Valmir Mizio
A vida se torna insuportável quando a gente decide seguir um caminho e lá na frente se acomodar e achar que já fez o suficiente. Nunca aceitei bem essa coisa de fases, de que em tal tempo eu teria que ter coisas, ter alguém, como se tudo isso fosse simplesmente programado. Não me permiti a essa regra social. Tudo bem que a gente paga um preço alto por arriscar outra vida, outros planos. Mas é isso que vale a pena. Ter sensibilidade para entender que em tempos de mudanças, precisamos ser humildes para recuar e esperar, com resiliência, a hora certa de avançar. Entender que o material vem e se vai, e que adquirir conhecimento não tem preço. Eu decidi apostar e acreditar que, mesmo numa crise, podemos suportar o caos para adquirir maturidade e vencer sempre novas etapas. Nunca desista dos seus sonhos. Sem você, eles jamais vão se concretizar. Sem mais.
O orgulho é aquele sentindo letal que vai arruinando muitos momentos. Ela tinha isso como estímulo pra manter seu relacionamento. Acreditava no amor acima de tudo e por isso ouviu muitas vezes o que não queria. Sofreu, chorou, seguiu, insistiu na certeza que um dia tudo isso iria mudar. Não aconteceu. Viu muitas vezes sua vida se fragmentar, noites sem dormir, coração apertar. Várias foram as tentativas de agradar, colocar o melhor vestido, o batom que ele mais gostava, o perfume que o enlouquecia nos primeiros dias onde resolveram dar as mãos e caminhar juntos. É, nada mais adiantava. Chegou o duro momento onde ela escolheu partir. Não dava mais. Entendeu e percebeu que é era só ela quem amava na relação. Chorou, refletiu e passado alguns dias nascia dentro dela uma nova mulher. Aquela que aprendeu que viver a própria vida a torna mais interessante. Que não é uma questão de manter alguém ao seu lado. Pessoas são livres, a gente prende por outros motivos. E o principal é quando nosso bem-estar reverbera em respeito e admiração. Ela foi adiante. A vida é assim. Encerrou um ciclo e não ficou por aí se lamentando, esbravejando e falando mal de ninguém. Ao contrário, agradeceu. Afinal, se não fosse pelo que viveu, não teria despertado o grande amor da sua vida: seu amor próprio. Sem mais.
É, você continua sem entender muito como as coisas funcionam. Desabafos em redes sociais é a forma mais medíocre que existe. É como colocar a vida na tela de uma tv, enquanto os outros ficam torcendo a favor ou contra ao que pode acontecer na novela mexicana que você começa a protagonizar. Essa é a grande razão para eu não mais publicar minha vida. O que eu faço, o que eu vivo, o que eu falo no ouvido de alguém, aquele sentimento intenso e selvagem que eu divido ou o instante de silêncio de um olhar, serão meus, registrados no meu pensar, nas minhas melhores lembranças e de mais ninguém. Preste atenção, a janela que você precisa gritar é privada, é pra dois, é pra nós. Sem mais.
É, meu bem. Tem gente chegando, que vem sorrindo, fazendo sorrir também. Conversando, resenhando, papo sério e cheio de tantas outras coisas engraçadas. Fatos da vida, superações e planos para o futuro. Gente que se preocupa se a gente anda bem. E que começa a nos alegrar com um simples bom dia. É que faz bem ser lembrando! Gente bem humorada, interessante e inteligente. Enquanto uns não sabem o que quer, outros tantos chegam com seus abraços. É que todo coração merece afago. Toda intensidade tem seu cuidado. E quando a gente se entrega a essa troca de carinho, aí já era. Nocaute. Sem mais.
