Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Bom dia!
Que Deus cubra o meu dia com bênçãos, alegrias e amor. E que ao acordar eu sinta toda a paz que vem de Deus.
Que a fé abra todas as portas. Que a esperança ilumine a minha vida. Que prosperidade chegue para todos os meus dias.
E que somente o bem prevaleça.
- Laís Carvalho
Deus,
Aqueça o meu coração com o Teu amor.
Guia-me com Tua luz.
Cuide de mim e de quem eu amo.
Me proteja com toda a Tua bondade.
Abençoa-me por completo.
Esteja sempre presente em minha vida.
A Ti agradeço, por tudo.
- Laís Carvalho
Deus, eu confio plenamente em Ti. Sei que o Senhor enxerga o que hoje não vejo. Sei que escuta conversas que não ouço. Sei que está presente em todos os lugares.
E a Ti eu entrego minha vida, meus sonhos. Sei que Teus propósitos são maiores que os meus.
- Laís Carvalho
Laís Carvalho - Diário Meu Oficial
A GRAVIDADE INTERIOR DO EU QUE SE CONTEMPLA.
Do Livro: Primavera De Solidão. ano 1990.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Conhecer a si mesmo não é um ato de curiosidade mas de coragem grave. É um chamamento silencioso que desce às regiões onde a alma se reconhece sem ornamentos. Nesse gesto há algo de ritual antigo como se o espírito precisasse atravessar sucessivas noites para alcançar uma única palavra verdadeira sobre si. Tal travessia não consola. Ela pesa. Ela exige recolhimento disciplina e uma fidelidade austera àquilo que se revela mesmo quando o que se revela é insuportável.
À maneira das grandes elegias interiores o sujeito que se observa descobre que não é senhor do próprio território. Há em si forças obscuras desejos sem nome medos que respiram lentamente à espera de serem reconhecidos. O eu que contempla torna-se estrangeiro em sua própria casa. E é nesse estranhamento que nasce a dor mais refinada pois não há acusador externo nem absolvição possível. O julgamento ocorre no silêncio e a sentença é a lucidez.
O sofrimento aqui não é ruído mas densidade. Ele se instala como uma presença fiel. Há quem o cultive com devoção secreta. Não por prazer mas por hábito. Sofrer torna-se uma forma de permanecer inteiro quando tudo ameaça dissolver-se. Assim o masoquismo psíquico não é escândalo mas estrutura. O indivíduo aprende a morar na própria ferida como quem habita um claustro. Conhecer-se plenamente seria abandonar esse espaço sagrado de dor organizada.
Quando alguém ama e tenta conhecer o outro por dentro rompe-se o cerco. O amor não pergunta se pode entrar. Ele vê. Ele nomeia. Ele permanece. E justamente por isso é rejeitado. Não porque fere mas porque revela. Ser amado é ser visto onde se preferia permanecer oculto. O outro torna-se espelho e nenhum espelho é inocente. Ele devolve aquilo que foi esquecido de propósito.
Há então uma violência silenciosa contra quem ama. Um afastamento que se disfarça de defesa. O amado é punido por tentar compreender. O gesto mais alto de amor torna-se ameaça. Como nos poemas mais sombrios da tradição lírica a alma prefere a solidão conhecida ao risco da comunhão. Pois compartilhar o precipício exige uma coragem que poucos possuem.
Essa recusa não é fraqueza simples. É lucidez sem esperança. É saber que o autoconhecimento não traz salvação imediata apenas responsabilidade. Ver-se é assumir-se. E assumir-se é perder todas as desculpas. Por isso tantos recuam no limiar. Permanecem à porta da própria verdade como sentinelas cansadas que temem entrar.
Ainda assim há uma nobreza trágica nesse esforço interrompido. Pois mesmo falhando o ser humano demonstra que pressente algo maior em si. Algo que exige recolhimento silêncio e um tempo longo de maturação. Como frutos que amadurecem na sombra a alma só se oferece inteira quando aceita a noite como condição.
Conhecer-se é um trabalho lento sem aplausos. Um exercício de escuta profunda em que cada resposta gera novas perguntas. Não há triunfo. Há apenas a dignidade de permanecer fiel à própria busca mesmo quando ela dói. E talvez seja nesse permanecer que o espírito encontra sua forma mais alta não na fuga da dor mas na capacidade de atravessá la com consciência e gravidade.
Eu amo a Deus até quando dói... porque mesmo quando a vida fere, é Ele quem me sustenta em pé, enxuga minhas lágrimas e me lembra que não estou só.
O que me alegra é que Deus vê além do que eu posso ver, Ele sabe das minhas necessidades... Ele sabe do meu hoje e também do meu amanhã.
Às vezes, parece que todo mundo sabe onde está indo… mas eu lembro que o meu caminho é Cristo. E com Ele, até o silêncio tem propósito.
Enquanto o mundo corre, eu escolho descansar em Deus. Porque a minha pressa nunca foi mais sábia que o tempo d’Ele.
