Lavoisier

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Ele saiu sem compromissos
Livre de correntes nas quais
Jurava que o prendiam.
Mas ao descobrir que
Trazia a chave no bolso,
Saiu pra não voltar.

Viu o sol brilhar sobre seu rosto
E um mundo a se explorar.
Sentiu na alma a leveza
Na condição de liberdade
Que finalmente se permitiu.

Parou de ligar pro "não"
Pra ser feliz enquando espera
O dia do "sim".
Lavou as mãos pras situações
Que não estão sob seu controle
E se descontrolou.

-Enlouqueceu?
Que houve com ele?
(Perguntaram)

-Não, foi arquitetar sua vida
e se divertir com as peças.

Hoje procura respirar
Ao invés de lamentar.
Porque o preço de
Outros lamentos já o impediu
Além da conta e,
Optou por aproveitar
Sem compromisso de "para sempre"
Porque o hoje exige urgência
E ele só tem pressa pra ser
Do que se tornar lá na frente.
Que seja duradouro se for para ser
E o vento leve como as folhas secas
O que veio a passeio.

Não traz bagagens
Porque tudo que precisa
Traz consigo em seu peito
Nas batidas do seu coração.

E no soar dos tambores do lado de dentro
Inicia a nova sinfonia de sua vida.
E sob o novo som
Pisoteia e dança sobre as dores
Que calejaram o peito
E as setencia a morte súbita
Dando o direito a entrega de corpo e alma...
Não a outro
Mas a si próprio
O verdadeiro "grande amor da SUA VIDA"
quem nunca vai dizer um adeus.

E do lado de fora
Já vê cores num mundo
Onde só via nuvens escuras de julgamento.
Se deu o direito de não permitir
Que os seres vazios jogassem tintas escuras em seu mundo.
Ele mesmo é o pintor
E pintará seu novo céu particular.

Inserida por AleffLavoisier

A feroscidade do amor
se anuncia nos dias tenebrosos
onde não se pode se certificar
do quanto está para durar.
E logo, o prazer e a angustia
se abraçam no medo da perda.

E quando se vai,
o que sobra no coração
é a angústia dos dias sozinhos...
os quais desejou não mais viver.
Não perder os olhos,
nem os beijos únicos que
teve de esperar milênios
para dar e receber.

Contei os meses,
os dias,
as horas
e até os milésimos de segundo
por algo que se foi,
virou fumaça.

Não há culpado
nem do lado de cá
e nem do de lá,
mas dois que
não viveram os sonhos
deixados de lado.

Na balança foi jogada
as falhas,
as magoas,
as mentiras,
os danos,
as expectativas,
as mudanças.
E no outro prato,
o amor pesou menos.

O amor se perdeu
dentro de NÓS
o qual foi amarrado
por entre os dois
criando um ponto de desencontro
iniciado a distância
e apertado na proximidade fisica.

Os problemas cresceram
além do que ambos
pudessem suportar.
Mas no fim,
retornamos ao inicio,
a amizade inicial
embora não possa
soar da mesma maneira.
E ainda assim,
desejo-te um novo amor
melhor,
maior,
que dure mais
que abrace mais
que beije mais
que olhe mais
que ame mais
e não mintas jamais.

Felicidade duradoura,
tanto quanto as estações
e que faça florescer sua alma.
E a minha há de ser primavera
pois floresceu perdão
e liberou alivio antes de voltar
e ainda aceitou a verdade.

Tudo é o que é,
o que tem de ser.

Inserida por AleffLavoisier

Meu nome é...
Por: Aleff Lavoisier

Eu sou os atos erroneos,
a culpa dos inocentes.
A farpa cravada no peito,
a magoa escancarada na face.

Eu sou o tempo perdido,
a tristeza que ocupa teu ser,
a viagem sem volta,
os laços quebrados.

Eu sou a inimizade cultivada
e a semente do ódio no meio dos homens.
Sou a devastação da vida
o esquecimento dos sofridos,
a queda dos sonhos profundos.

Eu sou o fim do mundo,
a crise ambiental e financeira
O sorriso apagado
e a noticia ruim no jornal pela manhã.

Sou a discriminação,
o chicote nas costas
a ferida brava,
A guerra iniciada pela paz.
Eu sou a paz que não chega
a divisão da terra em blocos
como se não fosse a mesma casa.

Eu sou a desavença religiosa,
o homem matando em nome de Deus.
Sou a semente da dor
plantada e regada por todo homem.


