Leandro M. Cortes
Amei-te, mesmo antes da tua existência.
Amo-te, mesmo antes de te conhecer
E vou te amar até o fim.
Em nada mudei, não atravessei a rua,
Nem o olhar, nem o caminhar.
Apenas deixei-me levar.
Como se a perfeição maquiada e alinhada,
Você chegou, logo vi, percebi
E aceitei suas imperfeições.
Eu sabia, já sabia, sabíamos que seria amor.
Que é amor. Que será amor, além
De qualquer equívoco.
Porque de alguma forma a gente sempre sabe,
Sente mutuamente a entrega
A devoção entre amores.
Às vezes penso ter amado demais,
Em outra menos do que poderia
E continuo amando.
Amo desnudo, sem medo e sem receio.
Simplesmente amo amar. Amo,
Sem a certeza do amor.
Amo, porque amar é alimentar a alma,
O amor e continuo amando,
Mesmo ausente.
O amor é chama que se mantém acesa.
É vento, brisa que sofra, sussurra
Diariamente: Eu te amo!
O amor é uma obra de arte em exposição.
É o olhar que bate. O desejo
Que desperta no interior.
Amar é o preço que se paga pela gratuidade.
O amor é essência viva. Amar é transpirar,
viver e exalar felicidade.
Garçom! Por favor! Uma dose a mais de risos, abraços, olhares, afagos e amores. Essas coisinhas que de vez em quando embriagam a alma de tanta felicidade. E que prevaleça o amor no fim.
Digo e tenho dito. Digo e repito: Que seja feita a sua vontade. A vontade de Deus! Apenas que seja amor, que seja felicidade, que tenha leveza e brilho no olhar e que nossas vontades coincidam. Aliás, que nossas almas se cruzem numa dessas noites qualquer e que seja doce. Simples assim!
E não existe nada que apague lembranças e memórias, nem o riso mais doce, porque esse resistirá bravamente a essa tênue, frágil e quebrável linha chamada tempo.
E nessa hora finjo um riso, viro comédia, palhaço, penso em coisas doces e leves, qualquer coisa que afaste de mim essa tal nostalgia. Porque sei que é coisa que passa e trespassa. Como dizem por aí: Nada dura para sempre, nem amores e nem dores.
Penso em você como uma estrela, uma pequena estrela, a mais brilhante e púrpura em meio a essa constelação que habita o espaço. Te vejo e sinto radiante e tão cheio de vida aqui dentro. E toda vez que penso em você bate uma saudade. Bate forte e transborda esse rio interior. Alaga tudo e deságua além, bem além desse jardim. E depois da tempestade tudo volta a florir ainda mais lindo e belo.
Que não nos falte coragem, nem força e nem fé para suportar e superar os baques, quedas e dores que a vida nos impõe. Dias nublados. Dias de sol. Dias de luta. Dias de glória. Fé em Deus! Fé na vida!
Sempre haverá outros risos, abraços e amores. E não mudo, não! Serei eu mesma até o fim. Se não deu certo, que venha o próximo, a próxima prova, o próximo número. E não desisto de encontrar o meu número, o meu par, minha outra metade, minha alma gêmea.
De repente entre um rodopio e outro, numa dessas voltas que a vida sempre da, vem alguém e te toca lá no fundo. Fundo do coração, da alma e torna seus dias mais azuis e doces.
Haveria algo mais cruel que encenar o amor?
Que criar scripts, roteiros, falas
E planejar o final?
Dar-te-ia a possibilidade da escolha.
De escolher entre a continuidade
E a sobriedade.
Mas, o amor é embriagante. É um porre.
É um vício fatal. Como viver sem.
Como? Diga-me?
Crio e recrio cenários e personagens.
Inícios e meios, mas nada
Altera esse fim.
Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Fui condenado a te amar,
A viver te amando. Amar-te é meu martírio.
Te amo com amor e zelo. Amo-te, por que te amo.
Amo-te, porque amo te amar. Amo-te, na rotina
Do dia-a-dia. Amo-te na repetição da palavra.
Amo-te na incoerência do momento.
