Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Roubo flores, saqueio pratas
Carrego ondas, mar...
Assalto verdes, cores.
Sou ladra de belezas
De sorrisos,
De sonhos e versos
Sou ladra de ventos, ventanias
De alegrias,
Felicidades e magias.
Sou o que quero
Sou poema
Me invento, me recrio
Me pinto, me desenho
Me faço o que quiser,
Sou poeta, poesia.
Sou poeta
Me faço e nasço
A beira mar
No pôr do sol
Na praia
Sou poeta,
Sou flor
Sou inverno
Verão.
Me crio
Me recrio
Sou lua
Sou flor
Sou mato
Sou vento
Brisa,
Ondas.
Te abraço
Te canto
Te rosco
Te ganho
Te tenho
Te toco
Quero,
Posso.
Sou estranha para mim
Não me reconheço em páginas atuais
Não me vejo em dias de hoje
Não me encontro no tempo, agora.
Parece a mim, ser passado
Livro escrito ontem
Capítulos já vividos.
O que vivi
Será sempre
O que vou viver,
O mesmo amor
A mesma estrada
O mesmo sonho.
Na janela do tempo
Estou eu,
No ontem
No que se foi
No que amei
No que senti.
Me sinto
Estou
Onde fomos nós,
Passado
Passou
Pra trás.
Me visto de sonhos
Me desnudo,
Diante de ti
Me entrego
Me dou,
Sou atriz,
Represento
Atuo,
No palco,
Me transformo
Me mudo
Me invento...
Escolho o final,
Nós dois
Amantes
Juntos, nós !
Só feita de pedaços inteiros, metades incompletas...sou, o que sou reflete no meu sorriso, nas minhas atitudes...não adianta tentar me mudar, não há conserto, não há peças para repor...falta muita coisa em mim, sobra também...o que falta não serve para completar o que sobra, e vice versa.
Sou fã dessa cara de moleque mimado, garoto levado...
Dessa voz de pássaro, que canta chamego, molejo.
Caio na dança, quando toca saudade, quando anuncia lembranças,
Me entrego, quando escuto "detalhes" nessa rotina de tardes.
Danço, canto...vou a cem por hora e chego a duzentos
Quando te faço propostas e me entrego no teu corpo.
Vou cair na tua rede
Feito peixe vou nadar
Mergulhar na tua boca
Chamegando
Te encantar,
Sou sereia
Riso,
Sou Mulher
Meio flor,
Vou te matar de cheiros
De amor vou te afogar.
Sorri, mesmo doendo o peito é marca de mim
Não importa o tamanho da saudade
Sou feito palhaço em picadeiro,
Artista no palco,
Sorri, me acalenta
Acalma.
Sou vida, sou sonhos, sou desejo, sou ilusão
Sou mar imenso de altas ondas, de águas mornas
Sou praia que paquera a areia, que pisa...
Sou flor desejada no jardim da sedução.
Sou verso, sou rima e prosa
Sou passado presente na saudade,
Sou loucura que vê imaginação..alucinação !
Sou olhar que te rouba na escuridão,
Sou brilho, sou madrugada, sou canção
Sou o que tu deseja, te provoca...
Sou olhar que te consome,
Sou sol, sou lua, imensidão.
Sou poeta que te declara amor, paixão...
Sou razão perdida, esquecida...
Sou o que manda e comanda,
Sou coração !
Sou dependente demais para ser podada por quem de ser livre nada entende, minha casa é o relento, meus pensamentos são pássaros...meus atos, a mim pertencem.
Sou guiada pela consciência, o que pensam de mim não é problema meu, sinto dizer, vai contra os meus princípios se preocupar com que os outros pensam.
Em mim nasce a poesia como ramos, brota como flor...surge do nada.
Sou poeta, poesia..me deixo ser carregada pelas ondas, me deito em alto mar...viajo pelas estrelas, vou a qualquer lugar, chego onde chegar...
Quando quero me faço rosa, quando penso sou beija-flor... posso também ser borboleta, um cofrinho de amor...sou o que desejo, o que vivo e penso.
Posso ser peixe, posso ser mar...posso me fazer estrelas ou luar..
Também posso ser pássaro, voar, voar...se quiser me faço rio ou sereia a dançar...
Danço com o vento, com a chuva saio a bailar...rodopio, me invento !
Se quiser, vez em quando sou saudade, solidão...sou silêncio, sou palavras...claro ou escuridão, quando quero abraço cascatas, beijo água...tomo banho de vinho, me enxugo com a paixão. Sou festa, alegria...felicidade é minha casa, sorrisos minha mansão...sou castelo e magia, sou verso, sou canção.
A música é minha praia, você meu violão...te toco quando quero, te faço canção.
Sou mar, sou o que sonho. Me faço de mim o que penso: me desenho, me recrio...sou quantas pensar, sou tudo que quiser...os sonhos, me permitem !
Sou meio termo:
As vezes sim, outras não.
Sou metade vez em quando,
Quando em vez...
Tenho pedaços
Divididos, picados
Tenho cortes que sagram
Marcas que não cicatrizam
Feridas abertas,
Cicatrizes
Não saram
Há machucados
Que doem, latejam...
Nunca serei por inteira
Pedaços de mim,
Foram arrancados.
Doces são os mistérios de mim
Gosto do que penso, sou!
Dizem até que pareço estranha
Que me visto de roupas usadas
Que acredito em contos de fadas
Dizem que voo alto demais
Que viajo por ruas desertas,
Que pareço menina
Jogo, cartas marcadas
Brinco de bonecas...
Dizem que faço das mentiras
Verdades,
Que minha fantasia
Tem cor de borboletas
Que tenho os cabelos
Cobertos de tranças,
Que até pareço a Rapunzel.
Dizem que durmo abraçada
Aconchegada,
Com os sonhos
Que minha cama é de papel.
Roubo as flores para te entregar em versos, sou ladra de rosas e violinos...canto, o som da natureza...com fitas douradas, embrulho o melhor presente, que posso dar a ti.
Não sou meias verdades, nem palavras pela metade. Sou por inteira, quando me dou, tudo de mim se dá junto.