Nemilson Vieira de Morais

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ESPANTE OS MALES!...II

Em céu pujante saltarei alegremente, entoando canções de pássaros livres em dias de liberdade.
Terei, vez e vós, para expressar-me em cânticos de alentos...Harmoniosas melodias.
Insistirei no gesto da repetição de tais notas, em partituras; com o mesmo ânimo de sempre os males espantar...
Ainda que não tenha, em "quadrados" sóis, a graça necessária de expressar-me e ser ouvido...
Seguirei como bicho solto, envolto na energia inebriante do sol da esperança; sendo ouvido por muitos e, compreendido mais facilmente, por poucos, em minhas demandas emotivas,emergentes...
Só não devo ser abatido pelas circunstâncias do caminho; adversas à minha vontade.
Caso envolva-me em loucas questões que não levam a nada. Bem como em recorrentes pensamentos negativos, daninhos à minha saúde e bem estar...
Seguirei resoluto no caminho que me foi proposto, confiante de não ser abatido pelos constantes desafios que a vida oferece.
Nasci chorando e, em muitas ocasiões, quando entristecido, ainda choro, se precisar, apesar de fugir do meu controle, tal sentimento. Não é vergonhoso tal atitude. Vejo como "balela" a história de que “homem não chora”.
Mas, prefiro mesmo, os muitos momentos alegres e os sorrisos fartos que a vida nos proporciona.
Não podendo mais exercer minhas fluídas emoções, alguém, em algum momento, o fará por mim, numa ocasião qualquer. Num encontro ou num adeus definitivo ou momentâneo.
Precisarei curtir esse instante solícito a mim, para externar minha terna gratidão à vida; recebendo dela a oportunidade de partilhar com outros, ou comigo mesmo, meus momentos alegres, daquilo que amo e acredito.
A tristeza e o choro sempre irão perdurar e povoar o cenário emotivos, latentes em nós. Até Cristo chorou...
As lágrimas sentidas, as dores, a melancolia; fazem parte do processo vital, que estamos envolvidos. - Assim tem sido e será.
Porém, caso a noite seja triste e longa, lembremos que dias alegres virão para que cantemos e refaçamos nossas forças para que, numa manhã seguinte... Continuemos a caminhada que nos resta, com o mesmo vigor.
Manter a mesma confiança,a paciência e entusiasmo para caminhada...É o que mais importa. Voltemos a ser livre para sonhar, sorrir e cantar. Espantar os males.
(24.07.19)

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SEM MUITAS PRETENSÕES III

Ao galgar meu ideário de produções poéticas - e outras, cria que tudo sobre tudo, já haviam sido dito. - Sabiamente, por mentes brilhantes, anteriormente a mim. Restou-me uma poesia de conteúdo simples; onde o rebuscamento inexiste. - Ebora haja respeito à língua pátria. Ainda assim, creio que meus textos singelos, ausentes de palavras enigmáticas, evolventes... de fácil entendimento. Não deixam de revelar conteúdos relevantes, em algum momento. - Apesar de não insentos de reflexões necessárias quanto ao brilhantismo narrativo. Assim,não deixarei de aceitar humildemente minhas limitações. E, entender mais fácil e prontamente, que deverei conter, minhas muitas pretensões.
(11.04.16)

