Boca
Que você sinta sinceridade, respeito, admiração, paciência, o único, o mar, o vento, o cheiro, o fogo, carinho, dedicação e o amor, que você possa sentir isso acada instante de sua vida... Quando a minha boca encostar na sua, e que leve até um toque de acalento a sua alma.
Há dias que voam sem perceber, só cai uma folha mais do calendário, sem pegadas na memória, há momentos que ficam gravados para além das lembranças, como toque na nossa pele, preenchendo assim cada um desses dias em que só o relógio não para. Caminhando por ruas ausentes, despojados de meu próprio caminhar, meus passos esquecem o presente, só consigo avançar se eu parar, e assim o que a cabeça vai ditando, o coração vai escrevendo com erros de ortografia, porém, só foi preciso ficar calado para que o silêncio corrigisse tudo, estranha forma de corrigir os erros, às vezes o silêncio me confirma muitas coisas, as vezes me faz duvidar de muitas verdades, as vezes o silêncio me dói, às vezes o silêncio me faz forte, muitas vezes é melhor o silêncio, mas muitas vezes o silêncio me destrói, Por que ninguém me disse que nem o para sempre dito, é para sempre, foi o silêncio que me mostrou que as vezes existem palavras ditas no silêncio do coração, que nos afastam do que nossa boca quer dizer, Hoje desenhei corações costurados, ao invés de lançar beijos ao vento por quem não merece, Hoje eu transformei em sorriso meu acordar silencioso, hoje pensei em ti.
Céu
Meus pés descalços sentem o chão
num impulso forte voei tão alto que pude tocar o céu…
Daqui de cima posso ver o quanto eu cresci.
Daqui de cima sinto uma falta do chão.
Daqui de baixo sinto uma falta do céu… …da tua boca.
Frio na barriga, coração na boca
Noite intensa, lagartas na parede, "piripaques"
Coração, loucura, na boca intensa,
nas pernas e barriga trêmulas...
Sonho, imagens...
É um extra-terrestre?
ET ET
ET dos meus sonhos.
És real?
Espero ansiosamente que abra os olhos,
abra os braços e a mente!
És real?
Espero-te entre os "piripaques"...
Na parede, coração louco como lagarta entre as pernas
na boca...
trêmula barriga.....
Ainda te espero na insana perna que treme
com imagens entre o coração e a mente.
Um tic tac ao longe lembra que o tempo passa
Lento, constante e ritmado
No abrigo da noite, na companhia
Do copo, da pena, do papel
Devaneio na madrugada
O gosto amargo é doce no final
Me consola como beijo
Deixado na espera da noite passada
Lamentos de horas vãs
Transcritos em versos desconexos
Palavras que dançam à minha frente
Como bailarinas desprovidas de rima
Criaturas noturnas despertam
E se deixam comigo compartilhar
Risos soltos, afagos e sentidos
Noite alta, estou absorvida pela magia da escrita
Alma alerta, desprendida
Um sorriso me vem e sorrio de volta
Nessas voltas um encontro
[entre tantos desencontros...]
Sentimentos enevoados
Deixados ao lado, cobertos, recobertos
Último gole... Dourado
Bolhas de sabor explodem na boca
Anúncio de finitude
De tempo necessário...
Sentados à mesa, cruzadas as pernas,
Cruzam-se os olhares...
O café, quente, queima a boca, cai na roupa,
Queima a gente...
Bebem-se aos goles, aos poucos,
Tão loucos...
"O que me mata não é a verdade e sim a forma dura das palavras vinda da boca de alguém ao qual eu jamais pensaria em ouvir. As palavras têm o poder de serem mais afiadas e dolorosamente cortantes que qualquer lamina existente."
Teu céu
Viajar no céu da tua boca
É ter a sensação louca
De, com gosto, de nuvem
Voltar
E de estar, no teu céu, em
Um constante flutuar.
Sob a luz da manhã, encontrarei teus olhos num rápido movimento de quase vertigem...
O vento, embaraça teus cabelos entrelaçando-os sobre a tua boca e ainda assim eu ficarei perplexo ao olhar suas mãos deslisando no horizonte, por onde passam navios e deuses...
manhã no Leblom
A vida é assim, ela te apresenta “ certas pessoas”, te faz apegar a elas, se apaixonar, amar, transforma essa “pessoa” em seu tudo, seu porto seguro, mas para ela, você não passa de um simples NADA, alguém que te ama, da boca pra fora...
BOCA DA NOITE
(Bartolomeu Assis Souza)
A boca da noite e seus mistérios
Pudera ter o dom
De perscrutar o enigmático
De beber de seus segredos e beijar sua boca...
De conhecer muitos de seus motivos
Guardados em seus olhos de penumbra
Pois das trevas surgiu a luz...
E com a luz a claridade...
Trazendo e anunciando outro dia
Renascendo com o astro-rei em vestidos luminosos...
Esse senhor que é criador de todas as cores
Tingindo a vida num multifacetado dom.
ISBN:978-85-7893-519-1
Na boca levo flores,
quase sempre amarelas
que é da cor do ouro.
e na cabeça,
carrego uma coroa.
parecem raios de sol,
mas é um coroa
coroa de fogo
herdei do meu Pai.
Penetro no seu silêncio, bagunço suas palavras e deixo seus pensamentos vagarem aonde não possam encontrar sua boca.
Existem bocas desprezíveis que com uma pilhéria arruínam uma excelente reputação mais depressa do que com uma desavergonhada e descarada mentira.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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