Denis Diderot

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O dinheiro dos tolos é o património dos espertos.

Há homens cujo ódio nos glorifica.

Há quem morra desconhecido por não ter tido um teatro diferente.

A razão sem paixões seria quase um rei sem súditos.

Clama-se incessantemente contra as paixões; imputam-se-lhes todos os males do homem, esquecendo que elas são também a fonte de todos os seus prazeres.

Só precisam de moral e de virtude os que obedecem.

Ninguém gosta mais de falar do que os gagos, ninguém gosta mais de caminhar que os coxos.

Não existe antídoto mais poderoso contra a baixa sensualidade do que a adoração da beleza.

Em matéria de moda, são os loucos que ditam a lei aos sensatos, as cortesãs que a impõem às mulheres honestas, e o melhor que temos a fazer é respeitá-la.

Quando o padre apoia uma inovação, ela é má; quando se lhe opõe, ela é boa.

Apenas há um dever, o de sermos felizes.

Os meus pensamentos são a minha perdição.

Logo que os ódios rebentam, todas as reconciliações acabaram.

A criança como o homem, e o homem como a criança, prefere divertir-se a instruir-se.

Como mal quando tenho apenas o pão possível.

Um única demonstração impressiona-me mais do que cinquenta fatos.

Nem que seja para fazer alfinetes, o entusiasmo é indispensável para sermos bons no nosso ofício.

Aquele que se analisou a si mesmo, está deveras adiantado no conhecimento dos outros.

Em geral, quanto mais um povo é civilizado, educado, menos os seus costumes são poéticos; tudo se atenua ao se tornar melhor.

Só Deus e alguns génios raros continuam a avançar pelo campo da novidade.

Existem, hoje, cinquenta mil patifes que dizem o que querem a dezoito milhões de imbecis.

Nenhum homem recebeu da natureza o direito de mandar nos outros.

As coisas de que mais se fala entre os homens são quase sempre aquelas de que menos se sabe.

A paixão destrói mais preconceitos do que a filosofia.

Há muito tempo que o papel de sensato é perigoso entre os doidos.