Eu já a encontrei, porém a deixei ir. O que nem chegou a ser foi tão verdadeiro quanto o amor de Cristo por mim. Hoje em vão sigo a buscar, em outrem, aquelas características que Salomão descrevera.
É impossível não ser clichê ao dizer, que a primeira vez que eu te vi, fiquei perdidamente apaixonado por você.
É como se em seu olhar eu pudesse viajar, entre galáxias e por entre mundos eu pudesse saltar;
Minha alma junto a sua a dançar, e a cada passo um mundo chamamos de lar;
Anseio pelo dia em que aqui, nossos universos hão de se encontrar.
Quando alguma coisa deixa inquieto meu coração, eu me retiro como se fosse uma águia ferida, procuro um local pra me aconchegar, e ali, eu aguardo em silêncio, até que Jesus trabalhe um pouco mais no meu eu... e assim eu retorno pra alçar outros voos.
Meu Castigo
Sobe as escadas sorrateiramente
deixando as marcas de seus saltos em meu coração
Eu alí esperando que ela lance um olhar para trás
mas só o seu perfume é que fica em minha solidão.
Ouço sua música preferida
ela deve estar dançando enquanto degusta seu nobre vinho
Sua sala de estar agora é seu mundo
e numa fração de segundos o meu erro me fez mais sozinho.
Sei de todos os seus anseios
conheço seus truques, o seu ponto fraco e atitudes
Seu coração não se divide
o seu desprezo é um revide, sei que espera que eu mude.
Quantos degraus que nos separam
mesmo que fosse apenas um sei que a porta facilmente não se abriria
Ela brinda uma vitória alí sozinha
em seu conforto a madrugada se avizinha, logo nasce um novo dia.
Talvez ela nem durma esta noite
e fique alí pensando em tudo
Me tortura a saudade feito açoite,
eu me traio, choro, grito, não fico mudo.
A ilusão que deixei que me envolvesse
não mais existe, já se foi e isso à ela eu juro
Não deixe que esta porta nos separe
meu coração lhe implora que pare, não me deixes nesse escuro.
Essa mágoa que a envolve
eu bem entendo é porque também me ama
vou escalar esses degraus
qual montanha em meio à um temporal, meu aconchego é sua cama.
O tempo não parou, com o ontem ficaram meus erros
a solidão eu sei foi o melhor castigo
O presente dura apenas um instante
suplico que me tenha como antes, sem esse amor, viver não sei se consigo.
Noite Menina!!!
Vejo hoje a noite menina ainda
inspirando sonhos
e eu um palhaço, um bobo risonho
acreditando nesta noite tão linda.
Ah! Doce ilusão de um coitado
outra noite dessas enebriantes
fascina meu ser, este esplendor delirante
quais aquelas outras noites do passado.
A lua novamente me encanta, enfeitiça e brilha
meu coração pulsa pleno qual dono de si
mas me encontro só, nesta ilha.
Esta noite menina tem mistérios que "inda" não descobri
me envolve, me chama e mesmo sendo armadilha
vou rasgar teu véu, e quando ela se for verei que outra vez me iludi.
Eu Quis Falar de Amor!!!
Um dia eu quis falar de amor
Fui entendido por poucos
Quis também falar de saudade
muitos me chamaram de louco.
Mas vi e ainda vejo tanto sangue derramado em vão
frio suor escorrendo de rostos esperançosos na luta
Vi tantas lágrimas mostrando-me que quem tem coração,
perde, ganha, sonha, vive, mesmo que árdua seja a labuta.
Se os ditos humanos, malditos insanos se expressam calados
algum sentimento ainda os move!
Então eu concluo nestas linhas que tantos dirão:-"Este eu excluo"
que o amor em todo o seu esplendor
ainda deve ser divulgado sim e de forma intensa,
enfim o amor é o combustível que eleva e enleva o ser
até mesmo quem não o percebe em si próprio ali está o amor!!!W. Lira
Antes da curva da estrada
eu sabia bem pouco ou quase nada
então em minha mente se desenhava um quadro
sem formas precisas, nada de exato
então eu me calei, me silenciei mesmo
e como o silêncio foi terrível! Não me fez nada bem
O silêncio trancou até meu próprio riso
que em vários momentos foi o alívio para outros e também para mim!
Mas pelo menos agora ressurjo do "nada"
esperando que após a próxima alvorada o canto dos pássaros me alegre um pouco como antes.
A dor é efêmera, passageira
e não vai ser na estação primeira que vou abandonar a embarcação
conto com você, conto com Deus e comigo
pois sei que somente assim eu consigo
passar por tudo sem me entregar à solidão
Ainda estou na curva da estrada
fazendo minha parte, ou quase nada
mas caminhando sempre, deixarei boas marcas neste chão.
Por isso eu digo:
"o Homem não nasceu para viver isolado"
que chore suas dores, que sofra calado,
mas jamais negue um sorriso, uma palavra amiga à quem disso precise.
WagnerLira
