquele pedacinho do Céu olhando de volta pra mim.
Será que devo te olhar,
ou finjo não vê-la?
Sei lá,
esse teu olhar,
me inspira tocá-la!
E se vai me enfeitiçar,
que seja perfeito.
Pois saiba!
Se deixar-me tocar,
será sem nenhum respeito.
Gosta mas não fala, sente mas não demonstra, tem vontade mas não chega, Tá quase lá, só falta atitude.
Ah, e também que nessas fantasias, tais garotas jamais usam calcinhas de algodão esgarçadas de lavar trezentas vezes. E, sinceramente, não sei se conseguiria viver sem uma dessas no registro do meu chuveiro.
"A felicidade é uma metáfora, alguns se alegram pela vitória, mas sei la, eu me alegro simplesmente, por acordar."
Ninguém é digno da sabedoria se não usar suas lágrimas para irrigá-la.
E lá vai ela mais uma vez. Acreditar demais. Esperar demais. Se entregar demais. E se decepcionar como sempre. A eterna busca pelo futuro ex-amor. Pobre garota. Vai seguir pagando caro por ter acreditado nas histórias que ouviu. Disseram pra ela que o final feliz seria encontrar alguém, que mulher bem sucedida significa bem casada, que é feio estar sozinha e que o príncipe há de chegar a cavalo para livrá-la da tristeza. Ela acreditou. Contaram sobre princesas esperando na torre, beijos que despertam sonos profundos e sapatos que poderiam mudar a sua vida. Ela achou tudo isso incrível. Contaram sobre o garoto que lhe faria ser jovem para sempre. Fizeram-na acreditar em termos como: “a metade da laranja”, “alma gêmea”, “cara metade”, “o homem da minha vida”. Deram-lhe uma criança de borracha e um fogão no seu primeiro aniversário. Ensinaram errado o que é ser feliz. Aos 15 anos um baile no castelo para que todos pretendentes do reino soubessem que ela estava pronta. Não estava. Não está. E tudo isso porque foi preparada para viver em um mundo de faz de conta. Mas é chegado o dia em que a vida vem e joga na cara a realidade. E agora ela se assusta com os cavalos chegando sem príncipe e com o bagaço da laranja sem metade. O garoto sem sombra envelheceu, desaprendeu a voar e virou pirata. A carruagem virou abóbora muito antes da meia noite. O espelho escolheu a bruxa. E a impressão que dá é que todas as maçãs estão envenenadas. Coragem, princesa. Já é hora de você aprender a empunhar a espada. A coroa não virá senão por muito suor. Acorde sem o beijo. Ninguém virá te salvar. Saia dessa torre. Pule essa janela. Mate esse dragão. Tire esse vestido cafona. Faça um chanel no lugar dessas tranças. Jogue o sapato na cara do primeiro idiota que quiser te comprar. Devolva o sapo ao brejo e avise ao lobo mau que agora é você quem manda na floresta. Chega de interpretar essa personagem. Assuma o seu papel. Você não tem culpa das histórias enganosas que ouviu, mas continuar acreditando nelas é uma escolha totalmente sua. Saia logo de dentro desse livro e venha encarar a vida real. O final feliz só depende de você.
