Karl Kraus

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Não há gratidão para com a técnica. Só inventando-a.

O mal nunca prospera melhor do que quando lhe põem um ideal à frente.

A carreira é um cavalo que chega à porta da eternidade sem cavaleiro.

Quem sabe escrever aforismos não deveria dispersar-se em ensaios.

Um aforismo não deve necessariamente ser verdadeiro, mas deve superar a verdade.

A diplomacia é um jogo de xadrez em que os povos levam xeque-mate.

O cientista não traz nada de novo. Só inventa o que tem utilidade. O artista descobre o que é inútil. Traz o novo.

Nada é mais insondável do que a superficialidade da mulher.

A cultura é uma muleta com que o coxo bate no são para mostrar que também a ele não faltam as forças.

O mundo é uma prisão em que é preferível a cela de isolamento.

A mulher existe para que o homem se torne inteligente graças a ela.

Os alunos comem o que os professores digerem.

As boas opiniões não têm valor. Depende de quem as tem.

Uma das causas mais comuns de todas as doenças é o diagnóstico.

Os artistas têm o direito de serem modestos e o dever de serem vaidosos.

Arte é aquilo em que o mundo se transformará, não aquilo que o mundo é.

A cosmética é a doutrina do universo feminino.

O fraco fica em dúvida antes de tomar uma decisão; o forte, depois.

Educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos possuem.

O vício e a virtude são parentes como o carvão e o diamante.

Um poema só é bom enquanto não sabemos quem foi que o escreveu.

"As mulheres pelo menos possuem cosméticos. Mas como o homem encobre o seu vazio?"

O mundo é uma prisão em que é preferível a solitária.

"O segredo do agitador consiste em parecer tão idiota quanto seus ouvintes, de modo que eles acreditem ser tão inteligentes quanto ele."

"Muitos têm o desejo de me matar. Muitos, o desejo de ter dois dedos de prosa comigo. Daqueles a lei me protege."