Dizem por aí que
meu nome é Lucifer
mas costumo me apelidar de
Você, homem...
que não adere a culpa dos atos infames,
da dor que sente e causa,
da infelicidade que dá a quem te ama,
que é rispido e intolerante,
que não estende a mão
e não preserva a vida,
e por fim não sabe o significado
das consequências sobre o mundo em que pisa.

Então lembre-se
meu nome é Lucifer
mas meu apelido é
Você.

Inserida por AleffLavoisier

Eu que sou menino e ando só,
te dedico essas breves palavras.

Minha solidão junto a tua
Se torna companhia
E uma amizade também
É ser irmão de uma alma.

Então se apressa em me ver
Te quero ver sorrir pra mim.
E lembra da promessa
Que te fiz aceitar:

sorri amanhã
E logo ao deitar
Se lembra que vai ser
Amanhã novamente
Assim que amanhecer.

Inserida por AleffLavoisier

Na cadeira do diabo
Promete andar por onde
Lhe disseram pra não ir.
Não ouve o Messias
E escolhe a vida profana
E contraditória.

A moça canta seus versos
Sob tempestades profundas
E entre as revoltas sangra
Nas notas do seu violino
Compositor e desenhista,
Tradutor da sua solidão.

Dias noturnos,
Noites mais escuras ainda.
Tudo que ela tem naquele lugar.

Valsa da morte
É toda música que consegue
carregar por entre os dedos.
Este é seu casamento com a noite
O Apartheid do mundo que abomina.
Usa a aliança do desespero
Pra não esquecer do adeus
Que recebeu de um noivo
Que não a amou.

Na escadaria da mansão
Conta a cada degrau
Uma ferida que lhe fizeram.
E ao descer,
Todas aquelas que causou
Por não saber acreditar mais uma vez.

A cruz na sala de estar
Hoje se encontra invertida
Iguais as palavras que
Soaram de amor em
tempos passados.

E quando escreve no diário
usa tintas de sangue
Porque é aquilo
Que a lembra ainda estar viva.

Nas manhãs de quarta-feira,
Ao som da caixinha de música
De sua saudosa avó,
Dança a beira do precipício
Porque nenhum perigo
Soa maior do que amar
E não ser amada.

Um dia a moça padeceu
E antes de ir notou que
De tanto se proteger
De nada experimentou.
E lembrou-se da frase da sua vozinha:
A morte acontece todos os dias
Que você respira e não aproveita isso.

E nessa quarta feira
Viajou pro outro lado.
Sua alma só via grades
Por onde ia e não compreendeu.
Um homem a explicou
Que aquela era a sua vida.
Cada momento alegre
que resolveu trancar
Em jaulas e não sentir.
O homem mostra pesos erguidos
E diz ser o seu orgulho
e rancor fundidos.
E lhe adverte:
"Aqui não é o inferno,
É dentro de você que estamos
E não há inferno maior que esse:
ver no lado de dentro
Todas as consequências dos danos em vida
Os anos mal aproveitados,
Os sorrisos não entregues
E toda uma vida sob o medo.
E tudo que tens é
a mesma cadeira que sentavas
E o diabo no fim de tudo
É clone de ti
Pra te mostrar que
Fostes teu único mal.
Não te fizeste feliz
Porque um homem não assumiu
A responsabilidade que recebeste para ti."

E ela senta consciente de que
O fantasma tristonho de quem
Ela foi em vida,
Poderia ser a moça radiante
antes do tal moço lhe partir.

Todo o reino que tens,
É a vida única que tens
Que a felicidade seja tua rainha!

Ei moça bonita,
ainda lê o que escrevo?
Se for pra chorar
Que seja pra regar o coração
E deixar liberar os pesos.
Se for pra ficar de mal
Que seja com a tristeza.
Sabe o rapaz que se foi?
Ele foi perder seu tempo
Enquanto a rainha está aí
Emotiva,
Viva,
Inteira.
Mas precisava que alguém a lembrasse.

Você não é cacos
Você é diamante!

Dias difíceis
Curas possíveis.
Magoas potáveis;
Dela todos bebemos
E podemos deixar ir,
Evaporar.

Alimenta a mente e o coração
De paz e a certeza que
sempre vem algo diferente.
Só não fica aí
na cadeira chorando.
Ele já foi né?
Então deixa ele ir de você.

É só um dia ruim,
não uma vida.
E não há de ser
a falta dele,
que será a tua morte.
Mata a tristeza sem dó.

Inserida por AleffLavoisier

Era uma vez
SOLIDÃO

Viajante da noite
Por entre os desertos.
Peregrina entre o caos
pairando entre os ares.

