Bebida
Beber ou beber eis a questão.
Beber é para os fortes?
Beber é para ficar mais forte?
A bebida é para separar os fortes dos fracos...
Beber é para os fracos?
Beber é para ficar mais fraco?
A bebida é para separar os fracos dos fortes...
Beber ou beber eis a questão.
Gastar dinheiro para beber por que você tem mais dinheiro...
Gastar dinheiro para beber para ficar sem dinheiro..
Beber mais por que é maneiro...
Beber mais por que todos bebem..
Beber mais para não ser um estranho no ninho...
Beber mais só por beber mais...
A bebida é para separar os fortes dos fracos...
A bebida é para separar os fracos dos fortes...
Beber ou beber eis a questão.
A propriedade inebriante da bebida alcoólica permite que reles mortais atinjam posições superiores, por isso é tão bem-vinda.
Uma dose de confiança, de afeto, de compaixão, de misericórdia, de preenchimento, isso que as bebidas alcoólicas deveriam oferecer.
O café e a bebida têm a mesma funcionalidade, você toma por uma finalidade. Ou na ordem inversa. (12/11/2017)
ÁLVARO DE CAMPOS FOI À COOPERIFA
Chegou cedo e viu o bar vazio
Pediu uma bebida, um conhaque.
Lembrou que estava numa terra
Dantes lusitanas; conquista das grandes.
Atravessou o mar, sentia medo de avião.
Não acreditava ser seguro o homem voar. Lembrou-se das riquezas que sua terra
Fez com aquele lugar, agora não
Pertence mais a ninguém.
Nem a Portugal, nem aos brasileiros,
Terra sem dono.
Relutara em vir
Quando soube que era na periferia.
Tinha lido como o Brasil trata
A população periférica e ficou com medo
De ser confundido com algum morador.
Veio porque sua essência
Suas raízes se misturam, Inclusive, aos moldes ingleses, Isso o livraria de todo o mal.
19h30
Algumas pessoas começam a chegar
Duas mulheres, doces senhoras,
Que chegam e o cumprimentam,
Isso lhe causa espanto.
Quem cumprimenta um desconhecido?
O local é um bar típico de favela
Pela fama achou que seria mais bonito,
Pinturas desgastadas, mesas grudadas.
As paredes que vão de encontro à rua
Não existem, são grades, como se fosse uma jaula.
Próximo ao balcão, uma estante de livros
Que se amontoam sem nenhuma ordem.
Na parede dois destaques, duas camisetas
[emolduradas;
Uma com uma árvore escrita, 1a Semana de Arte [Moderna da Periferia,
Algo semelhante ao que ouviu falar na década de [1920 sobre o Brasil, em Portugal;
A segunda é uma camisa da seleção brasileira de [futebol,
Assinada pelo Rei, que não era Sebastião, mas sim, [Pelé.
Quando dá por si, não há mais lugares vazios,
O bar está inteiramente ocupado.
Pessoas de todos os tipos,
Brancos, pretos, pardos, ruivos, amarelos,
Isso o espanta, pois nunca tivera em um lugar assim,
Onde essas raças se misturam.
20h20
Muitas pessoas o cumprimentaram
Sem ao menos saber quem ele era
É como se fosse dali, há tempos,
Como se pertencesse ao lugar.
Uma pessoa vai ao microfone
Agradece a presença de todos
E relata que todos são bem vindos.
Como todos podem ser bem vindos?
O líder, o poeta, Sérgio Vaz,
Chama um grito de ordem
Todos os acompanham:
Povo lindo, povo inteligente é tudo nosso,
Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!
Uma sensação estranha
O sangue que corre em minhas veias
Ferve, uma adrenalina toma conta,
É como se algo mágico fosse acontecer.
Chamam o primeiro poeta,
Jorge Esteves, ele é aplaudido, Calorosamente, como se fosse uma estrela. Seu poema fala do homem comum
Que migrou para tentar a sorte
Na cidade grande.
Assim, vai seguindo,
Outros poetas são chamados,
Lourival, Cocão, Lu Souza,
Rose Dória, Márcio Batista,
Marcio Vidal, Fuzzil, Elizandra, Viviane, Jairo, todos são tratados iguais.