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REVAl II

CRÔNICA
Reval,por um tempo andou meio fraco da cabeça. Morava sozinho num quartinho de uma casa antiga, na Rua Sete de Setembro, anexo à alfaiataria de Corcino - seu parente -, um dos primeiros alfaiates de Campos Belos. - De vez enquando sumia; mas sempre voltava.
Trajava à mesma roupa ensebada de sempre.Sapatos às vezes,soltando a sola.
Moreno forte, de estatura mediana, usava cabelos quase aos ombros, que nunca viam pentes e água. Ostentava um bigode entrelaçado à longa barba.
Medo a gente não sentia de Reval: alguma sisma somente. Arriscava conversar com ele. Mas a prosa era pouca,só respondia aos arrancos,jeito desconfiado,olhar distante.
Nunca se soube de agressividade dele, às pessoas. Andava lentamente pelas ruas da cidade, com as mãos nos bolsos da calça, mastigando um possível alimento. Ficávamos curiosos para saber que iguaria degustava.
No percurso que fazia pelas ruas andava e parava, andava e parava...pondo sentido em tudo que seus olhos viam. E o de mais relevância, pra ele,observava mais ainda; imaginando coisas.
Em seus observatórios diários, nada passava despercebido do seu olhar. Olhava os mínimos detalhes daquilo que mais lhes chamasse a atenção. - Como se tivesse fazendo uma profunda análise.
Parecia discordar com mais contundência algumas irregularidades que via: ao coçar a cabeça acima da orelha e balançar a mesma num gesto negativo; sempre fazia isso quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas de normalidade.
Belo dia...
Como há de ter acontecido... Reval saiu de casa e subiu à Rua BH Foreman, mais calado do que nunca. Triste, de cabeça baixa, olhos inquietos. Atravessou a Av. Desembargador Rivadávia e ganhou o calçadão, em frente à Prefeitura Municipal. Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando à sua frente, na Igreja Matriz.
Era o sacristão chamando os fiéis, para a encomendação de um corpo. Ele não atendeu o apelo sonoro da paróquia naquele dia: adentrando-se ao santuário.
Nuvens cor de cinza se agarravam ao Morro da Cruz e das Almas; não demorou muito a cair pingos de chuva como lamentos, na grama verde da praça. - Quando uma pessoa boa morre a terra recebe o insumo e o céu sela com água, o fim deu ciclo.
Reval aproximou-se daquela casa de oração católica, e tomou a benção ao seu vigário, que estava posicionado à entrada principal, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.
Riscou o dedo polegar direito na testa, repetida vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao pároco, ao santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num grosso cordão e olhava ao longe, o esquife num ataúde bonito...
Em rogos,de longe, desejava um bom lugar ao finado.
Missão cumprida...
Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas sentidas.
Teve fome...
Com a barriga nas costas, entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro.
A atendente lhe deu um pão com manteiga, e um café com leite num copo descartável. - "Capricha que é pra dois tomar." Disse, à moça, que colocou mais um pouquinho. Ficando sem entender: pois, não o viu acompanhado de mais ninguém.
Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, Reval parou diante de um caminhão de transporte de madeiras; quebrado e cheio de laxas de aroeira, na porta do Armazém de Seu Natã.O proprietário já havia pedido ao papai que olhasse o mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal ou Goiânia, para comprar uma ponta de eixo. Pois não a encontrava na região, para a devida reposição.
O sol, queimando, e não havia mais uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade. Reval, por sua vez, continuava parado diante do veículo, dando andamento na prosa...
Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançando a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação. - Conversava baixinho com o caminhão, de maneira que só os dois ouviam, mais ou menos assim:
- Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso[...] - Coitadinho, quanta judiação[...] Quanto tempo sem comer e sem beber; cheirando mal, e cheio de poeira; com esse calor que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho sequer, para refrescar um pouco; como tem sofrido você ...continuava:
- Não tenho mais tempo a perder: preciso fazer alguma coisa e continuar com essa caridade por mais um tempo...
Deu o lanche que trazia consigo para o caminhão comer...
Antes de despedir-se, daquele pobre necessitado, balbuciou quase imperceptivelmente mais algumas palavras:
- Tenha um bom apetite!... Voltarei amanhã para ti ver...
Foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.
Possivelmente repetiu o gesto de alimentar ao caminhão por mais de quinze dias. - Período que esteve lá.
Toda vez que retornava ao local não havia nem vestígio de lanche.
Como se sabe: a “fome é negra”.
Reval tinha um bom coração. Aquela piedade demonstrada devia ser um reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.

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BEM-TE-VI (II)

Cantante, galante e saudável, em voos mirabolantes, vivia um bem-te-vi na cidade a coletar insetos no ar,na comunidade dos pássaros. Depois de degustar tais iguarias,pousava em galhos de árvores e fios de luz pelas ruas e cantava alegremente seus louvores, feliz da vida. - Batendo numa tecla só: bem-te-vi,bem-te-vi.... - Apesar de repetidos cânticos, o bem que me desejava não lhe cansava; eu também amava ouvir, sobre o bem que carecia e careço. Seu cantar, me transmitia uma mensagem de esperança e vida... - Parecia dizer, na letra da canção, que “bem me via”. E, em doce vivência me sentia. Pudera eu ainda ouvir por muito tempo, seu cantar em mesmo repertório melódico de sempre: - “bem-te-vi”, pois, o bem que preciso, ei de deseja-lo, ao próximo. Senti bastante pelo ocorrido que vitimou esse pássaro livre!...Provável que, na correria louca que se vive, ao trânsitar pelas vias, um condutor desatento, daquele veículo,não te viu, e ceifou tão de repente, sua vida, naquele acidente. Hoje,quando o vi caído, aderido ao asfalto quente, pelos muitos pneus a lhes esmagarem doeu em mim. Interroguei-me: pode haver poesia num pássaro morto,atropelado por várias vezes? Pode sim. - Foi a respota mais urgente e aceita, que me veio à mente, naquele instante. Poesia não morre como um ser vivente... A poesia vive eternizada em tudo. Não desintegra-se, nem se desgruda de nada. - Também não se limita. Vive explícita nas palavras que engenhamos, e expomos ao mundo.E na natureza viva ou morta. Dinâmica, vive saltitando, se mostrando. - Até num corpo desfalecido,dilacerado,moído... ama ser vista, sentida,amada; compreendida com os olhos da alma. - Compartilhada com a vida. Então,sendo esta, a percepção... Não devemos deixar de dizer, que está "tudo bem" conosco, - quando nos for perguntado. Graças a Deus, estamos bem,mesmo havendo perdas irreparáveis! e a dor das circunstâncias maltratem corpo e alma. O que mais me acalenta bem-ti-vi, é saber que teus remanescentes ainda viverão por ti, o representando na terra dos mortais; falando a tua língua e cantando suas canções de esperança. - Elevando o nosso ânimo,grandemente, ao repetir a letra melódica de teu cantar. Desejo a esse bem-te-vi, da eternidade das aves: um merecido descanso! Quanto a mim,nesta vida efêmera,bem-te-vi, continuarei ouvindo teu cântico animador. Pois, a letra, a poesia e a graça do teu cantar me faz bem!
(16.07.19)