Diante dos problemas, pare, observe, ouça, abra o coração e abrace o desafio se valer a pena ou corra para longe e deixe quieto. Na busca por ter, muitas vezes esquecemos de ser. Sem mais
A prática do desapego consiste no equilíbrio entre bem-estar e o bom senso. Não se condene se algo não saiu como o esperado. Você fez o melhor que podia naquele momento. Tudo na vida é construção. E para que algumas coisas deem certo, muitas outras precisam não dar certo. São os ciclos que terminam e outros que começam. Mantenha a calma, a vida não precisa de tanta pressa. Saiba entrar e sair de todo e qualquer tipo de relação. Mas, por favor, não se arrependa de seguir em frente. Mude sempre que precisar mudar, do emprego a um namoro. Cultive, cuide e respeite tudo aquilo que quiser estar ao seu lado e o que não quiser, como diz um famoso slogan: desapegue. Sem mais.
Estou naqueles dias que não me importa a hora e nem o dia da semana. Imagina querer saber da vida alheia, papo de gente medíocre, que não é feliz. Estou naquele momento da vida que a pressa que tenho é de que o tempo pare e eu possa contemplar essa paz gratuita. Estou numa fase onde se alguém quiser chegar, venha. Mas saiba que tem que ser muito interessante pra me tirar daqui. Porque abaixo da linha tênue da resiliência, já coloquei muita gente no pacote das intenções por conveniência. Me traga paz e um pacote cheio de assuntos inteligentes ou então siga em frente. Simples assim. Sem mais.
A paz que eu preciso é a busca pela herança de uma vida sem mágoas e sem rancor. Que em cada ser humano que eu conhecer eu possa inconscientemente tocar o coração e deixar um pouco de esperança. Que minha história reverbere amor. Sem mais.
E em tempos onde tudo é descartável, a vida ensina que o dinheiro pode comprar muita coisa, te tornar chique, da moda, elegante. Mas dignidade, essa não tem preço. O dinheiro pode te dar um carrão, pra mostrar pra sociedade que você está muito bem. Mas, não. A diferença entre um Fiat uno e uma Ferrari é apenas quem está dentro. Seu valor não está naquilo que você tem e sim em quem você é. E agora você conquistou três coisas que jamais se pode comprar: respeito, liberdade e bem-estar. Sem mais.
Curti sua foto, você descobriu meu número e naquela breve ligação sem querer, nos apaixonamos por nossa voz . Éramos tão certos do que não queríamos que acabamos esquecendo e começamos a nos querer. Mesmo na distância, vimos a importância do segredo dos nossos intensos, poucos e loucos encontros. Já te fazia, me fazia bem. E a gente nunca precisou estampar nossas vidas nos jornais e nem montar diários de fotos nas redes sociais. E assim, a nossa alegria grita um pro outro sem precisar fugir pra nenhum outro canto. E ninguém precisa saber, só nós. Porque é assim que começa a construção de uma relação sadia. Sem que ninguém aponte o dedo. Felicidade não se expõe, se vive a dois. Sem mais.
Siga o fluxo com passagem só de ida. O que passou não volta mais. Mude o que puder mudar e se conforme com o que não pode. Aceite a condição e fique em paz. Avante!
Um nascer do sol pra recordar com direito a reflexão de uma vida inteira, de outras vidas, de um tempo que não volta mais e de um futuro que vem sendo escrito com muita calma. Um despertar num amanhecer. Vida se renovando. Reverbera nossa fé, sem aquela necessidade da obrigação de ser feliz. Por que isso são só momentos, e quem os escreve somos nós. Olha lá e veja além do que os olhos podem enxergar. Chegou a hora. Avante.
Com o tempo as experiências de vida e a consciência adquirida vão nos tornar alertas. É verdade. Na adolescência, nada é impossível. Após isso a gente aprende que não precisa de certas coisas na vida, porque outras tantas vão valer mais que apenas alguns momentos. E aí a gente começa a pensar nisso quando vai permitir que alguém entre nas nossas vidas. Parece que vai ser a melhor coisa do mundo. Mas, de forma impulsiva, o melhor momento pode durar alguns segundos e em seguida tudo poderá ser uma tragédia. A paixão é uma é uma alegria temporária. Ou seja, o que fica depois será o que devemos aprender a administrar. Gerenciar conflitos, diga-se de passagem. Respeite a si mesmo, antes de tudo, e assim não irá se ofender com os erros alheios. Se ame, essa é melhor forma pra ser feliz. E não se preocupe, ser feliz não é uma obrigação. São momentos. E isso, cabe a cada um fazer do seu jeito. Sem mais.
