Brincar de Amar

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⁠A Dança das Ausências Preenchidas

O amor não é a cola que sela as fissuras de dois cacos, mas o abraço que permite a cada um ser vaso inteiro, ainda que rachado. Na completude de um relacionamento, não há soma de metades, mas a geometria sagrada de dois infinitos que se curvam até formar um círculo. Como ondas que se encontram no mesmo oceano, os amantes são feitos do mesmo sal e do mesmo desejo de voltar à origem — mas ali, na espuma do encontro, aprendem que a maré não os separa: os ensina a nadar juntos.
Sob o olhar simples, o amor é o espelho que não reflete o que falta, mas devolve o que sempre esteve lá, soterrado sob o medo de ser incompleto. Eu diria que desejamos no Outro aquilo que nos escapa, mas talvez, no amor maduro, deseje-se apenas *permitir* que o Outro escape, sem aprisioná-lo na cela do nosso vazio. Acredito que Eros como força que une, mas e se Eros fosse também o que nos desata? O amor que liberta é aquele que não teme as sombras alheias, pois sabe que a luz própria que cresce quando ilumina o escuro do outro.

O amor completo é um paradoxo: é pleno justamente por abraçar sua própria incompletude. Como escreveu Aristófanes no banquete de Platão, buscamos nossa “metade perdida”, mas a verdadeira, é completude está em entender que nunca fomos partes. Somos inteiros que se escolhem, não por carência, mas por reconhecer no outro um cosmos paralelo. Dois universos que, em órbita constante, criam sua própria gravidade — uma atração que não sufoca, mas sustenta.

Amar, então, é habitar o intervalo entre o “eu” e o “nós” sem colonizar nenhum dos territórios. É deixar que as raízes se entrelacem, mas não para se confundirem — para se fortalecerem. Na completude do amor, até o silêncio é diálogo, e a solidão, quando compartilhada, vira uma espécie de sagrado. Porque o todo não está no que preenchemos, mas no que ousamos deixar vazio: os espaços onde o mistério do outro respira, e nosso próprio desamparo aprende a dançar em sintonia 🙏❤️

Inserida por OdaraAkessa

⁠Bom Dia, Esperança

O sol beija a manhã,
trazendo luz e canção.
O mundo renasce em flor,
cheio de cor e calor.

E nos teus lábios, talvez amor?
— a boca mais linda que eu já vi —
moram sorrisos de aurora,
doces como o dia que agora

se abre em promessas,
em versos, em festas.
Que a esperança nos guie,
e que o teu riso me alegre
até o fim do dia...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Amizade em Flor

Mais que a chama que incende o olhar,
Há a raiz que sabe aprofundar.
Philia – amizade, solo quieto,
Onde repousa o ser completo.

Não só paixão, fugaz e viva,
Mas mão segura, atenção tardia.
Silêncio que não pesa ou dói,
Lugar comum onde o eu despois.

E nesse campo, fértil e calmo,
Pode brotar um doce palmo
De algo mais... um tímido ardor,
Pergunta sem resposta, talvez amor.

Mas mesmo assim, se o fogo nasce,
Da amizade a base não despedaça.
Pois o afeto que primeiro veio
É o caule forte, o puro seio.
Amor de amigo, quieto e profundo,
Pode ser terra... ou ser o mundo.
Onde o romance, se vier, será
Raiz e flor, na mesma estação.
Dois amores numa só canção,
Um abrigando o outro, sem perder
A essência pura de se ver
Na mesma sombra compartilhada,
Cada um de nós, inteiro, na jornada.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Manhã

Teus olhos têm o sol
que acorda a madrugada.
Teu riso, o céu azul
que abraça a tarde amada.

Bela como o dia
que nasce e se despede:
breve flor, vento, magia...
que a noite apenas pede.

Inserida por OdaraAkessa



Oferecimento à Encruzilhada

Ao Senhor das Encruzilhadas,
Exú, Mensageiro, Guardião das Estradas,
Que abre os caminhos com seu falo e tridente
Receba nosso humilde coração.

Sua chama vermelha, viva a brilhar,
Traz o movimento, faz desatar
Os nós da vida, o que está parado,
Por seu axé somos libertados.

À sua esquerda, todo o Povo da Rua,
Sábios Guardiões da noite e da lua:
Pombagiras de força e beleza,
com sua certeza,
Exus-Malês de firme proteção,
Que trabalham na luz da intenção.

