Leonardo V. Castro
Um capitão de primeira viagem pode atracar com contêineres de amor e benevolência, mas nunca de conhecimento.
Por que precisaríamos mirar com bombas atômicas se já temos bem alinhadas aqui em baixo a mentira e a preguiça?
As mais comoventes histórias nunca foram narradas em grandes revistas, as mais belas fotos nunca foram expostas em famosas galerias de arte e os mais íntegros indivíduos nunca escalaram qualquer tribuna.
O nosso planeta possui um diâmetro aproximado de 12.742 km. Esse diâmetro, dividido pela metade, daria algo em torno de 6.371 Km. Logo, portanto, essa é a profundidade máxima que qualquer poço terrestre poderia, teoricamente, alcançar. Mas então, pergunto-te: Com tantos "fundos de poços" atingidos consecutivamente, já não estaríamos, nós, habitantes da Ilha, escavando e escalando, do fundo para a superfície, as paredes de um segundo poço? E quando a superfície deste fosse atingida, daríamos início à escavação de um terceiro poço? Quando afirmarem que a Ilha do Poderá desafia os limites da lógica e da física, pois levem isso muito a sério!
O homem-morcego, habitante dessas noites sombrias da Ilha, nunca conta com os nuances de sua visão; prefere confiar seu rumo no eco das trevas sopradas em seu ouvido.
Se Charles Darwin fosse tudo isso mesmo que dizem por aí nos nossos livrinhos didáticos e se suas teorias de fato fossem tão lógicas e desprovidas de complexidade quanto prega a indústria da Religião Verde, o cérebro humano teria evoluído com um “botão reset” na nuca.
Duas sensações que todos experimentaremos um dia: a morte e a descoberta de que o mundo não é tão bom assim.