Aves
Viagem de um vencido
Noite. Cruzes na estrada. Aves com frio...
E, enquanto eu tropeçava sobre os paus,
A efígie apocalíptica do Caos
Dançava no meu cérebro sombrio!
O Céu estava horrivelmente preto
E as árvores magríssimas lembravam
Pontos de admiração que se admiravam
De ver passar ali meu esqueleto!
Sozinho, uivando hoffmânnicos dizeres,
Aprazia-me assim, na escuridão,
Mergulhar minha exótica visão
Na intimidade noumenal dos seres.
Eu procurava, com uma vela acesa,
O feto original, de onde decorrem
Todas essas moléculas que morrem
Nas transubstanciações da Natureza.
Mas o que meus sentidos apreendiam
Dentro da treva lúgubre, era só
O ocaso sistemático de pó,
Em que as formas humanas se sumiam!
Reboava, num ruidoso burburinho
Bruto, análogo ao peã de márcios brados,
A rebeldia dos meus pés danados
Nas pedras resignadas do caminho.
Sentia estar pisando com a planta ávida
Um povo de radículas em embriões
Prestes a rebentar, como vulcões,
Do ventre equatorial da terra grávida!
Dentro de mim, como num chão profundo,
Choravam, com soluços quase humanos,
Convulsionando Céus, almas e oceanos
As formas microscópicas do mundo!
Era a larva agarrada a absconsas landes,
Era o abjeto vibrião rudimentar
Na impotência angustiosa de falar,
No desespero de não serem grandes!
Vinha-me à boca, assim, na ânsia dos párias,
Como o protesto de uma raça invicta,
O brado emocionante de vindicta
Das sensibilidades solitárias!
A longanimidade e o vilipêndio,
A abstinência e a luxúria, o bem e o mal
Ardiam no meu Orco cerebral,
Numa crepitação própria de incêndio!
Em contraposição à paz funérea,
Doía profundamente no meu crânio
Esse funcionamento simultâneo
De todos os conflitos da matéria!
Eu, perdido no Cosmos, me tornara
A assembléia belígera malsã,
Onde Ormuzd guerreava com Arimã,
Na discórdia perpétua do sansara!
Já me fazia medo aquela viagem
A carregar pelas ladeiras tétricas,
Na óssea armação das vértebras simétricas
A angústia da biológica engrenagem!
No Céu, de onde se vê o Homem de rastros,
Brilhava, vingadora, a esclarecer
As manchas subjetivas do meu ser
A espionagem fatídica dos astros!
Sentinelas de espíritos e estradas,
Noite alta, com a sidérica lanterna,
Eles entravam todos na caverna
Das consciências humanas mais fechadas!
Ao castigo daquela rutilância,
Maior que o olhar que perseguiu Caim,
Cumpria-se afinal dentro de mim
O próprio sofrimento da Substância!
Como quem traz ao dorso muitas cartas
Eu sofria, ao colher simples gardênia,
A multiplicidade heterogênea
De sensações diversamente amargas.
Mas das árvores, frias como lousas,
Fluía, horrenda e monótona, uma voz
Tão grande, tão profunda, tão feroz
Que parecia vir da alma das cousas:
"Se todos os fenômenos complexos,
Desde a consciência à antítese dos sexos
Vêm de um dínamo fluídico de gás,
Se hoje, obscuro, amanhã píncaros galgas,
A humildade botânica das algas
De que grandeza não será capaz?!
Quem sabe, enquanto Deus, Jeová ou Siva
Oculta à tua força cognitiva
Fenomenalidades que hão de vir,
Se a contração que hoje produz o choro
Não há de ser no século vindouro
Um simples movimento para rir?!
Que espécies outras, do Equador aos pólos,
Na prisão milenária dos subsolos,
Rasgando avidamente o húmus malsão,
Não trabalham, com a febre mais bravia,
Para erguer, na ânsia cósmica, a Energia
À última etapa da objetivação?!
É inútil, pois, que, a espiar enigmas, entres
Na química genésica dos ventres,
Porque em todas as cousas, afinal,
Crânio, ovário, montanha, árvore, iceberg,
Tragicamente, diante do Homem, se ergue
a esfinge do Mistério Universal!
A própria força em que teu Ser se expande,
Para esconder-se nessa esfinge grande,
Deu-te (oh! Mistério que se não traduz!)
Neste astro ruim de tênebras e abrolhos
A efeméride orgânica dos olhos
E o simulacro atordoador da Lua!
Por isto, oh! filho dos terráqueos limos,
Nós, arvoredos desterrados, rimos
Das vãs diatribes com que aturdes o ar...
Rimos, isto é, choramos, porque, em suma,
Rir da desgraça que de ti ressuma
É quase a mesma coisa que chorar!"
Às vibrações daquele horrível carme
Meu dispêndio nervoso era tamanho
Que eu sentia no corpo um vácuo estranho
Como uma boca sôfrega a esvaziar-me!
Na avançada epiléptica dos medos
Cria ouvir, a escalar Céus e apogeus,
A voz cavernosíssima de Deus
Reproduzida pelos arvoredos!
Agora, astro decrépito, em destroços,
Eu, desgraçadamente magro, a erguer-me,
Tinha necessidade de esconder-me
Longe da espécie humana, com os meus ossos!
Restava apenas na minha alma bruta
Onde frutificara outrora o Amor
Uma volicional fome interior
De renúncia budística absoluta!
Porque, naquela noite de ânsia e inferno,
Eu fora, alheio ao mundanário ruído,
A maior expressão do homem vencido
Diante da sombra do Mistério Eterno!
Queria ter...
a inocência de uma criança,
a doçura de um doce,
a liberdade das aves,
a beleza das flores.
