Marcus Patrick Pens
O tempo passou
O sentimento se foi
E na explosão de uma supernova
Sou essa estrela que se apagou
Como uma nebulosa, que brilha tão longe de você
O tempo passou
Já não existe nós dois
Mas a vida continua
O sol ainda brilha
A chuva também cai
As pessoas caminham pela rua
O tempo passou
E o que ficou
Foi um fim de tarde
O calor de um dia ensolarado
A melancolia de um dia de chuva
Um amor descontrolado
Inspiração das mesmas musicas
O chimarrão é a companhia no fim de tarde desse alguém
O livro é a amizade que muitos não tem
Meu blog é o que eu escrevo
O que escrevo sou eu mesmo, e o que me faz bem
Porque saudade é assim
Quando vem, vem cheia de vontade
Como um oceano sem fim
Porque saudade é do tamanho de um abraço
De um longo abraço, que falta em mim
Porque saudade é nessecidade
Daquilo que me torna completo
Porque saudade é a simplicidade
De simplesmente sentir saudade
Eu só quero uma bela xícara de café pra pensar
Um caderno pra escrever
Algumas músicas pra me inspirar
Um bom livro pra ler
Eu só quero um dia de sol pra sonhar
E no fim de tarde a gente se vê
Leonard contemplava um fim de tarde em preto e branco
O céu acinzentado resplandecia ao seu redor
O dia terminava sem graça
Era só um garoto, sentado no banco de uma praça
Nos últimos instantes da vida se foi sem saber
Uma alma esquecida,
sem o sabor, de um grande amor para viver
Cedo ou tarde, quem sabe,
a gente se encontra
Na beira do mar, pelas ruas da cidade
Em algum lugar
Cedo ou tarde, quem sabe,
a gente se encontra
Pela madrugada, em algum fim de tarde
Eu escrevo tudo errado
simples e complicado
Escrevo tudo errado
depois de acordar
quando fico embriagado
Eu escrevo tudo errado
quando tento escrever
sem saber que estava apaixonado
Escrevo tudo errado
e a culpa nem é minha
mas de quem ta do lado
De tarde chovia
O céu acinzentado
Terminando o dia
De tarde chovia
Uma caneca de café ao lado
Enquanto eu lia
De tarde chovia
Meu mundo era bem menos complicado
Só eu sabia
Eu termino a noite assim
Tão longe de você
Meio perto do fim
Eu termino a noite desse jeito
Sem sentir o efeito
De você perto de mim
Termino na melancolia de sempre
Sem saber quando acaba
Ou termina de repente
A minha lua é a mesma que a sua
Que brilha no céu, ilumina a rua
A minha lua as vezes se esconde
Por cima da chuva, atrás das nuvens
As vezes não sei aonde
A minha lua é a mesma que a sua
Que brilha no céu, ilumina a rua
Que se desenha no mar, com caneta e papel
'Vamos fugir
Pra outro lugar'
Aonde a gente possa sonhar
Bem longe daqui
Vamos sumir
Eu quero sentir
O vento soprar
Vamos fugir
Pra ver o fim de tarde
Na beira do mar
Hoje começa um novo caminho
Na procura de algo que me faça bem
Acompanhado ou sizinho
Hoje vou mais alem
De lá eu vejo o mar
No fim da rua, do alto do morro, na curva de uma esquina
To pegando a 101, largando pra Floripa
Gaúcho de verdade não abandona a sua terra
Leva no peito a saudade que, toda tarde, traz dela
Erva, cuia, chimarrão
Eu vim do interior...
Morei na cidade, morei novamente no interior
Fui para o litoral, e voltei para o interior
Já morei em tantos lugares
E nem sei de onde eu sou...
Acho que lugar nenhum, pois o mundo é minha moradia
A vida é quem me leva, e o vento me guia
Eu acredito nas pessoas, e sempre espero mais delas
Amar é uma arte, sofrer faz parte
Abraçar e receber um sorriso, sonhar e pensar é preciso
Simples assim, eu acho que a vida é isso
Ele e ela caminhando sozinhos
Numa praça vazia
Naquele dia chuvoso
Na tarde fria
Ele e ela em baixo guarda chuva
Ela sorrindo e ele nervoso
Ele e ela sentados na estação esperando o trem
Ele dizia lindas palavras
Enquanto ela segurava sua mão
Ela o olhava emocionada
Uma lagrima escorria em seu rosto
O coração acelerado podia sentir
Dois jovens apaixonados
Vendo a chuva cair
De madrugada tudo sempre faz tanto tempo..
Eu sou um vazio, morrendo por dentro...
Como um dia frio, cinzento
De madrugada tudo sempre é desalento.
Eu só queria poder dormir e acordar vendo esses dias tão sei lá o que, passarem mais fatídicos do que já são, no estranho vazio e silêncio da solidão. Sabendo que não há propósito algum e no fim das contas nada faz sentido, pois o universo é indiferente, ele nem se importa com a gente.
A verdade é que sempre foi assim
Nunca parou de chover em mim
Os dias são tão cinzentos
E tudo que sou
Não cabe no pensamento
Mais uma noite que vem
O pensamento é sempre o inimigo
E o que a gente tem
E só mais sentimento reprimido
Mais um dia que acaba sem propósito
Tanto argumento sem sentido
Pensamento comprimido
Mais um dia que se vai
Sem razão para ter existido
Talvez eu seja apenas um fantasma
Vagando sem rumo
Como um barco fora de prumo, procurando uma direção
Talvez eu seja apenas uma sombra
Um sussurro na escuridão
