Umberto Eco

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Nem todas as verdades são para todos os ouvidos, nem todas as mentiras podem ser reconhecidas como tais.

Umberto Eco
O Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Fundamentalistas dão um toque de arrogante intolerância e rígida indiferença para com aqueles que não compartilham suas visões de mundo.

Terroristas não saqueiam para possuir, nem matam para saquear. Matam para punir e purificar através do sangue.

A concisão é a essência da inteligência

A mente desenvolve-se como o corpo, mediante crescimento orgânico, influência ambiental e educação. Seu desenvolvimento pode ser inibido por enfermidade física, trauma ou má educação.

Minha salvação começa pela consciência de que nada sou e de que nada me é devido.

O prazer culpado de se deliciar com desastres faz parte da natureza humana.

A arte só oferece alternativas a quem não está prisioneiro dos meios de comunicação de massas.

Eu comecei a acreditar que o mundo inteiro é um enigma, um enigma inofensivo que se torna terrível pela nossa própria tentativa furiosa em interpretá-lo como se ele tivesse uma verdade secreta.

Longe de ser uma entidade fechada em si, toda obra de arte que merece esse nome passa a existir no contato com o receptor, e renasce a cada nova interação com um novo espectador ou ouvinte. A fruição artística é, na verdade um diálogo.

Talvez a missão daqueles que amam a Humanidade seja fazer com que as pessoas se riam da verdade, porque a única verdade consiste em aprender a libertar-nos da paixão insana pela verdade.

Nem todas as verdades são para todos os ouvidos, nem todas as mentiras podem ser reconhecidas como tais. (...) Certas coisas se sentem com o coração. Deixa falar o teu coração, interroga os rostos, não escutes somente as línguas...

Umberto Eco
O Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Frequentemente a política é decidida por nós, humílimos servidores do Estado, mais do que por aqueles que, aos olhos do povo, governam...

Umberto Eco
O Cemitério de Praga
Inserida por meka

A dimensão ética começa quando entra em cena o outro.

Ético é o homem que, de boa-fé, não ama; não-ético é o homem que ama porque, apesar de sua convicção de não amar, quer evitar a desaprovação social.

Não existe ligação com o Absoluto,..., que evite a mutação da moral segundo os tempos, os lugares e os contextos históricos nos quais uma vivência humana se desenvolve."

Inserida por EmOutrasPalavras

Pessoalmente desconfio daquele Absoluto que dita mandamentos heteronômicos e produz instituições incumbidas de administrá-los, sacralizá-los e interpretá-los. (...) Por isso, deixemos de lado as metafísicas e as transcendências se quisermos reconstruir juntos uma moral perdida; reconheçamos juntos o valor moral do bem comum e da caridade no sentido mais alto do termo; pratiquemo-lo profundamente, não para merecer prêmios ou escapar de castigos, mas simplesmente para seguir o instinto que provém da raiz humana comum e do código genético comum que está inscrito no corpo de cada um de nós

Inserida por EmOutrasPalavras

Os perdedores, assim como os autodidatas, sempre têm conhecimentos mais vastos que os vencedores, e quem quiser vencer deverá saber uma única coisa e não perder tempo sabendo todas, o prazer da erudição é reservado aos perdedores.

Umberto Eco
Número Zero

Para rebater uma acusação, não é necessário provar o contrário, basta deslegitimar o acusador

Umberto Eco
Número Zero

Os jornais mentem, os historiadores mentem, a televisão hoje mente.

Umberto Eco
Número Zero

Quem vive cultivando esperanças impossíveis já é um perdedor.

Umberto Eco
Número Zero

No momento que a internet permitem que todos falem, permite que um grande número de imbecis falem.

O limite entre o veneno e o remédio é bastante tênue, os gregos chamavam a ambos de Pharmacon.

Umberto Eco
In "O nome da Rosa"

A vida seria tranquila sem o amor. Segura, sossegada... E monótona.

“Não sei de nada. Não há nada que eu saiba. Porém certas coisas se sentem com o coração. Deixa falar o teu coração, interroga os rostos, não escutes as línguas”...

(em "O nome da Rosa". [tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade]. 2ª ed., Rio de Janeiro: Editora Record, 2010.)