Bolero de Ravel Carlos Dummond de Andrade
O primeiro propósito do intelectual deve ser o de impedir, dentro de seus limites, que o monopólio da força se transforme em monopólio da verdade.
Fui contestado sobre minhas credenciais, tachado de inculto e ateu, ainda que ambos os predicados se excluam mutuamente. Ora, não pode um ateu ser inculto, nem um inculto ser ateu. Porque para negar a Deus é preciso ter cultura científica abrangente e as seitas supersticiosas apetecem, principalmente, aos mais ignorantes. Logo...
Deve-se colocar Deus acima do mundo dos fenômenos. O milagre é apenas a Natureza agindo de forma extraordinária na imanência de si mesma ou de forma paranormal no psiquismo humano.
Deve-se cultivar uma perspectiva antropocêntrica, própria do humanismo, que deveria determinar toda questão de lógica e de ética na esfera dos poderes temporais.
O falso e o verdadeiro são fecundados pelas ações humanas. Logo, distantes estão essas ações da “Realidade Divina”.
Quem criou os valores morais foi o homem, não Deus. Portanto esta moralidade requer participações concretas psicológicas, econômicas, sociais e históricas. Nisto se resume a vida humana. Quanto à formação do Espírito, esta se dá pela erudição, cultura literária, científica.
Para mim o saber é a primeira e última liberdade do homem – ouso fazer da minha vida um eterno aprender e assim posso dispor de toda a liberdade!
O autoritarismo, tanto político como econômico, gera a deterioração da Democracia. Uma elite esclerosada, composta pelos de sempre, são os autores desta degeneração.
Uma nova história da sociedade pode oferecer o contexto necessário para as mudanças necessárias. Esta Nova História está em construção e não enfatiza as vozes institucionais, mas sim as vozes humanas.
A mídia, uma fonte histórica suspeita, tende a aparecer ao lado da escola, da lei, do Estado e da família, mas como espaço privilegiado para o exercício da liderança pelas classes dominantes. Estas só visam a manutenção do poder sobre o conjunto da sociedade, a qualquer custo.
As alianças hegemônicas querem buscar, avidamente, o consentimento geral para os seus modos nos espaços midiáticos comprados ou vendidos.
o povo sempre estará sendo vítima do Sistema, iludindo-se com o simulacro de Direito empalhado na camuflagem da “cidadania”.
O homem natural não conhece outra forma de fazer, a si próprio, a justiça ideal senão elevando-se à situação anterior ao dano que lhe foi ocasionado.
Há muito que todo sentimento de piedade, de solidariedade cristã, caiu por terra. Prevaleceu a lei da selva, do mais forte.
A escola transformou-se em campo de batalha. Descaracterizou-se a função sublime de educar em vista das crescentes falhas no controle ético em sala de aula, sendo esta autoridade cada vez menos praticável junto a uma juventude em franca rebelião.
A indústria farmacêutica prospera no lançamento de drogas cada vez mais potentes sendo estas, numa inversão macabra, a desencadeadora de doenças avassaladoras (iatrogenias), mortais, cuja disseminação se dá no próprio âmbito hospitalar.
O homem de hoje não suporta a visão da História. História, para quê? Para lançar no rosto as anormalidades, a perspectiva do fracasso, da alienação crescente?!
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