Mandíbula que crava na pele
do homem em exílio.
Desarraiga no toque de seus lábios,
desnorteia no balanço de seus cabelos negros
e cria a hipnose em sua mirada.

Agita o caldeirão da desilusão
e joga com os varões em represália.
Afronta a alegria e a simpatia
enunciando a sua era.

Caminha por entre os poços do desengano
e naufraga os navios dos sonhos.
Petrifica o núcleo dos seres
fomentando a alma narcótica.

Era uma vez Solidão,
moça indesejada,
porém ensinou a alguns homens
que veio a esse mundo a passeio
mas deixa sua bagagem
pois volta a qualquer segundo.
Pois é feita do SOLO em que habitam
das IDAS que fazem
e dos cumprimentos que não DÃO.

"Sozinha, indo eu dou a todo ser
o ermo da minha presença."

Prazer,
Solidão.

Inserida por AleffLavoisier

Senhora Noturna, Senhor Diurno

A senhora chegou primeiro a cidade,
era mais antiga na existência.
No baile do Gênesis
era a única de vestido negro e comprido.

Ela dominou toda a festa com elegância
e governou a vida onde habitava
até a chegada de um diferente senhor.
Lhe parecia tão fabuloso e estranho
encontrar alguém tão diferente dela.

O senhor esbanjava simpatia e leveza,
trazia um toque luminoso
que envolvia os habitantes da cidade
em seu encanto.
Em vestes amarelas distribuía
calor por entre todos.

E a senhora apenas observava tudo
atenta e temorosa
pelo momento em que tivesse
de conhecer tal senhor.
O tal a avista em deslumbre
a lhe observar e segue em sua direção.

Ao tocar as mãos,
ambos estremecem
e por segundos,
esquecem das diferenças
que aparentam entre si
e conectam-se em profundidade.
E percebem que aquele encontro
realmente foi marcado pelo Criador
e resolvem se casar.

Senhora Noite emocionada,
derrama lágrimas azul marinho
ao contemplar o Senhor Dia
em meio a seu sorriso dourado,
ajoelhado a lhe entregar a aliança
inquebrável do tempo,
que ambos nesse momento simbolizariam.
E dessa união nasceram as horas
e esses tiveram filhos:
as estações.
E a cidade Terra começava
a ser desenhada para a chegada do homem.

E até então,
os Senhores do tempo
abraçam a cidade
e fazem ciranda ao seu redor
dizendo que os opostos
não só se atraem
mas se complementam.

Inserida por AleffLavoisier

Poetiza da noite
Com tinta do coração
Esprime palavras
vindas da alma.
E assim como a música
Suave aos ouvidos de cada um,
Com delicadeza invade
E atrai a calmaria.

Na balança das emoções,
É o desequilibrio constante,
O abraço entre a tristeza e a alegria.
De versos que choram,
Poemas que acalentam,
Mil facetas de um único rosto.

O baú que revela os tesouros
Escritos a mão em sua mesa,
Ou talvez diante de uma tela,
E do mesmo modo,
Mensageiro das reliquias,
Viajante do tempo, evangelista do amor sublime,
A rosa vermelha e a mais negra também,
A valsa e a marcha funebre,
O dia e a noite,
O corpo, a alma e o coração.

Traz os telegramas aos remetentes inesperados
E encanta-os em sua escrita.
Verdadeiro porta-voz da compreensão do incompreendido.

Cada verso é como um filho
Que dá a luz
Pra você,
Compositora da casa das sentimentalidades
Desenhadas em letras
E através despertar aquele feixe de luz no peito desacelerado, secar os olhos que refletem o peso da magoa, ou fazer transbordar por essas janelas do intimo que não aguenta mais.o peso.

Poetiza,
Põe palavras que eterniza.

Inserida por AleffLavoisier

[CARTAS PARTE 1]

Cartas para Maria

Hoje, terça nublada e fria
Me deu saudade de você Maria.
Deitar na mesma cama,
dividir a coberta,
Virar a noite ao teu lado,
Coisa que eu pensava não sentir tanto, mas sinto.

Sabe Maria, não soube ficar a teu lado,
Ir era mais fácil, deitar em tantas camas também,
Mais cada uma era mais vazia que a outra e me senti sozinho nessas noitadas.

Queria eu não ter saído nunca da tua cama, nem ter dito tantas bobagens ao bater a porta.
Me perdoe, você tão mulher pra se adorar e querer por perto, e eu fiz o que fiz.
bobo eu que não me toquei antes da mulher que tinha ao meu lado e fui atrás da libertinagem.

