Gabriela Mistral

Encontrados 17 pensamentos de Gabriela Mistral

Todo o país escravizado por outro ou outros países, tem na mão, enquanto souber ou puder conservar a própria língua, a chave da prisão onde jaz.

Poema de Gabriela Mistral.


Somos culpados de muitos erros e muitas falhas,mas nosso pior crime é abandonar as crianças,desprezando a fonte da vida.
Muitas das coisas que precisamos podem esperar.
A criança não pode.
É exatamente agora que seus ossos estão se formando,seu sangue é produzido, e seus sentidos estão se desenvolvendo.
Para ela não podemos responder "Amanhã"


Seu nome é "Hoje"

Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu. Onde houver um erro para emendar, emenda-o tu. Onde houver um esforço de que todos fogem, fá-lo tu. Sê tu aquele que afasta as pedras do caminho.

El Placer de Servir

“Toda la naturaleza es un anhelo de servicio; sirve la nube, sirve el aire, sirve el surco. Donde haya un árbol que plantar, plántalo tú; donde haya un error que enmendar, enmiéndalo tú; donde haya un esfuerzo que todos esquiven, acéptalo tú.

Sé el que aparte aparte la estorbosa piedra del camino, sé el que aparte el odio entre los corazones y las dificultades del problema.

Existe la alegría de ser sano y de ser justo; pero hay, sobre todo, la hermosa, la inmensa alegría de servir.

¡Qué triste sería el mundo si todo en él estuviera hecho, si no hubiera rosal que plantar, una empresa que acometer!

Que no te atraigan solamente los trabajos fáciles: ¡Es tan bello hacer lo que otros esquivan!

Pero no caigas en el error de que sólo se hace mérito con los grandes trabajos; hay pequeños servicios que son buenos servicios: Adornar una mesa, ordenar unos libros, peinar una niña. Aquél es el que critica, éste es el que destruye, sé tú el que sirve.

El servir no es una faena de seres inferiores. Dios, que da el fruto y la luz, sirve. Pudiera llamársele así: El que sirve. Y tiene sus ojos fijos en nuestras manos y nos pregunta cada día: ¿Serviste hoy? ¿Al árbol? ¿A tu amigo? ¿A tu madre?”.

Dai-me, Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço.

Gabriela Mistral

Nota: A autoria do pensamento é muitas vezes atribuída erroneamente a Cecília Meireles.

Dizer amizade é dizer entendimiento, confiança rapida e larga memória; é dizer, fidelidade.

A beleza é a sombra de Deus sobre o universo.

Aquele é o que critica; este é o que destrói: Sê tu o que serve.

A educação é, talvez, a forma mais alta de buscar a Deus.

Não existe arte ateia. Ainda que não ames o Criador, afirmá-lo-ás criando à sua semelhança.

Há beijos que pronunciam por si mesmos
a sentença do amor condenatório,
há beijos que são dados com o olhar,
há beijos que são dados com a lembrança.

Há beijos silenciosos, beijos nobres
há beijos enigmáticos, sinceros
há beijos que são dados apenas almas
há beijos proibidos, verdadeiros.

Há beijos que queimam e doem,
há beijos que arrebatam os sentidos,
há beijos misteriosos que deixaram
mil sonhos errantes e perdidos.

Há beijos problemáticos que contêm
uma chave que ninguém decifrou,
há beijos que geram tragédias, já que
muitas rosas em um broche não têm folhas.

Há beijos perfumados, beijos quentes
que palpitam em desejos íntimos,
há beijos que nos lábios deixam vestígios
como um campo de sol entre dois gelo.

Há beijos que se parecem com lírios
, sublimes, ingênuos e puros, beijos
traiçoeiros e covardes,
beijos amaldiçoados e perjuros.

Judas beija Jesus e deixa impressa
no rosto de Deus, o crime,
enquanto a Madalena com seus beijos
piedosos fortalece sua agonia.

Desde então, em beijos,
amor, traição e dores pulsam,
em casamentos humanos se assemelham
à brisa que brinca com as flores.

Há beijos que produzem delírios
de paixão amorosa ardente e louca,
você os conhece bem, eles são meus beijos,
inventados por mim, para sua boca.

Beijos de chamas que em uma trilha impressa
carregam os sulcos de um amor proibido,
beijos de tempestade, beijos selvagens
que só nossos lábios provaram.

