mfpoton

76 - 100 do total de 138 pensamentos de mfpoton

Seria o amor um mergulho n’alma para senti-lo ao todo...
Ou amá-lo ainda mais, na total compreensão do seu ser...
Duas almas uno para um maior entendimento do significado do amor...
Poderia isto... ou seria mais uma alucinação minha...
Nessa busca que explode no meu peito... e que realmente foge ao meu alcance...
Acho até que já entendi a loucura da terra...
Em estarem todos, sempre buscando as mesmas coisas comuns, triviais, formais...
Subestimando toda a capacidade de um ser, em se individualizar, inovar, reformular...
Enlouquecer...

Mas, reformular a convivência... quando tentam todos reformular a vida...
Na verdade estou eu louca... por pensar assim...
Quando não consigo reformular nem a mim... indo em derradeira fantasia, pensando...
e tudo se afastando, fugindo de mim, como se me reconhecesse...
ou até isto seria ilusão minha... sonhar...

Então eu sonho... sonho que te amo...

(14/04/2008)

Embaixo dos contorcidos galhos secos
da árvore toda desnuda das folhas secas,
levadas pelo outono...
arrastadas pelos ventos...

E em um galho mais alto, uma única folha seca
reticente e presa...
Na tentativa de se manter ainda pelo pouco de verde
que ainda lhe resta na haste, prender-se...
até a chegada da primavera...

Mas, ainda temos um inverno...

Numa manhã a folha sumiu... seguindo o vento...
Cumprindo o eterno ciclo da vida...
Que a todos, tanto nos apreende...
com o inopinado...

Apenas nos entregar e nos deixar ir...
fazendo parte de todo um ciclo,
que por mais que queiramos...
chega uma hora que nos leva o tempo...

Uma senhora de 97 anos, cabelos branquinhos...
e com um sorriso de tempos...

Com o tempo se aprende que se chegou onde chegou
E não importa mesmo onde se esteja
Mas uma coisa se aprende
Só seguir o âmago, e qualquer lugar não serve mesmo
Onde vou não sei e nem quero saber...
O mundo é imenso, a praia é extensa...
E existe o azul do mar para se olhar...

Não sei se controlo meus atos ou se minhas emoções os controlam...
E também nem quero saber... apenas viver
E apenas amar a natureza que Deus me oferece...
A vida que se apresenta... indo... vindo... como mar
O que posso esperar, se a vida me toma em fôlego
Se o que se leva da vida é a vida que se leva...
Cada qual como pode, quer ou sente...

Busco razões como complemento aos meus pensamentos
O resto vem por acréscimo...

Eu só te perdôo e te libero,
se souber que todas...
mas todas elas...
te querem...
Pois seria covardia...
teres que aturar mais uma louca...
Mas se souber que somente eu...
só eu te quero...
Aí então meu querido...
você não me escapa...
você é meu...

Se estou aflita você me acalma
Se estou perdida você me aponta um caminho
Se estou ansiosa você me faz acreditar
Se estou iludida você me mostra uma realidade linda
Se estou chorando você me faz rir
Se estou vaidosa você me mostra que a simplicidade e mais fácil
Se estou triste você me acalenta
Se te desejo você me realiza
Tudo isso eu consigo só de olhar pra ti
Só porque estou te amando...

Pra ti escrevo com devoção
Por ter a mesma linguagem
que a minha...
Te reconheço em cada palavra
como se fosse a mim...

Por isso afirmo que te amo...
Por que te encontro em mim...
Como identificação de alma
de um ser igual a mim...

Um amor sem propósitos e
nem de propósito...
Apenas sentido... encontrado...
Num planeta mais um...

Dissipando a solidão
em canais de freqüência, por saber
que no mundo não estou só
pois há quem pense igual a mim...

Como é bom saber que você esta aqui...

Mantenha-se presente
lembrando-me que
existo ...
Para que eu não
me perca em
mim mesma
Nas minhas
confusões e
conflitos
Quando te sinto,
sinto a mim
mesma, como
uma transfusão
de espíritos...
Porque só você
comprende este
sentir, me fazendo
compreender que eu
existo...
Não sei se isto é o
amor ou um
significado que
preciso...
Mas necessito que você
perceba o quanto
é importante pro
meu espírito...
Sua presença é
tão forte, que me
decifra os enigmas...
Ah! Como compreender este
tipo de emoção, que
sempre busquei, nunca
compreendendo bem
Mas agora ao menos,
Sinto...