O amor é aquele sentimento que deve chegar sem pedir nada em troca. Simplesmente ser por ser sem cobranças. O amor que se pede é doença, é fragilidade, é carência e tudo isso não é problema do outro, é seu, meu ou de quem for. Se alguém chega na minha vida pra tirar a minha paz, que razão tem pra ela permanecer? Eu quero sossego. Quero o amor que venha pra me encher de esperança sendo espontâneo e libertando meu amor próprio. Ah, o amor próprio. Como ele é importante para nosso bem-estar. Imagina duas pessoas assim, mesmo na imensidão das suas diferenças, cada um com sua individualidade e resolvem pegar na mão um do outro e encarar o desafio diário. Isso seria fantástico. Mas só pode acontecer com a vontade de ambos, sem ambivalências. O amor é construção diária e não se encontra numa caixinha de chocolate que depois que acaba, ficamos amargamente arrependidos do nosso ato falho de impulsividade. O amor transita entre o ir e o ficar, e se valer a pena, fica quem sabe que o valor do outro é maior que mais uma aventura fugaz ou uma tentativa de encontrar no outro a solução dos nossos problemas. O amor é transparente, vê quem sente, sente quem doa sem querer que o amor do outro seja como o nosso. Essa a razão para duas pessoas seguirem em um só caminho, mesmo que cada um veja de uma cor, de um tom, com outros sons. O amor é livre, porque se for prisão, adoece a alma e mais um ciclo se encerrará. Sem mais.
É uma utopia alguém apresentar uma vida onde tudo é alegria, sucesso e prazer. O tempo ensina a ver que o dinheiro compra muita coisa, mas não compra tudo. Compra momentos, verdades, vaidade e pessoas. Ou seja, nada concreto. Muito do que temos de experiência de vida, coisas significativas, foram vividas quase que sem nada disso. Quando as pessoas sabem que a gente não tem nada além do nosso sorriso, força de vontade e lealdade, e elas mesmo assim respeitam sabendo de tudo isso, é onde a gente percebe o real valor da vida. A gente não precisa estar no meio de gente rica, casas cheias de aparatos tecnológicos, carrões, lanchas, etc. Precisamos, mesmo, é que nos enxerguem além do que os olhos podem ver. Sem vaidade, fugacidade e sem interesses financeiros ou por comodidade. Sem mais.
A verdade é que tem muita gente por aí bem mais preocupada com a quantidade de gente que vai entrar na sua vida que esquece de quem deveria permanecer e nunca mais sair. Estamos nos tornando fugazes como se nossas relações fossem pontos de venda fast-food, onde a gente escolhe o produto, rapidamente leva e depois que degustou joga a embalagem fora. Estamos nos perdendo de nós mesmos todos os dias sempre que nos preocupamos mais com os problemas alheios do que em resolver os nossos e mostrar que a velha frase do "faça o que eu falo e não o que faço" não deve prevalecer. É ser agente da nossa mudança e dando exemplo para aqueles que precisam apenas de um referencial. A vida muda quando a gente muda. Isso é fato. Reclamar menos e agir mais. A vida começa todos os dias. Avante.
Acho que não sei mais descartar tão facilmente. Mesmo vendo que não vale muito a pena, eu comecei a depositar sentimentos. Pra ver até onde muda. Não é legal começar algo e se desgarrar como se não houvesse nada. A vida pede histórias. Uma hora a gente cansa de episódios onde cada um tinha um enredo e personagens diferentes. To na pegada da construção. De conquistar e não ser somente passageiro. Quero que chegue, que fique e que vá somente por algumas horas, e que volte para mais uma página de muitos dias. Sem mais.
Todo fim de relacionamento é fato um tanto quanto conturbado. Mas se tem algo que eu admiro, quando o erro provém do homem, é quando a mulher sai de cena e age de forma inteligente. E enquanto o homem fica lá exaltando uma nova pessoa, pode ter certeza que existe uma mulher curtindo muito mais em silêncio. Sem mais.