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QUERO PAZ...(III)

Em meio à tempestade em tenso mar,
como cisne em calmo lago,quero estar.
Em tranquilas,ou bravias ondas, só terei paz, se paz semear.
Quero paz para partir e paz para retornar;
paz para ficar,dormir,acordar, trabalhar. Paz para amar.
- Paz do colibri protegendo a cria; paz na tristeza, e na alegria. - Paz da natureza,se refazendo, pós o fogo.
Quero a paz do devedor liquidando à dívida; paz de uma mãe, embalando à vida.
- Paz do agricultor,nas colheitas dos roçados...Paz, por todos os lados...
Quero a paz dos pássaros livres, em voos recreativos; - paz dos pacientes, depois dos curativos.
Quero a paz dos cristãos resignados,
no percurso da dor... Quero comigo a paz do Senhor.
-A paz dos pirilampos, sob a luz
dos relâmpagos, na escuridão da noite.
Quero ver os inimigos,fazendo as pazes. - E as nações em paz.
Quero a paz dos agentes polinizadores,
fecundando as flores.
- Paz das das sementes, brotando
do chão. Paz entre irmãos...
Quero paz na Terra, boa vontade aos homens; assim como o Príncipe da Paz,Nosso Pai, nos desejou.
Tenhamos então, paz em nossas consciências!
(07.08.15)

Quero a paz dos cristãos resignados,
no percurso da dor... Quero comigo, a paz do Senhor.

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POESIA

Poesia não morre como um ser vivente qualquer... ela vive eternizada. Não desintegra-se, nem se limita a coisa alguma. Está intronizada em todos os lugares e coisas; não se desgruda da gente: expõe nossos sentimentos e nos ajuda a falar de tudo que desejamos; quando nos permitimos a isso,recorrendo aos seus encantos. Se põe em segredo, nas palavras que pensamos e guardamos. Explicita-se nas que proferimos e revelamos ao mundo, nos textos que tecemos; nos livros que editamos. A poesia está nas letras e melodias das canções que cantamos; na lua cheia,nas galáxias,no firmamento. Nos elementos da natureza, no sussurro aos ouvidos de quem amamos; nas conversas em volta da mesa. Dinâmica como uma criança a poesia é travessa: saltitando, faz artes; nos encantos terrestres e nos espaços celestes. Até num corpo de um pássaro ferido, já sem vida, no chão... sendo comido pelas formigas.A poesia está onde estiver Deus: nas coisas mais simples. Basta ter olhos pra ver. Adora ser amada, sentida,acarinhada, compreendida. Pela sensibilidade de um poeta. O que mais a poesia quer, é ser compartilhada com a vida. Assim e muito mais, é a poesia.
Devemos a ela todo o respeito e amor.

(08.08.19)

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UM VIVA PRA VOCÊ!...

Um viva...
Pelo ser humano que tem sido,
pelos desafios que enfrentou;
pela determinação...

Pelo amigo que é,
pelos corações que conquistou;
em confluência de união.

Pela garra que demonstra,
pela alegria e triufo;
pela superação.

Parabéns pela vitória:
- de mais um ano vivido;
e, por sua história,
de vida!

Feliz aniversário,nobre poeta
Prof. Adelino Machado!

(15.08.19)

PUDE AMAR II

Em seu tom de voz, como música me embalando… No desvelar de suas palavras, me envolvendo.
Vi não ser "coisas bonitas, ditas sem pensar"...
Era sério o que sentia e recebia naquele apaixonante instante, em sussurros...
Não entendi como uma sucinta, e, adjetivante linguagem coloquial, solta no ar.
- Mas um extenso tratado, escrito com ponteiro, em placa de aço,moldada e acomodada em nosso calor...
Até quê, confirmei seu querer: em sincero apego cativante e gestos afáveis, sincronizados com os meus...
Depois da decisão de seguirmos pela estrada,
em acalentos, nos acalmamos da agitação da caminhada...
- Convertendo nosso foco em calmante felicidade: não tirando mais os olhos um do outro...
(01.08.18)

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PARABÉNS SÃO JOSÉ!... (II)