Hoje tô aqui,
Meio sem jeito pra pedir que me perdoe
E se for tempo, me dá outra chance.

Descobri que te amo
Quando lábios nenhum podiam
Me tocar como teus
E ninguém tinha o sorriso como o teu, o olhar meigo de garota traquina que engana a primeira vista, um misto de loucura e sanidade que me deixa em delirio só de lembrar.

Então princesa, volta pra mim,
Deixa te amar e fazer o certo dessa vez. Prometo te fazer bem e te cuidar.

Mil beijo desse João
Que te escreve com amor.
Aguardo sua resposta.

-João

Inserida por AleffLavoisier

[CARTAS PARTE 2]

Cartas para João

Oi João, faz mais de mês que recebi sua carta.
Decidi hoje te responder após tanto tempo sem te ver.
Sabe, faz 2 anos já que tudo terminou,
Tive noites em claro,
Choros interminaveis,
Tristezas incontaveis.
Senti tua falta, chorei, sofri
Até não ter mais lenha para queimar.
Teu abandono me fez querer sumir, morrer e sei lá mais o que,
Mas no fim de tudo, cá estou eu
Do outro lado te escrevendo
Apenas pra te dizer que te esqueci.
Ficar sozinha me fez reaprender a gostar disso, a apagar a necessidade de você
Que era tão latente.

Fui lá e cá,
Foi te perdendo que me achei
E descobri a leveza de respirar a tranquilidade,
Saber que não teria de quem duvidar
E nem esperar nas segundas
Quem sumiu todo o final de semana.

Lembro da manhã que você apareceu
Como quem ia ficar pra sempre
E numa outra manhã distante, lá estava você me dando adeus.

Saibas que não te odeio,
Meu coração apenas seguiu em frente, lembra?
Todos dizem isso.

Depois do fim
Não há capitulos a se escrever.
É prolongar a dor, repetir a história que já venceu, ou melhor, se perdeu.

E sabe, fiz o mesmo que você...
Beijei, saí, tentei me doar a outro,
Parecia ser fácil porque você passou a imagem, mas não foi.
Soou falso, triste, desleal com o outro
Beijá-lo vendo o rosto do homem
Que era o amor e a magoa servido num mesmo prato de solidão.

Mas sequei as lágrimas até
Que "aprendi a aceitar o lado bom do adeus."
Como já diz uma música estrangeira.

E assim saio da sua vida, nas suas exatas palavras quando se foi a 2 anos trás:

Estou indo embora,
Adeus.

-Maria

Inserida por AleffLavoisier

O medo daqueles que sonham,
caminha do lado como simples lembrança
de que coragem não significa não temer,
mas ir mesmo temendo,
porque seus sonhos ultrapassam
a sua insegurança.

Caminhando vai,
Não para menino,
Pois o medo é apenas
Tua desculpa pra não
Descobrir o prazer da novidade.
Há algo no mistério
Maior que esse medo minusculo
Em teu peito.
Viaja além do comodismo
E alcança os horizontes
Que só aguardam tua chegada.

Vai, o mundo é seu.

Inserida por AleffLavoisier

O principe na floresta dourada

Caiu no baú do seu quarto e adormeceu.
Desperta num mundo paralelo
Onde a realidade se distingue
Daquela que está habituado.

3 pontes de simbolismo,
Levam os visitantes
Do portal mágico a floresta adormecida.

A primeira desenhada nos moldes franceses do século xx, com desenhos cinzentos e em pedras brilhantes.
O principe não quis atravessar por ela,
E foi para a seguinte.

A segunda era rodeada de flores e possuía animais pelo caminho, que assustaram ao pobre principezinho.

Ao chegar a terceira,
Se sente encantado
Pelo segredo que esta aparenta:
Possui uma imensa porta no meio do caminho,
Coisa que jamais viu numa ponte.

Ao chegar proximo da porta,
vê que não existe fechadura e decide bater.
E eis que surge pairando no ar,
Uma figura luminosa
Semelhante a um anjo duende,
Com asas negras, cabelos cacheados, orelhas pontudas e olhos claros que lhe diz:

-O caminho de volta se fechou para você, e para seguir, terás de me responder uma pergunta.

-Qual?

Qual a força mais poderosa,
Capaz de mover da mais pequena criança ao maior dos adultos?

-E se eu não responder, o que acontence?

-Ficarás preso pra sempre no meio desta ponte. Te dou apenas uma chance para descobrir e apenas 7 minutos.