A chuva dissolvendo
minha incerteza
a tristeza também
dissolvendo...
na esperança do sol que
me revela o calor do coração...
Se o céu é azul... o amor também
cinza é a chuva... é o medo
que se dissolvem...
uma montanha de nuvem
formando formas
se derramando
a cada pingo...
a cada gota...
nesta incerteza...
Sentindo prazer
em me molhar...
por ser aberta pra vida...
e pra certeza de amar...
sem medo...
portanto se agora me atordoas
logo cessa e rega em abundância
a vida... meu coração...
volúvel... efêmero...
e sempre leal as paixões... emoções...
que não se nega a sentir...
faça chuva...faça sol...
só essa dúvida que me atordoa...
mas sinto esvair como chuva...
porque sinto prazer em sentir a chuva
e acredito no meu sol...

Vamos botar esse bloco
na rua e esticar esse cordão...

Acreditar que podemos amar
e puxar uma corrente de emoção...

Eu quero é cair na folia,
porque sou um folião...

Quero é aproveitar, porque
a vida não pode ser séria , não...

Não sou padre nem sou freira
e retiro é coisa pra budista...

O meu zen é na avenida, só acaba quarta feira
e eu quero é brincadeira...

Sair pelas ruas puxando samba
que me leve a um lugar de verdade...

Que é dentro do seu coração...

Um caminho parece sem saída
Num olhar restrito e com fim...
Quem sabe! Talvez uma curva...
Entremeada entre cordilheiras espetadas
Se abrindo em uma paisagem...
De um céu sem fim...
De um azul dourado sobre águas...
A te conter um murmúrio...
Olhos marejados,
e um suspiro...

O coração esvaziou
Acabou-se o tormento
A boca selada sem lamentos
Não mais se empadece
Na ânsia do momento

De olhos vazios
Com serenidade triste
Num pacato arrependimento
Dos pensamentos ardentes
Que sumiam com o chão

Te confundiam a alma
Que subiam a mente
Numa estranha confusão
Agora sozinho sem sofrimento
Numa enorme imensidão

A chuva caindo através do vidro
Seu reflexo emoldurado na janela
E retratando seu olhar além...
A sua imagem como fotografia
Que guardo em meu peito
O som do violino
Preenchendo o ambiente
Aquecendo-me o espírito
A cortina rendada esvoaçando...
Como veleiro a navegar minha imaginação
E o candeeiro balançando ao vento
A luz piscando como estrelas
Refletindo meus desejos ardentes...

A dama da gafieira
com pinta de rampeira,
cheia de patchouli;
saltos desgrenhados
tortos e engraçados,
vestido rosa choque
não pink, bem abrasileirado
em tecido acetinado,
farto decote em seios
também fartos e generosos,
de causar comoção
em imaginar-mos
a máquina e a
costureira...
Uma maquiagem com
resquícios infantis
de cores desorientadas,
ou quem sabe com
algumas cervejas e luz fraca...
Com seu par engravatado
embuídos da responsabilidade
do espetáculo...
a valsar com tamanha honradez
como se fosse a
primeira ou a última vez...
Caracteres da noite que
emitem escamoteadas
intenções artística
de um povo...
de um tempo...
da Lapa...

Fragatas ao vento...
e eu deitada aqui
na areia a olhar o céu...
nuvens cinzas
encobrindo o azul
Fragatas planando
voltando do mar,
escapando do prenúncio
de chuva,
sem bater de asas
planando...
as vezes em rodopiados
caracóis...
se certificando das correntezas,
constatando seu conhecimento
do ar, em mergulhos...
algumas a furtar peixes,
nas demarcações da rede de pesca
e outras a fisgar em ocasionais
mergulhos no mar...
Cada qual com sua característica,
de instinto... ou inteligência...
Embora as da rede pareçam espertas...
As selvagens em decorrência
natural dos instintos,
maiores e mais belas...

Aquela casa é minha
É minha aquela casa
Ela tem olhos, nariz e boca
E me diz
Você é dona
dos escombros
janelas despencadas
muito entulho pelo chão
Esta casa é minha
Porque me diz
Que é como eu
Abandonada
Todos enchem os olhos
E querem a casa
Mas a casa diz
Sou tua
Você é como eu
Se outro aqui entrar
Eu expulso
Só se for você
Só se for como eu
Sem teto,
abandonada
Mas que tem alma...

Quando os corações batem numa mesma freqüência
Um sabe o que o outro sente...
Ecoando uma mesma nota

Seu coração me irradia doçura,
E desabrocha em meu peito uma flor,
Um aroma... cor... que afloram em esplendor

Me trazendo alegria, e a vida sorri...
E afastando as suposições que me entristecem
Logo quando sinto você por perto

...me faz doçura

Como abelha, busco seu mel
E você como zangão, minha flor...