Hoje é dia de São José.
"Pouco foi escrito sobre sua vida"; ainda assim não nos privamos de conhecê-lo e de saber que foi um grande homem de Deus. Isso é tudo,nos basta.
Este dia é sagrado pela fé católica, como sagrado são todos os dias. Mas é uma data especial de ser lembrada,comemorada. - Não é um dia qualquer: é o dia de São José.
Esse santo homem teve a mais nobre missão terrena: servir a Deus,ser esposo de Maria e, pai de Jesus (homem). Papéis que,Pelo que se sabe, cumpriu com denodo. - Como deve ser.
O dia de São José é coroado em Minas Gerais, com as bênçãos dos céus: temos chuvas de graça, com abundância; nesta ocasião, principalmente na capital.
Em 19 de março, por aqui, religiosamente, acontece a famosa "Enchente de São José”,para os devotos a ele, ou, “enchente das goiabas" para os céticos.
- Agora mesmo choveu na Grande Belo Horizonte, molhei-me da cabeça aos pés. - Estava na rua, trabalhando, sem proteção das gotas fria de água que caíram dos céus.
Segundo a tradição, quando chove no dia de São José têm safra boa e mesa farta o ano inteiro.- Assim seja!...
A devoção a São José é feita de rogos,orações e cantorias...por seus devotos.
Devemos dar graças a Deus pela vida de São José. Às vezes pouco lembrada, mas,um exemplo dos fiéis na Terra.
Tudo indica que ele tenha ido morar nas mansões celeste, antes de ver o martírio de seu filho até ao calvário. E,com isso, poupado de presenciar tamanho sofrimento e dor do Filho.
Mas nunca deixou de amá-lo,crendo piamente. - Que Ele, iria salvar a humanidade das suas mazelas pecaminosas e outras.
Homem de fé e trabalho...
No seu dia comemora-se também o dia do carpinteiro; ofício que exerceu com esmero, à vida inteira. - Era conhecido também como "O Carpinteiro de Nazaré".
José morou nesta cidade quando regressou do Egito, após perseguições de autoridades romanas ao Menino Jesus.
Um dos nomes mais usados pelas famílias brasileira, para pôr em seus filhos, é o de "José".Há uma razão de ser,disso: foi o nome bom que José conservou. - "O bom nome vale mais que ouro fino"...
Um contingente de fiéis o tem como o “protetor das famílias”.
Imagino o quanto José sofreu para cuidar da esposa e da Santa criança, naquele dias turbulentos; e,de difícil sobrevivência naquela inóspita região do planeta.
Só deu conta de cumprir sua missão, porque foi obediente a Deus.
“... José fez tudo como o anjo o determinou...”
O Menino Jesus começou a ser perseguido desde Seu nascimento. Quão complicado fora para José contornar toda aquela situação: fugindo para o Egito com a esposa e o Menino. O Rei Herodes querendo matá-lo. José viveu fugindo de um lado para outro, em busca de proteção para a família. - Por muito tempo...
Por certo,foram muitas noites mal dormidas; fome,sede, enfrentamento dos perigos e intempéries do deserto...
- Mas, temente e sensível à orientação de Deus, José nunca desistiu de sua caminhada de fé e esperança; sendo fiel às seus valores morais e espirituais...
Venceu todos os desafios...
Não temia as lutas, porque sabia em quem tinha crido; não se assombrava porque sabia que Deus era com ele; para fortalecê-lo e ajudá-lo.
Portanto, sejamos mais gratos a Deus por ter abençoado grandemente o seu servo José! para vencer, no verdadeiro sentido da palavra.
Que tenhamos a graça de trilhar em rastros de homens íntegros e honrados, tementes a Deus de todo seu coração. - Que se desviam do mal, como José.
Obrigado meu Deus, por ter permitido Seu Filho amado deixar o conforto de Sua glória, e por um pouco de tempo permanecer conosco.
- Tornado-se homem; sacrificando a si mesmo, por amor a nós. Com poder para nos resgatar do "império da morte e do pecado"; e nos transportar para o reino do Filho do Seu amor.
Parabéns a São José, pelo magnânimo legado deixado à posteridade. - Vencendo os desafios que lhe fora proposto pelas circunstâncias cotidianas. - Cumprindo com resignação, sua obrigação espiritual e material: de amar a Deus, sobre todas as coisas e proteger à familia dos laços do Inimigo!
- Nos orientando com o seu exemplo, de como deve ser a vida.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

POR CAMINHOS ERRANTES... II

Lamento - I
Não vivia contida somente em brejos,minas,lagoas... das montanhas também a víamos, descendo, pelas fendas rochosas em barulho suave - em queda livre. Gostoso de se ver e admirar. Lembrava véu de noiva estendido sobre a serra. - Águas limpas e transparentes como cristais bonitos, carreavam do solo, nutrientes, minerais para suprir nossas demandas básicas, refrescando a vida.

Lamento - II
Agora vejo a Terra cambaleando como um ébrio, pelos maus tratos que recebe!...
Nascentes, riachos e rios estão secando, numa velocidade nunca vista.
Matas,cerrados, acorrentados vão sendo exterminados covardemente. - Por enormes correntes de aço, entrelaçadas em elos desumanos; conectadas na ganância, tombam árvores para sempre.
E os elementos arbóreos vão sendo gradativa e criminosamente queimados sem misericórdia; madeiras suprimidas, cortadas e vendidas no Mercado Negro. Espaços de coberturas vegetais viram pastos para bois. Aos poucos, a flora, a fauna, os microrganismos vão desaparecendo para por completo.

