Katiana Santiago
Dizem por ai que o apaixonamento é uma neurose. Enxerga o objeto da neura em todo lugar, até no rosto de um desconhecido! A paixão é onipresente, ela viaja, percorre fronteiras,dimensões sem sequer decolar do chão. Ela é espacial, está aqui, ali, ela é atemporal.
Senti-la, é uma obsessão que traz confusão, e rouba até o sono de tão ladra que é.
Mexe-se remexe, e lá está o objeto de apaixonamento, rindo para você!
Dizem por ai que sua duração varia de dois meses à aproximadamente dois anos. Mas, que ao deixar o sujeito, deixa também um vácuo que logo depois será preechido por outras paixões.
A paixão é uma dor aliviada, uma dor refrescada, é uma pontada gostosa de sentir.
É uma respiração ofegante que por alguns instantes faz tremer o chão em suas ilusões.
E o que seria da vida sem os apaixonamentos? tudo tão frio, sem as dúvidas que só esse estado tem, questionamentos que só a própria paixão sem noção compreende.
E é nessa aventura que a vida com todas as suas paixões nos convidam em tantas inquietações. Como ficamos?
Estando fora da órbita que ela nos tira, do ciclo natural de tudo, do caminho absoluto que pregamos.
Habitada, chegada e acomodada, suave, mansa, mas tempestuosa em sua essência. Percebe-se o grande bem e mal que se vive, e a ambivalência do querer e não querer. Ela dar cor a vida, deixa o céu azul piscina, a lua prateada de cor, o O verde tão floril de amor.
Causa o efeito levitação, tira nossos pés do chão! Mas é apenas uma “pobre” ou será rica paixão?
Katiana Santiago
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Sou sim da velha guarda,Para mim celular é só para fazer e receber ligações. Não curto livro digital(não dá para fazer anotações), adoro papel, a máquina de escrever era bacana, mas o notebook é bem melhor,convenhamos.
Se a porta esta fechada, ainda há janelas…
Vitrais do horizonte, paisagens tão belas!
Caminhos são trilhas que aos pés envelhecem.
Aceitar a despedida conduz a verdadeira vida.
Entende o começo, sente o meio e espera o fim.
Pois ele só não existe para querubins e serafins.
Uma boa vida consiste em perceber as janelas, não há portas mais sedutoras e nem tão belas…
Um olhar por trás do quadrado, a madeira pode ser velha, mas os vitrais sempre serão novos pela “lente” que os espelha.
Quem precisa de portas, quando se tem um olhar que atravessa as janelas?
Meu canto traduz versos quando vê o “jasmim-estrela”, faz da aurora um recomeço, a alma se revela, o céu que encanta a noite, é o mesmo que a “manhã” reveste…
Ah Jasmim-estrela, todo céu começa no coração, todo coração é um céu de ilusão.
Os Sonhos em sua simplicidade ocultam desejos e vontades, medos e muita insensatez…
calor frigidez, santidade ou profanação de vez…
No sonho aparece: o desconhecido, o estrangeiro, e os cheiros … Como aquele anjo mal de Descartes.
O sonho é o desejo reprimido e tão sofrido do sonhador!
Se vai onde nunca se foi capaz,as dimensões escondidas do sujeito aparecem e o carregam para longe nas esferas pessoais, que nem ele mesmo conhece…
Somos um avião ou meros passageiros,e os pensamentos prisioneiros decolam na pulsão.
Aos sonhos que se sonham
O caos de fato organiza a vida, nos faz acordar, começar. Nos torna humildes, menores, submissos as próprias experiências,nos lembra onde paramos nas pequenas coisas.
Quando olhamos para o céu, ele está igual, o mesmo brilho, a mesma luz, a mesma dimensão pura celeste. quanta vida há, não há sombras, os temporais passaram, os grandes ventos com seus turbilhões, que deixaram a vida mais forte, mais firme.
E descobrimos nos escombros um tesouro que estava soterrado.
Quão doce é o meu Senhor, que permite a vida ter todas as dores, mas ao mesmo tempo seus sabores e licores.
Na rapidez da vida haverá sempre uma beleza a descobrir.Não importa a mecanicidade da rotina .Sempre haverá algo que os nossos sentidos irão encontrar, irão contemplar e por fim se encantar...
Doce dezembro,mais um ano indo sim.
Areia branca da praia, lua ardente e marfim.
Ouço ondas e risos, lua prateada de cor
Há clausuras interiores, mas ainda há versos para flor...
Há "contentamento contente" para quem anda no amor.
Quero o divino pra mim. Poesia, afago, beleza, sonhos de um futuro bom e feliz, Deus minha" eternal Fortaleza".