O pequenino senta pensativo,
Procurando desvendar tal coisa.
Ao findar do seu tempo, soa um tambor anunciando o seu momento.

E a resposta lhe é cobrada:

-E então garotinho, qual o segredo do tal mistério?

(ele sorri)
-Chega a ser divertido
Ter que imaginar uma resposta,
E ela ser justamente a imaginação, essa capaz de criar coisas impossiveis aos olhos dos incredulos.

-Jovem sábio, como te chamas?

-Me chamo Joe, sr.

-Pois bem Joe.
Diante da sua demonstração de sabedoria, te entrego a chave para a ponte, que te dá o direito de retorno quando desejar. Bem-vindo a floresta dourada.

Ao abrir da porta,
Apaixona-se pela visão privilegiada
Que tem de um mundo novo,
Onde os troncos são feitos de ouro e as folhas de esmeralda.

E então vê uma garota saltitante e sorridente
Correndo por entre as arvores.

-Espera menina, espera!

Ao conhecê-la de perto,
Nota que ela se parece muito com uma boneca de pano
E seus cabelos são feitos de água.
Akira é seu nome e é a guardiã da alegria e fontes cristalinas.
Juntos, eles fazem festa por todo percurso na água e marcam o próximo encontro.

E sempre que Joe chega da escola,
Tranca-se em seu quarto e viaja em seu baú mágico.
Porque a mágica está na sua imaginação.

Inserida por AleffLavoisier

Outro dia me vi só.
Tanta tristeza nos olhos
Que aquele que me encara,
Bebe da minha dor.

Vi a lágrima trancada,
Os olhos se recusam,
Mas a alma sente.
O riso se abre,
Os olhos brilham inclusive...
Oh imenso teatro!

Me pus a chorar lágrimas secas,
A dizer sandices,
escrever asneiras
sobre histórias pela metade.

Vi-me esvaziar nas notas
nos vazios mais profundos,
Retorno para o inverno mais congelante.

Tudo que gostaria
Era ter sido
Primavera com você.

Inserida por AleffLavoisier

Lamentação

Ainda estou de pé,
Mas isto não significa muito
Sob a queda do amor.

Trago nas feridas vivas do meu coração
As marcas de um amor bandido,
Sonho em solidão.

Suicidou-se
a esperança suicidou-se no dia
Que os deuses jogaram os dados,
E decidiram o seu destino
Em minha vida.

E toda tentativa vã
De ressurreição do animo,
Me arrasta às memórias
Queimadas no carvão.

Mas no caso de você voltar amor,
Eu não estou.
Nublei as janelas, mas já não chove.

A mão que soltaste,
Fechou e se endureceu.
Te amar e odiar não é
Assim tão fácil,
Menos ainda tentar envenenar
Esse sentimento todos os dias
Depois do adeus.

Mas eu vou,
Sobrevivo,
Quem sabe um dia
Eu vivo de novo.

Ainda te amo porém,
Não te entregarei sequer um oi.
Adoro teu cheiro
E desprezo o odor das mentiras
Que saem dos lábios
Que um dia eu beijei.

Espero que sejas tão bom amando
Quanto quando mentes.

E o terrivel de tudo é que
Eu te amo,
Te odeio e
Te deixo ir.

Inserida por AleffLavoisier

A pedra e a estrela da esquina lunar

Ouvi os anjos cantarem
Nas mansões celestiais.
E tocaram o amor
Em harpas tão solenes
Envolvendo todo o universo
Numa celebração da existência.

E no cume da montanha celeste,
Contemplou-se o menino Deus sentado
Riscando uma estrela sobre
Uma pedra.
E do pó das estrelas
Nasceu o encantamento.

E sobre as nuvens,
Lá vai o menino
Fazer arte lá na lua.
Empina pipa a noite,
Caça vaga-lumes de dia,
Desde cedo brinca de impossível.
Amarra as cordas do balanço nas estrelas
E pega impulso na ponta dos pés sobre a lua.
Reembaralha a ordem das estrelas,
Seus vaga-lumes inalcançáveis
Aos homens lá embaixo.

E olhando o céu brilhante,
Mal imagina o homem
Ser Jesus brincando
Nas esquinas perto da lua.

Inserida por AleffLavoisier

Trago luas em xícaras de neve,
lágrimas de sabão
que me lavam a alma.
.
Dou nós na água
e corto as pontas da minha mágoa.

Na imensidão do céu faço caminho,
pra não esquecer que sonhos
estão no alto e é lá que devo ir.

Tenho algodão doce no peito,
pra nunca esquecer de amar.