Aos que zelam nas calçadas e esquinas,
Nas sombras, nas festas, nas cantinas,
Obrigado pela mão estendida,
Pela justiça na virada da vida,
Pelo conselho no ouvido atento,
Pelo trabalho santo e constante.

Aos que são ponte entre os dois mundos,
Justos, leais, jamais rotundos,
Que desfazem demanda e feitiço,
Com firmeza, humor e carinho.

Povo de rua, de chão e pedreira,
De garrafa, charuto e cerveja,
Sua presença é farol e abrigo,
Sua força, um brado antigo.

Por toda ajuda, por todo amparo,
Por todo trabalho claro e raro,
Nossa gratidão, forte e sincera,
Que ecoe na noite inteira!

Laroyê, Exú! Salve o Povo da Rua!
Que sua luz nunca se apague ou fuja.
Ase, oh Guardiões da verdadeira lei,
Que seu axé brilhe sempre! Laroyê!

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Inserida por OdaraAkessa



Segunda-feira pra você, Lindona..

Lindona, que o sol te abrace apesar da chuva ...
Nesta segunda que se inicia...
O mundo em nova graça,
Renovada a alegria.

A semana que começa
Traz no vento, sutil,
A certeza que não cessa:
O amor será infinito.

Como onda que vem e volta,
Sem jamais se desfazer,
Essa esperança solta
Se renova em você.

E assim, passo a passo,
O sentimento caminha,
Infinito no seu abraço,
Uma promessa... que nunca finda.

Espero que goste! É um pequeno verso para celebrar a nova semana e a força de um amor que se renova sempre. 💖

Inserida por OdaraAkessa


O Cincar Noturno

Não era o fumo que eu buscava,
era a noite.
A noite que dormia nas ruas vazias,
no asfalto úmido refletindo néon,
no silêncio que respira entre os prédios.

O maço? Apenas o pretexto,
a moeda de troca com o escuro.
A porta rangendo não foi interrupção, foi passagem.
O corpo, pesado de horas paradas,
desdobrou-se em passos,
e cada passo foi uma pergunta
ao chão das sombras.

Na bodega iluminada a ferro,
o balcão era um altar de luz fria.
O caixa, um sacerdote do trivial,
entregou-me o pacote retangular
— cápsula de folhas mortas —
sem saber que me dava
a chave de um reino.

Mas o milagre não estava no objeto,
e sim no regresso:
o ar noturno lavando a face,
a lua (sempre cúmplice)
desfiando fios de prata nos fios elétricos,
o próprio peso do maço no bolso
pequeno âncora do presente.

Ah, a magia!
Morava no intervalo:
na ponte entre o quarto estagnado
e a rua que pulsa devagar,
no instante em que o peito se expande volta a pulsar
para colher o vento noturno,
na solidão que de repente
sabe-se parte de um todo silencioso.

Cada passo, encruzilhados ultrapassadas, de volta
era um renascimento mínimo.
O maço, intacto, esperava,
mas eu já vinha transformado, aquilo talvez, um sonho,
trouxera na palma da mente
a quietude dos postes acesos,
a geometria sagrada das janelas escuras,
o cheiro da terra molhada
e o rumor distante de um mundo
que respira quando ninguém o vê.

Acendi o cigarro algum?
A brasa necessária
já ardia no peito:
era o fogo do encontro
com a noite descalça,
com o tempo que se curva
sobre pequenas peregrinações.

O maço repousa sobre a mesa,
ícone de um êxtase cotidiano.
Pois a verdadeira chama
— sabes agora —
nunca esteve no papel e no tabaco,
mas no caminho que o corpo fez
entre a necessidade inventada
e o abraço involuntário num beijo necessário,
com o mundo noturno,
puro,
indiferente,
e profundamente teu.

Inserida por OdaraAkessa


O Amor Simples

Não é templo de mármore,
Nem soneto entalhado em ouro.
É a água clara no copo,
Quando a sede te corta o coração.

É a semente que não discute a terra,
Apenas abre mão de ser semente.
É a raiz que se faz escura e forte,
Para que o galho alcance o sol.

Não te pede versos, nem suspiros,
Nem joias de palavras raras.
Pedir-te-á as mãos vazias,
E o silêncio que sabe escutar o vento.

Será às vezes macio como a lã
Que envolve o frio dos teus ossos.
Outras vezes, áspero como a raiz
Que desfaz a pedra no caminho.

Não se mede em promessas altas,
Mas no pão repartido ao meio,
Na lenha recolhida no outono
Para o lume do inverno teu.