A regra geral é que o que começa complicado, não progride. Acredito que seja uma forma bem prática das pessoas se conformarem com tudo que elas não tem capacidade de cuidar pra que permaneça do seu lado. Neste momento que vivemos, das relações virtuais, das personalidades fakes, da compra de curtidas para parecer popular, a vaidade cega nossos sentimentos. Os cliques são mais intensos que os toques. As sensações se esvaem. E o que sobra? O que fica é a confusão e a ilusão de que um dia vamos encontrar a pessoa perfeita. Ela nunca chagará. Então erramos, nos tornamos egoístas e cheios de rancor. Usamos pessoas por conta de nossas mágoas, por conta das nossas insatisfações por acreditar que nossos limites é sempre culpa do outro. Não saímos do lugar por crer que somos bons demais para aquele alguém. Por outro lado, quando apostamos nas mudanças, no melhor do outro e quando o outro estende e mão e se predispõe a caminhar junto com a gente, começamos a olhar e perceber que moramos ali, naquele lugar chamado coração e que, por muitas vezes, procuramos mais os defeitos do que as qualidades. E quantas oportunidades perdemos. E quanto tempo desperdiçamos. Não, ainda não é tarde. Quando a saudade de alguém for maios que tua vaidade, siga a voz da tua consciência e entenda que caminhos tortos, de tanto trafegar, se tornam uma linha reta, a menor distancia entre dois pontos. O amor te chama. Viva. Sem mais.
A nós dois cabe um livro. Um conto intenso de rédeas curtas que se entrelaçam e revivem os melhores momentos que faz acabar qualquer conflito. A nós cabe a saudade e as noites de não saber dizer o que mais se quer: - vem me ver! A nós cabe essa certeza de que um lado é silêncio e outro lado grita desesperadamente e que quando isso se encaixa, não tem casal que entenda que essas nossas diferenças é a forma meio fora do normal de dizer, que depois desse encontro, nunca mais fomos iguais. A nós cabe o tempo e a certeza que em algum momento serão seus olhos nos meus olhos, sua boca na minha boca e o nosso mundo vai caber completo no tamanho do nosso abraço. Sem mais.
A partir do momento que a pessoa expõe sobre algo que ela é, a gente começa a pensar se ela apenas mostra o que quer mostrar. Estar com alguém não é teatro, por mais que muitos até sejam. Estar juntos é assumir um compromisso que envolve presente e futuro. Máscaras não ajudam a construir laços e, sim, a deturpar e frustar sonhos. Numa relação a gente se doa até um ponto. Aí entram os dias de cansaço, a falta de capacidade de dividir carinhos. Então vamos ter a certeza de que quem veio foi pra ficar ou se apenas está passando tempo. Se quer paixão pra vida inteira, simples, vai ler um livro. Mas se quer história verdadeira, lute por ela e mostre com atitudes e não com palavras para que veio. Sem mais.
O amor é lindo até na sua extravagância. Perfeito na sua complexidade individual e aliciante no seu ir e vir. É a idiossincrasia da verdade. É o que se sente sem pedir nada em troca. Sobrevive esmero perante a ignorância dos que julgam. Sem mais.
Chego agora aos meus 50 e poucos anos e digo que a vida não é nada do que me contaram que seria quando eu tinha 16. Alcancei a minha independência muito jovem. Mas chegou um momento que resolvi mudar. Outros sonhos, novas escolhas. Vi minha vida ficar de ponta cabeça. E, sim, tive as melhores lições durante este momento de turbulência. Vi amigos de momentos se afastando. Claro, neste mundo de mascarados, você é o que você tem, e o que você tem é o que você vale. Aceite a condição que muitos vão te seguir apenas até quando você tiver o que oferecer. Depois disso, você se torna passado. Então, preste atenção: cuide de todos que estão ao seu lado por admiração e respeito. Porque para estas pessoas o seu valor está naquilo que você é e não no que você tem. Sem mais.