Você se lembra do primeiro...? Indefinido
cobriu seu rosto com rubores
e nos espasmos de emoção terrível,
seus olhos se encheram de lágrimas.

Você se lembra que uma tarde em excesso louco
eu vi você ciumento imaginando mágoas,
eu te suspendi em meus braços... um beijo vibrou,
e o que você viu depois...? Sangue nos meus lábios.

Eu te ensinei a beijar: os beijos frios
são do coração do rock impassível,
Ensinei-te a beijar com os meus beijos
inventados por mim, pela tua boca.

Todas íamos ser rainhas
de quatro reinos sobre o mar:
Rosalia com Efigenia e
Lucila com Soledad

No vale de Elqui, rodeado
de cem montanhas ou de mais,
que como oferendas ou tributos
ardem em vermelho e açafrão

O dizíamos embriagadas
e o tivemos por verdade
que seriamos todas rainhas
e chegaríamos ao mar.

Com as tranças dos sete anos
e batas claras de percal
perseguindo pássaros foragidos
na sombra do figueiral.

Dos quatro reinos,
dizíamos, indubitável como o Korán,
que por grandes e por certos
alcançariam até o mar

Quatro esposos desposariam
no tempo de desposar
e eram reis e cantadores
como David, rei de Judá.

Inserida por pensador

Este longo cansaço se fará maior um dia,
e a alma dirá ao corpo que não quer seguir
arrastando sua massa pela rosada via,
por onde vão os homens, contentes de viver...

Inserida por pensador

As mães, recordando batalhas,
sentadas se encontram no umbral.
Os meninos foram ao campo
colher as frutas do ananás.

Ao pé de seu cerro alemão
com o eco se põem a brincar.
Meninos de França respondem
sem rosto no vento do mar.

Palavra e refrão não entendem
mas logo buscam se avistar.
E não haverá mais segredo
quando nos olhos se mirarem.

Agora no mundo o suspiro,
O sopro se pode escutar.
E a cada estribilho as cirandas
se aproximam um pouco mais.

As mães, subindo a vereda
de odores que leva ao pinhal,
chegando à ciranda, começam
colhidas pelo vento a voar.

Os homens procuram por elas
e, sentindo a terra girar
e o canto dos montes ouvindo,
a volta do mundo vão dar.

Inserida por pensador

O Pensador de Rodin

Apoiando na mão rugosa o queixo fino,
O Pensador reflete que é carne sem defesa:
Carne da cova, nua em face do destino,
Carne que odeia a morte e tremeu de beleza.

E tremeu de amor; toda a primavera ardente,
E hoje, no outono, afoga-se em verdade e tristeza.
O havemos de morrer passa-lhe pela mente
Quando no bronze cai a noturna escureza.

E na angústia seus músculos se fendem sofredores.
Sua carne sulcada enche-se de terrores,
Fende-se, como a folha de outono, ao Senhor forte

Que o reclama nos bronzes. Não há árvores torcida
Pelo sol na planície, nem leão de anca ferida,
Crispados como este homem que medita na morte

Inserida por pensador

I. Amarás a beleza, que é a sombra de Deus sobre o Universo.

II. Não há arte atea. Embora não ames ao Criador, o afirmarás criando a sua semelhança.

III. Não darás a beleza como isca para os sentidos, se não como o natural alimento da alma.

IV. Não te será pretexto para a luxuria nem para a vaidade, se não exercício divino.

V. Não buscarás nas feiras nem levarás tua obra a elas, porque a Beleza é virgem, e a que está nas feiras não é Ela.

VI. Subirá de teu coração a teu canto e te haverá purificado a ti o primeiro.

VII. Tua beleza se chamará também misericórdia e consolará o coração dos homens.

VIII. Darás tua obra como se dá um filho: tirando sangue de teu coração.

IX. Não te será a beleza ópio adormecido, se não vinho generoso que te estimula para a ação, pois se deixas de ser homem ou mulher, deixarás de ser artista.

X. De toda a criação sairás com vergonha, porque foi inferior a teu sonho e inferior a esse maravilhoso Deus que é Natureza

Inserida por pensador

Há beijos que produzem delírios
de paixão amorosa ardente e louca,
você os conhece bem, eles são meus beijos,
inventados por mim, para sua boca.

Inserida por MonicaTebusco