É melodia que toca, vendo a lua tão brilhante, átomos indecifráveis "reluzem" mais que mil diamantes.
É uma renovação sem fim, essa luz que ilumina, há uma atmosfera de encanto, "sentido"
redescobertas de sonhos, renascimento de vida ...
A paixão” O fato é que ela é real na imaginação de quem ama, Os sentidos nos enganam,tomam forma, mas isso, faz parte da poesia do mundo, da loucura da vida, dos azedumes e temperos necessários para o real amor.Os enganos movem o mundo, deles nascem tantas descobertas.
As vozes que “ecoam” fazem suspirar, são vozes lindas desse mundo permitindo seus encontros. Não importa estar no deserto ou em alto mar, ouvir faz acalmar o inquieto coração. Essa é a voz do amor
Tenho algumas roupas há mais de 10 anos.O básico é sempre bom, ele nunca sai de moda
Sem duvida,prefiro as praças do que os shoppings.
O som do mundo com toda sua composição é o amor. Transborda no suave gemido do vento, no canto dos pássaros, nas ondas do mar, nos detalhes muitas vezes despercebidos, do sol que nasce, da lua que se “guarda”, do cuidado de quem a gerou. E em nosso repouso esse mundo continua a trabalhar,somos um precioso mistério compactado, indefinido ainda a investigar, porque a alma pousa, descansa e depois se inquieta a "vaguear"...
Nos sonhos há versos sem trilha, sem rima, nem nexo, mas é o ouro, o próprio tesouro da constelação, os rabiscos da linguagem dão forma, daquilo que a gente não conhece, dos traumas aprisionados, escravizados que enlouquecem no inconsciente da razão,o que floresceu no jardim regado das paixões, do desejo solitário, escondido e bem guardado no linear das emoções
Há muitas formas de amar, não ousaria uma definição, há uma que percorre as veias, paredes internas mais profundas do homem e sua solidão
Não tenho amores finitos, tudo que amo é eterno, sou da época do beijo na testa, da quermesse, tenho lembranças de um bule de louça que a “asinha” quebrou, lembro que minha mãe colou, antigamente reparávamos o que estava quebrado, hoje pelo consumismo jogamos fora, aprendi a não desistir de ninguém, mas só quando houver amor, para consertar o prejuízo, só o amor pode valer a pena do perdão.
Um brinde as lembranças, a vida e a reconstrução, um brinde a toda "metamorfose" de ser.
E a transgressão? E a cultura, e o mal da civilização? Mal estar?Isso tudo torna o amor infalível, é bicho inconcebível, o simples desejo de desejar e continuar…
O sujeito da “falta” nunca irar repousar
Por ela o mundo é movidos são dores, licores, amores e caprichos!
Há crateras que marcam a alma como queima a boca de um dragão, como em uma cruzada debaixo da constelação.
Há escritos que libertam para a vida e outros que nunca terão absolvição
Há palavras desencontradas mas que quando escritas tocam fundo a emoção.
Desconstrói certezas já definidas alicerçadas e defendidas de um tão fiel coração.
Hoje pela manhã uma linda borboleta pousou em mim…Ficou alguns segundos, depois observei ela partir, se distanciando até não vê-la mais, senti tanta felicidade.E o dia seguiu a sua rotina, e a tardinha abri a janela da minha varanda, tinha uma esperança, aquelas verdinhas de perninhas, que ficou retida entre a grade e o vidro ,uma manhã e tarde de muita liberdade e esperança, o sol já estava se pondo, deitei em minha rede, senti saudade, alegria, tristeza, sentimentos ambivalentes, uma dor com uma paz, agradeci a Deus que me permitiu viver e provar de cada dia. E como é bom. Entendi que o passado voa como as borboletas também, mas que outras borboletas vem…
No início ou no final de um outro dia a esperança também.
O inacabado volta como “fantasma” na escuridão, e vela atormentando o antigo destino, a quietude mais pura e singela relaxada de um coração.
O inacabado torna pela madrugada, e adentra a alvorada pelas esperanças mais aflitas de uma ilusão, e a contra gosto inconsciente, trás as cadeias das emoções. Seja pela luz do sol ou da lua, independente da estação, chuva ou sereno molhado, arado, retorna como rimas os flagelos das paixões.
Só a alma pode ser encantada de delírios e alucinações, meia volta, retorna os velhos fantasmas, como em encruzilhadas e paralisam a vida na estação!
Não há trem no caminho, avião ou navio, que nos sequestre das próprias solidões. É coisa do coração ficar sozinho, preso ao ninho, com lembranças, memórias que alcançam a própria infância, para entender o “mito” da recordação!
Todo” fantasma” volta, mas nem sempre assombra…
Katiana Santiago