Lamento - III
Há poluição com abundância, em tudo que se vê. Contaminamos a água que mata nossa sede, limpa a sujeira de nossos corpos; refresca, hidrata nossas plantações, sacia a vida...
Onde brincávamos nadando, há montes de resíduos sólidos e dejetos ancorados. - Boiando em espumas de sabão.
Pessoas como feras, vorazes, banais, se exterminam por nada. Deus do céu olhando, sem poder mais tolerar, tanta maldade.

Lamento - IV
Ele ainda suporta tais insultos à sua Criação e a Si mesmo; nem sei como!
Quanta insanidade da nossa parte!... Maltratamos sem misericórdia nossos corpos hídricos e físicos,o tempo todo. - O solo fértil que Deus nos deu para termos vida de graça. Em troca de quê, tanta agressão e descaso?!...
Onde antes, fadigados, submergíamos nossos corpos, em límpidas águas, hoje nem mais os pés, arriscamos banhá-los.

Lamento - V
Também não podemos mais beber daquela água dos riachos, da bica... antes tão boa. Nem chove mais com regularidade e quando chove nunca é o suficiente. O desânimo toma conta até dos bichos. Desnorteados, reduzem sua mobilidade; esta, uma vez comprometida, não lhes permitem fácil locomoção; nem brincam com desenvoltura satisfatória. Pássaros, não exibem voos mirabolantes. Seus cânticos são muitas vezes, dolentes. Pobre de nós e do Meio Ambiente: febris, vivemos doentes - camicaminhando para fases terminais. - Pela situação calamitosa que os nossos olhos contemplam e poetas denunciam, declamando em prosa e versos.

Lamento - VI
De repente, vem à chuva envolta em vendavais tremendos!... edificações são invadidas ou engolidas pela fúria das enxurradas e forças dos ventos. Cidades viram mares e pessoas em nados, levam consigo o que podem; em barcos improvisados, salvando vidas e pertences como podem... Outros, procuram lugares seguros mas nem sempre conseguem. -Sucumbem-se.
Nesses momentos, a natureza se vinga: convertendo a alegria em pranto. Deixando, nos sobreviventes, marcas profundas, amarga tristeza, desencanto com a vida. - Antes, maravilhosa.

Lamento - VII
Somos mesmo pobres mortais sem juízo.
Grande mal, já causamos a nós mesmos e ao próximo: no lugar do amor, alimentamos o ódio e a ganância por um lucro fácil. Ignorando práticas de uma relação harmoniosa e saudável: com as Legislações afins e com a NATUREZA; e, corrompemos nosso caráter e a afetividade que mantínhamos com as criaturas e com o Criador. Vivendo como náufragos, em lugares sem respeito às Leis, ao próximo e ao meio em que vivemos.

Lamento - VIII
Desorientados, ainda seguimos sem um norte ideal para as nossas vidas, prejudicando 'NOSSA CASA COMUM' e nossos irmãos – irracionais ou não; sem lucidez, andamos de um lado para outro em desvarios, por caminhos errantes, sem um horizonte definido para deslumbrarmos e um destino bom, para acorarmos e criar raízes de temor.
Ainda há motivos de otimismo eu creio; bem como antídotos para serem usados. - Para inverter o quadro desolador de degradação. - Se quizermos assumir atitudes de mitigamos os impactos de nossas irresponsabilidades maléficas.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

AGRICULTURA...

Quem mais me consome é esta senhora. - A agricultura. Seus gestores,usam e abusam da minha boa vontade: quando adicionam veneno ao meu corpo,ao plantio e às pessoas. Sou eu que dou a vida no tempo certo.Sem a minha presença, ainda que nasça... a soja inferruja,o arroz torce a palha, o milho não dá espigas... O homem com fome, morre em suas intrigas; não havendo fartura de pão.
(19.08.19)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

CLAMOR DAS ÁGUAS III

01 - No início do mundo, o Divino movia-se sobre minha face. Sou obra prima, presente do Criador ao homem.

02 - Combustível mais precioso da vida; em condições normais, em meu ciclo natural, mantenho harmonia e bem estar sem igual, entre aqueles que respiram e transpiram.

03 - Vivo no campo e na cidade. Sou rios, lagos, mares. Estou nas pessoas...

04 - Acondicionam-me em: reservatórios, picinas,tanques, torneiras,filtros,potes,... Mas, contorno obstáculos.

05 - Todos já me viram em algum momento. Sou tão grande, que sou vista do espaço e tão pequena, que me vejo numa molécula.

06 - Na Terra, sou infinitamente mais importante do que a prata,o ouro,o diamante, as pedras preciosas,as riquezas das nações...

07 - Em meu ciclo constante, caio do céu para vós. Broto da terra, em fontes termais, ou não; dos olhos em forma de lágrimas: alegres ou sentidas.