Amo-te na madrugada. No alvorecer.
Amo-te mesmo fatigado. Amo-te com
Todas as minhas forças. Amo-te,
No tropeço, no olhar perdido,
No pensamento que mesmo ausente,
Te faz presente. Amo-te cuidadosamente,
Porque o amor é um sentimento frágil
E passível de se quebrar.
Amo-te! Simples assim!
Amor é bem mais que prazer, deleite.
Que simples vestígios de uma noite.
Que a estada, que a presença.
Amor requer bem mais que beijos,
Toques delirantes, travessuras
E malabarismos na cama.
O amor não é território. Não se demarca.
Amor se conquista. É sentimento
Que nasce silenciosamente.
Amor não é só atitudes, ações e presentes.
Amor a dois sem palavras é solidão.
Amor necessita ouvir.
O amor por vezes requer proteção.
Deseja apenas ouvir: Hei!
Eu te amo! Eu estou aqui!
É a vida. É a vida. Repito! A vida é assim. É passagem. É passageira. Somos passageiros e passamos despercebidos de vez em quando.
E a vida segue apesar dos pesares. Apesar das dores, apesar dos quase amores. Apenas não se perca. Não perca a fé, nem as forças, nem as esperanças e nem se embruteça a ponto de não mais sentir o amor. Nem perca a capacidade de perdoar, se perdoar, amar, re-amar e remar até o fim sempre. E que esse fim, anteceda sempre um novo início, uma nova história, a continuidade do amor, da vida.
Não existe nada mais gratificante que o amor. A gratuidade do amor. O doar-se sem nada esperar em troca, senão, amor de volta. Que seja amor. Que seja é o que tenho repetido incessantemente.
Algumas coisas na vida são incontornáveis, mas calma, é só o outono chegando. Logo, vem a primavera e tudo volta a florir, ainda mais lindo e belo, inclusive o amor. Especialmente o amor!
Ame, sobretudo, com o coração. Pois, os pensamentos traem e os olhos se rendem a perdição. Já o coração, esse é amor e pureza na sua essência interior. Tudo que vai além da passageira aparência exterior.
Acontece que a vida não vem com cartilha, nem manual. Ou você cresce e amadurece, ou aprende com os tombos. Simples assim!
Sempre haverá um sol além do horizonte, coisas bonitas, abraços, sorrisos e um amor a sua espera. Há uma coisinha chamada fé, que deve ser cultivada e renovada diariamente. Te desejo uma fé enorme em suas caminhadas.
- Me deseje algo bonito, doce e maravilhoso!
-Te desejo...
- O que?
-Te desejo...
-Deseja o que?
- Desejo você! Simples assim!
- E haveria algo mais bonito, doce e maravilhoso que te desejar?
Ela insistia em reler aquele livro e viver aquela história pela centésima vez. Havia algo doce nela, leve e humano, além daquela carapaça. Havia algo bonito. Algo que a fazia acreditar que seria dessa vez. Que dessa vez daria certo. Havia nela uma fé enorme, no amor, na vida e nas pessoas.
De vez em quando corpo e mente se desconectam, perdem a sintonia. A sobriedade do corpo, por vezes, necessita de uma mente equilibrada, longe de qualquer embriagues que a torne distante da realidade.
A vida é uma pipa livre, leve e solta no espaço.
A vida é essa tênue e frágil linha. É essa ligação,
Esse imã que nos prende. A vida é
Uma invenção divina. A vida é um quebra-cabeça,
Que se monta e remonta. A vida é um mar.
Mar de risos, mar de lágrimas, mar entre ondas
E tempestades, que logo se transformam
Em marolinhas, águas calmas. Dias de sol.
E seria vazia se não houvesse, nem abraços,
Nem amores e dores. Nem fins e
Nem inícios, Opto pelo ápice, os meios.
Na vida tudo passa e trespassa. Nem tudo
Que vai volta. Nem tudo que chega vai.
A vida é um labirinto, onde se perde
E acha. A vida é essa eterna e
incessante busca pelo amor, pela felicidade,
Pela plenitude. Por alguma coisa que
Nos complete interiormente.