Somos aves; Pequenas delas, mas pássaros livres e fiéis a passarinhada, revoados a bela vida que nos foi dada.
Menina que eu amo tanto, como as aves amam o vento, como os peixes amam o mar, como nos amamos a vida.
Te amo como a garota que me faz sonhar, que me faz ir ate o céu e de saudades me puxar.
Bom dia!
Somos mais que aparência, somos essência.
Adaptamo-nos às adversidades como aves sem asas.
Em cada vitória, há lições e novos sentimentos a descobrir.
Deus nos acompanha em cada passo.
Que hoje possamos transcender, encontrando significado em cada momento vivido.
Minha terra já teve palmeiras
Onde já cantou o Sabiá
As aves, que aqui gorjeiam
Não são mais vistas por lá
Nosso céu já teve estrelas
Que não conseguia nem contar
Mas hoje é apenas cinza
Que enxergo em meu lar
Nossas várzeas já morreram
Há desmatamento em todo lugar
Nossos bosques se tornaram prédios
Repleto de vidas que moram por lá
Mas já não existe amor
Todos perderam a fé naquele lugar
Em cismar, sozinho, à noite
Hoje sinto medo de nas ruas andar
Minha terra não tem mais palmeiras
Onde já cantou o Sabiá
Mas hoje o pobre Sabiá
Não tem nem um ninho para morar
Minha terra tem primores
No quais exporto para cá
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu possa ver lá melhorar
Sem que eu desfrute do mínimo
Que o salario já não é capaz de comprar
Em cismar, sozinho, a noite
Vejo pobreza e tristeza por todo lugar
Minha terra não tem mais palmeiras
Onde já cantou o Sabiá
Observe as Aves, os Animais e as Árvores.
DEUS usa as autoridades,
para proteger a natureza e punir quem faz mal a
essas maravilhas. ELE veste e cuida
de cada espécie na natureza... imagine nós
que somos a imagem DELE!
As aves do pensamento ensinam a imaginação a voar; poisam na gaiola do sonho e libertam-se no despertar da vida.
"As aves com o vento em suas asas estão voando sobre o grande céu azul neste momento. E todos vocês devem ser capazes de conseguir! Até o limite mais alto, até o limite mais longínquo"!
— Ittetsu Takeda (to the top)
Por tal razão eu aprecio o mundo das aves: quando um filhote nasce com seus imprevistos, sua mãe rapidamente tira sua vida após o parto, e devora-o, dessa forma a prevenir prováveis problemas futuros.
Nunca desisto da mudança que está acontecendo na minha vida. Esta evolução está me virando do avesso. Emano boas energias e busco excelentes momentos para viver.
Excelente Dia,
Tu, menina,
é a exceção da regra
é a filha do impossível
é o cristal que não quebra
até o avesso da tua alma é força
Neste pequeno ponto azul, a vida floresceu, em uma explosão de possibilidades de aves, répteis e peixes. Diversas vidas surgiram por aí, neste pequeno planeta que viaja pelo universo. Mas a vida que mais procuro é a sua. Seu toque, seu sorriso e seus belos olhos que trazem a luz para o meu coração. Minha mente anseia todos os dias na esperança de lhe achar nesta história da evolução de onde você surgiu.
3. Jesus disse: Se vossos guias vos disserem: ‘o reino está no céu', então as aves vos precederam; se vos disserem que está no mar, então os peixes vos precederam. Mas o reino está dentro de vós, e também fora de vós. Se vos conhecerdes, sereis conhecidos e sabereis que sois filhos do Pai Vivo. Mas, se não vos conhecerdes, vivereis em pobreza, e vós mesmos sereis essa pobreza.
Não podemos evitar que as aves da adversidade nos sobrevoem, mas podemos, ao menos, evitar que façam ninho sobre as nossas cabeças.
VER DE CIMA
Olhe os telhados, as aves, o mar...
A serra se aconchega a cordilheira
Derrama a cachoeira
E acolhe o vale ternamente
É assim que se ver de cima
As nuvens são travesseiros dourados
Para as divindades dos crepúsculos,
Ou para as crenças de nossas fantasias...
O rio serpenteia em busca de um encontro
Onde repouse no olhar, numa navegação,
Nas redes de um pescador
De cima se ver assim
Então fecha tuas asas no topo da montanha
E perceba que os últimos raios do ocaso
É comemorado pelos pardais, pelas cigarras
Pelos morcegos, pelos insetos,
Por todas as insignificâncias
Que torna tudo grandioso e contemplativo
E alimenta essa necessidade de voar bem alto.
"Estátuas, invariavelmente, viram Penico de Aves. Então, para os que desejam me homenagear, nada de Estátua, ohquei? Mas aceito viagem à Suíça, com tudo pago, claro!”
Texto Meu No.1038, Criado em 2021
USE, MAS DÊ BOM EXEMPLO.
CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
Não entendo...#11;Humanos criam o avião pra poder voar...#11;As aves já nascem com a capacidade de voar...#11;Não entendo...#11;O homem cria a câmera para tirar foto...#11;E o cérebro é capaz de guardar memórias, imagens, pessoas, momentos, frases, cores, etc...#11;Não entendo...#11;O homem refaz tudo o que já temos...#11;E ainda consegue acabar com o planeta...#11;Os animais se multiplicam, não acabam com o mundo, e ainda o ajuda a progredir...#11;Então porque não somos capazes de fazer isso, cuidar do nosso mundo, se, até os animais, que chamamos de burros e irracionais, conseguem...#11;E eu te digo por que, porque os irracionais e burros somos nós mesmo, por não saber como nos multiplicar, evoluir, cuidar, preservar, e ainda viver...#11;...Eles conseguem... E ainda os matamos e destruímos as casas deles...#11;Que decepção seres humanos.....