08 - Me ponho a correr por todos os lugares como deve ser a justiça dos homens.

09 - O Pai Criador outorgou-me a sublime missão de servir. Assessoro a Obra da Criação em suas mais variadas atividades; à vida inteira.

10 - Ocasiões mais marcantes...
As duas ocasiões mais marcantes em meu percurso existencial, foi quando me dividi em duas partes para dar passagem ao povo de Deus, que vivia escravizado por Faraó, no Egito. E, por ocasião em que o maior Profeta: João Batista, lançou mão do meu potencial para batizar o Homem mais importante: Jesus de Nazaré, o Salvador da humanidade.

11 - Nunca me neguei ao serviço de limpeza da vossa casa, do vosso carro e do vosso corpo. Sempre disponível, dou refrigério a quem me deseja,me procura e me acha; do micro ao macro organismo. Jamais os deixei de servi-los. Higienizo o mundo, e ponho o alimento na mesa de cada um de vós. Quando precipito sobre os bons e os maus. Tenho algo de meu Feitor: não faço acepção.

12 - Não haverás indústrias,trabalhos, trabalhadores,bens de cosumo,progresso...

13 - Quem mais me consome é a agricultura. Seus gestores,usam e abusam da minha boa vontade: quando adicionam veneno ao meu corpo,ao plantio e aos consumidores. Sou eu que dou a vida no tempo certo.Sem a minha presença, ainda que nasçam... a soja inferruja,o arroz torce a palha, o milho não dá espigas... nada cresce. O homem,aborrecido,com fome... morre em suas intrigas; não havendo fartura de pão.

14 - Como promotora da vida, uma vez contaminada, morro e torno-me veneno letal...

15 - Há muito, apresento sinais doentios; estou perdendo lentamente as forças, a saúde, a vida. – Há necroses em muitas partes do meu corpo; mundo afora.

16 - Morro a cada instante, um pouco, e a minha situação só piora a cada dia. – Falta-me o tão necessário oxigênio, que vocês usam para respirar e viver.

17 - No Tietê, “São Paulo”, já me consideram como uma das mais sujas do planeta.

18 - Caso ainda haja humanidade...
Peço socorro!, com urgência. Para quê, minha morte generalizada e anunciada, não aconteça. Meu estado de saúde
é bastante crítico!

19 - Temo não sair com vida da situação que me encontro para contar a história. Dependo de vocês agora... Não quero morrer e levá-los comigo. Não seria interessante isso. Para ninguém.

20 - Peço em troca de tudo de bom que fiz e ainda faço a todos vós – cabeças pensantes –, é o “RESPEITO”.

21 - Há por toda parte, um clamor por JUSTIÇA, ao meu respeito; vindo das pessoas de bem... Mas pouco se faz.

22 - Ainda preciso dar assistência a um contingente enorme de outros seres viventes que ainda virão ao mundo. - A vida precisa continuar para outras gerações também: de homens e de bichos.

23 - Pela minha posição na hierarquia dos elementos da natureza, eu precisaria ser mais amada, reverenciada,defendida...

24 - Falta reflexões contínuas quanto a qualidade do nosso relacionamento. Perdemos a harmonia.

25 - Será que estou pedindo demais?querendo um tratamento mais digno, justo, humano?

26 - Lembrem-se da “lei da semeadura e da colheita”! não se lamentem, se algo der errado, por não observarem esse princípio.

27 - Vejam quantas agressões tem sofrido meus corpos d’água; bacias hidrográficas: nascentes, afluentes... Rios principais... Mares.

28 - Somente o homem maltrata-me, assim. Vós “cospem no prato que comem”. – Ao me poluírem...

29 - Sou mais 'eu' do que vocês, em vossas composições corpóreas. – Em mais de setenta por cento. Estou nos vasos,artérias e capilares; compondo e conduzindo o oxigênio e outras substâncias, para a nutrição das células.

30 - Até na medicação me faço presente...
Quando doentes, na vida adulta ou bebês, eu estava e estou, no medicamento farmacológico. No chazinho.

31 - Nunca vos neguei um gole de mim, quando sedentos; nem o pescado para o pirão de cada dia, indo ao rio lançarem vossas redes e anzóis...

32 - Lembram-se da “multiplicação dos pães, por Cristo”? Pois bem,... O complemento do milagre eram peixinhos, que cuidei com muito amor, para aquele momento especial.

33 - Devido as suas atitudes irresponsáveis, recebo uma carga diária de poluentes in natura – todos os dias; das mais variadas origens.

34 - Muitos não mais me contemplam, banham-se ou pescam. Onde sou CARTÃO POSTAL, há placas às minhas margens... com os dizeres: “É proibido pescar. Peixes impróprios para o consumo.”

35 - Sou mais bonita em fotos. Quem se aproxima de mim sentirá um odor horrível!...

36 - Multiplicaram-se desordenadamente, como areias do mar e agora me a tem como culpada de seus problemas; principalmente em períodos em que caio do céu sem dó: e acontece enchentes, desmoronamentos, perdas, mortes...