Vi minha sombra no espelho
E pensei não ser eu
Parece que fugi de mim
E não sei pra onde fui
Fiquei a pensar, por que
Daquela imagem fria
Foi que então percebi
Que meu coração não estava ali
Tentei, busquei
Saber em que canto se enfiou
E descobri num pássaro que cantava em flor
Um canto de lamento e dor
Uma lagrima em meu rosto brotou
E como pedra rolou
Na flor que desabrocha em cor
A frieza de um amor
Meu coração se despedaçou
Em pedacinhos rolou
Numa praia se formou
Para eu construir castelinhos...

Das minhas impressões
reflexões
resultam as expressões

resultado do exterior
assimilado pelo meu verdadeiro sou
somatizado com sabores e dores

digo quem sou
a quem queira saber

não sou ninguém
nem mais nem menos
diferente

vim ao mundo curtir
cheguei aqui encontrei muita burocracia

vou levando
sem muitas pretensões
a não ser te conhecer...

Eterno natal
de luzes douradas piscantes
do entardecer na enseada
com barquinhos coloridos dançantes

Em cada curva se abre
uma janela paradisíaca
que chega ser estática de tão bela...

Ninguém ousa quebrar
teu silêncio... teu encanto...
somente os pássaros
e o turbilhonar sibilar das cigarras

No horizonte relampejos
de um indelével fim de tarde
que se instala no fundo da mente

Entre uma cerveja amarga
e o amargor...
de uma doce lembrança
saudosa...

Sonhos que se dissipam
nas realidades...
mas não em minha mente...

Parecia tão consistente
Quanto uma montanha
Mas não passou de uma
Miragem...
Que me seduzia
Me vertia em sensualidades
Agora se dasata numa sangria
Como delírio no deserto
No fimamento de um
Oásis que se desanuvia
No desejo de uma fonte
Com água cristalina
É como sentir saudade
Daquilo que não houve
Preciso parar de
Acreditar em sonhos
E buscar só a realidade
A vida...
Vou encarar tudo apenas
Como uma perturbação emocional
Que eclodiu em sentimentos
Em arrebatamento... em amor...
Vou cerrar meu sorriso... minha alegria...
Pois tudo não passou de
Uma alucinação deliciosa
Uma cavalgada galopante
De sentidos...
Num corcel negro com franjas
Ao vento... ao luar
Deste meu entorpecimento
Enlevamento...
Que existiu apenas na minha imaginação...
De um desejo...
Por isso fiz pra ti esta poesia...

Luar a trilhar à estrela de destino
No poente farol em rodopios
Como minha alma emotiva
Ponto de referência de descanso
De abrigo
Refúgio para navegantes
Fundear as amarras
Em terra...
Por tempo necessário
Logo parto em busca
Entre luz e escuridão
Na orientação de um novo destino
Lá se vai minha nau,
Seguindo...
Estrelas, lua e farol
Luz que me acende a emoção
Em estímulo na tamanha
Imensidão da vida...
em noites de ébano
Conduzindo-me na
certeza de um porto seguro...

Gota negra
maquiando um olhar
em estilo...ou sentido...
a carimbar
sobre balcão
papéis desimportantes
enfadonhosamente rotineiro
como um ser noturno
na obscuridade da escolha
a não condizer
com a palidez de
seu plácido rosto málacio
a denunciar-te
alguma fraqueza

Esquelética árvore
da larga avenida,
entre frondorosos arranhas-céus,
suportando a estéria
dos concretos
da minha cidade
fervilhante de vida
como num desafio
com uma diferente forma
como se fossemos
delinqüentes juvenis
a nos rebelar
em necessidade
de criarmos um
espaço mais
condizente
com nossa natureza
análoga
Te trago no peito
minha histérica frondosa
que aniquilando
em forma esquelética
a árvore
mas ao menos um
pedaço do mundo
para a minha natureza...
que pulsas como se tu
fosses meu coração.

Não sei se sou teu desejo
Mas sei que és meu sorriso
Identifico-o pelo que sei
Nas emoções que carrego comigo
Apenas em reconhecimento
Sei que és o amor que sinto
E que o reconheço em você
Pois és o que acredito

Não sei se te preencho
Como as águas num oceano
Mas a mim
Sinto a atmosfera que respiro
Do ar que preciso
Do vento que me sopra
Sem nenhuma ansiedade
As caricias do tempo

Se te encontro ou não
Não sei
Só sei que sei quem és
Pela simples razão
Da alegria que sinto
E por saber
Que você sabe exatamente
O que eu sinto

Vou achar um caminho inverso,vou...
Incerto do destino
Deste nem quero saber
Apenas saltar à certeza do destino

Vagante colhedor de estrelas
Amante da natureza
Generoso despertar
Alçar meus anseios
Buscar quem me procura
Unicamente por me entender assim
Nada querendo mudar
Descobrindo-me
Ao invés de quem me anula