Ricardo Oliveira
CORAÇÃO QUE SE PREZA
Meu mundo de cabeça virada,
Que não dorme, só pensa!
E nesse ato se nega por inteiro,
Então se vê longe da eloquência.
E o que se pode ter,
Sabe-se que não é real.
O que tanto se pode fazer?
É dar um basta na conversa,
Como ignorar aquilo que faz mal.
Seja lá quem for!
Segue uma de minhas regras:
Evitar é não dá vazão a insônia,
Muito menos ao coração que se preza.
É a poesia que me defini, e nada além disso importa. Querer me entender, é por conjuntura, se banhar no sombrio e no mistério ao mesmo tempo.
O PERFUME DO QUE SOMOS
Uma noite que se levanta,
Para dizer que o dia findou.
E que é hora de descansar,
Esperando pelo amanhã,
Que surgirá como uma flor.
E o perfume do que somos,
Se exalar-se-à no tempo e no espaço,
Deixando tudo mais terno,
O caminhar para a eternidade.
Que eu veja em teus olhos,
As verdades de uma alma viva,
Que transcende todas as criaturas,
De todos os mares e quiçá os oceanos.
O tempo faz-me entender que a poesia está mais intrinsicamente a mim, do que quando nos conhecemos. No entanto, mas alma, do que verdadeiramente humana.
Os amantes de outrora, se afagaram no que os versos se manifestam, mas os de agora, se perderam. E eu não quero deixá-los a própria sorte. Desta maneira, o que realmente serás? Ou queres ser?
Eu sou a própria poesia violada, onde os deuses enviaram-me a mensageira, com tais mistérios que, tão somente tem, uma estrela de David. E O que ela esconde, que não quer revelar, através de sua voz aveludada, como vinho em composição. Mas por ela, irei me perder, ao pedir que veja meus olhos, não o meu rosto, como o fantasma da ópera, em seu sublime amor.
Em todos os sorrisos seus,
Conceda-me a brisa do amanhecer e,
A efervescência que carregas na alma,
Como parte de um todo que existe.
Pois sois efetivamente, Thay,
A única lembrança a tocar com ternura,
Os meus poemas que compõem as estrelas,
Onde teu rosto e minha paz, coexistem.
Poesias são asas de anjos que batem, e fazem-te voar para além de si mesmo, e para dentro de almas vivas.