Jean-Paul Sartre

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Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.

No amor, um mais um é igual a um.

Jean-Paul Sartre

Nota: Citado em Revista Latino-Americana de Estudos Constitucionais Vol.6, Paulo Bonavides, Editora del Rey

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Lágrimas de um adulto eram como uma catástrofe mística, qualquer coisa como o choro de Deus acerca da maldade do homem.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., A Idade da Razão, 1945

Estamos condenados a ser livres.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., As Moscas, 1943

Realmente, só pelo fato de ser consciente das causas que inspiram minhas ações, estas causas já são objetos transcendentes para minha consciência; elas estão fora. Em vão tentaria apreendê-las. Escapo delas pela minha própria existência. Estou condenado a existir para sempre além da minha essência, além das causas e motivos dos meus atos. Estou condenado a ser livre. Isso quer dizer que nenhum limite para minha liberdade pode ser estabelecido exceto a própria liberdade, ou, se você preferir; que nós não somos livres para deixar de ser livres.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., O Ser e o Nada, Quarta parte, 1943

Como todos os sonhadores confundi o desencanto com a verdade!

A fé, mesmo quando é profunda, nunca é completa.

Se você se sente só quando está sozinho é porque está em péssima companhia.

Jean-Paul Sartre
Essays in Aesthetics (1963).

Não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., O Existencionalismo é um Humanismo, 1946

Trato os subordinados como iguais. É uma piedosa mentira que lhes prego a fim de torná-los úteis, até certo ponto.

O homem é uma paixão inútil.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., O Ser e o Nada, 1943

Os dias mais recuados de sua infância, o dia em que dissera: "Serei livre", o dia em que dissera: "Serei grande", apareciam-lhe, ainda agora, com seu futuro particular, como um pequenino céu pessoal e bem redondo em cima deles, e esse futuro era ele, ele tal e qual era agora, cansado e amadurecido. Tinham direitos sobre ele e através de todo aquele tempo decorrido mantinham suas exigências, e ele tinha amiúde remorsos abafantes, porque o seu presente negligente e cético era o velho futuro dos dias passados. Era a ele que eles tinham esperado vinte anos, era dele, desse homem cansado, que uma criança dura exigira a realização de suas esperanças; dependia dele que os juramentos infantis permanecessem infantis para sempre, ou se tornassem os primeiros sinais de um destino. Seu passado sofria sem cessar os retoques do presente; cada dia vivido destruía um pouco mais os velhos sonhos de grandeza, e cada novo dia tinha um novo futuro; de espera em espera, de futuro em futuro, a vida dele deslizava docemente... em direção a quê?

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., A Idade da Razão, 1945

Não há por que não criticar muito severamente quando se tem a sorte de amar a pessoa que se critica.

A questão não é o que fazem conosco, mas sim o que fazemos com o que fazem conosco.

Mudar para continuar o mesmo.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., Crítiica da Razão Dialética, Gallimard, 1985

Eu sei que nunca mais encontrarei nada nem ninguém que inspire uma paixão. Você sabe, não é tarefa fácil amar alguém. É preciso ter uma energia, uma generosidade, uma cegueira. Há até um momento, bem no início, em que é preciso saltar por cima de um precipício: se refletirmos, não o fazemos. Sei que nunca mais saltarei...

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., Náusea, 1938

Quem sabe que o mundo não seria melhor sem os homens...

Para que o acontecimento mais banal se torne uma aventura, é necessário e suficiente que o narremos.

Todos somos responsáveis por todos.

A família é como a varíola: a gente tem quando criança e fica marcado
para o resto da vida.

Jean-Paul Sartre

Nota: citado em "Filosofia Para O Dia A Dia", Gleibe Pretti, Clube de Autores, 2010

Um homem é sempre um contador de histórias. Ele vê tudo que lhe acontece através delas. E, ele tenta viver a sua vida, como se estivesse contando uma história.

Os homens. É preciso amar os homens. Os homens são admiráveis. Sinto vontade de vomitar – e de repente aqui está ela: a Náusea. Então é isso a Náusea: essa evidência ofuscante? Existo – o mundo existe -, e sei que o mundo existe. Isso é tudo. Mas tanto faz para mim. É estranho que tudo me seja tão indiferente: isso me assusta. Gostaria tanto de me abandonar, de deixar de ter consciência de minha existência, de dormir. Mas não posso, sufoco: a existência penetra em mim por todos os lados, pelos olhos, pelo nariz, pela boca… E subitamente, de repente, o véu se rasga: compreendi, vi. A Náusea não me abandonou, e não creio que me abandone tão cedo; mas já não estou submetido a ela, já não se trata de uma doença, nem de um acesso passageiro: a Náusea sou eu.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., Náusea, 1938

É melhor vencermos a nós mesmo do que ao mundo!

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., O Existencionalismo é um Humanismo, 1946

Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências.

O que você fez daquilo que te fizeram?