37 - Aí me maldizem e recorrem a São Pedro – para dar um jeito nas situações calamitosas que surgem nessas épocas do ano – pedindo a ele qur feche as torneiras.

38 - Nas cidades grandes, ando como “Rios Invisíveis” em várias partes. Gestores sem noção do que fazem...
Em vez de me restaurarem, canalizam-me; e jogam os problemas para os moradores das jusantes.

39 - Destroem as matas ciliares, junto do meu leito, e minha clara visão do mundo exterior se esvaem.Os cílios são a proteção de meus olhos.

40 - Fui isolada dos elementos da natureza: como à luz, o ar, o solo...nestas canalizações.

41 - Não posso mais respirar, nem me infiltrar no solo, para recargar os aqüíferos subterrâneos.

42 - Veículos vivem sobre minha cabeça, em avenidas barulhentas. Não levo mais o lazer a população, não mato a cede dos animais; por causa da pouca saúde.

43 - Lamentável situação...
Não dou mais alegria aos meninos em longos banhos nos poções, ou em piscinas naturais. Porque não fizeram nenhum sacrifício para me salvar.

44 - Tenho saudade do tempo: que eu não tinha cor, odor, paladar; para agradar a todos os gostos. Agradava a “gregos e troianos”. Hoje, o mau cheiro que exala do meu corpo não agrado a ninguém.

45 - Estou locomovendo-me com certa dificuldade, nos espaços rurais e urbanos, devido ao assoreamento... mas não deixo de seguir para o mar. É meu destino.

46 - Sem poder fazer muito agrado aos banhistas locais,turistas, que antes me apreciavam e não alavanco a economia das cidades e dos países, como devia.

47 - Será que meu maior pecado foi mesmo, o de viver a vida inteira fazendo o bem?! Será?!...

Inserida por NemilsonVdeMoraes

DA MINHA JANELA...

Da janela entraberta
do meu quarto
interior...

A vida acontecia,
pelo vão, do vão d'alma.

As curvas das montanhas
azuladas,mui além,
entortavam o cenário
que me achava.

Me vi então, a me acalmar,
quando ao dorso da montanha
cavalguei.

(23.07.15)

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SANTA HISTÓRIA - II

Se tu pudesse olhar na palma da Minha mão iria se maravilhar. Se vendo nela como um bebê,engatinhando... Fazendo leitura das coisas com os olhos. Quero que saiba que cuidei e cuido de ti, de verdade.
Todos os dias o contemplo e não o perco de vista, nessa relação de Pai amoroso. Você poderá não entender, nem agradecer Meus cuidados. Eu entendo, isso é comum acontecer. Mas siga os seus passos, na liberdade que o dei!, Eu, continuarei insistindo em não desistir de ti. Torcendo pelo teu sucesso em Me querer. Pois aquilo que o mundo oferece não é o mais importante. Não permita a miopia espiritual atrapalhar tua visão de Mim. Nem a névoa do pecado, escurecer o caminho do Meu amor... Nada forçado, mas se desejar retornar e,em gratidão, Me servir em adoração e santidade... Faça isso com ternura e fervor; e aceitarei sua santa oferta em cheiro suave...
Creia que uma sementede gente, em Minhas mãos, ainda que caia nascerá de novo; frutifica,alinda a terra...
Se fraquejou, tenha fé e esperança; se esforce um pouco mais, em conhecer-Me!...
No deserto nasce flores;
em desvaneios,pesares;
Nos corações,temores.
Aos arrependidos,
Meus altares.
Ande na "Verdade" e o sol da justiça nascerá para ti, em "Santa história”.
(17.08.18)

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Prossiga para o alvo persistindo na verdade; e o sol da justiça brilhará em sua história.
(27.08.19)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

No ermo nasce a flor,
no desvaneio o pesar,
no coração o temor,
no contrito, o altar.
(27.08.19)

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Em seus sacrifícios de adorador,os faça com ternura e fervor; e aceitarei a sua santa oferta em cheiro suave.
(27.08.19)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Creia que, uma vida em Minhas mãos,como uma semente,mesmo que caia,renascer em terra boa e ainda dará seus frutos no tempo certo...
(27.08.19)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Não permita a miopia espiritual atrapalhar tua visão de Mim; nem a névoa do pecado, escureçer Meu clarão de amor.
(27.08.19)

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QUEIRA DEUS NOS PERDOAR - II

