Boa noite

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Não chore o momento de um adeus,
ele faz parte inseparável da vida,
ela traz e leva tudo de repente
e transforma o que deseja em despedida...

As lágrimas ou sorrisos de um poeta se cristalizam em versos...

DoDia e DaNoite

DoDia o sol ruboresce
no cerrado torto, desigual
DaNoite o céu estrelece
e os sonhos num ritual...
Banha-se o rosto na bica
fria, da madrugada DoDia
Estórias já são DaNoite, futrica
pois, é o tempo em travessia.
DaNoite e ou DoDia, a poesia plica.
E segui a sina...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
31 de maio, 2018
Cerrado goiano

Natal difícil

É noite de Natal. Por onde eu passo o clima no ar é de felicidades, as pessoas estão sorrindo, as famílias estão reunidas; a ceia ta na mesa é hora de confraternizar; agora faltam poucos minutos para abrir o champanhe.
Comprei o perfume que você gosta que eu use, só para te agradar;
Estou usando aquele tênis que você me deu no meu aniversário;
A camisa pólo, comprei na cor que você pediu á duas semanas atrás;
O boné que estou usando é o que deixa o meu rosto perfeito, segundo palavras ditas por ti!
Pena que você não está aqui para vê o quanto eu me produzi pra você;
Tomei um gole de champanhe com o gosto mais amargo da minha vida, estou sendo abraçado e bem acolhido por todos os meus queridos familiares, mas é no seu abraço que eu queria está!
Espero que no dia de ano novo, a saudade, a solidão e a tristeza sejam superados pela esperança, a alegria e o amor!

A NOITE CHEGA

A noite chega e traz com ela o perfume das flores. Traz as lembranças de um passado, a calmaria, o momento em que o silêncio se aloja e as vozes da noite se reúnem para um aparte. Por trás da escuridão, a luz se intensifica trazida pela lua que dormia no colo do horizonte. Os pássaros que em revoada anunciavam o dia, agora descansam. Assim são as noites, intensas como nossos sonhos, bela como as águas serenas e perfumadas como as flores primaveris.

As vezes acho que tenho um dom
Esse dom que me faz mentir
Eu minto que é um dom
Fingindo não ser maldição
Ah, mas aceito como verdade
E não como negação
Faço tudo que me ama me odiar
E tudo o que eu amo se acabar...

E esse tempo que as vezes tem o poder de converter profundos eventos passados à patéticas lembranças passadas...

Não penses. Que raio de mania essa de estares sempre a querer pensar. Pensar é trocar uma flor por um silogismo, um vivo por um morto. Pensar é não ver. Olha apenas, vê. Está um dia enorme de sol. Talvez que de noite, acabou-se, como diz o filósofo da ave de Minerva. Mas não agora. Há alegria bastante para se não pensar, que é coisa sempre triste. Olha, escuta. Nas passagens de nível, havia um aviso de «pare, escute, olhe» com vistas ao atropelo dos comboios. É o aviso que devia haver nestes dias magníficos de sol. Olha a luz. Escuta a alegria dos pássaros. Não penses, que é sacrilégio.

As vezes, durante a noite, brinco com a brasa do meu cigarro em meio à escuridão.

Era uma noite fria
Estávamos sentados
Em uma calçada qualquer
Encostados na parede
Eu falava com ela
Mas ela mantinha-se em silêncio
Então depois de alguns minutos
Ela olhou para mim e sorriu
Conseguia ver uma imensa tristeza e dor em sua face
Ela olhou lentamente para frente
E voltou a olhar para mim novamente
Ela sorriu
O mesmo sorriso que estava me causando preocupação
Ela então se deitou apoiando sua cabeça em minha coxa
Eu tirei meu casaco e coloquei sobre ela
Naquele momento eu só queria protegê-la
Então ela se foi
Sem deixar explicação
Se livrando de sua dor
E causando dor em mim...

E não teria momento mais apropriado para beijar-te, pois naquela noite, até a lua se posicionou para nos admirar.

Flor de pessegueiro
E lá está ela, altaneira, teimosa, colorida e viçosa; é um ser anômalo, destoante no meio do concreto e do cimento; solitária, imperturbável, florescendo prematuramente devido ao calor fora de época; que importa se é inverno ou primavera, teu brilho e teu colorido se sobressaem na paisagem acinzentada das ruas mortas de tédio e de rotina.
Por um momento minha visão do mundo, normalmente em preto e branco, vislumbrou aquela árvore vestida de rosa, destoando do acinzentado da rua e da minha vida. Por um momento, e só por um momento eu tive a ilusão de voltar a ver as cores, o brilho e a alegria da vida. Mas eras única, impotente e insuficiente para preencher de cores e de vida uma alma grisalha e envelhecida.
Talvez no campo, onde o barulho das ruas não me alcance, onde eu possa ouvir o chacoalhar das folhas das árvores numa golfada de vento, o cantar solitário de um pássaro; onde o horizonte não se esconda atrás de prédios feios e frios; talvez lá eu encontre cor e luz suficiente para trocar minhas vestes cinzentas pelo verde dos campos ou pelo colorido das flores e minha tristeza seja engolida pela alegria pueril das aves, pelo coro melancólico das cigarras ou pelo silêncio cúmplice de uma noite estrelada.

Na calada da noite, sinto minha mente enchendo-se de pensamentos, ficando pesada, lembrando de tudo que passei, lembrando de todos os erros que já cometi, me auto-humilhando me autodestruindo, na calada da noite, 1 2 3 4 cigarros se vão um atras do outro, minha mente se enche de mais memórias autodestrutivas me sufocando como se estivesse me afogando, sinto-me a beira de um precipício, com isso o ataque de ansiedade vem e me tira todo o sono, me pergunto pq tudo isso ? Me pergunto porque não sou suficientemente bom para ninguém.

Amo-te noite , as estrelas a brilhar me faz lembrar daquele tempo, de alento.
Bons tempos
Dos meus amigos, da minha escola.
Dos perigos, da minha bola.
Nao enrola... eu sei que você lembra,
Lembra de mim!
Não imaginei que te veria assim.
Uma flor, a essência tua
Meu jeito céu, teu jeito lua.

(Rafa Souza)

Que venha o novo dia
carregado de perfumes,
mesmo que sejam das flores
do ontem que se foi,
deixando apenas no ar
uma sutil fragrância
de saudade

Em uma das noites seus olhos brilharam como estrelinhas para mim e desde entao estou vendo um céu só meu.

Cada dia e cada noite, são simplesmente momentos únicos.

Mesmo com o céu escuro,
a lua ainda é a mesma.
E
sempre há uivos calados
dos que sabem bem o que perderam.
Hoje,
ouço um lobo sem matilha.
Desesperado,
pedindo a lua que apague
suas memórias.”

Vai, acelere meu coração,
viaje para junto das estrelas,
à noite vagam sonhos, ilusões,
te concedo o direito de tê-las !

Canta inquieta e solitária uma ave,
talvez em busca de companhia,
aprecio com calma a voz dela,
temendo que cesse a melodia

Ela só quer sozinha ficar
num jardim de flores perfumadas,
esperando que chegue o anoitecer,
para partir, voando sobre a invernada

Ave que sabe bem seu rumo,
como ela deveríamos ser,
ter um bom momento especial,
depois seguir, simplesmente viver !