Tiago 4-8
Ninguém! Absolutamente ninguém, vale o seu desequilíbrio emocional, seu choro e tão pouco tua insônia.
O homem é um bicho naturalmente sofrido.
Seu estado de consciência é sua maior vantagem perante outras espécies concorrentes e coabitantes do meio ambiente.
Ao mesmo tempo essa potencial vantagem se assimila constantemente com o que nos tempos modernos chamamos de "Delírio-Fantasia-Distorção da Realidade".
Conclusão: O bicho sofrido, sofre com sua maior vantagem competitiva dada pela natureza cega evolutiva como forma natural da própria natureza equilibrar o meio ambiente, NÃO tornando o homosapies um ANIMAL PODEROSO DEMAIS, se comparado a todas outras espécies.
{A clareza mental, o inconsciente e o delírio caminham lado a lado}.
Exemplo: O cavalo 🐎, o cachorro 🐶, o gato 🐱, a pulga, o rato 🐭, a lagosta, o peixe 🐟, o camarão 🍤, a galinha 🐔, a mula, o jegue, o pato 🦆, o macaco 🐒 comum e todas outras espécies até onde nossa rasa compreensão alcança, tem todos algo em comum:
"Não criam"... Política, religião, símbolos complexos, futebol, cinema, teatro, cultura, arte, livros, discursos de ódio, muito menos de amor, machismo, fé, feminismo, entre outras questões que nos ajudam a chegar no dia seguinte enquanto seres delirantes que tentam não atingir o fracasso de voltar em 2 minutos para idade da pedra e total selvageria brutal e natural de acordo com a própria natureza cega e contingente.
Tiago Szymel 11 de Março 2021.
O reflexo da loucura. As centenas de milhares de vidas se locomovendo atrás da própria vida. Latas, alumínios e ferros sobre borrachas, rasgando o pavimento estendido pelas tantas dezenas de quilômetros. Lugar onde a fumaça cancerosa e assassina dos charutos exalam um característico cheiro de cédulas em papel-moeda. O cheiro do resultado e o próprio bem para os privilegiados. A fumaça que gera o câncer e a morte aos desfavorecidos. Os trabalhos são intermináveis. Os salários, escassos. A submissão se apresenta como uma mancha inarredável; irremovível. Os homens se perderam nos algares da ignorância e da ganância desenfreada. No presente, a pretensão dos homens pela riqueza material superou o desejo dos mesmos em possuírem a riqueza das riquezas: a intelectual. Mas as piores submissões não se encontram nos cofres ou nos caixas, mas sim, nas prateleiras... ou pior, inseridas em trouxas e pinos. O que antes simbolizava a ciência e o progresso é agora mais complexo e reflete o vício e a regressão. Mas não culpe a ciência. Não pense que o mundo será melhor se as pessoas não souberem. A culpa é do homem. O conhecimento beneficia a humanidade, mas as pessoas insistem em ignorar o próprio conhecimento. O desfecho da cidade se confunde entre a luta de quem sonha em possuir algo, a tristeza de quem nunca possuiu nada e a ganância de quem possui, despreza e joga fora o que resta. O excedente é resultado de sonhos de sonhadores e sonhos irrealizáveis dos não sonhadores.
As madrugadas desoladas pelas vozes embargadas. O chão das calçadas tomados pelos colchões e pelos trapos inevitáveis dos desprezados. A miséria, espelho da realidade, não escolhe a idade e tão pouco a cidade. Sua expectativa é a fome no homem e que o desamor na humanidade se transforme em uma invencível verdade. Independentemente do horário e da rua, a maioria dos homens são obrigados a pisar na própria impureza abandonada; a mesma que deveria ser descartada, como nas ruas dos bairros nobres da metrópole. Violência: a arma desgovernada da indignidade e da incultura. Em parte, causada pela inoportunidade, e, em parte, causada pela ausência de coragem; de caráter. Reflexo da baixa educação, da falta de competência. Reflexo da mentira, da inefetividade dos preceitos definidos. Preconceitos: outra arma perigosa e devastadora. Retrato da intransigência; espelho da austeridade. A incompreensão de alguns para com a verdade inevitável. A realidade de gente que não deixará de ser gente apenas por viver segundo a sua orientação, ou simplesmente, a sua própria condição.