Bem cedo nos conhecemos e nos apaixonamos de vez. O mundo inteiro estava errado - sendo contra aquela união - só nós dois achávamos melhor: não dar ouvidos a oposição.
A raptei (literalmente). - Naquele tempo "roubar moça",mesmo em comum acordo com a "vítima", constituía-se em grave crime.
A gente pedia a moça em casamento. Hoje o sujeito a leva embora sem dar satisfação alguma aos pais.
Nunca alimentamos o medo,a tirania,... em nossa relação; o carinho,o respeito, o apego... era o recheio e a cereja da nossa vivência.
Sem olhar os rigores da Lei foste comigo pelos caminhos da vida, que diziam ser caminhos errantes.
Em nossas andanças, sem o conforto de um lar; sem guarida, sem ninho, sem teto, um trabalho definido... Nada disso nos fez temer.
Com muito amor para dar e receber. Vivíamos os dias, alegremente...
A tendo ao meu lado, nosso viver tinha verdadeiro sentido. E como tiveram...
Agora sei, em experiência, que o "amor supera tudo através do seu poder".
Achando que não, defraudei, fugi e penei pelos deslizes que cometi. Mas tudo fora por uma justa causa: sermos felizes. E fomos.
- Se não fosse assim, seria em vão o nosso esforço-aventureiro, em nos amar.
Nos amamos muito!...
Quando fui preso, estava presa comigo, também. Entre fuzis e punhais fizeram nosso enlace matrimonial.
Não quisera o destino que fosse d'outro jeito, nossa aventura de amor.
A não observância dos tramites legais de um cartório,sem as cerimônias matrimoniais e formalidades da sociedade, que não nos submetemos, foi um fardo pesado demais...
Mas, a lei do amor internalizada em nós, teve mais força... por isso vencemos.
A constrangedora punição discriminatória que sofremos ao longo do tempo não pode nos desobrigar...
Até que nos apartamos: vivemos em continentes separados. Tu na eternidade e eu palmilhando sozinho a terra dos mortais.
Se erramos em nosso proceder amoroso queira Deus nos perdoar!

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MINHA RUA...

A Rua do Comércio foi a primeira rua que conheci em Campos Belos (GO). Aos onze anos de idade. Por volta de 1969.

À primeira vista, me encantei por ela; depois passei a amar as outras ruas também.

Sua numeração menor se dá, das proximidades da GO 118, e a maior, na Praça Nossa Senhora da Conceição.

Minha rua é cortada pelos rios principais da bacia hidrográfica da cidade: o Ferrerinha e um outro que me fugiu o nome.

Há dezenas de anos esta rua conserva esta nomenclatura. Mas não era assim desde o princípio...

Nos primórdios da cidade era conhecida como Rua Cascavel; - uma alusão ao temível animal peçonhento. Encontrado por lá na época.

Os moradores, urbano e rural, se comunicavam e ainda se comunicam por esta importante rua.

- Da nossa casa, na Vila Baiana, eu via e ouvia o chiado do carro de bois de Biapino, carregadinho de produtos da roça,subindo sentido Igreja Matriz.

- Os ônibus da Alto Paraíso, disparavam suas buzinas ao chegar e sair da cidade. Passando pela minha rua. Traziam alegria e deixavam saudade aos lugarejos da região...

A Rua do Comércio não é a primeira do lugar, mas pela sua localização estratégica, tornou -se "uma artéria principal"...

Ao longo da rua, sentido poente,mais acima
moravam importantes famílias... figuras influentes da sociedade campo-belense.

Estabelecimentos comerciais se instalavam continuamente nesta rua, naquele tempo, e provavelmente até hoje.

Os comerciantes mais tradicionais como Manoel da Costa, Bruno da Farmácia, Agripino Xavier,Edmar, Quinquinha,Joaquim Ribeiro,Mariano Junior, Nelson do Açougue,Seu Edson,Juá ...

Os nordestinos: Seu Cícero Sombra,Juarez Amaral, Seu Vieira, Seu Natã, meu pai... Tocavam suas vidas.

Aos poucos a rua foi mudando suas características, diferenciando seus "aspectos espacial"; agora visualizamos uma diferença abismal entre uma Rua do Comércio de ontem, e de hoje.

Em sucessivas administrações municipais,esta rua sofreu algumas reformas, ao longo do tempo...

Recebendo calçamento em pedras paralelepípedos, camadas asfálticas, supressão de elementos arbóreo...

Passando por certa descaracterizacão, com relação ao meu tempo de garoto, ganhou mais conforto visual e ares de modernidade.

- Melhorando a acessibilidade, de transeuntes e veículos...

Ficou mais bonita a minha rua!

Os comerciantes que atualmente dominam a Rua do Comércio,na sua maioria, continuam sendo oriundos de outros lugares.

Se notabilizam em suas atividades supermecadista,venda de veículos,
produtos do agronegócio,farmacêuticos,
brinquedos,bijuterias,cosméticos, eletrônicos, peças de vestuário...

Suas políticas de preços convidativos,quando implantadas,enchem os olhos dos consumidores...

- Dando aos mesmos comodidade de aquisição. Tanto aos mais abastados, quanto aos de menores poder aquisitivo.

Vida longa à Rua do Comércio atual, quanto à antiga... Resta à gente, curtir um certo saudosismo...

(28.10.19)

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Se desejo morrer bem,preciso viver com dignidade.

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Não deve ser bom: viver se "achando", sem público para achar graça.

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Se algumas palavras,fugidias,insistirem em não querer-me não ficarei aborrecido: talvez não mereçam meus dizeres.

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