Até que uma senhora é chamada,
Dona Edite, todos fazem um barulho Estrondoso.
A senhora que é cega
Recebe auxílio até o microfone,
Lá recita o poema “Navio Negreiro”,
Neste momento confesso que vi
A magia da poesia.
Senti algo novo, eu,
Álvaro de campos,
Engenheiro, viajado,
Nunca vi, nem senti
Qualquer coisa parecida.
Confesso que uma lágrima escorreu,
Chorei.
Chorei a dificuldade de ver
Tão distante das glórias lusitanas de outrora
A poesia viva.
Descobri porque escrevo.
O poeta “more”, Sérgio Vaz,
Chama-me, os aplausos
São os mesmos efusivos e festivos.
Vou à frente, me posto ao microfone,
Sinto-me trêmulo, nunca fiquei assim
Diante de qualquer público,
Nem do próprio Fernando.
Inicio o poema Tabacaria
E percebo meu coração
Disparado, uma felicidade,
Um nervosismo.
Na metade do poema
Estou mais nervoso
E não consigo mais falar.
Todos os presentes se levantam
E batem palmas, assoviam, gritam...
As lágrimas dessa vez são maiores,
Sinto-me abraçado,
Olho e vejo Sérgio Vaz ao meu lado,
Ele pede aplausos, aplausos,
No final, um coro:
Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!...

O menino acordou cedo, estudou seu peito de amor, aqueceu-se com uma bebida quente e roupas confortáveis e saiu pelo mundo pregando sorrisos e distribuindo abraços. (O que fazer pelas manhãs - Victor Bhering Drummond
A vida deve ser bebida gelada ou quente, degustada liquida ou sólida somente, sem cápsulas mágicas, sem válvulas de escape.
Sonho com o dia que inventarem uma bebida alcoólica sem efeitos da resseca. Talvez aí eu consiga chegar no estado de dormência existencial, porque é isso que seres humanos buscam, sentir-se felizes sem peso algum na consciência.
Já te vi em cada dose de bebida, e já te bebi tantas vezes, que nem sei mais como se anda sóbrio. Minha ressaca sempre tem seu nome, e nem a dor de cabeça no outro dia dói mais do que a sua falta.
Ricardo F.
Receptores Generosos
Como é que você, sendo judeu, pede uma bebida de mim, uma mulher samaritana? - João 4: 9
Na leitura da Bíblia de hoje, vemos Jesus cansado, faminto e sedento. Ele era tão humano quanto nós. Ele também era Deus e poderia ter atendido todas as suas próprias necessidades. Mas Jesus não insistiu em fazer tudo sem a ajuda de outros. Nessa ocasião, Ele graciosamente (e sem dúvida agradecidamente) permitiu que Seus discípulos fossem comprar comida enquanto Ele se sentava junto ao poço para descansar e esperar. E quando uma mulher samaritana de caráter questionável chegou a tirar água, Ele fez o que muitos de nós podem hesitar em fazer - Ele pediu-lhe uma bebida.
Durante anos perdi uma importante lição sobre a vulnerabilidade de nosso Senhor, até que Ele me ensinou, através de um amigo, o egoísmo sutil de não deixar que os outros nos ajudassem. Um dia esse amigo tentou fazer uma gentileza por mim e, como de costume, resisti. Em frustração, ela disse: “Sabe de uma coisa? Você é um receptor pouco generoso!
Instantaneamente eu vi! Muito bem, sempre tentei viver de acordo com as palavras de Jesus: “Mais bem-aventurado é dar do que receber” (Atos 20:35). O problema era que, em nome de ser altruísta, eu sempre tinha que ser o doador.
Outros desejam experimentar a bem-aventurança de dar, mas muitas vezes frustramos a doação recusando a ajuda deles. Vamos aprender a ser generosos receptores - assim como Jesus.
Ser como tu! Senhor, eu estou indo
agora para receber a unção divina;
Tudo o que sou e tenho trazendo -
Senhor, a partir deste momento todos serão teus. - Chisholm
Seja tão gracioso em receber como você está dando. Joanie Yoder
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