Onde estão as mesas fartas prometidas? Onde encontraremos a efetuação das promessas dos poderosos aos homens pobres e carentes? As mentiras como sempre no ápice das suas indecências mascaradas. As declarações e demonstrações de carinho se provam, continuamente, enganosas. Enquanto isso, a sociedade continua sofrendo, a vida continua difícil e as cidades continuam existindo debaixo de uma conjuntura deplorável e descabida.
'Cidades e Realidades'
Dias bons e dias ruins, eles fazem parte do nosso dia a dia.
Saber reconhecer quando você está em um bom momento faz total diferença.
Existem momentos no qual teremos que descontrair, refletir e pensar em melhores soluções.
A felicidade é um estado momentâneo, ninguém é feliz o tempo todo e ninguém vive alegre todos os dias.
O que podemos ter são pequenas doses de dopamina durante os períodos do dia no qual nos trara uma sensação leve e agradável.
Quando estiver em um desses momentos felizes, aproveite e desfrute, quando vencer, faça uma recompensa a si próprio e seja feliz.
A mensagem que quero deixar é, ninguém é feliz o tempo todo, e também ninguém é infeliz, somos humanos, acertamos, erramos e crescemos.
Viver é ter consciência de estar feliz, independentemente do que esta passando, manter o foco e seguir, sorrindo, dançando, beijando, abraçando, dando risos gratuitos, isso eleva a autoestima e nos dá energia para continuar lutando.
Amor com aroma de café
Todos os dias vejo ao me acordar
as suas mensagens de bom dia,
o seu jeito quente de se expressar
e sua saborosa voz que me contagia.
Não me canso de ao seu lado está,
seja noite ou por todo o dia,
pois o calor do seu corpo
tornou para mim energia.
És, meu amor, a mais bela companhia.
Enfeitiçado estou por sua magia,
contagiado pelo o que sei que você é!
Sem você sinto ausência de alegria,
formou-se em mim uma civil engenharia
construindo um amor com aroma de café.
Explosão salutar
Esporadicamente lhe ouvia em suas canções
e amava as suas letras retratando utopias.
Para ouvi-las não haviam razões,
mas traziam em mim um conjunto de alegrias.
Observava, no seu quarto, os violões
e descobri que em apenas seis cordas haviam muitas energias.
Cordas estas, que no meu coração escancararam os portões
que abriam para o amor várias vias.
Em cada uma de sua canção,
você ensinava ao meu coração
o quão bom é te amar.
Pois tua voz em mim causava vibração,
estremecia meu corpo e deixava-me sem ação,
transformando o meu amor em uma explosão salutar.
Sóbria embriaguez
Coração gelado como uma boa cerveja,
libidinosa como um belo vinho,
conduze-me ao quarto para que eu a veja
comandar-me dentro do seu ninho.
Fico contemplando-a, enlouquecido,
e torno-me desta exuberante ave um passarinho.
Em seus braços encontrei-me iludido
e busco encontrá-la todos os dias em meu caminho.
Antes, fazia outras por mim se apaixonar
e quanto mais me amavam, eu fazia enrolar.
Porém, não teve jeito, chegou a minha vez,
essa mulher que eu vim a me apaixonar,
seduziu-me com um simples olhar,
me usou e me largou nessa sóbria embriaguez.
Incertamente
Você transmitia confiança
e foi desta forma que te conheci,
observava sua sinceridade e bonança
e a conquistar-lhe me atrevi.
Foi assim que fizemos uma aliança
e em tudo consenti.
Transmiti em você a esperança
de uma mulher, que na verdade, nunca veio a existir.
Eu nunca pensei que eu ia isso dizer,
mas me arrependo profundamente por um dia te querer
e mais ainda por continuar na minha mente.
Se um dia você vier se arrepender
e perguntar se uma chance ainda pode comigo ter,
eu responderei-lhe: Incertamente.
