Briga com uma Amiga

Nenhum homem merece uma confiança ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma tentação suficiente.

Enquanto tiveres um desejo, terás uma razão para viver. A satisfação é a morte.

O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem, uma corda por cima do abismo.

Não posso imaginar que uma vida sem trabalho seja capaz de trazer qualquer espécie de conforto. A imaginação criadora e o trabalho para mim andam de mãos dadas; não retiro prazer de nenhuma outra coisa.

Dois homens não podem passar meia hora juntos sem que um conquiste uma evidente superioridade em relação ao outro.

A amizade sem confiança é uma flor sem perfume.

Uma mudança deixa sempre patamares para uma nova mudança.

O ser refutável não é o menor dos encantos de uma teoria.

O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.

Age sempre de tal modo que o teu comportamento possa vir a ser princípio de uma lei universal.

Deus é um comediante a atuar para uma plateia assustada demais para rir.

É muito mais difícil matar um fantasma do que matar uma realidade.

Se Hitler invadisse o Inferno, eu faria uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns.

Não se aproxime de uma cabra pela frente, de um cavalo por trás ou de um idiota por qualquer dos lados.

Para quem tem uma boa posição social,
falar de comida é coisa baixa.
É compreensível: eles já comeram.

Ousa dizer a verdade: nunca vale a pena mentir. / Um erro que precise de uma mentira, acaba por precisar de duas.

A injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos.

Diante de uma larga frente de batalha, procure o ponto mais fraco e, ali, ataque com a sua maior força.

Cuidado com as pequenas despesas: uma fenda diminuta pode fazer afundar um grande navio.

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...