Deuses Americanos

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Religiões são, por definição, metáforas, apesar de tudo: Deus é um sonho, uma esperança, uma mulher, um escritor irônico, um pai, uma cidade, uma casa com muitos quartos, um relojoeiro que deixou seu cronômetro premiado no deserto, alguém que ama você – talvez até, contra todas as evidências, um ente celestial cujo único interesse é assegurar-se que o seu time de futebol, o seu exército, o seu negócio ou o seu casamento floresça, prospere e triunfe sobre qualquer oposição. Religiões são lugares para ficar, olhar e agir, pontos vantajosos a partir dos quais se observa o mundo.

Sabem, acho que prefiro ser homem do que deus. A gente não precisa de ninguém para acreditar na gente. A gente vai seguindo em frente de qualquer jeito. É o que fazemos.

Acredito que a vida é um jogo, uma piada cruel e que a vida é o que acontece quando se está vivo e o melhor é relaxar e aproveitar.

Acredito que sabonetes antibactericidas estão destruindo nossa resistência à sujeira e às doenças, de modo que algum dia todos seremos dizimados por uma gripe comum, como aconteceu com os marcianos em Guerra dos Mundos.

Existem novos deuses crescendo nos Estados Unidos, apoiando-se em laços cada vez maiores de crenças: deuses de cartão de crédito e de auto-estrada, de internet e de telefone, de rádio, de hospital e de televisão, deuses de plástico, de bipe e de néon. Deuses orgulhosos, gordos e tolos, inchados por sua própria novidade e por sua própria importância. Eles sabem da nossa existência e tem medo de nós, e nos odeiam – disse Odin. – Vocês estão se enganando se acreditam que não. Eles vão nos destruir, se puderem. Ë hora de a gente se agrupar. E hora de agir.

Tinha só um cara na Bíblia inteira para quem Jesus prometeu pessoalmente um lugar no Paraíso ao lado dele. Não foi para Pedro, nem para Paulo, nem para nenhum dos outros. Ele era um ladrão condenado, que estava sendo executado. Então, não fica tirando uma dos caras no corredor da morte. Talvez eles saibam alguma coisa que você não sabe.

Inserida por pensador

Posso acreditar em coisas que são verdade e posso acreditar em coisas que não são verdade. E posso acreditar em coisas que ninguém sabe se são verdade ou não.

Assim sua mãe morreu enquanto ele estava sentado ao lado dela, lendo um livro grosso.
Depois daquilo, ele quase parou de ler. Não dá pra acreditar em ficção. Para que serviam os livros, se não eram capazes de proteger a gente de algo assim?

A ficção nos permite deslizar para dentro dessas outras cabeças, para esses outros lugares, e olhar através de outros olhos. Então, no conto, paramos antes de morrer, ou morremos de forma indireta ou sem prejuízo e, no mundo além do conto, viramos a página ou fechamos o livro e terminamos de viver nossa vida.

Todo mundo faz as mesmas coisas. Podem pensar que os pecados deles são originais, mas na maior parte das vezes são apenas mesquinhos e repetitivos.

Tudo que temos para acreditar ou não em algo são os sentidos, as ferramentas que uamos para perceber o mundo: nossa visão, nosso tato, nossa memória. Se os sentidos mentem para nós, então não dá para confiar em nada. E, mesmo se não acreditarmos, ainda assim não poderemos tomar nenhum outro caminho além da estrada que os sentidos mostram; e é preciso percorrê-la até o fim.