Mágoa de não te magoar
Muitas coisas de ti escutei,
calado permaneci,
sufocado pelo o que não falei
e permitir de te ouvir.
Desgostoso muitas vezes fiquei,
várias vezes me entristeci
e mesmo assim me silenciei,
pois ainda zelava por ti.
Calava-me para toda ação,
deixei você fazer de mim chateação,
mas sempre estive a lhe perdoar.
Você pouco pra isso deu satisfação,
pisoteou e esmagou meu coração
e hoje eu tenho mágoa, mágoa de não te magoar.
Meu eterno desfibrilador
Ao observar-te sentir uma dor,
dor nunca sentida,
a dor de um sofredor
que via sua vida com outra vida.
E quando isso se observou,
corri atrás de uma cardiologista querida
que meu coração consultou
e acelerou minha batida.
Olhava para ela como uma super heroína,
que levantou da minha ruína
e veio ser o meu novo amor.
Pois o antigo quase me matou,
o meu coração por alguns instantes paralisou,
mas fui salvo graças ao meu novo amor, meu eterno desfibrilador.
Livre amor prisioneiro
Vivia uma amarga liberdade
à procura de uma doce prisão.
Vivia sofrendo a maldade
do pisoteio de outro coração.
Então o destino me trouxe, de verdade,
um fechamento para o meu coração.
Foi aí que através de uma imensa facilidade,
deixei-me levar pela emoção.
Joguei-me nos braços vastos da paixão,
já não dava mais razão para a razão,
pois sabia que encontrara o amor verdadeiro.
Disso eu tinha plena convicção,
pois levou-me ligeiro, o meu coração,
a viver o tão esperado livre amor prisioneiro.
Fecham-se as cortinas,
o teatro dar-se em intervalo,
as máscaras são tiradas,
os personagens mudam seus figurinos
para o novo ato iniciar.
Durante esse intervalo refrescam-se
com as águas geladas assim como o coração de seus personagens,
ou diria assim como os próprios corações.
Alimentam-se do seu ego e,
finalmente, estão prontos a voltar em cena.
O espetáculo retorna para o ato final,
o coadjuvante torna-se ator principal
e começa a escrever sua própria história,
o vilão retorna com cara de inocente,
aproxima-se pacientemente para o bote dar,
a vítima está preparada,
inicia sua ação e finda-se em negação.
A atriz principal livra-se da enrascada,
o vilão fingirá que não fez nada,
o novo principal fica desarmado,
sem poder se defender,
sem poder gritar,
sem poder um socorro pedir,
então cala-se e vai dormir.
Fecham-se as cortinas,
o novo teatro é produzido às surdinas,
só noutro dia saberá como esse teatro se findará.
Mas o spoiler é "o novo ator principal ao acordar irá se vingar".
Chega o outro dia, o tão esperado dia!
O teatro vai começar,
a atriz principal não aparece,
cada minuto é uma ansiedade a mais,
à espera de sua volta.
O ator principal retorna,
cheio de raiva e de ira,
minuciosamente planeja sua vigança.
O vilão não dá as caras,
tudo é tão ensurdecedor.
O ator principal planeja e planeja,
mas nada ainda fora executado.
O teatro chega ao fim mais uma vez,
a atriz não retornou,
o vilão em silêncio ficou,
as cortinas fecharam-se.
O teatro foi um fiasco!
Mas a pergunta que não quer calar
"O que virá no próximo ato?".
Noites turvas
Noites turvas, incêndio de instantes,
chamas vivas que devoram minha razão.
Um turbilhão de sentimentos vibrantes,
ardendo em brasa no peito em combustão.
Cicatrizes se abrem, feridas em chamas,
marcas de um tempo que já se perdeu.
Mas como calar o que em mim se derrama,
se a emoção outra vez me venceu?
Não há mais volta, me deixo envolver,
sou presa fácil do doce querer,
refém da febre que a paixão me traz.
Do outono sombrio que secou meu viver,
hoje sou chama, renasço a arder,
e esse fogo me consome de forma tão voraz.