Bolero de Ravel Carlos Dummond de Andrade

Cerca de 138797 frases e pensamentos: Bolero de Ravel Carlos Dummond de Andrade

Velho pássaro, este mundo
dorme como um menino
e se renova cada manhã.

Enquanto se ameaça, descansa o ameaçado.

A chave de todas as ciências é inegavelmente o ponto de interrogação.

Perdoamos mais vezes aos nossos inimigos por fraqueza, que por virtude.

A beleza é uma letra que se vence à vista, a sabedoria tem o seu vencimento a prazos.

Compreender é perdoar.

A intolerância irracional de muitos escusa ou justifica a hipocrisia ou dissimulação de alguns.

A inveja, que abrevia ou suprime os elogios, é sempre minuciosa e prolixa na sua crítica e censura.

A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.

Os avarentos não crêem numa vida por vir, para eles o presente é tudo.

A impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral.

Quando puder ser temido, ainda mais me quero fazer amar.

O estudo confere ciência, mas a meditação, originalidade.

O pretexto normal dos que fazem a infelicidade dos outros é de quererem o bem deles.

Em grande parte, os maridos são como as mulheres os fazem.

A ambição sujeita os homens a maior servilismo do que a fome e a pobreza.

O fim da vida não é a felicidade, mas o aperfeiçoamento.

É mais vulgar ver um amor absoluto do que uma amizade perfeita.

O amante é um arauto que proclama onde existe o mérito, o espírito ou a beleza de uma mulher. Que proclama um marido?

A avareza começa onde termina a pobreza.