Quando vier, não trará coroas,
Nem vestes bordadas de desejo.
Virá descalço, como a chuva no chão seco,
E dirá apenas: "Eis-me aqui.
Sou a sombra que te segue,
E o vento que te chama para além."

Inserida por OdaraAkessa


Esperança Calculada

Não é semente lançada ao vento cego,
Nem flor que busca o sol em terra árida.
É algo mais profundo, um movimento interno,
Uma aposta fria, quase absurda.

Surge quando o eco de um olhar perdido
Ressoa nas paredes do já vivido,
Quando o toque, um dia, foi porto e não viagem,
E deixou cicatriz de doce passagem.

É a sombra de um porto que se crê verdadeiro
Num oceano vasto de talvez e talvez não.
É sustentar, com mãos trêmulas, o castelo
De um "sempre" que o tempo pode desmanchar.

É a memória viva de um instante
Que se recusa a ser só lembrança.
É o fio invisível que persiste em costurar
Os rasgões que o desencontro veio a fazer.

É crer que aquele abraço, denso e raro,
Não foi acidente no caminho vazio,
Mas um ponto fixo, um norte descoberto
Numa cartografia de afeto puro.

É a chama que se alimenta não de lenha,
Mas do próprio ardor que a sustenta,
Sabendo que o combustível é finito,
E ainda assim, arder com gosto infinito.

É apostar no humano, frágil e complexo,
No amor que é escolha, dia após dia,
Mesmo quando a lógica fria desmonta
A arquitetura frágil dessa ponte.

É a coragem nua, despojada,
De crer no fundo que o encontro foi real,
E que, apesar do risco e da incerteza,
Vale a pena manter a chama acesa.

É a esperança que não espera milagres,
Mas tece, no silêncio, sua própria teia:
A de que o amor mais puro, quando chega,
Não se dissolve, mesmo quando parte.
Pois sua essência fica, marca indelével,
Um cálice vazio que ainda guarda o mel.

Inserida por OdaraAkessa

⁠MÃE. Minha primeira morada foi dentro de você! Me alimentei de você, cresci em você. Tudo em mim veio de você. Você é meu tudo e tudo te devo. Deus abençoe todas as Mães.

Inserida por Valdecir

⁠O predomínio injusto e cruel do homem sobre a mulher em alguns países do mundo retrata o precário estágio evolutivo, com prevalência do instinto selvagem sobre o racional. A força bruta sobrepondo a razão.

Inserida por Valdecir

⁠⁠Toda Mulher já nasce com o divino dom da maternidade. Dom que desabrocha quando afaga um recém-nascido e o aloja em seu coração, pouco importando se veio do seu ventre ou não.

Inserida por Valdecir

⁠O início da primeira gravidez marca o nascimento de uma Mãe. Antes só existia a Mulher mas não existia a Mãe.

Inserida por Valdecir

⁠Você pode se sentir MAIS ou MENOS privilegiado por Deus do que seu Irmão, mas não se engane. A única Justiça perfeita é a Divina em que cada um recebe nos limites de seu merecimento.

Inserida por Valdecir

⁠Buscamos Deus nos altares, nas imagens; nos Sacerdotes e Pastores e deixamos de encontrá-Lo no mendigo que suplica por uma esmola na porta da igreja. Deus está em cada um de nós Deus está em cada obra de sua criação

Inserida por Valdecir

⁠⁠NOSSA CONDUTA A Lei da Causa e Efeito, ou Lei do Retorno é como o bumerangue arremessado que sempre volta ao ponto de partida. Todas as nossas ações, boas ou más retornam para nós mesmos com a mesma intensidade. Por essa razão que temos que vigiar a nossa conduta.

Inserida por Valdecir

⁠⁠⁠A ignorância faz com que muitos só acreditam no que veem através da limitada visão da carne. Com o telescópio, vemos os astros. Com o microscópio, os micróbios. A mediunidade revela os espíritos. Você ainda exige a visibilidade de Deus?

Inserida por Valdecir

⁠⁠ Pensar é viajar através do meio de transporte mais rápido do mundo.

Inserida por Valdecir

⁠Sendo Deus infinitamente bom e misericordioso. Só posso aceitar a desigualdade evolutiva, acreditando na sucessividade das vidas.

Inserida por Valdecir

⁠⁠Enquanto você não acreditar na sucessão de vidas, não entenderá o porquê de tantas crianças vir ao mundo marcada por deficiência.

Inserida por Valdecir

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