Não sou criança,
nem louco,
mas um inventor de teorias,
de casos, de sonhos.
Viajo além dos limites naturais
porque o universo me fez assim.

Inserida por AleffLavoisier

Floresci entre quatro paredes
E discos dançantes
Movimentaram meu corpo nu
Pela sala de estar.

Peguei o controle remoto
E me desliguei do mundo.
Cansei do código de barras,
Não sou seu produto
Para que me use,
Sou produto da minha criatividade,
Que me transporta onde
Você nem sonha ir.

Quadro em flor,
Flor emoldurada,
Moldura de sonhos,
Sonhos despedaçados.

Pedaços agora multiplos,
Multiplicação das horas,
Horas inconstantes,
Inconstância da permanência,
Permanece a ausência,
Ausência de você.

Você que já se foi,
Foi não sei pra onde,
Onde não quer ficar.

Se fica, quer voltar
E ao voltar, não sabe se quer.
O que quer, já se perdeu,
Perdeu ao te esperar.

E a espera me fez
Entre paredes
Sentar-me invernecido
Vestido de mangas compridas
Novamente reproduzindo
As notas dolorosas
Da antiga caixinha de música
Que diz que a dor não cessa.

Enfeito-me de um colar inventado
Com peças achadas
Num velho guarda-roupa,
Igual àquele antigo amor
Para quem já me enfeitei.

As rosas jogadas ao chão
São sinais do romantismo que se perdeu
Diante das farsas que presenciei.

Os cristais que julgava ser
teus olhos brilhantes,
Logo se mostraram pedras falsificadas
Por especialistas do meio...
Num mundo onde almas baratas
Não se transformam,
Mas vendem sua preciosidade desvalida
Em vitrines de poder.

O violão tem seis cordas
Pra emitir as suas notas,
e alguns homens tem seis faces
Para mostrar seus
Cinquenta tons de mentira
E essa música não quero ouvir.

Se for pra cantar seus enganos,
Procure outra vitrola,
Pois aqui não entram
Seus discos fuleiros.

A música agora é,
O canto da liberdade.

Inserida por AleffLavoisier

Deito em nuvens
Macias como algodão
Colho as flores
Espalhas pelo chão.

Faço a barba,
Compro goma de mascar,
Solto risos
Colorindo todo o ar.

Faço versos
Mil poemas pra você.
E te faço
Sempre perto por querer.

Faço bordas,
E invento o meu inglês,
Trato nas horas,
De afinar meu português.

Mil estrelas
Vou colhendo pelo chão,
Estou compondo
Hoje aqui essa canção.

Pra te dizer
Que o amor pode durar,
Um milênio
Mais as estrelas
Quanto dá?

Fragmentos
Espalhados pelo ar,
Dão sinais
Que não vai se apagar.

A esperança
De viver o grande amor.
E onde andas
Que não estás aonde eu tô?

E eu vou cantar
Até te ver voltar,
Esta canção
Que escrevi pra te lembrar.

Que meu amor
É maior que a imensidão.
Te ver voltar
Já faz parte da oração.

Eu peço a Deus
Pra cuidar só de você
E te lembrar
Do quanto eu amo você.

Por isso vem meu bem,
Provando do meu ar,
Me leva mais além
Num novo patamar.
Subir degraus no amor
E me jogar de lá,
Deixar o paraquedas,
E te fazer pirar.

Por isso vem meu bem
Nas ondas desse mar,
Fundando um novo tempo,
Uma razão de amar.
Sentindo a areia quente,
Com peixes a nadar,
Fazer folia ardente,
Na fogueira a dançar,
Luau a lua nova
Um samba inventar
Um passo novo eu danço
Para te embalar.

Por isso vem meu bem
Não deixe a te esperar
Viver esse momento
É todo o meu cantar
Querer um novo sonho
E nele te encaixar...

E te amar.

Inserida por AleffLavoisier

Mandamentos,
Nas tabuas do meu coração

01- Amar sobre todas coisas,
Apesar das falhas, limitações e diferenças.
Amar por amor, mesmo esperando retribuição, não cobrar se for inexistente.

02- Não por o dinheiro no mais alto status da vida, pra não perder os momentos
Correndo atrás dele.

03- Não desrespeitar a minha vida, mendigando afeto de quem tá de coração em off.

04- Aceitar a vida que me abraça
De modo a perceber que ninguém sobra. Temos proposito, embora não o conhecemos ainda.

05- Dizer a verdade que me habita,
Embora a mesma resulte em danos nas mais diversas dimensões.
Ou simplesmente, calar pra não mentir.

06- Não aceitar de bom grado
Qualquer verdade pensada por outra cabeça. Minha vida, minhas idéias.

07- Ser honesto comigo mesmo,
Dando-me o direito de chorar quando tiver lágrimas,
E sorrir quando a alma solicita.

08- Reconhecer os tempos dificeis
E lembrar que a todos
Sobrevivi até aqui.

09- Nasci e partirei sozinho.
Isso é um sinal de que não há problema algum na solidão, sempre temos a nós quando se vão. A idéia antes da companhia alheia, é a de se acompanhar também.

10- Se eu não fizer o que amo,
De nada me valerá viver. Por isso, o amor me leva onde bem desejar.
Meu coração é quem me guia.

Inserida por AleffLavoisier

O Senhor Debaixo

No metrô de SP
Lá vai o senhor
E sua bagagem.

Às 6 da tarde
Com um envelope na mão,
Desce ele desse trem.

O senhor debaixo da neblina,
Acende o abajur no parque infantil,
Tornando visiveis
Os fantasmas que o rodeiam.
Envolto na nevola,
Um sussurro se faz ouvir:
"O pendulo da morte,
É a seta apontada pro peito do homem
Que vaga sem definir seu destino."

À caminho da catedral,
Avista o tempo transbordando
No peso de megafones,
O grito de desespero
Das almas que não partiram.
Exala do perfume funebre
E corre para a catedral.

Esta se encontra a meia luz vermelha
E o Cristo crucificado
No centro do altar
Chorando pelas almas perdidas.

Vermes circulam as velas
Que adornam o ambiente sagrado
E o Cristo desapontado
Com os homens,
Se retira do templo.

O senhor debaixo
Da sagrada escritura,
Resgata o bilhete do Cristo:
"A vós vim com o amor
E tudo que presenciei,
Foi a repulsa as minhas palavras.
Portanto, Aviso-te
O amor não habita
Em corações fechados."

Ouve-se o som bizarro
Da ambulancia a circular.
Sob o comando do palhaço
A gargalhar dos homens,
Incapazes apenas de praticar
As palavras do seu Cristo.

Ao abrir da porta traseira,
O paciente na verdade
É o próprio Cristo.
Não com marcas da salvação,
E sim feridas no peito
Fruto do abandono ao seu semelhante,
Jogando pelo ralo,
Toda a pregação .

Então o senhor debaixo
Do misterio que o cercava,
Apenas abriu sua mala
E levou o tal bilhete.

As pistas agora se encontravam
Como mais uma lembrança
Do descaso.

O Cristo se foi, mas o homem,
Ah o homem...
Nem sabe o que faz.

Inserida por AleffLavoisier

Princesa das Pedras

Era uma vez,
Tão somente uma...

Está avisado:
Uma historia
Sem felizes para sempre,
a queda do conto de fadas.

A princesa mandou
demolir seu castelo
E abriu mão da coroa.

O principe encantado não veio,
O encanto tão somente é
O engano que o coração
Fermenta no peito.

Jogou cimento nas crateras do peito
E ali velou sem sonhos
A despedida.

Serena,
Serenou ao relento,
Esvaziou-se.

A princesa das pedras
Se perguntou:
Quando ensinaram
Tão bem a
Partir do que ficar?
E partiu,
Ou melhor,
Se partiu.

E dos caquinhos
colhidos do chão,
Notou sua nobre essência.
Não dadas a princesas
E gente de poses,
Mas apenas
A uma alma genuína:

-Oh pedacinhos de coração,
Achei que se acabou,
Mas o que fizestes?

E os colheu para si
E saiu de cena
com pensamento formado:

A tragédia maior
Não é o amor
Nem o desamor,
Mas o que vem após.

O problema dos corações quebrados,
É que os caquinhos
Continuam amando.

-Aleff Lavoisier

Inserida por AleffLavoisier

Palavras Gravadas
Nas Linhas De Um Coração
"AmarCurado"

Do amor à renascer
Vi flor brotar no campo.
Sem questionar o porque,
Aceitei a semente da terra.

Reguei-me por meses nas lágrimas,
O sol lembrou-me de aquecer
O peito de prazer.

A mais alta árvore
Me explicou que,
Minha pequenitude
Não revela meu proposito,
Este reside na paciência.

Os duros momentos,
As pisadas no peito,
As mágoas, tudo,
Tudo isso é o agricutor
Preparando a terra.

De semente lançada,
Só restou renascer.
Crescer das duras batalhas
Em segredo;

Acender o sol da esperança
E abrir as flores do perdão.
Quebrando o feitiço da mágoa,
Para amar curado.

Inserida por AleffLavoisier

No espelho,
Olhando pra mim
no reflexo pude te ver.

Tu,
No brilho dos meus olhos
Busca somente você.

E diante do murmurio
Da contemplação,
Silenciei-me.
Não valia mais a pena.

Nos contornos dos meus olhos
Ainda podiam te ver.
Mas e eu?
Como poderiam
Se por dentro adormeci?

Sufocado nas palavras,
Desmaiei de amor
E você não estava lá.

Na maldição do poço,
Derramei meus baldes de lágrimas.
Rios correm
Dentro de mim.

Então fluí
Em outra direção.
Nessas águas,
Ainda não me afogarei.

Se for preciso,
Vou de barco,
O esquecimento
É logo ali em frente.

Vou trocar a alma de roupa.
Como não sirvo a ti,
Tomarei meu afeto de volta
E vestir-me-ei.

E as dores que acamparam,
Preparam bagagem
Para a partida.

Amar não é assim tão fácil,
porém não amar
Não é coisa
De quem tem coração.

Ao invés de permanecer
Na exaustante
Busca em ti,
Brotarei a cada dia.

No meu silêncio,
Na quietude,
Só,
Porém amor.
Semente de cada dia

Inserida por AleffLavoisier

Rezando Às Estrelas

Estrelas cadentes que iluminam ao céu
E nos encantam a cada noite,
Acendei a esperança na vida da gente,
Assim nos olhos como no peito.
Seja feita uma boa mudança,
Tanto por dentro como ao redor.
O sorriso nos lábios surjam hoje,
Tanto na minha casa como ao redor de nós.
A paz na alma nos dai hoje
E que nossas dividas sejam apenas
Mais amor a oferecer.
E não nos conduza para longe do perdão.


Ensina-nos a ser magnificos sem invejar quem brilha do lado,
Assim como o brilho, a beleza e o infinito é teu, para sempre.

E as estrelas dizem: amem.
(uns aos outros)

Inserida por AleffLavoisier

Flash na memória
Teletransporta a mente
À cidades distantes
Onde a esperança fez morada.
Nos escombros desérticos do museu das recordações,
Num estado relativo
Encontra-se algemada
Perene entre os galhos secos.

O menino olho de vidro,
Mirou ao sol com o olhar
E ascendeu para o meio das nuvens
A chama viva das lembranças
No reflexo do espelho no meio da face.

Na roleta do tempo
Arremessou os dados.
Do resultado dos números do jogo,
Obteve a crava do universo sobre si.
Fez com isso brotar da constelação
Uma nova estrela,
Esta vermelha como sangue,
E a viu cair sobre a terra.
Movido pela curiosidade,
Correu para avistar
Do que se tratava.
Viu que era um anjo vermelho
E que esse carregava arco e flecha.
E este se dizia defensor
Das historias de batalha
De cada ser vivente
E daqueles que aqui passaram.

E ainda revelou ter
Outros como ele
Em suas respectivas missões.

E naquele dia,
O menino olho de vidro
Pode visitar, além de suas memórias,
A cidade oposta por detrás do arco-iris.
Para abrir os portões majestosos,
O anjo vermelho usou
Seu arco mágico.
E com isso, abriu o arco-iris ao meio
Permitindo que passassem.
E lá foi levado com o único proposito
De ser ensinado sobre
Como o passado
É algo constante.

"O passado era o agora de ontem,
O hoje é o passado de amanhã
E logo passado, presente e futuro são um só...
Um todo de uma vida
Interligada nos acontecimentos,
Conexões e solidões que
Acrecentam aos homens
Bem mais do que enxergam.

A vitalidade dos tempo
Cronometrada em seus relógios,
Jamais encarcera aquele
Que corre livre na existência.
O tempo fez-se incontrolavel.
Quanto o homem diz não ter tempo,
O tempo é tudo que tem,
Mas sempre tá correndo demais
Pra perceber que tá contando.
Matematicamente,
Vivem sua metafora atemporal
Nos segundos do ponteiro.
Deixa o tempo,
O temporal dos anos
não é nada preocupante.
Preocupa-te em
não contar os números a seguir
E conta-me tuas memórias.
Sob o mesmo flash,
Desejo descobrir
As histórias que
Compõem a biografia
Das tuas pisadas.
E com isso aprender mais sobre as lições
Que o tempo nos ensinou.

Inserida por AleffLavoisier